11/07/2012
Eliana Dias
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Médio | Língua Portuguesa | Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Recursos linguísticos em uso: fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais |
http://gartic.uol.com.br/imgs/mural/lu/lucasm/1232488613.png
Obs.: As atividades deste projeto podem ser adaptadas para os tablets.
Para início do trabalho, que demandará uma hora/aula, o professor projetará em sala as seguintes placas e questionará:
http://letsrider.com/blog/wp-content/uploads/2009/04/pracacronada-thumb.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_sN1UUnKOis0/TDd2SV8ijkI/AAAAAAAAAOU/x6K5J3NQ_lg/s320/noticia_9207.jpg
Após discussão inicial acerca dos questionamentos propostos acima, o professor dirá aos alunos que a pesquisa que, por ora empreenderão, diz respeito ao levantamento da quantidade e do tipo de erro que pode ser encontrado em placas. Ainda ressaltará que o estudo objetiva não somente propor um levantamento dos tipos de erros, mas, sobretudo, propor meios de minimizar o problema.
Diante dessa pesquisa, o professor deverá solicitar aos alunos que passeiem no bairro onde moram, nos bairros vizinhos e na cidade como um todo para registrarem placas que contenham algum tipo de transgressão à norma padrão da língua. Os alunos deverão tirar fotos por meio de seus celulares e/ou UCAs e/ou máquinas fotográficas e guardarem os arquivos para atividade posterior.
Para deixar os alunos mais seguros sobre o que pesquisarão, o professor continuará exibindo algumas placas e propondo questionamentos que servirão de mote para o direcionamento da pesquisa, a saber:
http://www.pensabilidade.com.br/wp-content/gallery/placas-erradas/25_rua_albino_ferna.jpg
http://i56.tinypic.com/2ajl9z.jpg
http://undinhoperfeitodaaline.blogspot.com.br/2011/10/placas-erradas-kkk.html
Assim, sabendo sobre o que pesquisarão, os alunos, em parceria com o professor, estipularão coletivamente, por meio de projeção, os objetivos da pesquisa.
Para a proposição da justificativa, os alunos deverão compreender a importância de se identificar erros da língua em placas e seus tipos bem como propor alternativas para sua minimização. Assim, o professor sugerirá que os alunos digitem em seus laptops e/ou tablets um pequeno texto para respaldar o estudo. Antes, o professor pedirá que os alunos completem as seguintes reflexões que serão projetadas:
Após completarem as reflexões, o professor as discutirá em sala. Cada reflexão indicada acima será a temática de cada parágrafo a compor a justificativa.
Estabelecer possíveis respostas às perguntas de pesquisa torna-se fundamental para o direcionamento do estudo. As hipóteses desta pesquisa deverão ser criadas pelos alunos organizados em grupos com até 4 pessoas. Para facilitar a escrita, o professor também projetará as perguntas de pesquisa, quais sejam:
A tarefa dos alunos, portanto, é redigir possíveis respostas às perguntas usando seus laptops e/ou tablets. Essas respostas serão as hipóteses do trabalho que deverão ser confirmadas e/ou refutadas.
O corpus do estudo será constituído por placas diversas contendo erros da língua retiradas da internet e/ou do arquivo pessoal do aluno e do professor por meio de observação da cidade onde moram e/ou durante algum passeio em que puderam constatar a presença desse tipo de placa.
Para o cumprimento dos objetivos da pesquisa, seguem atividades.
COLETA DO CORPUS e TABULAÇÃO DOS DADOS
Para essa primeira atividade, os alunos, trabalhando ainda em grupos de até 4 pessoas, deverão reunir o maior número possível de placas para darem início à tabulação dos dados. Logo, farão pesquisa exaustiva na internet e utilizarão as fotos (já digitalizadas e salvas em arquivo) solicitadas no início da pesquisa, durante a motivação para o estudo. O interessante é que cada grupo reúna pelo menos 10 placas diferentes uns dos outros.
Para cada grupo será enviado, por e-mail, uma tabela para tratamento dos dados, conforme exemplo:
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Erros encontrados |
Classificação dos erros (pontuação, acentuação, ortografia, concordância, regência) |
Tipo de placa |
Lugar onde se encontra a placa |
Placa 1 |
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Placa 2 |
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Placa 3 |
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Etc. |
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Professor, em relação à classificação dos erros das placas, é importante propor uma convenção antecipada com os alunos sobre as possibilidades de tipos de erros. Além disso, é válido exemplificar cada tipo de erro para que não haja dúvidas em relação à classificação.
Após tabulação dos dados, chegou o momento de elaboração de gráficos acerca:
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/fotos/arrase-nos-graficos-no-excel-20091018081531.jpg
Professor, caso sinta necessidade, peça ajuda ao professor de Matemática. A essa parte da pesquisa cabe um trabalho interdisciplinar.
A duração para o desenvolvimento dessa atividade é de, aproximadamente, 4 horas/aula.
ELABORAÇÃO DE HIPÓTESES E EXPOSIÇÃO ORAL
Elaborados os gráficos, os alunos poderão levantar hipóteses somente com base linguística para explicar o predomínio de certo tipo de erro em relação a outros. Para isso, é importante que o professor exemplifique como deverão proceder.
Para cada tipo de erro encontrado, os alunos terão de criar uma hipótese.
Exemplo de placa do corpus:
http://2.bp.blogspot.com/-8PUXAbwHpPA/TerNpv-3_FI/AAAAAAAABsc/ELybS9_LCqk/s1600/1.jpg
Quais as possíveis hipóteses para esse problema de troca de letra?
Ao final do levantamento de hipóteses acerca de cada erro encontrado, os alunos deverão indicar a hipótese linguística que predominou em sua pesquisa. Pode ser, por exemplo, que o erro predominante foi de ortografia e a hipótese para explicá-lo seria o mesmo fonema representado por letras diferentes.
Professor, sobre esse exemplo, ver aula do Portal em Recursos Complementares.
Nessa etapa do estudo é importante que o professor assessore frequentemente cada grupo para que não se tenha equívocos no levantamento das hipóteses.
Depois de todas as hipóteses levantadas, os alunos apresentarão aos colegas de sala, por meio de projeção - via exposição oral, sua tabela e as hipóteses. Após a apresentação de cada grupo, os colegas terão de fazer comentários sobre o que viram e ouviram de modo a contribuir para a melhora de cada pesquisa.
A duração para o desenvolvimento dessa atividade é de, aproximadamente, 4 horas/aula.
Professor, caso os alunos demonstrem empenho na pesquisa, proponha que eles apresentem seus achados a colegas de outros anos, na escola, compartilhando, dessa maneira, não somente o desejo de pesquisa, mas a importância do cuidado com o uso da língua.
CRIAÇÃO DE BLOGUE, ENVIO DE CARTAS E CONSTRUÇÃO DO RELATO DE PESQUISA
Após a socialização da pesquisa, chegou o momento de propor alternativas para minimização desse tipo de erro. Para tanto, o professor poderá lançar a ideia que deverá ser acolhida ou não pela sala.
O professor deve propor:
"Já que nos deparamos com erros da língua em placas, chegou o momento de propormos alguma medida visando, mesmo que em pequena dimensão, minimizar o problema. Assim, minha sugestão é de criarmos um blogue cujo objetivo seja o de revisar a escrita de placas. Além desse espaço que deve ser publicizado em diferentes mídias, inclusive nas redes sociais, temos a opção de, a partir dos problemas encontrados em placas de nossa cidade, escrever uma carta sugerindo a revisão da placa no que tange ao uso da língua portuguesa. As cartas deverão ser endereçadas aos responsáveis ou entregues pessoalmente, conforme nossa disponibilidade."
Caso os alunos tenham outras ideias para a minimização desse tipo de erro, eles deverão apresentá-las à turma, explicando como torná-las realizáveis. Depois todos juntos, decidem por uma ou mais alternativas.
Caso seja acatada a ideia do professor, os alunos serão divididos em dois grandes grupos: um ficará responsável pela criação do blogue, seu conteúdo, e marketing, e o outro ficará responsável pela escrita das cartas e seu envio. Cada grupo terá de ser subdividido a fim de não sobrecarregar poucos alunos e tornar a tarefa mais eficiente. Seja no blogue ou seja nas cartas, os alunos terão de preparar um relato da pesquisa empreendida, o que justificará a ação.
O tempo para essa atividade é de, aproximadamente, 4 horas/aula.
Para leitura do professor:
Dossiê: A singularidade do erro ortográfico nas manifestações D'Alíngua. http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/estic/v13n25/a08v1325.pdf Acesso em 29 de mai. de 2012.
Capítulo de livro: Reescrita de textos: sugestões de trabalhos. http://www.iel.unicamp.br/cefiel/alfaletras/biblioteca_professor/arquivos/62Reescrita_de_texto.pdf Acesso em 29 de mai. de 2012.
Artigo: Norma linguística e erro: uma abordagem cognitiva. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5363/1/normaErro.pdf Acesso em 29 de mai. de 2012.
Para leitura do aluno:
Placas erradas. http://www.placaserradas.com.br/ Acesso em 29 de mai. de 2012.
Acervo de fotos de placas erradas. http://www.revistainternet.com.br/2012/02/11/acervo-de-fotos-de-placas-erradas/ Acesso em 29 de mai. de 2012.
Aulas no portal para consulta:
Aula: Dúvidas ortográficas: fonemas iguais, letras diferentes. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23803 Acesso em 29 de mai. de 2012.
A avaliação desse projeto está centrada, sobretudo, na capacidade de os alunos i) detectarem os erros da língua em placas; ii) classificarem esses erros, iii) levantarem hipóteses acerca dos erros e, sobretudo, iv) proporem ações que visam à minimização dessas ocorrências. A dedicação e organização dos alunos para a conquista dos objetivos é fator crucial para o êxito na pesquisa empreendida e, por isso, devem ser avaliadas.
Quatro estrelas 4 classificações
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05/05/2015
Cinco estrelasExcelente
11/07/2013
Quatro estrelasAula criativa e funcional. Parabéns Walleska!!
15/07/2012
Cinco estrelasParabens, criatividade no dia-a-dia no trabalho com os alunos...
11/07/2012
Quatro estrelasLEGAL... GOSTEI MESMO.