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Testes: você é um aluno aplicado?

 

03/06/2012

Autor e Coautor(es)
Karen Alves de Andrade
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Dr. Luiz Prazeres

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros digitais: impacto e função social
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

·         Conhecer o gênero teste.

·         Reconhecer os suportes onde os testes foram publicados.

·         Produzir um teste.

·         Analisar os perfis descritos em alguns testes.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

  • Perguntas diretas e indiretas
Estratégias e recursos da aula

 

Para esta sequência didática, você irá precisar de:

·         Computador/ internet (sala de informática)

·         Data show, ou vídeo e TV

·         Caixas de som

·         Dicionário de língua portuguesa e inglesa

 

Aulas 1 e 2:

 

Professor, no início desta sequência didática, abordaremos a dependência à internet, um dos novos males da vida moderna. Para isso, inicie sua aula levantando os conhecimentos prévios de seus alunos. Se necessário, utilize o roteiro a seguir para nortear a discussão:

 

1.      Você tem computador em casa?

2.      Ele é ligado à internet? Que tipo de internet? Discada, banda larga...

3.      Com que frequência você a utiliza? E seus familiares?

4.      Quando você precisa fazer uma pesquisa escolar, qual é o seu procedimento?

5.      Você acha que a internet facilitou a vida das pessoas?

6.      Em que medida o acesso tão vasto a informações pode ser benéfico? E prejudicial?

 

Durante a discussão, permita que seus alunos falem sobre a importância da rede mundial de comunicação em suas vidas e que percebam a crescente dependência que temos tido quanto a essa tecnologia. Em seguida, faça cópias do texto a seguir – ou disponibilize em tablets – e peça  que os alunos façam a leitura dele.

 

Uso excessivo de tecnologia pode remodelar a personalidade, dizem especialistas

(Disponível em: http://img.terra.com.br/i/2010/06/11/1563666-5445-atm14.jpg)

Os seus amigos noFacebook são mais interessantes do que os da vida real? O acesso de alta velocidade à Internet o tornou impaciente com a lentidão de algumas crianças? Você às vezes pensa em usar o fast forward e de repente percebe que a vida não vem com controle remoto?

Caso sua resposta a qualquer dessas perguntas tenha sido afirmativa, a exposição à tecnologia pode estar lentamente remodelando a sua personalidade. Alguns especialistas acreditam que o uso excessivo da internet, celulares e outras tecnologias podem fazer com que nos tornemos mais impacientes, impulsivos, esquecidos e ainda mais narcisistas.

"A vida mais e mais se assemelha a uma sala de chat", disse o Dr. Elias Aboujaoude, diretor da Clínica de Controle de Distúrbios de Impulsividade, na Universidade Stanford. "Estamos pagando o preço em termos de vida cognitiva, devido ao estilo de vida virtual que adotamos".

Dedicamos muito tempo aos nossos aparelhos, e alguns estudos sugeriram que a dependência excessiva de celulares e internet é equivalente a um vício. Sites como o netaddiction.com oferecem testes de autoavaliação para determinar se a tecnologia se tornou uma droga. Entre as questões usadas na identificação de riscos estão: Você negligencia seus afazeres caseiros para ficar online mais tempo? Verifica seu e-mail frequentemente? Perde o sono com frequência por ficar conectado de madrugada? Se as respostas forem afirmativas, a tecnologia pode estar prejudicando sua vida.

Em estudo que será publicado pela revista Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, pesquisadores da Universidade de Melbourne, Austrália, sujeitaram 173 universitários a testes para medir o risco de comportamentos problemáticos de internet e quanto a jogos de azar. Cerca de 5% dos participantes mostraram sinais de problemas quanto ao jogo, e 10% deles mostraram resultados suficientes para colocá-los no grupo de risco quanto ao "vício" em internet.

O uso da tecnologia estava claramente interferindo com a vida cotidiana dos estudantes, mas defini-lo como vício talvez seja ir longe demais, diz Nicki Dowling, a psicóloga clínica que comandou o estudo. Ela prefere a definição "dependentes de internet".

Tipicamente, a preocupação quanto à nossa dependência com relação à tecnologia é que subtrai tempo ao convívio com amigos e familiares no mundo real. Mas os psicólogos recentemente se intrigaram com um efeito mais sutil e insidioso de nossas interações online. Talvez o imediatismo da internet, a eficiência do iPhone e o anonimato das interações em chat mudem o cerne do que somos.

Estudiosos questionam se a vasta armazenagem de dados oferecida pelos sistemas de e-mail e a internet está impedindo as pessoas de deixar que o passado se vá, prendendo-as a muitas recordações desnecessárias e impedindo que acumulem novas experiências. Hoje em dia, tudo é armazenado na memória eletrônica, diz, de um e-mail inócuo enviado depois de um almoço de negócios a uma briga online com um cônjuge.

"Se a pessoa não consegue esquecer porque tudo aquilo está sempre presente, que efeito isso tem sobre a capacidade de criar memórias novas e lembrar coisas dignas de recordação?", ele diz. "Se você tem 500 fotos de suas férias no Flickr, em lugar de cinco fotos realmente significativas, isso muda a capacidade de relembrar os momentos dignos de recordação?"

E tampouco existe modo fácil de superar a dependência em tecnologia. Nicholas Carr, autor de um livro sobre os efeitos da internet no cérebro, diz que responsabilidades sociais e familiares, trabalho e outras pressões influenciam nosso uso da tecnologia. "Quanto mais profundamente a tecnologia está inserida nos padrões da vida cotidiana, menos escolha sobre/ se/ e como deveremos utilizá-la", ele afirmou em recente post sobre o tema.

Alguns especialistas sugerem simplesmente reduzir o tempo passado online, por exemplo estabelecendo limites para o número de vezes em que você verifica seu e-mail, ou deixando o celular em casa ocasionalmente.

O problema se parece com um distúrbio alimentar, disse a Dra. Kimberly Young, professora da Universidade St. Bonaventure, em Nova York, que realizou pesquisas sobre o aspecto vício da tecnologia online. A tecnologia, como a comida, é parte essencial da vida cotidiana, e quem sofre de um distúrbio de comportamento online não pode abandonar completamente o seu uso, e, em lugar disso, precisam aprender moderação e uso controlado. Ela sugere terapia para determinar as questões subjacentes que despertam a necessidade de que uma pessoa use a internet "como via de escape".

O Centro Internacional de Mídia e Estudo de Causas Públicas da Universidade de Maryland pediu que 200 alunos passassem um dia sem usar a mídia eletrônica. Os relatórios que eles apresentaram posteriormente sugerem que abandonar a tecnologia de vez não só cria dificuldades logísticas consideráveis como muda a capacidade de conexão com os outros.

"Trocar mensagens de texto e instantâneas com meus amigos sempre me reconforta", escreveu um aluno. "Sem esses dois luxos, sinto-me sozinho e isolado de minha vida. Embora estude com outros milhares de alunos, o fato de que não possa me comunicar com alguns deles usando a tecnologia se provou quase insuportável".

(Disponível em: http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4486490-EI12884,00-Especialistas+investigam+a+chamada+dependencia+de+internet.html. Acesso: 08/05/2012.)

Em grupos de 5 componentes, peça que os alunos discutam o texto, seguindo o roteiro:

 

Roteiro:

 

1.      Localizem as palavras desconhecidas ou estrangeiras e verifiquem no dicionário (impresso ou virtual) seu significado.

2.      Identifiquem o assunto abordado pelo texto.

3.      Identifiquem o tópico tratado em cada parágrafo.

4.      Listem os sites ou redes sociais citados no texto. Acessem e registrem seus endereços eletrônicos. Havia algum desconhecido? Se sim, qual?

5.      Segundo o texto, de que maneira a dependência à internet pode ser reconhecida?

6.      A que a “dependência virtual” foi comparada no texto?

7.      De que maneira a dependência pode afetar a vida das pessoas?

8.      Você concorda com o posicionamento apresentado pelo texto?

Depois da leitura e da discussão do texto motivador, proponha que os alunos realizem os testes a seguir.

 

Professor, é possível propor, também, que os próprios alunos pesquisem e selecionem textos sobre o uso inadequado ou exagerado da internet, podendo, até mesmo, restringir o tema à dependência às redes sociais. A pesquisa ajudará na produção textual final.

 

Teste 1: Você é viciado em internet?  – Site Vila Mulher (adaptado)

 

Responda SIM ou NÃO para as perguntas abaixo e descubra se você é viciada em Internet:

 

1- Você beija e acaricia suavemente a home page do seu namorado ou marido?

2- Se recusa a sair de férias em um lugar que não tem eletricidade nem linha telefônica?

3- Não consegue evitar de teclar “com” depois de um ponto?

4- Você se refere a ir ao banheiro como downloading?

5- Seu cachorro também tem uma home page própria?

6- Se levanta às 3 da manhã para ir ao banheiro e, ao voltar para a cama, se detém checando seus e-mails?

7- Se emociona cada vez que um provedor de serviço lhe concede chamadas sem limites em lugar das atuais 200 horas/mês?

8- Para chamar o elevador, você dá dois cliques no botão?

9- O valor financeiro do seu computador supera o do seu carro?

10- Tatuou em alguma parte do corpo “www.google.com.br” ou “este corpo é melhor visualizado pelo Netscape 4.5”?

11- Você sonha em HTML e tem pesadelos em Flash?

12- Todos os seus amigos têm “@” no nome?

13- Seu computador sofre pane e você tem, literalmente, um ataque de pânico e sente como se fosse morrer?

Resultado:

·         Se você respondeu SIM para alguma dessas perguntas, tenho que revelar que você está com problemas.

·         Se respondeu SIM para metade delas, não dá mais para disfarçar, a Internet tem um grande poder sobre você.

·         Mas, se você respondeu SIM para TODAS essas perguntas, cuidado, porque não existe ninguém no mundo que possa te aguentar. Você é um viciado em Internet e um tremendo chato!

 

Brincadeiras à parte, esta questão sobre viciados em Internet ou a “Síndrome de Adicção à Internet” está começando a ficar séria. Para se ter uma idéia, foi criada na China uma clínica especializada em tratamentos para esses adictos à rede! O que está acontecendo? Será que não existe coisa mais interessante para se fazer do que ter o cérebro conectado 24 horas por dia? Será que as pessoas estão se esquecendo que existem pessoas reais, emoções reais, relacionamentos reais? Não se esqueça: diante de um problema de conexão, chamar o serviço técnico. Mas se ele não resolver, caia na real, porque nem tudo é resolvido no mundo virtual, e QUALIDADE DE VIDA é uma delas!

 

(Disponível em: http://vilamulher.terra.com.br/teste-voce-e-viciada-em-internet-11-1-71-49.html. Acesso: 08/05/2012)

 

 

Depois de fazer o teste, responda:

 

  1. A qual público-alvo esse teste se destina?
  2. Como ele se organiza?
  3. Você acredita que é um teste confiável?
  4. Sua autoavaliação condiz com o resultado do teste?

 

Teste 2: Critérios de dependência de Internet – Site Profissionais TI

Apresentar, pelo menos, 5 dos 8 critérios abaixo descritos:

(1)   Preocupação excessiva com a Internet

(2)   Necessidade de aumentar o tempo conectado (on-line) para ter a mesma satisfação

(3)   Exibe esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet

(4)   Irritabilidade e/ou depressão

(5)   Quando o uso da internet é restringido, apresenta labilidade emocional (Internet como forma de regulação emocional)

(6)   Permanece mais conectado (on-line) do que o programado

(7)   Trabalho e as relações sociais ficam em risco pelo uso excessivo

(8)   Mente aos outros a respeito da quantidade de horas conectadas

(Disponível em: http://www.profissionaisti.com.br/2009/03/voce-e-dependente-de-internet-faca-o-teste/. Aceso: 08/05/2012)

 

Levando em consideração o site em que o teste se encontra, responda:

 

  1. A qual público-alvo esse teste se destina?
  2. Como ele se organiza?
  3. Você acredita que é um teste confiável?
  4. Sua autoavaliação condiz com o resultado do teste?

 

Teste 3: Quem é você na internet? – Site da Revista Atrevida

 

 

Depois de realizá-lo, responda:

 

  1. A qual público-alvo esse teste se destina?
  2. Como ele se organiza?
  3. Você acredita que é um teste confiável?
  4. Sua autoavaliação condiz com o resultado do teste?

 

 

Professor, após a realização dos testes, converse com os alunos sobre os resultados obtidos. Divida os usuários de internet em três perfis: dependente; logado (que acessa a internet, mas moderadamente) e desconectado. Faça no quadro uma tabela colocando cada perfil em uma coluna. Em seguida, preencha as linhas com o número de alunos que, segundo os testes, corresponde a cada perfil. Você pode fazer um trabalho conjunto com o professor de matemática transformando os dados em porcentagem e em gráficos. Veja o modelo.

 

Perfil:

DEPENDENTE

LOGADO

DESCONECTADO

Número de alunos:

 

 

 

 

 

Porcentagem de alunos:

 

 

 

 

 

 

 

Aulas 3 e 4:

 

Professor, nestas aulas seus alunos deverão produzir um teste. O tema será o aluno aplicado da era tecnológica. Com a difusão das tecnologias, a maneira de pesquisar e de estudar mudou bastante. Da mesma forma, o perfil dos alunos mudou também. Um aluno aplicado é aquele que carrega diversas enciclopédias ou que sabe pesquisar com eficiência em sites de busca, como o Google? Vamos traçar o perfil do estudante moderno!

 

Distribua para os alunos os seguintes textos. Proponha que as equipes façam a leitura e respondam as questões que seguem:

 

 

Texto 1: O futuro dos livros

 

 

2020: Todos os livros serão multiplataforma e interativos


Os “livros” do futuro serão agrupados com trilhas sonoras, leitimotivs musicais, gráficos em 3-D e vídeo em streaming. Serão aprimorados com marcadores de página coletivos, namoro online e alertas emitidos por aplicativos sociais geolocalizados a cada vez que alguém na sua vizinhança comprar o mesmo livro que você — qualquer coisa desde que você não precise de fato ler a coisa. Autores vão fazer seu próprio marketing, o leitor será responsável pela distribuição, a sabedoria das multidões se encarregará da edição e a mão invisível do mercado vai cuidar da escrita (se houver alguma). Escritores reagirão tornando-se virais ou animais.

 

Disponível em: http://digimonforever.forumeiros.com/t319-o-futuro-dos-livros.

Acesso: 08/05/2012).

 

 

Texto 2: Livros eletrônicos estão caindo no gosto de leitores americanos

A escolha não é por apenas um modelo. De modo geral as vendas de todos os e-books, como são chamados, quadruplicaram nos cinco primeiros meses do ano.

Quando os livros fazem história é assim: uma das maiores livrarias dos Estados Unidos anuncia que nos últimos três meses as vendas de livros eletrônicos ultrapassaram as dos livros de papel. São, em média, 143 livros digitais para cada cem unidades tradicionais

Seria a facilidade de levar para lá e para cá, de grifar um texto, de ter instantaneamente o sinônimo de uma palavra? Seria a capacidade de armazenar milhares de livros em um aparelhinho fininho?

Ninguém sabe exatamente, mas a desconfiança é que tudo isso junto está levando as pessoas a trocarem o papel pelo digital. A escolha não é por apenas um modelo: há o Kindle, da Amazon, o nook, da livraria Barnes and Noble, o Reader, da Sony ou o Ipad, da Apple.

De modo geral as vendas de todos os e-books, como são chamados, quadruplicaram nos cinco primeiros meses do ano. Claro, por trás disso, esteve a concorrência e a redução no preço dos aparelhos.

São muitas mudanças. Só que ainda não dá para dizer que os livros de papel foram esquecidos pelos leitores. No último ano as vendas de livros impressos, nos Estados Unidos, cresceram 22%, de acordo com a associação de editoras americanas. Mas especialistas apostam que em uma década eles vão representar apenas 25% do mercado.

Uma mudança de comportamento na sua forma e não no conteúdo. A busca pelo conhecimento continua e continuará a mesma. Seja por meio de livro de capa dura, seja por meio de um livro eletrônico. É que todos apostam. É o que todos esperam.

 

Disponível em: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/07/livros-eletronicos-estao-caindo-no-gosto-de-leitores-americanos.html. Acesso: 08/05/2012.

 

 

Texto 3: Como melhorar o desempenho dos alunos investindo em tecnologia?

 

O bom uso de computadores e da Internet na educação é um assunto que interessa muito a diretores de escolas e lideranças educacionais. Afinal, o tipo e a quantidade de recursos disponibilizados para uma comunidade e o modo como são utilizados interferem significativamente no desempenho dos seus alunos e no exercício da cidadania. Este artigo tem por objetivo informar diretores e outras lideranças educacionais a respeito do impacto da informática na educação e do que se pode fazer para aproveitar ao máximo esse recurso.

Computadores e Internet garantem melhor desempenho?

Desde que se descobriu que computadores e Internet também podem ser usados na educação, os pesquisadores começaram a realizar investigações para identificar qual é sua relevância para o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. Não faltam estudos de caso que relatam experiências individuais bem-sucedidas de professores e alunos do mundo inteiro com a utilização do computador e da Internet ou que revelam que o uso de computadores é essencial para a formação do cidadão do século XXI.

Em 1998, pesquisadores da Universidade de Laval, no Canadá, reuniram essas experiências e mostraram que a utilização de computadores e da Internet tornam as práticas docentes mais motivadoras e mais centradas nas necessidades dos alunos e na solução de problemas autênticos (Bracewell, 1998). Daí para concluir que os alunos também aprendem mais era um pulo, não? Mas ainda faltava a prova.

Mais tarde, em 2000, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine, (Riel e Becker, 2000) conseguiram associar um comportamento de liderança dos professores ao uso de computadores, isto é, sua pesquisa revelou que os professores mais bem formados e influentes no seu grupo, e aqueles que utilizavam estratégias pedagógicas variadas, também eram os que mais gostavam de usar computadores. Se os melhores professores vêem utilidade no computador e na Internet, essas ferramentas deveriam ser muito boas para o desenvolvimento dos alunos, não? Mas ainda faltava a prova.

Finalmente, em 2005, chegou a prova. A comunidade científica conseguiu mostrar que computadores e Internet estão associados a um melhor desempenho dos alunos nas habilidades que devem ser desenvolvidas na escola, tais como Leitura e Matemática. Trata-se do estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, que comparou os resultados do Pisa 2003 com o acesso dos alunos a computadores e à Internet. O Pisa é um exame internacional que avalia e compara o desempenho de jovens de 15 anos nos 31 países-membros da OECD e seus 11 parceiros, entre eles o Brasil. Esse exame é realizado com base no Censo Escolar e envolve alunos de escolas particulares e públicas de todas as regiões do país. O foco de 2000 foi a Leitura e o de 2003, a Matemática. Com os dados do Pisa 2000, a relação entre acesso a computadores e desempenho não ficou muito clara porque faltavam informações sobre os alunos. Já em 2003, o estudo foi muito mais abrangente e conclusivo.

Disponível em < http://blog.educacional.com.br/articulistaBetina/p70286/>. Acesso 15 de maio de 2012.

  1. Segundo os textos, existe uma tendência em se substituir os livros impressos pelos digitais. O que você acha disso?
  2. Você acha que o maior interesse no consumo de livros digitais é apenas um modismo ou aponta para uma realidade futura?
  3. Você acha que a facilidade ao acesso de informações em sites de pesquisa prejudica o desenvolvimento dos alunos?
  4. De que maneira a tecnologia pode favorecer o aprendizado?
  5. Com base nas leituras e em seus conhecimentos, o que seria, hoje, um aluno aplicado?

 

Professor, as perguntas também podem servir como roteiro de pesquisa para os alunos entrevistarem seus pais e amigos. Assim, eles poderão traçar um panorama do pensamento das pessoas sobre as tecnologias na educação. Outras perguntas também podem ser acrescentadas.

Discuta com os alunos as respostas dadas às questões e, em seguida, faça a seguinte proposta:

 

Durantes as aulas, percebemos que existem diferentes tipos de testes e que, cada um deles se dirige a um público-alvo específico. Para saber o perfil dos alunos de sua escola, em grupo de 5 alunos, crie um teste sobre a relação existente entre os alunos e as tecnologias na aprendizagem. Para isso, elabore perguntas referentes às práticas escolares e de pesquisa de seus colegas e crie, pelo menos, 3 perfis diferentes de tipos de alunos. Não se esqueça de redigir os resultados – pequenos textos descritivos sobre o perfil.

 

Cada equipe poderá aplicar seu teste nos alunos da escola e, com o apoio do professor de matemática, tabelar os dados e transformá-los em gráficos. Com os dados em mãos, que tal redigir uma matéria e publicar em um jornal mural da escola, em um blog ou no site da escola?

É muito importante dar uma finalidade à produção dos alunos, por isso, não deixe de mostrar as aplicações que um teste pode ter. Se entendermos o resultado da aplicação do teste como diagnóstico, e que parte dos alunos já encontram problemas em utilizar a internet de maneira regrada, seria interessante convidar um profissional para uma palestra com alunos e familiares. 

Recursos Complementares

 

Avaliação

 

Professor, avalie seus alunos ao longo de todo o processo. Verifique se eles foram capazes de compreender os textos trabalhados, produzindo sentido e aplicando os conhecimentos construídos nas discussões em grupo. Avalie, também, o teste criado pelos grupos, considerando a pertinência das perguntas, a descrição dos perfis e sua aplicação na escola. Caso decida produzir os gráficos sugeridos, avalie também, com o professor de matemática, as competências referentes a essa disciplina.

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