20/08/2012
Nelson Vieira da Fonseca Faria
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Artes | Arte Visual: Estruturas sintáticas |
Ensino Médio | Artes | Arte Visual: Estruturas morfológicas |
Ensino Médio | Artes | Arte Visual: Canal |
Ensino Médio | Artes | Arte Visual: Contextualização |
· Desenvolver um olhar crítico sobre os espaços sociais e as pessoas com deficiência, em especial às pessoas com deficiência visual;
· Conhecer obras artísticas feitas por e para pessoas com deficiência;
· Produzir uma exposição sensorial para pessoas com deficiência visual.
Não é necessário conhecimento prévio. Caso haja disponibilidade da escola, o Professor de Artes pode desenvolver as aulas 1, 2 e 3 com o professor de Geografia.
Aula 1:
Para introduzir o tema, o professor perguntará aos alunos se eles têm contato com alguma pessoa com deficiência em sua família ou em seus ciclos de amizades e pedirá que os mesmos relatem experiências positivas ou negativas pelas quais essas pessoas passam.
Se a própria sala possuir algum aluno com deficiência, é interessante que o mesmo possa ser escutado sobre acessibilidade, ou a falta dela, nas oportunidades e nos espaços por ele frequentados.
Ao final da discussão, o professor dividirá a turma em duplas e vendará um aluno de cada dupla para que ele possa vivenciar, momentaneamente, a sensação de estar cego.
O outro aluno da dupla fará o papel de guia do colega. É importante que este deixe o aluno vendado segurar em seu braço e não o contrário. Sua tarefa será a de guiar o colega pelos espaços da escola, o mais silenciosamente possível sem deixar que ele esbarre em nenhum obstáculo nem em outra dupla.
O professor estará à frente da turma orientando sobre a direção que os alunos devem tomar, mas sem identificar os espaços percorridos. Ao chegar ao destino desejado, o professor pedirá que os alunos vendados tentem identificar onde se encontram e em seguida permitirá que eles tirem as vendas para que possam saber se acertaram ou não.
Em seguida, o professor repetirá o exercício, mas invertendo os papéis de cegos e guias nas duplas.
De volta à sala de aula, o professor deve buscar as sensações da experiência através de perguntas como as abaixo citadas:
· O que foi mais difícil, guiar ou ser guiado?
· Qual a sensação de não conseguir enxergar?
· O que você fez para conseguir se orientar?
Ao final da aula, o professor pedirá para os alunos que puderem que tragam para a aula seguinte, máquinas fotográficas digitais ou aparelhos celulares que captam imagens.
Aulas 2:
Lembrando a aula anterior, o professor perguntará à turma o que entendem por “acessibilidade” e distribuirá aos alunos o texto “Acessibilidade” de Catherine Roy presente no site http://vecam.org/article612.html, e atentará para as necessidades de se pensar nesse termo de maneira mais global.
Após o estudo do texto, o professor dividirá a turma em pequenos grupos (permitindo, com isso, que os alunos que não possuam aparelhos fotográficos possam utilizar o dos colegas) e pedirá que esses grupos procurem pela escola exemplos de acessibilidade e/ou da falta da mesma e registrem imagens com os aparelhos.
Terminado o exercício, o professor dará a tarefa para que cada grupo monte uma exposição das imagens obtidas e a completem com imagens de outros locais como sua casa, seu bairro, espaços culturais, hospitais etc.
Essa exposição deve ser digital e pode contar com a presença de pequenos vídeos produzidos por eles sobre o tema. É importante incentivá-los a trabalhar não somente com a acessibilidade arquitetônica, mas também com a cultural e digital.
Aulas 3:
Com os trabalhos prontos, o professor deve disponibilizar um computador com data-show para que cada grupo apresente seus resultados.
Ao final das apresentações, o professor deve mediar um debate acerca das conclusões encontradas pelos alunos sobre o tema trabalhado.
Aula 4:
Voltando ao tema da acessibilidade, o professor buscará, nessa aula, se aprofundar mais na questão artística, e para tanto, disponibilizará aos alunos imagens e vídeos de trabalhos realizados por artistas com diferentes deficiências, como os abaixo relacionados.
Arthur Bispo do Rosário (deficiência mental)
http://www.koralle.com.br/resizer/noticia_view/635/*/false/true/1332164100.jpg
Ray Charles (deficiência visual)
http://www.youtube.com/watch?v=aQXsM1l2wZ8&feature=related
Huang Guofu (deficiência física)
http://hypescience.com/wp-content/uploads/2011/05/chin1.jpg
Candoco Dance Company (deficiência física)
http://www.youtube.com/watch?v=mLe9ZSwU4aQ
Evgen Bavcar (deficiência visual)
http://www.entler.com.br/textos/ilustracoes/evgen_bavcar.jpg
Teatro Novo (Síndrome de Down)
http://www.youtube.com/watch?v=rQII5n68bGA
Maria de Lourdes de Oliveira (deficiência física)
http://www.tintafresca.net/noticias/media/62/2005121601948889.jpg
Coral de Surdos de Sorocaba (deficiência auditiva)
http://www.youtube.com/watch?v=V4ItDNkrEDw
Após as apresentações das imagens e vídeos e as devidas ponderações sobre os mesmos, o professor explicará o conceito de uma exposição sensorial para deficientes visuais, onde as obras não ficam distante do público, e sim disponibilizadas para o toque. Portanto devem possuir volume para que sejam sentidas e não vistas.
Para facilitar essa compreensão, o professor pode se utilizar das imagens abaixo:
http://ts1.mm.bing.net/images/thumbnail.aspx?q=4683189988820484&id=03f5a48c5e2657a59126c460c98dea13
http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/bis/imagens/81-espculutral.jpeg
O professor avisará que na aula seguinte cada aluno realizará um trabalho artístico com essa preocupação e que pra isso, eles podem trazer materiais diversos para obter volume em suas obras.
Aulas 5 e 6:
Na sala de artes, o professor ouvirá e auxiliará nas ideias de cada aluno. É interessante que ele disponibilize materiais alternativos como plásticos, linhas, isopor, etc. para que os alunos possam se sentir ainda mais incentivados na produção de seu trabalho.
Com os trabalhos concluídos, o professor, junto aos alunos, escolherá um espaço na escola onde os trabalhos ficarão expostos e organizará, entre eles, um rodízio para que possam guiar toda a comunidade escolar pela exposição.
As pessoas que visitarão a exposição estarão vendadas e não poderão ver as obras, somente senti-las. Se houver, na cidade, uma associação de cegos, a escola pode convidá-los para vivenciar a exposição.
Após cada visita, o espectador escreverá suas impressões sobre o exercício. Este documento deve ser disponibilizado aos alunos que realizaram os trabalhos.
Site com textos sobre a acessibilidade:
http://www.acessibilidadelegal.com/
Texto sobre as vantagens da acessibilidade, em especial a virtual:
Site contendo grandes nomes da história que possuíam ou possuem algum tipo de deficiência:
A avaliação será realizada durante todo o processo e em especial ao final dele, quando todos os trabalhos serão expostos e as obras visitadas por toda a comunidade escolar. Serão levados em consideração a participação e empenho na realização de todas as etapas da atividade, bem como o entendimento do tema abordado.
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