1. Compreender como se dá o processo de envelhecimento e porque o ser humano não é imortal.

2. Diferenciar os fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam o processo de envelhecimento e suas relações com a Qualidade de Vida.

3. Avaliar a Qualidade de Vida a partir do Hexágono Vital.

4. Analisar, organizar e sistematizar informações, assim como refletir sobre a sua Qualidade de Vida, dos seus colegas e familiares, considerando diferentes faixas etárias.

5. Fazer uso da linguagem matemática e da norma culta da Língua Portuguesa.

1. Noções sobre citologia e genética.

2. Conhecimento matemático sobre média aritmética.

1º MOMENTO:

Para iniciar o estudo sobre o envelhecimento e qualidade de vida, o(a) professor(a) deve  instigar os alunos a pensarem sobre a possibilidade da imortalidade do ser humano. Para tanto, pode questionar os alunos:

- Por que não somos imortais?

- Um dia a ciência descobrirá uma maneira de tornar o ser humano imortal?

- Quantos anos vocês gostariam de viver? Por quê?

- O que acontece intrinsicamente no nosso corpo que nos leva à morte?

- Quais os fatores extrínsecos contribuem para longevidade humana?

Professor(a), em seguida proponha o documentário da TV Escola intitulado “O Genoma Humano – O mapa do Envelhecimento e da Morte”. Ele tem aproximadamente 47 minutos e está dividido em cinco partes (Acesso em 09 de julho de 2013):

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=csxsrGtLpsw&list=PL6FF17D7CFBC5E08A (07h51min.)

Comentário: Essa parte do documentário aborda: (a) as características de uma Doença conhecida como a Síndrome da Senilidade Precoce e seu auxílio na compreensão do mistério do envelhecimento; (b) os cientistas na tentativa de prolongar a vida das células; (c) a relação entre os genes e a imortalidade; (d) a relação entre a carga genética e a longevidade da população de Okinawa (Japão); (e) os genes da imunidade e o aparecimento de doenças no ser humano; (f) a entrevista com uma senhora de Okinawa que morreu aos 122 anos.

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=F4kpspBeG14&list=PL6FF17D7CFBC5E08A (10h58min.)

Comentário: Essa parte do documentário aborda: (a) a pesquisa francesa sobre o mapa genético de centenários e sua relação com os genes relacionados às funções cerebrais que levam ao Mal de Alzheimer; (b) o limite de idade do ser humano; (c) a história e as características da vida do parisiense Daniel que tem a Síndrome da Senilidade Precoce; (d) a descoberta da causa da Senilidade Prematura Precoce; (e) a ação dos superóxidos nas células humanas, o fenômeno da apoptose celular e suas relações com o processo de envelhecimento.

Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=7epZqDeBH4M&list=PL6FF17D7CFBC5E08A (10h06min.)

Comentário: Essa parte do documentário aborda: (a) a diminuição dos danos ao DNA celular a partir da enzima chamada de Unidade de Defesa do DNA e a diminuição do ritmo do envelhecimento; (b) a relação entre a redução do número de células do ser humano, a substituição de células danificadas, a divisão celular e o envelhecimento; (c) a relação entre o número limitado de divisões celulares, a diminuição do telômero do DNA e a longevidade dos indivíduos.

Parte 4: http://www.youtube.com/watch?v=UCLX_FZ0jFo&list=PL6FF17D7CFBC5E08A (10h49min.)

Comentário: Essa parte do documentário aborda: (a) o fenômeno da divisão celular, a replicação do DNA e a diminuição dos telômeros; (b) uma pesquisa que mostra a ativação da enzima telomerase e o consequente aumento do telômero por meio da manipulação genética; (c) um ritual realizado em Okinawa quando uma pessoa atinge os 97 anos de idade, que mostra a aceitação da população quanto ao fato da finitude da vida; (d) a observação da evolução da vida até hoje e as duas formas de existência da vida no planeta: por um lado, o bacilo que possui o DNA em forma de anel, sem risco de encurtamento dos telômeros e a cópia idêntica do DNA durante a divisão celular; por outro, o fungo do levedo com DNA linear, semelhante ao do ser humano, e a presença do telômero que se reduz a cada divisão celular.

Parte 5: http://www.youtube.com/watch?v=gWNkBP9zQKs&list=PL6FF17D7CFBC5E08A (7h40min.)

Comentário: Essa parte do documentário aborda: (a) o DNA linear e a evolução das diferentes espécies pluricelulares; (b) as células somáticas e reprodutivas diferenciadas das espécies pluricelulares; (c) a reprodução sexuada das espécies pluricelulares; (d) a conclusão sobre a possibilidade ou não da imortalidade e o relógio biológico da espécie humana.

Antes de iniciar o documentário, sugere-se que seja entregue um Roteiro de Perguntas para os alunos e que as questões sejam lidas em voz alta. Sugestões de questões:

1. O que é a Síndrome da Senilidade Prematura? Por que ela pode auxiliar os cientistas a entenderem melhor o processo de envelhecimento?

2. Segundo o documentário, podemos chegar à imortalidade? Por quê?

3. De acordo com o vídeo, quais os fatores contribuem para o envelhecimento? Eles são intrínsecos ou extrínsecos?

4. Ao longo do documentário, uma senhora que viveu 122 anos foi entrevistada. Quais os fatores extrínsecos citados por ela que contribuíram para sua longevidade?

Comentário: Professor(a), caso ache necessário, pode acrescentar outras questões. O aluno deve respondê-las para serem utilizadas na aula seguinte.

2º MOMENTO:

ETAPA 1:

Professor (a) relembre o que já foi trabalho e proponha um estudo coletivo sobre o documentário a partir das respostas registradas no Roteiro de Perguntas.

Como sugestão, você poderá, por exemplo, reler a 1ª questão e na sequência, os alunos lerem as respostas. Nessa atividade os alunos devem estar atentos, pois a proposta é de que eles complementem as respostas uns dos outros. Você finaliza a atividade, tecendo outras considerações que se fizerem necessárias.

O mesmo pode ser feito com as demais perguntas. Ao final dessa atividade, recolha as tarefas para leitura individual extraclasse a fim de avaliar a compreensão dos alunos em relação ao documentário.

ETAPA 2:

Dando prosseguimento a aula, explique aos alunos que a manipulação genética é uma intervenção científica, que depende e, atualmente, é realizada por um grupo pequeno de cientistas. Nesse sentido, não podemos contar exclusivamente com a ciência e com os fatores intrínsecos que contribuem para longevidade, precisamos saber o que cada um de nós pode fazer para viver mais e melhor.

Dessa forma, inquira os alunos e registre as respostas no quadro:

- O que vocês têm feito atualmente para retardar o relógio biológico de vocês?

- E o que vocês mais precisam melhorar?

Comentário: Aproveitando as respostas registradas no quadro, explique que a Qualidade de Vida está relacionada diretamente ao nosso relógio biológico e ao que temos feito ou não para retardá-lo.

Professor(a), desafie os alunos a conceituarem verbalmente a Qualidade de Vida. À medida que eles falam, registre as palavras-chave no quadro, em meio às anotações anteriores, pois assim o aluno poderá ampliar sua visão sincrética sobre o tema e construir novas relações conceituais.

Na tentativa de ampliar ainda mais o conhecimento dos alunos, apresente o Hexágono proposto pelos autores Kertesz e Kerman (2007) (figura 1). Eles apontam os seis elementos abaixo como influentes na Qualidade de Vida.

Figura 1: Hexágono de Kertesz e Kerman

 Fonte: Adaptado por Limongi-França, 2007, p. 164.

(LIMONGI FRANÇA. Ana C. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. São Paulo: Atlas, 2007.)

Comentário: Explique que o hexágono é composto de um diagrama cujos vértices avaliam as dimensões relacionadas ao estilo de vida. E que, além disso, existem diferentes termos ou elementos citados por diversos autores, mas que a forma de preenchimento não se difere. A gradação varia de 0 a 5, sendo o zero a ausência de cuidado com esta dimensão e o cinco como ótimo. De modo que quanto mais preenchido estiver o diagrama, melhor estará a Qualidade de Vida.

Assim, informe aos alunos que esse hexágono pode ser utilizado como instrumento rápido de avaliação da Qualidade de Vida e mostre a figura abaixo para exemplificar como se deve preenchê-lo.

Figura 2: Diagrama do resultado da pesquisa sobre o Hexágono Vital de Kertesz e Kerman

Fonte: MEDEIROS, Bianca Valente de. Estudo da percepção do stress e da qualidade de vida dos servidores da Pró-Reitoria de Recursos Humanos (PRORHAE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Disponível em:

<http://www.searh.rn.gov.br/jornadaqvt/slides/slide04.pdf>. Acesso em: 09 de jul. de 2013

Em seguida, entregue uma folha de papel A4 contendo quatro hexágonos propostos por Kertesz e Kerman, em branco, e oriente os alunos que:

1. Preencham o primeiro Hexágono a fim de avaliar a própria Qualidade de Vida e escreva o seu nome e idade abaixo da figura.

2. Levem esta folha para casa e solicitem que um adulto - entre 22 e 59 anos – e um(a) idoso(a) – acima de 60 anos – também preencham uma das figuras. Dê preferência a um membro familiar.

3. Usando o quarto hexágono, faça o diagrama de pontos a partir das médias relativas às dimensões do estilo de vida:

(1) Dieta;

(2) Exercício Físico;

(3) Relaxamento, Repouso e Sono;

(4) Diversões e Lazer;

(5) Atividades Interessantes e;

(6) Grupo de Apoio.

4. Compare as três faixas etárias e analise o quarto hexágono.

A proposta é que os alunos façam uma apresentarão oral sobre sua análise.

3º MOMENTO:

Professor (a), ao retomar os trabalhos realizados anteriormente, proponha que cada aluno apresente sinteticamente os quatro hexágonos sob sua responsabilidade. Em seguida solicite-lhes que analisem, individualmente, os resultados, principalmente no que tange às diferenças geracionais e ao quarto hexágono que sintetiza a Qualidade de Vida das três pessoas envolvidas na tarefa.

Durante a apresentação, anote no quadro a melhor e a pior dimensão apontadas pelos sujeitos de cada faixa etária. Faça isso para o quarto hexágono também.

Após a análise individual, faça uma discussão coletiva dos dados com os alunos, percebendo as aproximações e distanciamentos entre os diferentes grupos geracionais e o resultado obtido a partir da compilação dos dados do quarto hexágono.

Comentário: A fim de aproveitar melhor as informações coletadas pelos alunos, o professor pode recolher as tarefas, fazer um quadro geral (compilado) sobre todas as pessoas envolvidas, inclusive por faixa etária, e apresentar na próxima aula, intitulada Compreendendo e avaliando a Qualidade de Vida – Parte 2.

A avaliação ocorrerá durante todo o processo, tomando como referência principalmente o cumprimento e participação nas tarefas e dinâmicas propostas para sala de aula e para casa. A partir dos trabalhos escritos, dos registros em sala, das falas e dos debates será possível identificar pontos que representam a ampliação dos conhecimentos sobre o processo de envelhecimento e a Qualidade de Vida.