23/08/2012
Leide Divina Alvarenga Turini; Elmiro Lopes da Silva
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | História | Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade |
Ensino Fundamental Final | História | Nações, povos, lutas, guerras e revoluções |
Ensino Médio | História | Memória |
Ensino Fundamental Final | História | Cidadania e cultura no mundo contemporâneo |
Ensino Fundamental Final | História | Relações de trabalho |
Ensino Médio | História | Cultura |
Não há necessidade de conhecimentos prévios.
A pesquisa propõe, em primeiro momento, o levantamento de músicas e intérpretes/compositores da produção musical oriunda do Nordeste brasileiro, desde os anos de 1940 – quando o pernambucano Luiz Gonzaga iniciou a sua carreira fonográfica. A partir desse repertório, a pesquisa permitirá, em segundo momento, que os alunos problematizem e aprofundem reflexões acerca de questões/temas presentes na história do Brasil, tais como as desigualdades sociais, a migração interna, problemas na política nacional, as crenças e costumes do povo nordestino.
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A questão que norteia a problematização do tema é:
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Para esta pesquisa, a proposta é o trabalho com as seguintes fontes:
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A estratégia de trabalho inclui as seguintes atividades:
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Todas as atividades podem ser desenvolvidas com a colaboração do professor(a) de Artes e/ou Literatura.
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Nesta atividade, analisaremos duas músicas que tratam da vida dos nordestinos em seu processo de migração no Brasil e também para fora do país.
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Esta música trata da vida de retirante nordestino, ou seja, de pessoas que deixaram esta terra natal em busca de oportunidades em outros lugares do país.
Antes de reproduzir a música, repercutir algumas questões entre os alunos, tais como:
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Reprodução por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=Pf7YqXhVJVA. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositor: Luiz Gonzaga
Intérprete: Luiz Gonzaga
Disco: Acauã/Adeus Pernambuco (disco de 78 rpm)
Gravadora, ano: RCA Victor, 1952
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LETRA
Oi mano, a saudade é de matá
Oi mano, tou maluco pra voltá
Adeus Pernambuco
A saudade é de matá
Adeus Pernambuco
Tou maluco pra voltá
Deixei lá na porta
Da minha choupana
Com os óio vermêio
Com beijo na boca
Minha pernambucana
Peguei meu cavalo
Toquei as ispóra
Sem oiá pra trás
Parti para longe
Pensando que nunca
Voltava lá mais
Saudade que aperta
Que dói, que maltrata
De uns óio vermêio
De um beijo na boca
De um luar de prata
Meu Deus, se eu pudesse
Fazer o que manda
O meu coração...
Voltava pra lá
Ou trazia pra cá
Todo o meu sertão
Disponível em: http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/1563835/. Acesso em 13 de junho de 2012
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Para analisar a música:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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No final dos anos 60, com o endurecimento da Ditadura Militar, Gilberto Gil e diversos outros artistas deixaram o Brasil. Ele esteve exilado em Londres até 1972, quando voltou ao país e fez a apresentação que iremos assistir.
Antes de reproduzir o vídeo, repercutir algumas questões entre os alunos, tais como:
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Reprodução do vídeo por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=msknQAdP0DI. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositor: Gilberto Gil
Intérprete: Gilberto Gil
Disco: Expresso 2222
Gravadora, ano: Philips, 1972
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LETRA
Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair
Naquela fossa em que vi um camarada
meu de Portobello cair
Naquela falta de juízo que eu não
tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência de calor, de cor, de sal,
de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto do mar
Mar da Bahia cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar
Por algum tempo que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
Hoje eu me sinto como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo de vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá
Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair
Naquela fossa em que vi um camarada
meu de Portobello cair
Naquela falta de juízo que eu não
tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência de calor, de cor, de sal,
de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto do mar
Mar da Bahia cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei deparar
Por algum tempo que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
Hoje eu me sinto como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo de vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá
Disponível em: http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/46188/. Acesso em 13 de junho de 2012
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Para analisar a performance:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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Nesta atividade, analisaremos músicas que tratam de um dos maiores problemas do Nordeste, ou seja, a chamada "Seca".
Esta música é uma performance ao vivo registrada em disco.
Antes de reproduzir a música, repercutir algumas questões entre os alunos, tais como:
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Reprodução por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=RRlGFLhGlrU. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositor: Alceu Valença
Intérprete: Alceu Valença
Disco: Vivo!
Gravadora, ano: Som Livre, 1976
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LETRA
Eu só acredito
Em vento que
Assanha cabeleira
Quebra portas e vidraças
E derruba prateleiras
Se fizer um assobio esquisito
Na descida da ladeira
Eu só acredito em chuva
Se molhar minha cadeira
De palhinha na varanda
Minha espreguiçadeira
Se fizer poça na rua
Acredito nessa chuva de peneira
Eu só acredito em lama
Se for escorregadeira
Como casca de banana tobogã
De fim de feira
Alceu Valença já não acredita
Na força do vento
Que sopra e não uiva
Na água da chuva
Que cai e não molha
Já perdeu o medo de
Escorregar
Disponível em: http://letras.terra.com.br/alceu-valenca/173184/. Acesso em 13 de junho de 2012
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Para analisar a performance:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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Eduardo Araújo não é nordestino, mas sim do Norte de Minas, divisa com a Bahia e o restante do Nordeste. Esta música faz parte no qual o artista passou a abordar temas relacionados com a história do Brasil. Conheça esta ótima matéria/entrevista realizada com Eduardo Araújo e disponibilizada pelo jornal coletivo sÓ - http://issuu.com/jornalcoletivoso/docs/nonaedicao. Acesso em 21 de agosto de 2012
Antes de reproduzir a música, repercutir algumas questões entre os alunos, tais como:
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Reprodução por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=P86Bo74F4Dg. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositores: Eduardo Araujo - Tom Gomes
Intérprete: Eduardo Araujo
Disco: Eduardo Araujo
Gravadora, ano: RCA Victor, 1972
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LETRA (transcrição nossa, não disponível na Internet)
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Eu rocei em espinhos / O lugar mais puro da terra
E sonhei o verde mais verde / Que o teu tempo de espera
E o amor que plantei aqui / Morreu sem a chuva
Que não choveu e...
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
E as coisas que prendem / Um homem ao chão
Ensinam que a morte / É a continuação
E o homem foi (...)
Fez nascer uma flor / Na vida, a razão
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
Ê seca brava, acabou com minha plantação / Ê seca brava, acabou com minha plantação
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Para analisar a performance:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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De acordo com nota de Eduardo Araujo na contracapa original do LP (disco de vinil), a música não fala propriamente da seca do Nordeste, mas sim de certo vazio dentro das pessoas. Desse modo, PROFESSOR, encaminhar uma discussão que permita perceber a importância da análise musical a partir de fontes primárias, assim como a questão da subjetividade nesta análise. Para aprofundar no debate, confira este interessante artigo sobre o tema - http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-25551997000100016&script=sci_arttext. Acesso em 21 de agosto de 2012
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Nesta atividade trabalharemos com músicas que tratam do imaginário Nordestino, a partir de temas como o Cangaço, a Fé e a Esperança de vida das pessoas.
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Esta música faz parte da trilha sonora intitulada "Deus e o Diabo na terra do sol", assinada pelo cineasta Glauber Rocha (o diretor do filme de mesmo nome) numa parceria com o compositor, cantor e instrumentista Sérgio Ricardo.
Antes de reproduzir a música, repercutir o filme com os alunos:
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Reprodução por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=e3gx-8dSZVw. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositores: Glauber Rocha (letra); Sérgio Ricardo (música)
Intérprete: Sérgio Ricardo
Disco: Deus e o Diabo na terra do sol
Gravadora, ano: Forma, 1964
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LETRA
Se entrega Corisco!
Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho Pra viver lá na prisão
Se entrega Corisco eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte de parabelo na mão
Se entrega Corisco (se entrega Corisco)
Eu não me entrego não! Eu não me entrego não
Eu não me entrego não
Se entrega Corisco!
Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho Pra viver lá na prisão
Se entrega Corisco eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte de parabelo na mão
Se entrega Corisco (se entrega Corisco)
Eu não me entrego não! Eu não me entrego não
Eu não me entrego não
Farrea, farrea povo
Farrea até o sol raiar
Mataram Corisco
Balearam Dadá (bis…)
O sertão vai virá mar
E o mar virá sertão (bis)
Tá contada a minha estória
Verdade e imaginação
Espero que o sinhô
Tenha tirado uma lição
Que assim mal dividido
Esse mundo anda errado
Que a terra é do homem
Num é de Deus nem do Diabo (bis)
Disponível em: http://letras.mus.br/deus-o-diabo-na-terra-do-sol/1777933/. Acesso em 13 de junho de 2012
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Para analisar a performance:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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O conjunto Nação Zumbi surgiu nos anos 90, em Recife, ancorando o vocalista e compositor Chico Science. Com a prematura morte de Science, em 1997, a banda continuou sob a liderança de seu irmão, Jorge Du Peixe.
Antes de reproduzir a música, repercutir algumas questões entre os alunos, tais como:
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Reprodução por meio do link a seguir:
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http://www.youtube.com/watch?v=bFzDzOPhm7k. Acesso em 13 de junho de 2012
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Compositores: Jorge Du Peixe/Nação Zumbi
Intérprete: Nação Zumbi
Disco: Fome de tudo
Gravadora, ano: Deckdisc, 2007
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LETRA
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Esse é o alvorecer de tudo que se quer ver
Sem fazer sombra na melhor hora do sol
Eternidade duradoura com sossego então
Melhor que fique assim
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Todos os dias nascem deuses
Alguns maiores e outros menores do que você
Essa é a janela dos outros em ação
Beijos explodem como bombas ao anoitecer
Brinquedos avançados acendendo o som
Não estaremos dormindo
Todos os dias fazem deuses
Alguns melhores e outros piores do que você
Todos os dias fazem deuses
Alguns melhores e outros piores do que você
Disponível em: http://letras.terra.com.br/nacao-zumbi/1106010/. Acesso em 13 de junho de 2012
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Para analisar a performance:
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Os alunos podem registrar as impressões acerca do documento no editor de texto.
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Para praticar e socializar os aprendizados desta experiência de pesquisa, recomendamos que os alunos façam novos exercícios de análise histórica a partir de músicas.
ORIENTAÇÕES GERAIS:
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Nesta aula, o professor poderá avaliar o aprendizado dos alunos por meio da capacidade de análise das músicas e leituras sugeridas, além da realização da atividade final e demais registros produzidos na aula.
Cinco estrelas 3 classificações
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11/09/2012
Cinco estrelasdeveria usar outras musicas para aborda o contexto historico de varias regiôes do Brasil.
25/08/2012
Cinco estrelasAchei este projeto muito instigante, pois além de levar os alunos a refletirem sobre os acontecimentos históricos também o fará conhecer outras música, diferentes daquelas que devem estar seu play- list. Os alunos poderão conhecer melhor artistas que talvez não conheçam bem.
23/08/2012
Cinco estrelasMuito bom, pois a valorização de culturas diferentes é importante desde o inicio das series inicias na vida escolar.