22/05/2012
Nelson Vieira da Fonseca Faria
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Artes | Arte Visual: Canal |
Não há
Inicie a aula apresentando o material utilizado comumente para a prática do nanquim. Ou seja, mostre a tinta, os pincéis, as penas-de-bambu ou bico-de-pena.
Explique que o nanquim é uma técnica artística, definida como uma “Tinta negra usada para escrever e desenhar, disponível em forma líquida ou em bastão e composta, normalmente, de negro-de-fumo, pigmento também conhecido como negro-de-carbono ou negro-vegetal, obtido da fuligem de resíduos de petróleo queimado. É usado desde a pré-história e considerado o primeiro pigmento conhecido pelo homem. O nanquim pode ser aplicado com caneta ou pincel e fabricado em diversas cores, a partir de outras fórmulas e ingredientes diferentes. O termo também nomeia os trabalhos realizados com essa tinta.” http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3808
Prossiga dizendo que geralmente os artistas utilizam as penas, pincéis e bicos-de-pena na execução da técnica, o que não impede de se inventar outras maneiras, como por exemplo, utilizar esponjas, escovas de dente ou outro instrumental que possibilite a criação de efeitos com o nanquim. Atualmente, é possível adquirir as canetas nanquim descartáveis nas papelarias. A vantagem das canetas descartáveis é que elas não exigem a limpeza após o uso, por outro lado, é preciso comprar uma nova quando a tinta acaba, não sendo possível repor o conteúdo na própria caneta.
Para esse bloco de aulas que serão executadas técnicas sem aguadas de nanquim, se houver possibilidade de adquirir uma caneta descartável para cada aluno, melhor. Caso, isso não seja possível, pode-se produzir as penas-de-bambu (veja a imagem a baixo ou o vídeo indicado em recursos complementares sobre a confecção de penas). Basta cortar o bambu em tiras da largura de uma caneta ou utilizar bambus mais finos e realizar um corte em uma das pontas. Pronto, a pena já pode ser utilizada em sala. Aconselho a produzir as penas antes da aula, pois é preciso utilizar um estilete ou faca, no entanto, dependendo de seu grupo de alunos, eles mesmos podem produzir cada um, a sua. Se os alunos forem produzir suas penas, é bom que todo o grupo assista ao vídeo antes, para visualizar como se faz uma pena-de-bambu que funcione bem nas atividades.
http://www.sinoart.com.br/index.php?cPath=36&osCsid=ggrh2smd1pc8sub3d5egctbeq0
Após a apresentação do material, forneça um papel branco, formato A4, para que os alunos possam experimentar o material livremente. Ou seja, eles/elas precisam molhar a pena no nanquim e aplicar sobre o papel ou se for a caneta descartável, basta tirar a tampa e em seguida, riscar, traçar, rabiscar, escrever, desenhar com liberdade sobre o suporte para sentir as possibilidades do material. Em seguida, explique que irão aprender três possibilidades expressivas com o nanquim. A primeira é conhecida por pontilhado, a segunda, traço contínuo e a terceira, hachurado (apresente os exemplos abaixo).
Pontilhado:
http://antitese.outtamind.com/
Traço Contínuo:
http://forums.tibiabr.com/showthread.php?t=297188
Hachura:
http://ateliedaestezinha.blogspot.com.br/2011/04/hachura.html
Em seguida, peça ao grupo que experimente ainda naquele primeiro papel, que serviu de rascunho, a possibilidade de fazer pequenos pontos com a pena gerando o efeito do pontilhado, em seguida tente realizar uma forma com traços contínuos, ou seja, sem interromper o traçado e por fim, experimente o cruzamento de linhas, criando hachuras no desenho. Se os alunos precisarem de outro papel, forneça, nessa etapa de investigação do material é bom que o grupo vá tomando intimidade com nanquim, observando atentamente os efeitos produzidos pelo mesmo. Ressalte que o nanquim demora um pouco para secar, portanto, é necessário cuidar para não esbarrar com a mão ou qualquer objeto na tinta enquanto a mesma seca sobre o papel, pois pode gerar um borrão indesejado.
Após esse primeiro momento de reconhecimento das três possibilidades expressivas, mais uma vez forneça papel, desta vez, em formato A5 (ou seja, metade do A4). Se puder ser um papel um pouco mais encorpado como o canson, por exemplo, o resultado pode ser ainda melhor. Cada aluno/a, além dos papéis, precisa ter à sua disposição uma pena e uma tampinha com nanquim (o nanquim é uma tinta que rende muito, portanto, uma tampinha é quantidade suficiente para os trabalhos. Caso o aluno utilize todo o conteúdo, é só reabastecer a tampinha). Pode, ainda, usar a caneta descartável.
Quando todos os alunos estiverem com seu material organizado sobre a mesa, é o momento de explicar a proposta. Oriente que o tema dos desenhos será de livre criação, ou seja, cada um poderá desenhar o que quiser, mas terá que aplicar as três possibilidades expressivas adequadamente. Portanto, o grupo terá que pensar em três temas (três desenhos), um para cada técnica de nanquim. Pode-se fazer antes um esboço a lápis e em seguida trabalhar com o nanquim sobre os traçados feitos. Mostre os exemplos acima sugeridos, se não tiver equipamento de projeção, faça uma cópia das imagens e fixe no quadro enquanto explica a proposta.
Incentive continuamente a criação de seus alunos e observe atentamente a execução das técnicas, fazendo correções ao longo do processo. É preciso circular pelas mesas enquanto os alunos produzem. Desta forma, é possível detectar alguma falha e procurar corrigi-la antes do trabalho concluído. Caso perceba alguma falha na interpretação da proposta por parte de algum aluno, aproxime-se, discuta novamente com ele ou ela, explique mais uma vez qual é a ideia central do trabalho, analise se o mesmo/a compreendeu e incentive-o a recomeçar.
Ao terminarem, peça ao grupo que coloque os desenhos para secar numa prateleira ou mesa, sempre na horizontal, pois ao contrário, a tinta pode escorrer, gerando efeitos indesejados.
Para complementar as aulas sobre técnicas de nanquim, apresente o vídeo abaixo que mostra um desenhista que utiliza todos os recursos para dar expressividade ao seu tema. Os alunos vão adorar essa demonstração. http://www.youtube.com/watch?v=VlVonyA1sv8
Consulte o grupo se o mesmo gostaria de expor os resultados dos trabalhos. Caso o grupo concorde, faça uma pequena exposição dos desenhos, que certamente irão chamar a atenção, pois os efeitos do nanquim, do preto sobre o branco, de maneira geral, são surpreendentes.
Na montagem da exposição dos desenhos mobilize o grupo para que todos participem dando opiniões e sugestões. Esse momento também tem valor avaliativo.
Se quiser apresentar outras execuções de desenho a nanquim:
http://www.youtube.com/watch?v=iN3dHP41I2c
http://www.youtube.com/watch?v=cUuUmjH28TE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zi3fJrGnLxs&feature=related
Mais um pouco sobre como produzir sua própria pena-de-bambu:
http://www.marcelo.bresciani.nom.br/blogs/index.php/Estudio/2009/08/09/fazendo-uma-caneta-de-bambu
Sobre a produção artesanal de tintas:
http://literatura.moderna.com.br/moderna/literatura/arte/icones/ohtake/ciencia
A avaliação estará mais condicionada aos resultados técnicos das três possibilidades expressivas estudadas. Observe se a execução correspondeu à proposta em termos de pontilhismo, traço contínuo e hachuras executados de maneira satisfatória. Como o desenho foi de livre criação, não é interessante questionar o tema, mas avaliar junto de cada aluno se os efeitos obtidos deram ao desenho uma maior qualidade visual. Essa avaliação pode ser individual, dessa maneira, fica mais claro para o aluno/a se ele/a conseguiu realizar a atividade satisfatoriamente.
Cinco estrelas 2 classificações
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04/05/2015
Cinco estrelasFANTÁSTICA!! Dicas e lugares ótimos de pesquisa, colocarei em pratica e voltarei pra compartilhar o resultado.
08/10/2014
Cinco estrelasMuito boa a aula,só não consegui abrir o blog,como fazer uma caneta de bambú.