21/06/2012
Danilo Araújo Marques; Lígia Beatriz de Paula Germano
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | História | Tempo: transformações e mentalidades |
Ensino Médio | História | Poder |
Ensino Médio | História | Processo histórico: nações e nacionalidades |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Cidadania e cultura contemporânea |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
- Diferenciar o panfleto de outros gêneros textuais e suportes de ideias.
- Compreender a chamada Revolução Americana pelo viés da circulação das ideias.
- Refletir sobre o suporte panfleto e o seu impacto na divulgação das ideias revolucionárias na América do Norte de fins do século XVIII.
- Revolução Inglesa.
- Iluminismo.
- Revolução Americana (fatos).
O professor poderá valer-se da seguinte aula sobre panfletos, publicada no Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22514; bem como utilizar algumas imagens de panfletos atuais para mostrar, em linhas gerais, aos alunos quais as características peculiares de um panfleto.
Feito isto, o professor deverá introduzir o tema da Revolução Americana. Em um primeiro momento, o professor fará aos alunos a seguinte pergunta: “Em um mundo sem telefone, rádio, televisão ou Internet, como será que as ideias circulavam?”
Após dar espaço para a reflexão e as eventuais respostas dos alunos, o professor deverá esclarecer que as ideias, no século XVIII, eram divulgadas, muitas vezes como opinião, na forma de escritos. No fim do século XVII, no caso das Treze Colônias, tais escritos eram, geralmente, publicados em jornais e almanaques, por exemplo.
Por outro lado, para além desses suportes, o professor deverá observar que muitas opiniões circulavam sob a forma de panfletos, os quais, como já se viu, servem para expor uma mensagem rápida e de fácil entendimento. Contudo, os panfletos do século XVIII não eram como os panfletos atuais, que possuem, geralmente, pouquíssimas páginas. Os panfletos publicados nas Treze Colônias do século XVIII traziam, em geral, textos argumentativos e/ou sermões, tratados técnicos e magisteriais. O professor deverá mostrar aos alunos o exemplo de um clássico panfleto escrito por Thomas Paine, publicado na América do Norte, em fins do século XVIII:
Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Commonsense.jpg
Desenvolvimento
O professor deverá dividir a sala em vários grupos de três alunos e solicitar a cada grupo que confeccione um modelo de panfleto.
Os modelos de panfleto deverão conter argumentação e desenvolvimento de uma ideia, determinada pelos alunos de cada grupo. À medida que as ideias forem escolhidas, o professor deverá solicitar aos alunos que o informem sobre elas, para o seu controle e sua orientação.
Todos os grupos deverão desenvolver os modelos de panfletos. Após isso, os grupos deverão, a pedido do professor, trocar os panfletos entre si. Após a troca, cada grupo irá fazer a leitura do referido panfleto e apresentar as ideias principais dele para todos da sala, incitando o debate crítico entre todos os alunos, na sala de aula.
Ao fim da aula, com base na atividade feita, o professor deverá observar como a publicação e a circulação de uma ideia, assim como foi feito em sala de aula por todos os grupos, têm o poder de provocar o debate e a troca de outras ideias. Tal observação servirá como base para a abordagem do impacto dos panfletos como suporte de ideias na Revolução Americana.
AULA 2
O professor deverá observar que muitas das ideias que circulavam pelas Treze Colônias, sob a forma de panfletos, além de conter algumas ideias importadas de outros eventos, como as ideias políticas dos britânicos John Locke ou John Milton, em sua maioria, traduziam preocupações políticas e respostas diretas aos eventos da época, como os panfletos que se seguiram ao Massacre de Boston (1770) ou à Festa do Chá de Boston (1773), de forma que também divulgavam os eventos ocorridos.
Gravura de Paul Revere sobre o Massacre de Boston. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Boston_Massacre.jpg.
Litografia de 1876, relatando a Festa do Chá de Boston. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Boston_Tea_Party_Currier_colored.jpg.
Desenvolvimento
O professor sugerirá a atividade abaixo aos alunos, a qual será realizada individualmente e entregue ao professor, como trabalho escrito.
Atividade
Discorrer sobre o gênero textual do panfleto e refletir sobre como pode haver circulação e aceitação de ideias e o estouro de eventos a partir de sua publicação.
O professor deverá solicitar aos alunos que, em seus trabalhos, pensem em como os acontecimentos envolvidos em todo o processo revolucionário das Treze Colônias possuíam relação com a divulgação das ideias feita nos panfletos. Os alunos deverão basear-se na leitura do panfleto citado acima: Senso Comum, de Thomas Paine.
As reflexões poderão tomar como referência os seguintes links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Panfleto
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22514
http://iscte.academia.edu/LuisRodrigues/Papers/119637/A_Revolucao_Americana_1763-1787_
Se possível, o professor deverá dispor os assentos dos alunos em semi-círculo e provocar o intercâmbio de ideias entre as reflexões feitas pelos alunos com base na atividade proposta.
Ao final da aula, os alunos deverão entregar ao professor um pequeno texto que contenha uma síntese das reflexões feitas a partir da atividade.
Conclusão
Foi a partir da utilização do panfleto como suporte de divulgação de ideias que muitos dos mais importantes escritos da Revolução Norte-Americana tornaram-se públicos. O panfleto possui algumas peculiaridades que o torna viável como veículo de ideias. Uma das grandes vantagens do panfleto diz respeito à flexibilidade de tamanho, o que tornava possível a publicação desde pasquins curtos a escritos mais longos, como tratados técnicos e magisteriais. E é notável a solidez com que os argumentos eram expostos nos panfletos, nos melhores casos de sua escrita, combinando ímpeto e detalhe, casualidade e cuidado, o caráter súbito dos problemas e os argumentos nada antecipados.
Com a flexibilidade, a barateza e a facilidade na manufatura, os panfletos eram comumente impressos nas várias prensas tipográficas. Os panfletos publicados nas duas décadas anteriores à Independência, como expressão de ideias e atitudes no âmbito da Revolução, são documentos mais de caráter político que literário. Contudo, por outro lado, as qualidades literárias dos panfletos são de fundamental importância, sobretudo, na compreensão dos objetivos e do estilo de pensamento de seus escritores e de seu contexto.
- Links de apoio aos alunos:
http://maniadehistoria.wordpress.com/2009/03/17/a-revolucao-americana/
http://www.youtube.com/watch?v=5yIWKYWJIhY&feature=related
- Livros para auxílio do professor:
BAILYN, Bernard. A literatura da revolução. In: As origens da Revolução Americana. Bauru, SP: EDUSC, 2003.
PAINE, Thomas. Senso comum. Porto Alegre: L&PM, 2009.
VINCENT, Bernard. Thomas Paine: o revolucionário da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1989.
A avaliação será realizada em todas as etapas do aprendizado.
- As atividades presentes na primeira aula possibilitarão aos alunos formular uma opinião crítica própria diante da formulação de um texto que siga os parâmetros de um gênero textual específico, além de açular o espírito crítico na percepção das ideias expressas.
- As interlocuções e os trabalhos escritos deverão ser avaliados, levando-se em consideração a autonomia dos alunos em se tratando da capacidade de transmissão coerente e consistente de suas opiniões, bem como da pertinência ao assunto estudado.
- Durante o trabalho em grupo, os alunos serão avaliados segundo a sua capacidade de realizar tarefas coletivas como a interação e o diálogo, o respeito aos diferentes pontos de vista e o consenso entre opiniões divergentes.
- As apresentações serão um meio de se avaliar a capacidade dos alunos em interpretar e expor, de forma articulada, as ideias expressas no texto a que tiverem acesso.
- O trabalho final deverá ser avaliado em sua consistência e coerência.
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