O aluno deverá compreender e experimentar a técnica do ataque no voleibol, relacionando-os aos princípios da física presentes na ação.

Os alunos deverão compreender o princípio da transformação de velocidade de uma corrida em impulsão vertical.

1º momento:

O professor deverá reunir a turma para uma apresentação sobre o ataque no voleibol e os fatores intervenientes no grupo de movimentos que o compõe.  São eles: a corrida e o salto; o movimento da cortada; a queda.

O professor deverá passar o filme da TV Escola: Voleibol 2 (trecho 5min30seg.), solicitando que os alunos observem os aspectos técnicos mostrados e como estes se apropriam de alguns elementos da física.

TV Escola - Série Atividade - Voleibol - parte 2 

O professor deverá também chamar a atenção para o fato de que, além dos aspectos técnicos e táticos, a ação do ataque está interligada às ações de passe, defesa e levantamento.  A qualidade dessas ações preparatórias irá determinar melhores condições para o sucesso do ataque da equipe.

Dentre os elementos da física observados o professor deve destacar a percepção espaço temporal, a transformação da velocidade da corrida em impulsão vertical, a alavanca exercida pelos braços contribuindo para o ganho de impulsão, o equilíbrio dinâmico do corpo durante o salto e o amortecimento do impacto na queda. 

Neste primeiro momento, serão abordados a percepção espaço temporal e a transformação da velocidade da corrida em impulsão vertical

Inicialmente o professor deve esclarecer aos alunos que o salto é composto de 3 fases distintas: a subida, a descida, e um momento neutro entre elas, onde o corpo termina de subir, para, e então começar a descer, o chamado  “ponto zero”.  É exatamente neste momento que o ataque deve ser executado.

O professor deverá mostrar aos alunos que estes deverão ajustar o momento do salto com a trajetória da bola, de forma que realizem o ataque no momento mais alto de seu salto, acertando o que no jargão do voleibol se denomina “tempo de bola”, ou em termos técnicos, percepção espaço temporal.

Atividade 01:

Os alunos deverão realizar um rápido teste a fim de verificar como conseguirão saltar mais alto, se com 1 ou com as 2 pernas.  Para tal, os alunos deverão se colocar posicionados lateralmente à parede, saltar e tocar a parede com uma das mãos, que terá os dedos manchados com giz, de forma que marque a parede quando tocá-la.  Comparar a altura alcançada no salto com 1 e 2 pernas, com e sem deslocamento.

O professor deverá fazer uma reflexão com a turma sobre as experiência realizada no teste, chegando a constatação de que o salto realizado com as 2 pernas consegue uma maior impulsão. 

Atividade 02:

Os alunos deverão estar dispersos  pelo espaço de aula, cada qual com 1 bola, ou em grupo dividindo a mesma bola.  O aluno com a bola deverá lançá-la verticalmente para o alto, saltar e segurá-la, com os braços estendidos acima da cabeça, no momento mais alto do seu salto, no “ponto zero”.  O professor ou os colegas deverão avaliar se o aluno executor está realmente pegando a bola no momento exato do “ponto zero”, ou se o está fazendo durante a fase de subida ou descida do salto. 

Atividade 03:

Inicialmente o professor deverá passar o filme "corrida de aproximação de ataque.wmv"  (http://youtu.be/CTzTPxHyMPc)

Atividade 04:

Sem bola, os alunos deverão fazer a passada final da cortada, unindo as 2 pernas no momento final, sem quebrar a velocidade adquirida no deslocamento horizontal (movimento de mata-borrão).  Deve ser inserido também no movimento a alavanca realizada com os 2 braços estendidos para trás no momento da impulsão.

2º momento(deslocamento):

Com a turma reunida, o professor deverá retomar os aspectos tratados no momento de aula anterior, relacionando o “tempo de bola” com a passada e o salto impulsionado com as 2 pernas.

Em seguida exibirá trecho do filme TV Escola: Voleibol 2 (trecho 8min30seg.), que trata da cinesiologia da corrida/salto/cortada 

Atividade 05:

Em duplas, posicionados livremente pela quadra, os alunos deverão lançar a bola para o alto, de forma que seu companheiro realize 1 passada e salte, impulsionando com as 2  pernas e usando os braços como alavanca, pegando a bola o mais alto possível (com os braços esticados acima da cabeça e no ponto mais alto do salto). 

Atividade 06:

Os alunos deverão estar em duplas, um de frente para o outro, colocados sobre as linhas laterais opostas.  Um aluno deverá jogar a bola para o alto e bater por cima dela, fazendo o movimento do braço na cortada, de forma que ela bata no meio da quadra e vá na mão do companheiro.

Atividade 07:

Idem à atividade anterior, sendo que o aluno fará o movimento saltando do mesmo lugar, sem realizar a passada.

Atividade 08:

Idem às atividades anteriores, porém lançando a bola um pouco à frente, e fazendo o movimento da passada completo, com passada.

3º momento:

Atividade 09:

Os alunos deverão formar uma coluna na entrada de rede (posição 4), de onde deverão partir para realizar um ataque em bola segura pelo professor, que deverá estar posicionado em cima de um plinto ou cadeira.

Atividade 10:

Os alunos deverão formar uma coluna na entrada de rede (posição 4), de onde deverão partir para realizar um ataque em bola lançada pelo professor na posição 3.  O professor por sua vez, deverá lançar uma bola alta, na ponta e afastada 1 metro da rede, de forma que os alunos façam o ataque sem maiores dificuldades.

 http://youtu.be/mC9j9r_RwLA (ataque central por zona 3)

 http://youtu.be/hrva_Ev4_rA  (aula de volei do Santini)

O professor deverá dividir a turma em dois grupos, devendo um grupo realizar o movimento de corrida e salto para a cortada, enquanto o outro grupo anota as observações solicitadas.

Durante a execução da cortada do primeiro grupo, os alunos do segundo grupo deverão enumerar, anotando em uma folha de caderno, os princípios da física que eles identificam no movimento de ataque no voleibol e identificar em que situações eles se apresentam.

São os seguintes os princípios a serem identificados:

- a percepção espaço temporal (presente no momento de se iniciar a corrida para o ataque, de forma que o atleta utilize o máximo de velocidade para alcançar a bola no ponto mais alto do salto.  Esta percepção espaço temporal permite que o atleta parta para a corrida no momento certo, evitando que ele saia adiantado ou atrasado)

- a transformação da velocidade da corrida em impulsão vertical (presente no momento de transição da corrida para o salto vertical.  Neste momento não pode haver quebra, ou perda de velocidade.  A velocidade dacorrida deve ser transferida para a impulsão)

- a alavanca exercida pelos braços durante o salto  (no momento do salto, ao juntar os pés para impulsionar o salto, as mãos do atleta estendem-se para trás do corpo, fazendo um movimento de "pêndulo" para a frente, ajudando a impulsão)

- o equilíbrio dinâmico do corpo durante o salto  (durante o salto o atleta deve estar equilibrado, mantendo o controle de seu corpo no ar, dominando corretamente o movimento e evitando tocar a rede ou invadir a quadra adversária)

- o amortecimento do impacto na queda  (durante a queda deve haver um movimento de amortecimento do salto com uma leve flexão das pernas, evitando-se uma sobrecarga nas articulações)