·         Desenvolver sua autonomia de leitor;

·         Ler e compreender textos;

·         Refletir sobre o seu próprio processo de escrita;

·         Desenvolver a habilidade de leitura;

·         Desenvolver a autoria no processo de escrita espontânea;

·         Utilizar os recursos existentes no tablet e no laptop do Projeto UCA, visando construir conhecimentos novos relativos ao tema da aula;

·         Desenvolver competências e habilidades para expor ideias próprias, bem como perceber a importância da socialização do conhecimento.

Aproximadamente 480 minutos – 4 atividades de 120 minutos cada uma.

 

Para realização desta aula, se faz necessário que já tenham sido trabalhadas com o aluno, atividades que envolvam o diálogo e a troca de ideias sobre questões relacionadas ao sistema alfabético de escrita. Consideramos importante ainda, que o aluno já possua noções básicas sobre  a utilização do tablet e do programa Mozilla Firefox  do laptop Classmate do Projeto UCA.

Consolidando o pacto pela alfabetização

Professor, a alfabetização e o letramento são processos conjuntos que tornam possível a aprendizagem da leitura e da escrita. No universo cotidiano dos alunos, o contato com a leitura e com a escrita muitas vezes é limitado, mas cabe a nós, enriquecer esta vivência do aluno com materiais e práticas pedagógicas que viabilizem o pensar e a própria utilização no meio social, da leitura e da escrita, com ênfase na autoria do aluno neste processo. Por isso, propomos esta aula, direcionada a instigar possibilidades múltiplas de concretização da aprendizagem da leitura e da escrita, considerando o professor como fundamental nesta empreitada. Vamos lá!

1ª Atividade: aproximadamente 120 minutos.

O que lemos em nosso dia a dia?

Professor, para a presente aula, sugerimos que você explore e conheça os materiais do acervo da biblioteca da escola, principalmente os livros avaliados pelo PNBE - Programa Nacional Biblioteca da Escola - e outros que sejam disponibilizados para uso dos alunos. O conhecimento dos materiais pelo professor é fundamental para um efetivo trabalho com os livros em sala de aula.

Você sabia? “Um dos destaques do PNBE é a distribuição dos livros de literatura, que engloba textos em prosa (novelas, contos, crônica, memó­rias, biografias e teatro), em verso (poemas, cantigas, parlendas, adivinhas), livros de imagens e livros de história em quadrinhos. Esses livros são destinados às bibliotecas das escolas.” (BRASIL, 2012, p. 40).

Fonte: LEAL, Telma Ferraz; LIMA, Juliana de Melo. Materiais didáticos no ciclo de alfabetização. In: BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Planejamento escolar: alfabetização e ensino da Língua Portuguesa. Brasília: MEC, SEB, ano 1, unidade 2, p. 36-44, 2012. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Ano_1_Unidade_2_MIOLO.pdf> Acesso em: 05 maio 2013.

Professor, para mais informações sobre o acervo e o próprio PNBE, acesse o sítio abaixo:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12368&Itemid=574. Acesso em 02/05/2013.

Após a sondagem dos materiais, agende, no mínimo, dois dias da semana para que os alunos possam realizar aulas exploratórias na biblioteca da escola.

Em sala de aula, inicie a aula com a turma organizada em uma roda de conversa. No trabalho em sala de aula, temos percebido a importância do diálogo e da roda como um espaço privilegiado para troca de ideias. Para esta roda, proponha, num primeiro momento, como tema a ser discutido, nome de histórias, tipos de leituras já realizadas pelos alunos, tanto na escola quanto em outros ambientes. Neste momento, é fundamental oportunizar a participação de todos os alunos, valorizar as suas falas, bem como registrar em uma cartolina as leituras que cada aluno costuma fazer.

Para um segundo momento, explore com a turma algumas leituras que tenham vontade de realizar e o tipo de material em que as mesmas se encontram. Elabore também um cartaz com a turma e aproveite para dinamizar uma discussão sobre a riqueza de materiais em que a escrita se concretiza e que temos acesso para ler.

Depois, afixe os cartazes construídos na roda de conversa, no mural da sala de aula.

Em seguida, solicite que acessem no tablet ou no laptop Classmate, o sítio sugerido abaixo, para assistirem ao vídeo que enriquecerá a discussão:

A menina que odiava livros 

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q. Acesso em 02/05/2013.

Vamos conversar sobre o vídeo?

Professor, proponha um momento de diálogo com a turma sobre as impressões que tiveram a partir do vídeo. É importante contar com a participação de todos e observar os pontos de vista sobre gostar ou não de ler. Tenha como base os seguintes aspectos para permear o diálogo:

 

·         O que cada aluno achou do vídeo;

·         Quais foram os sentimentos em relação às cenas vistas;

·         O que mais chamou a atenção.

 

Todo esse trabalho poderá ser registrado no caderno de Língua Portuguesa, em que os alunos possam fazer um desenho do vídeo e também registrar por escrito o que acharam de mais importante no mesmo. Faça um momento de socialização das atividades em sala de aula, em que cada aluno possa mostrar ao grupo a sua produção e ouvir dos colegas as opiniões sobre sua atividade.

Aula na biblioteca da escola!

Agora, proponha à turma uma visita à biblioteca da escola, com o objetivo de explorar o seu acervo. Organize a turma em duplas, para que possam trabalhar juntos, no conhecimento dos materiais. É importante que os alunos tenham clareza das normas que regem a biblioteca da escola e da importância deste espaço para a escola. Neste momento, deixe que os alunos conheçam o acervo: livros, revistas, jornais, dentre outros. Em seguida, solicite que cada dupla escolha algum destes materiais para leitura. Neste momento, é fundamental perceber qual o motivo da escolha: o desejo de ler e ou saber mais sobre o material?

Mediante esta escolha e, se possível, com o material em mãos, os alunos poderão retornar à sala de aula e, em duplas, realizarem a leitura do mesmo. As duplas poderão trocar ideias, opiniões, impressões gerais sobre o material. O tempo de dedicação à leitura, que envolve interesse, necessidade e também desejo, varia de aluno para aluno e isso poderá ser facilmente verificado pelo professor e até instigado por ele.

Professor, explore com a turma o tipo de material escolhido, as suas diferenças e o tipo de informação que veicula em cada um. Este momento enriquecerá o interesse dos alunos em querer descobrir e ler outros materiais.

É importante considerar também que, a leitura não está simplesmente relacionada à relação letra e som, mas extrapola este campo e requer o uso de estratégias que são próprias de cada aluno, e que estão relacionadas aos conhecimentos anteriores do assunto, do tipo de material, dentre outros aspectos.

Atividade de casa

Como atividade de casa, sugerimos um diálogo com os familiares, sobre o tipo de leitura que utilizam no dia a dia. É importante frisar que, as leituras podem ser desde rótulos, para compreender uma informação, revistas, jornais, textos midiáticos, dentre outras diversas possibilidades de leitura.

2ª Atividade: aproximadamente 120 minutos.

Professor, retome com os alunos a atividade de casa e explore ao máximo as possibilidades múltiplas de leitura que podemos fazer em nosso dia a dia.

O que escrevemos em nosso dia a dia?

Professor, este momento deverá ser o mais enriquecedor possível. Organizados em uma roda de conversa, proponha como tema o que cada aluno costuma escrever no dia a dia. Esta exploração permitirá observar qual a função da escrita pelo aluno. Após todos participarem proponha que acessem no tablet ou no laptop Classmate, o sítio sugerido abaixo, para assistirem ao vídeo que mobilizará mais a discussão:  

Os fantásticos livros voadores do Senhor Lessmore

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=wDkfhwRlcZw. Acesso em 02/05/2013.

O que aprendemos com o vídeo?

Professor, o vídeo é um recurso pedagógico que utilizamos com um objetivo específico. Neste caso, refletir com a turma sobre a escrita e importância do registro de nossas ideias. Agora, organize um momento de diálogo sobre o que cada aluno compreendeu do vídeo e trabalhe outras questões que possam aparecer no decorrer da discussão. O importante é valorizar a ideia de cada aluno.

Agora, proponha como desafio a construção de um caderno denominado “Minhas ideias” com a turma. Este caderno poderá ser confeccionado manualmente pelos alunos ou mesmo solicitar na escola ou em uma gráfica, a encadernação de folhas de papel em branco. Nossa sugestão é que as folhas não tenham linhas e estejam agrupadas em uma quantidade aproximada de 20 folhas.

Explique para a turma que este “Diário” é uma produção própria e que cada aluno poderá registrar suas próprias ideias, coisas do dia a dia que acham interessantes, segredos e muito mais. O objetivo deste caderno é romper com a ritualização da escrita, apresentando para o aluno, possibilidades múltiplas da função da escrita.

Acompanhe os registros espontâneos dos alunos e se achar interessante, organize momentos da aula para conversarem sobre os registros. É fundamental que os alunos coloquem a data em que realizaram cada registro. Eles poderão organizar a escrita usando letra de forma ou o tipo de letra, que acharem mais interessante.

3ª Atividade: aproximadamente 120 minutos.

Professor, para esta aula, será relevante convidar um escritor, ou mesmo alguma pessoa que utilize a escrita em seu trabalho, podendo ser um professor da própria escola, o diretor ou mesmo algum familiar dos alunos. Este momento deverá oportunizar aos alunos o conhecimento, dentre outros aspectos, sobre:

·         A importância da escrita no dia a dia;

·         O registro das próprias ideias;

·         Diferentes lugares e usos da escrita;

·         Relação entre leitura e escrita.

Após o diálogo com o convidado, a turma poderá fazer um registro escrito, a partir da seguinte questão:

O que preciso para escrever minhas ideias?

Cada aluno poderá registrar suas ideias e ao final, auxilie a turma na criação de uma lista geral de dicas que poderão recorrer para registrar as ideias. Esta lista poderá ser disponibilizada no sítio da escola, bem como ser distribuída às outras turmas.

Problema! Vamos resolver!

Professor, diante da situação abaixo, solicite que os alunos pensem em possíveis soluções.

Oi, amiguinho! Eu sou Isadora e tenho 6 anos. Hoje eu imaginei uma história de terror que daria medo em muita gente. Como posso fazer para não esquecer esta história? O que faço para que muitas pessoas conheçam a história?

Explore com a turma as possibilidades de ajuda à Isadora. É importante que todos compreendam que é possível registrar nossas ideias e que podemos ser autores, sendo que muitas pessoas podem ler e aprender com nossas produções.  

 

4ª Atividade: aproximadamente 120 minutos.

E você? Quer escrever sua própria história?

Professor, solicite que os alunos acessem no tablet ou no laptop Classmate, o sítio sugerido abaixo, para construírem sua própria história. Nele a turma encontrará uma forma divertida de criar histórias, escolhendo temas e personagens. Aproveite ao máximo para que cada aluno usufrua deste recurso.

Histórias Fantásticas:

Fonte: http://www.proativa.virtual.ufc.br/oa/historias/. Acesso em 02/05/2013.

As histórias poderão ser salvas no próprio computador. Em seguida imprima cada uma para que os alunos possam expor suas produções no mural da escola.

Agora, retome o material que exploraram na biblioteca, a atividade de casa sobre o que os alunos leem no dia a dia e também a lista de dicas de escrita e proponha outro desafio: a construção de um livro com histórias inventadas a partir do interesse de cada aluno.

Estas histórias poderão ser criadas mediante as vivências do aluno na escola, bem como nos mais diversos contextos. No entanto, o fator fundamental é o fluir da própria imaginação, a qual poderá ser instigada mediante a necessidade e interesse pela criação de histórias. A autoria poderá ser incentivada a cada produção e não devemos nos prender às questões ortográficas ou mesmo gramaticais, mas às ideias dos alunos e em consonância com estas, trabalhar a escrita das palavras. Você poderá trabalhar com a reescrita das produções, no entanto, é fundamental preservar cada atividade da forma como o aluno realizou e assinalar o mínimo possível a sua produção. Assim, individualmente ou mesmo em duplas, poderá ser realizada a correção das produções escritas dos alunos.

Rompendo com padrões de atividades de registro, propomos a seguir, algumas sugestões que poderão compor o livro dos alunos.

 

Data_______________ Minha produção n.º______________

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Data_______________ Minha produção n.º______________

 

Deixar um espaço antes das linhas para desenho da criança.

 

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Data_______________ Minha produção n.º______________

 

 

Deixar um espaço para desenho da criança.

Fonte: Acervo da autora.

Cada história poderá ser criada mediante temas polêmicos discutidos em sala de aula, vivências do aluno no contexto escolar e em outros, dentre outras diversas formas de instigar e aguçar a imaginação. Abuse da criatividade! Aproveite para levar para sala de aula materiais que despertem o interesse dos alunos, seu desejo de escrever sobre algo e desperte na turma a necessidade da escrita, ou seja, a possibilidade de comunicação.

É importante que cada aluno escolha sua própria forma de registro e que tenha oportunidade de socializar com os colegas, observando pontos que não foram compreendidos pela forma como escreveu ou mesmo registrou, mostrando que a escrita é um processo de comunicação e que para outro ler precisa ser compreensível. Isso ajudará na autocorreção das atividades pelos alunos e também na correção em dupla ou mesmo coletiva das atividades.

Você sabia? Ao refletir sobre a sua própria escrita, sobre sua produção, o aluno está exercendo de forma consciente uma atividade metacognitiva. Em uma atividade metalinguística, o aluno é capaz de pensar sobre o seu próprio processo de aprendizagem. O importante é viabilizarmos ao aluno oportunidades de atividades que estimulem esta reflexão.

Para saber mais sobre o assunto, acesse e consulte o material sugerido abaixo:

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: a aprendizagem do sistema de escrita alfabética.  Brasília: MEC, SEB, ano 1, unidade 3, 2012. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Ano_1_Unidade_3_MIOLO.pdf> Acesso em: 05 maio 2013.

Com o livro pronto, organize com os alunos uma sessão de autógrafos, em que poderão ser convidados os familiares e colegas de outras turmas.

Contando minha história de escritor!

Professor, converse com a turma e proponha que os alunos contem para os colegas o que mais gostaram ao escrever as histórias no livro, o que precisaram para elaborar as histórias, dentre outras coisas que gostariam de contar. É importante que toda a turma conheça as histórias dos colegas e possa fazer um momento de diálogo sobre as produções. Oportunizar a leitura das produções pelos colegas é fundamental nesta etapa de aprendizagem. 

Sugestões de links para alunos:

Sítio da Turma da Mônica “Portal da Turma da Mônica” – http://www.monica.com.br/index.htm. Acesso em 04/05/2013.

Sugestões de links para professores:

Entrevista “Ruth Rocha: É muito bom escrever para crianças” – http://www.youtube.com/watch?v=pO2UfvUAZJw. Acesso em 04/05/2013.

 

Avaliar significa acompanhar o processo e intervir nas possíveis dificuldades de forma a promover o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno. Desta forma, ao longo de todo o trabalho desenvolvido é importante observar e registrar as hipóteses de escrita do aluno, as suas facilidades e dificuldades frente às atividades de leitura e escrita, para num momento oportuno, intervir de forma a contribuir com o desenvolvimento do aluno.