28/05/2013
Dalânea Cristina Flôr. Giandrea Reuss Strenzel, Graziela Maria Beretta Lopez
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Práticas de leitura |
Educação Infantil | Arte Visual | O fazer artístico |
Educação Infantil | Matemática | Espaço e forma |
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
Educação Infantil | Natureza e sociedade | Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar |
Educação Infantil | Movimento | Expressividade |
- Desenvolver a capacidade de ouvir o outro;
- Manusear e conhecer diferentes materiais e texturas;
- Exercitar a imaginação e criatividade;
- Ampliar o repertório verbal;
- Ampliar a inserção e interação social;
- Criar a identidade do grupo;
- Perceber a alteridade em relação aos outros e a diferença como riqueza;
- Aprimorar diferentes formas de comunicação e assim expressar seus sentimentos;
- Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos;
- Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
As crianças deverão estar mobilizadas e organizadas para a atividade. A proposta é indicada para crianças entre 3 e 4 anos.
Expectativas, alegrias, tristezas e curiosidade são alguns sentimentos que surgem no primeiro dia em um espaço de educação infantil, não importando a idade ou a origem das crianças. Assim, o momento de acolhida é fundamental para que as crianças e seus familiares fiquem tranquilos e que sintam segurança neste espaço e nos profissionais que ali atuam. O espaço deve estar convidativo para as inúmeras possibilidades de brincadeiras. com o objetivo de fazer esse primeiro contato da criança com a sala, mas também com seus familiares, que no momento são seu ponto de referência.
Primeiro momento: Primeiramente, o professor e o auxiliar organizam o espaço da sala com diferentes brinquedos: um canto com loucinhas, mesa e cadeiras, simulando uma cozinha, um cenário que possibilita as brincadeiras de papéis sociais. Noutro canto um espaço com algumas almofadas e livros, para que as crianças possam sentar e ouvir uma boa história. Em outro canto da sala uma mesa com jogos, com o objetivo de possibilitar a autonomia e a criança escolher com qual jogo deseja brincar. Contudo, esses cantos podem ser modificados a cada quinzena, com o objetivo de ampliar os repertórios de brincadeiras e possibilidades. A aproximação entre professores e crianças tem o objetivo de construir vínculos e fazê-las compreender que este profissional também poderá ser seu ponto de referência.
Segundo momento: Dando continuidade a proposta, organizaremos uma roda de conversa com as crianças e as famílias, a fim de promover o primeiro contato entre elas, seus familiares e as professoras. Cada criança poderá se apresentar para o grupo, falar o seu nome, sua brincadeira preferida e outros elementos que queira citar em sua apresentação, como por exemplo, cores preferidas, se possui animais de estimação, se mora em uma casa ou apartamento. Se a criança preferir, os familiares podem ajudar neste momento. É importante que neste momento a professora fale sobre o respeito em ouvir o outro e esperar a sua vez de falar, até mesmo organizar uma estratégia para quem deseja fazer uma pergunta no meio da fala do outro. Essa estratégia pode ser levantar a mão ou até mesmo dar uma piscada para que a professora ou os colegas percebam que alguém tem perguntas a fazer.
Terceiro momento: Após todos se apresentarem, inclusive o professor, faremos uma contação de história. O contador de histórias, que nesse caso pode ser o professor, deve contá-la em algum local em que todos possam ver as imagens do livro e acompanhar a história. A história escolhida aborda a questão das diferenças como riqueza: A Ovelha Rosa de Dona Rosa, escrita por Donaldo Buchweitz.
BUCHWEITZ, Donaldo. A ovelha rosa da Dona Rosa. Editora Ciranda Cultural, 2009.
Acervo Institucional NDI/CED/UFSC
Fotografia: Saskya Bodenmuller
Quarto momento: Essa etapa poderá ser desenvolvida em outro dia, conforme avaliação do professor. Após a história, cada criança fará o seu auto retrato observando a cor dos cabelos, dos olhos, da pele e formato do rosto em uma folha A4 com alguns materiais disponíveis em sala: lã de várias cores, giz de cera, cola, botões de roupa de várias cores, cola colorida. O professor também fará seu auto retrato ao lado das crianças, incluindo-se nesse processo como adulto de referência no grupo. Nesse momento a mediação do professor é fundamental para que a criança avance em seu processo de representação gráfica. Ao final dessa atividade, organizaremos uma exposição, na sala do grupo, com as produções feitas pelas crianças.
Quinto momento: Esse momento também poderá ser deixado para outro dia, respeitando o tempo de concentração das crianças. Faremos uma roda de conversa sobre as diferenças estéticas, perceptíveis a olho nu, e outros tipo de diferenças, que incluem até preferências na escolha de brincadeiras, cores, entre outros. Também falaremos da importância de acolher o outro e não exclusão dos colegas em função das diferenças, mas sim entendê-las como riquezas, principalmente em momentos de brincadeiras e interações. Assim, o professor fará algumas perguntas ao grupo:
- Somos todos iguais? Seria legal viver em um mundo com pessoas todas iguais?
- Quais são as vantagens de conviver com as diferenças?
Podemos citar ainda o livro A Formigadinha escrito por Rossana Ramos, que aborda questões de diferentes dificuldades de aprendizagem e outras. Assim, também podemos trabalhar com as diferenças na constituição de grupo e de respeito ao próximo.
RAMOS, Rossana. A Formigadinha. Editora Cortez, 2006.
Música que fala sobre as diferenças em um gênero musical diferentes, o reggae
http://www.vagalume.com.br/elemento-reggae/nossas-diferencas.html
O professor poderá avaliar se as crianças conseguiram perceber as diferenças que constituem o grupo. Também poderá ficar atento se todas as crianças estão sendo inseridas nas brincadeiras e se interagem com o grupo, respeitando as afinidades e o tempo de cada uma. Outro ponto a ser avaliado é se as crianças conseguem elaborar desenhos com elementos reais, neste caso nariz, boca e olhos de acordo com o espaço.
Três estrelas 1 classificações
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09/06/2013
Três estrelasParabéns pela iniciativa, precisamos mesmo conservar em nossos pequenos o sentimento de respeito pelo diferente.