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Como fazer pipas com as crianças e seus familiares.

 

24/05/2013

Autor e Coautor(es)
GILBERTO LOPES LERINA
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FLORIANOPOLIS - SC Universidade Federal de Santa Catarina

Giandréa Reuss Strenzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Matemática Espaço e forma
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Meio Ambiente Sociedade e meio ambiente
Educação Infantil Natureza e sociedade Objetos e processos de transformação
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Ética Solidariedade
Educação Infantil Natureza e sociedade Os fenômenos da natureza
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Educação Infantil Movimento Coordenação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno poderá aprender a:

 

- Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos;

- Fazer este brinquedo popular;

- Manipular a pipa e os materiais que a constitui;

- Compartilhar com os colegas, o professor da turma e os familiares a experiência de construir artesanalmente uma pipa na Instituição de ensino.

Duração das atividades
A proposta é dividida em cinco etapas com até uma hora cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para o desenvolvimento desta atividade é necessário que o professor saiba confeccionar uma pipa ou que identifique alguém na Instituição que tenha esta habilidade e possa participar das etapas. Pode ser um dos pais das crianças, um funcionário ou, até mesmo, um convidado.

Esta atividade poderá ser desenvolvida com crianças a partir de 04 anos de idade e com a intervenção de, no mínimo, 02 adultos.

O convite e as estratégias de participação dos familiares devem ser trabalhados para que eles se sintam convidados a participar deste momento.

O professor e o instrutor que confecciona pipas devem estar atentos ao percurso de cada etapa, no que diz respeito à atenção a todos, à explicação pausada, ao tom de voz, aos materiais a serem utilizados, à velocidade dos participantes ao confeccionarem suas pipas etc. Estar sensível ao percurso do processo de intervenção é tão importante quanto atingir o objetivo final.

Sugerimos o registro fotográfico dos vários momentos de cada proposta. Ao final dela, o professor poderá montar um painel de fotos; organizar slides para apresentação posterior às famílias; revisitar o arquivo fotográfico para auxiliá-lo no acompanhamento do processo pedagógico de cada criança em particular e como um dos meios de auto-avaliação de seu trabalho. Salientamos que não se dispensa o momento de reflexão teórica sobre o processo pedagógico.

Estratégias e recursos da aula

Primeira etapa: “Vamos pegar bambus?”

 

Duração: A duração desta etapa está intimamente ligada à disponibilização do material a ser utilizado, de modo que se prevê um tempo médio de uma hora, no caso de se ter, próximo à Instituição, um bambuzal. Se, ao contrário, não houver este recurso natural nas proximidades da escola, caberá ao professor providenciar previamente os bambus e, neste caso, esta etapa poderá ser realizada em tempo inferior a uma hora.

 

Material: Máquina fotográfica, bambus, facão ou serrote.

 

Local: Este momento poderá ser realizado fora da Instituição, em caso de haver, em suas imediações, um bambuzal ou, se não houver, poderá ser na própria escola, em um pátio, parque ou, até mesmo, na sala de aula.

 

Proposta:

            Para este momento, o professor terá duas possibilidades de atuação: a primeira prevê que exista um bambuzal no entorno da Instituição; e a segunda prevê a inexistência deste recurso.

            No primeiro caso, o professor, depois de verificar o percurso e o local da plantação de bambus, deverá planejar o caminho a ser percorrido por ele e sua turma e certificar-se da segurança do passeio, no que diz respeito à saída até o bambuzal e ao retorno do grupo à Instituição.

            O passo seguinte, portanto, é o professor reunir o grupo de crianças na sala de aula, em uma roda, para lhe contar uma estória em que apareça o elemento “pipa”, explicar-lhe as origens e diferentes formas deste brinquedo (ver Recursos Complementares), além dos perigos de se soltar pipas perto de redes elétricas e de se utilizar a mistura conhecida como “cerol” nas linhas das pipas. Feita esta introdução, o professor pergunta se as crianças já soltaram pipa, fazendo-lhes um convite extremamente empolgante em seguida:

            - Vamos fazer umas Pipas?!

Este momento é primordial para o sucesso da atividade, porque os alunos devem se sentir envolvidos na proposta, portanto, o professor tem de criar uma estratégia para fazer o convite.

            Dito isto, o professor pergunta se as crianças sabem como se faz uma pipa e quais os materiais necessários, para então falar acerca dos bambus que eles colherão juntos para construírem seus brinquedos.  A seguir, o professor organiza o grupo para a saída até o bambuzal, comentando qual será o percurso e o procedimento que garanta a segurança das crianças.

            Ao chegar ao local, o docente apresenta o bambuzal às crianças, comentando sobre esta planta (ver sugestão nos Recursos Complementares); retira um bambu (que esteja bem seco e com uma coloração amarelada) com o auxílio de um facão ou serrote; e arranca as suas folhas e galhos, de forma a deixá-lo liso. Feito isto, o bambu deve ser conduzido para a Instituição, pelas crianças, mediante a organização dos adultos.

            De volta à Instituição, o professor guarda o bambu para, no outro momento, ser iniciado o processo de construção da pipa.

                       

            No segundo caso, se não houver este recurso natural nos terrenos circunvizinhos à Instituição, o professor deverá providenciar antecipadamente o bambu, planejando, por exemplo, uma brincadeira com as crianças, em sala de aula, no pátio ou no parque da escola, a fim de revelar a planta a ser utilizada na construção das pipas. Mas, o restante dos procedimentos são os mesmos, ou seja, a contação de história e a roda de conversa com as crianças acerca da pipa permanecem na proposta como passos iniciais. Uma sugestão é esconder previamente o material para que as crianças o procurem e, achada a matéria-prima, fazer a apresentação da planta da mesma forma que colocado acima.

 

            Todos os momentos deverão ser registrados com fotos, tanto no caso da primeira, como o da segunda opção de proposta.

 

                                      bambu                                                        

Foto 1- crianças carregando bambú

Acervo professor Gilberto NDI

 

Segunda etapa: "Vamos preparar o material?"

                                                          

Duração: Em torno de uma hora.

 

Local: No pátio, no parque ou, até mesmo, na sala de aula.

 

Material: Máquina fotográfica, bambus, facas, lixas finas para madeira, serrote, facão.

 

Proposta:

            O professor organizará uma roda com as crianças sentadas; apresentará o bambu com os nós retirados; e iniciará uma demonstração de como cortar o bambu, fatiando-o em varetas. Depois de cortada a quantidade de varetas de bambu em número suficiente para cada criança fazer a sua pipa, o professor apresentará a lixa para as crianças e entregará um pedaço dela para cada uma, solicitando-lhes que elas experimentem a textura. Feito isto, ele solicitará que as crianças lixem, cada uma, três varetas que serão utilizadas na confecção de suas pipas. Talvez seja necessário que o professor raspe as varetas com uma faca pequena para que ela fique firme, porém fina, sem que seja retirada a parte lisa do bambu de cada vareta (que corresponde à parte externa).

            Na sequência, o professor apresentará ao grupo, em uma roda, todo o processo que está por vir: a amarração, a utilização do papel, a colagem etc. A ideia aqui é demonstrar e encenar às crianças o processo que envolve a confecção do brinquedo, de modo que elas percebam, dada a dificuldade da montagem, a necessidade de buscar auxílio de outras pessoas. Assim, o professor incentivará as crianças a convocarem seus pais e/ou familiares, por meio de um convite escrito, a participar com elas da atividade. No final da aula e quando os pais vierem buscar as crianças, o professor reforçará o convite, procurando achar um horário de participação dos pais, comentando que vão ser momentos rápidos, de aproximadamente quinze minutos, na entrada ou na saída das crianças, e em três etapas. Importante também falar-lhes que os materiais estarão organizados de forma que cada um irá fazer a sua pipa ao seu tempo, sem a preocupação com a perfeição.

            Estas questões deverão ser reforçadas, verbalmente, de forma que eles percebam a importância deste momento de interação que se quer construir na Instituição entre as famílias, as crianças e os professores.

 

Terceira etapa: "Armando as varetas!"

 

Duração: O tempo para execução desta etapa dependerá da possibilidade de participação dos familiares na construção da pipa. Para esta etapa será previsto 15 minutos na entrada e na saída das crianças na/da Instituição.

Local: No pátio, no parque da Instituição ou na sala.

Material: Varetas, já previamente prontas, linhas de pipa (linha 10) e máquina fotográfica.

 

Proposta:

            O professor deverá deixar organizado o espaço (como uma oficina) com os materiais dispostos de forma que os pais possam participar desta etapa, ou na entrada ou na saída das crianças na/da Instituição. Isso poderá ser uma estratégia para podermos ter uma maior participação de todos e, portanto, o professor terá de investigar as necessidades do grupo, organizando uma roda de diálogo com os participantes, apresentando-lhes os materiais, o projeto de construção etc.

            Assim, em uma roda com os pais, o professor apresentará os materiais e mostrará o produto final a que se quer chegar nesta etapa, que é o das varetas amarradas com a linha, conforme um modelo já previamente organizado para demonstração.

            O professor demonstrará como fazer a amarração e a união das varetas através da linha, até que o processo desta amarração seja finalizado.

                                                                                                                                                                                                                                                                                 

 

                                                              Pipas

                                            

                                                                           Foto 2 - Pais e crianças construindo pipas.

                                                                                                       Acervo NDI. 

 

 

Quarta etapa: "Vamos colar o papel!"

 

Duração: O tempo de duração deste momento deve estar atrelado ao tempo disponível de participação dos familiares. Perspectiva de 15 minutos na entrada ou 15 minutos na saída.

Local: No pátio, no parque da Instituição, ou na própria sala de aula.

 

Material: Máquina fotográfica, estrutura da pipa, cola e papel seda.

 

Proposta: O professor, da mesma forma que na etapa anterior, deverá organizar um espaço confortável e agradável para os pais e crianças. O professor organizará uma roda de forma que o “pipeiro” (instrutor para a confecção de pipas), ou ele mesmo, possa mostrar a todos como colar o papel na estrutura. Ao finalizar, o professor solicitará aos pais que eles ajudem seus filhos nesta etapa.

            Esta etapa deverá ser feita no momento de entrada e saída das crianças para que todos possam participar em, ao menos, um dos momentos.

 

QUINTA ETAPA : “ Olha a pipa!”

  Duração: O tempo de duração desta etapa é de, no máximo, 15 minutos, na entrada ou saída das crianças.

Local: Na sala, no pátio ou no parque da Instituição.

 

Material: Linha para pipa (nº 10), máquina fotográfica, a estrutura da pipa da etapa anterior e sacolas plásticas de supermercado.

 

Proposta: Nesta proposta, o professor deverá, igualmente como nas propostas anteriores, organizar o espaço para atender os grupos de familiares que virão na entrada e na saída das crianças. Da mesma forma, o professor deverá organizar o grupo em uma roda e demonstrar, com o auxílio do “pipeiro”, como proceder na confecção da “rabiola”, solicitando, posteriormente, que os pais ajudem seus filhos na confecção.

            Terminada a “rabiola”, o professor solicitará que o “pipeiro” demonstre como fazer o “cabrecho” ou “estirante” da pipa. Após isto, os pais deverão auxiliar seus filhos nesta última parte da montagem da Pipa.

 

SEXTA PARTE: “Agora sim,vamos soltar a pipa !"

Duração- O tempo de duração desta etapa dependerá do dia e da disponibilidade dos participantes, de modo que a interação poderá levar mais de 01 hora.

 

Local: Poderá ser combinado com as famílias, mas a sugestão é de que seja em uma praia, parque com campo aberto, ou lugar bem amplo onde não haja fios e postes elétricos, ou árvores.

 

Material: As pipas confeccionadas, linhas de pipa (nº 10) e máquina fotográfica.

 

Proposta: Nesta proposta, deve-se consultar o grupo de familiares para a escolha do local e horário para soltar a pipas com as crianças. Recomenda-se consultar a previsão do tempo e do vento na região onde será realizada a atividade, para que se garantam as condições ideais para a prática pretendida (algumas sugestões de sites de previsões estão disponíveis nos recursos complementares).Uma vez agendado o dia e reunido o grupo no local, o professor solicitará que todos os participantes se “espalhem pelo espaço, evitando assim o choque entre as pipas”, para, finalmente, as pipas poderem voar.

Recursos Complementares
Avaliação

Ao final, o professor fará uma roda e abrirá um espaço para agradecimento e parabenização a todos que participaram do processo de confecção das pipas. Em seguida, passará a palavra a quem queira se pronunciar neste momento ímpar de integração. O professor deverá ficar atento a todo o processo de relacionamento entre as crianças e os seus pais/familiares e levantar uma análise reflexiva do seu processo educacional com as crianças do seu grupo. Para análise do seu trabalho, sugerimos que o professor reveja a documentação fotográfica da sugestão de aula e as observações e registros do acompanhamento do processo da proposta como um todo. Sugerimos ainda, que se faça uma análise com base nas observações, de como foi a participação de cada criança nos momentos vivenciados pelo grupo quanto ao relacionamento com os colegas e familiares, assim como na manipulação dos materiais e conhecimentos adquiridos a partir da sugestão proposta.

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