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De fio em fio - Quem tem medo de aranha?

 

06/05/2013

Autor e Coautor(es)
LINDSAI SANTOS AMARAL BATISTA
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JUAZEIRO - BA Secretaria Municipal de Educação de JUAZEIRO

Lindsai Santos Amaral Batista

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Práticas de escrita
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Educação Infantil Movimento Expressividade
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Práticas de leitura
Educação Infantil Movimento Coordenação
Educação Infantil Natureza e sociedade Os seres vivos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

·         Compreender e respeitar a diversidade dos seres vivos;

·         Conhecer a rotina das aranhas;

·         Identificar situações de insegurança diante de um animal peçonhento;

·         Participar de situações investigativas, através de práticas de observação, questionamento;

·         Registrar e comunicar as descobertas.

Duração das atividades
Aproximadamente 80 horas ( 20 aulas de 4 horas cada)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Estratégias e recursos da aula

 

1ª Etapa: Introdução

O objetivo específico desta etapa é buscar saber as concepções espontâneas dos alunos e, em seguida, planejar as próximas etapas.  Após a leitura do livro o professor realizará conversas com os alunos para verificar o que eles conhecem do animal do livro, se já viram algum pessoalmente, onde são encontrados, o que comem, e o que mais surgir. É importante que nesta fase o problema seja enfatizado. O professor pode lançar a pergunta e direcionar o debate. O professor deve registrar o que foi dito em um cartaz, deixando-o à disposição na classe para futuras consultas. Com base no que foi dito pelos alunos o professor os conduzirá a elaborar as questões, de acordo com a linguagem deles, sem preconceitos, sem subestimar a capacidade das crianças. Evitar que as perguntas elaboradas exijam apenas respostas simples, tais como sim ou não. Ao contrário, devem ser perguntas que possibilitem respostas amplas e variáveis. Registradas as perguntas, o professor incentiva os alunos a elaborar e comunicar prováveis respostas a elas, ou seja, levantar as hipóteses. Sabe-se que os alunos, inicialmente, trarão hipóteses de acordo com o senso comum, ou seja, suas concepções espontâneas. Estas também devem ser registradas pelo professor para que sejam retomadas no final do trabalho. 

De fio em fio

Imagem 1: Fonte: Arquivo próprio (escaneada)

Sobre o livro: O  livro  De fio em fio,  de  Elvira Drummond  conta a história de um animal,  uma aranha, que relata comportamentos ora humanizados, ora relacionados à espécie.  É uma narrativa  rimada, ou seja,  narra fatos  através de poemas bem elaborados. Começa  localizando a história, citando o Ceará como provável berço do acontecimento. Em seguida  apresenta a família de aranhas, citando cada uma das irmãs, atribuindo a estas comportamentos e características específicas.  Em  certo momento o livro se detém em uma única aranha, Tércia, que não sabe fiar, relatando suas dificuldades em realizar o ofício que é inerente às aranhas: fiar. Até que um dia a aranha, ao ver uma rendilheira tecendo uma renda de bilro, a observa e passa a  imitar seus gestos, tornando-se, assim, a melhor tecelã.  As ilustrações são belíssimas, feitas com rendas, fuxicos, tecidos, etc. 

2ª Etapa - Realizar as atividades (observações e experiências): 

Nesta fase serão confirmadas ou não as hipóteses levantadas pelos alunos, bem como as perguntas feitas por eles. De acordo com o que foi citado pelas crianças, o professor deve conduzir as pesquisas e observações. Exemplos de atividades:

·      Se eles citaram locais específicos de habitat da aranha, levá-los a procurar e observar estes lugares, e outros não citados;

·      Fazer fotografias das teias dia a dia para observar sua evolução;

·      Comparar suas dimensões dia após dia e umas com as outras;

·      Observar e reproduzir, com materiais diversos, o formato das teias e das aranhas (colagem, dobraduras, utilização de materiais reutilizáveis, etc);

·      Comparar gravuras de livros e revistas com as aranhas observadas no entorno;  

·      Realizar atividades que envolvam música e dança envolvendo o tema aranha (música “A dona aranha”, imitar a aranha, etc);

·      Realizar atividades de reconto da história, na forma oral e através de desenhos, escrita, etc.

·      Promover situações de leitura de textos de gêneros diversos acerca do tema: textos informativos, poemas, notícias, etc;

·      Construir gráficos com a quantidade de exemplares de aranhas encontradas em casa, na escola, no entorno, etc;

·      Fazer, com o uso de calendários, o registro da evolução das teias;

·      Construir uma galeria de informações sobre as espécies de aranhas peçonhentas e não peçonhentas;

·      Pesquisar informações em livros e sites da internet, sendo que estas não devem ser utilizadas “como fontes de respostas, mas como meio de levantamento de dados que ajudem na verificação das hipóteses” (SCHIEL; ORLANDI; 2009).

A ordem das atividades deve ser determinada pelo professor, de acordo com as necessidades da turma, e podem ser retomadas sempre que necessário for, não sendo estanque a sua utilização. É importante que se possibilite aos alunos trabalharem em grupo, a fim de favorecer as discussões, levando em conta que estas colaboram com a construção do conhecimento, mas não se descarta também as possibilidades de trabalho individual. As observações e conclusões também devem ser registradas individualmente pelos alunos, através de desenhos, arte com materiais diversos, textos (de acordo com as possibilidades de cada um), e pelo professor em forma de texto coletivo construído juntamente com a turma, com base nos registros individuais. Estes registros têm a função de ajudar o aluno a sistematizar e organizar o conhecimento adquirido.

 

3ª Etapa - Revisão das hipóteses iniciais e conclusão: 

A partir do que foi registrado no texto coletivo, o professor retoma as hipóteses iniciais levantadas no início da pesquisa, comparando os conhecimentos espontâneos e o que está contido no livro com o que foi observado. É importante que o professor retome frequentemente a história no livro que deu origem à pesquisa. Pode-se fazer um quadro comparativo das informações contidas neste e, à medida que a pesquisa for sendo realizada, as primeiras vão sendo retificadas ou confirmadas. A partir desta comparação, há a construção de um novo registro, desta vez, apenas coletivo. Sabe-se que o professor deve mediar e observar o conhecimento que foi construído pelos alunos através das pesquisas e, principalmente, através dos debates e discussões, sem dar respostas prontas. Deve-se permitir às crianças chegar às suas próprias conclusões e não ansiar que nesta fase, respostas científicas sejam alcançadas.  Por fim, é importante verificar se as questões surgidas obtiveram respostas, considerando que o mais importante é a aprendizagem ocorrida durante as etapas do trabalho.

4ª Etapa - Comunicar:

A comunicação da atividade de investigação é uma etapa que, apesar de vir por último, não é menos importante que as demais. O professor deve, juntamente com seus alunos, criar mecanismos de divulgação a fim de incentivar novas práticas, buscar a participação da comunidade escolar e valorização do trabalho realizado pelos alunos. Uma exposição dos resultados da pesquisa, a elaboração de um folheto informativo ou, até mesmo, a publicação de um livro sobre, por exemplo, espécies de aranhas, cuidados com animais peçonhentos, fotografias, desenhos e textos feitos pelos alunos, entre outros, podem ser usados como mecanismos de divulgação.

 

Observação: As etapas não representam aulas ou dias. Cada uma pode durar vários dias ou mesmo apenas um.

Recursos Complementares

http://chc.cienciahoje.uol.com.br/biodiversidade-em-oito-patas/
 

http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=chc&cod=_porqueasaranhasfazemteiacienciahojedascriancas144mar2005

 

 

Bibliografia:

DRUMMOND, Elvira.  De fio em fio a história se desfia.  2. ed. Fortaleza: Editora IMEPH, 2007.

SCHIEL, Dietrich (org.); ORLANDI, Angelina Sofia (org.) et al.  Ensino de ciências por investigação. São Carlos: CDCC/ Compacta Gráfica Editora LTDA, 2009.

Avaliação

 

Avaliação: Será feita através da observação do desempenho dos alunos em cada etapa vivenciada: sua interação nas atividades em grupo, desenvoltura nas atividades individuais, capacidade de levantar hipóteses (considerar não apenas as corretas, mas a iniciativa de fazê-lo), etc. Todo o percurso deve ser considerado e não somente o produto final, já que este é apenas a consequência do trabalho realizado.

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