21/07/2013
Ana Maria Ferola da Silva Nunes; Denize Donizete Campos Rizzotto.
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Matemática | Espaço e forma |
Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Processos de leitura |
Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Evolução da escrita alfabética |
Ensino Fundamental Inicial | Matemática | Grandezas e medidas |
Ensino Fundamental Inicial | Alfabetização | Concepção de texto |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Arte Visual: Produção do aluno em arte visual |
Para que esta aula seja realizada é necessário que o aluno tenha habilidades básicas de leitura e de escrita.
INFORMAÇÕES AO PROFESSOR
Contemplando ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Professor, esta aula objetiva contemplar ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Este é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios de assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com os documentos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa aos oito anos de idade, as crianças já precisam ter o entendimento e a compreensão do funcionamento do sistema de escrita e o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que não dominem todas as convenções ortográficas irregulares. Elas também precisam ter a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.
Dentro da visão de alfabetização do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa o professor alfabetizador tem a função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para isso, precisa entender a alfabetização para além de uma visão tradicional em que considera a aprendizagem da leitura e a produção de texto como uma aprendizagem de habilidades individuais e de simples codificação e decodificação. Para tanto, alfabetização precisa abarcar os conceitos do letramento que têm como objeto de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. Dessa forma, se faz necessário que o professor proponha a seus alunos leitura e produção textual de temas ligados ao seu cotidiano para que compreendam a importância social da leitura e da escrita. E que ainda, valorize e acolha a bagagem cultural diversificada que seus alunos possuem, independente da escola, pois eles já são participantes de atividades nos grupos sociais a que pertencem.
A proposta dessa aula se justifica dentro da visão do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa porque leva em consideração um dos direitos gerais da aprendizagem do ensino de Geografia, que segundo Brasil (2012, p. 39.) é: “produzir mapas, croquis ou roteiros utilizando os elementos da linguagem cartográfica (orientação, escala, cores e legendas.)”.
A construção de maquetes em sala de aula é um recurso que tem sido bastante utilizado nas aulas do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, pois favorece o desenvolvimento da alfabetização cartográfica. O uso desse recurso pode tornar a aula mais dinâmica e proporcionar à criança melhor percepção de seu espaço e organização de forma mais concreta.
É importante que as primeiras maquetes construídas pelos alunos representem local conhecido e familiar, pois isso permitirá a realização de comparações da realidade com a sua representação.
BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Os Diferentes Textos em Salas de Alfabetização. Ano 1 : unidade 5. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Brasília: MEC, SEB, 2012.
É importante que o professor, conheça os direitos de aprendizagem dos alunos que estão contemplados em sua prática na sala de aula, para que ao final de cada etapa seja concretizado o trabalho desenvolvido com os alunos no processo de aprendizagem. Eles estão disponibilizados no sítio: MEC: Destaques e Documentos Informativos: Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br>. Acesso em: 06 de jun. 2013, e depois clique em "Cadernos de Formação".
1ª Atividade - Aproximadamente 60 minutos.
Professor, para a presente aula, você deverá organizar os alunos em roda de conversa e estabelecer um diálogo a respeito do ponto que se pode olhar um objeto. A roda de conversa é um espaço privilegiado de troca de ideias, e deve sempre, ser utilizado pelo professor, lembrando que é fundamental oferecer a oportunidade de participação para todos os alunos e valorizar a sua fala.
Pergunte aos alunos se eles podem ver um objeto só de frente, ou tem outras formas de “olhar” esse objeto. Provavelmente alguns alunos levantarão a hipótese de uma visão lateral, ou de cima. Questione-os a respeito dessas hipóteses, mas não dê respostas.
Proponha a eles que fotografem objetos. Separe-os em trios e distribua brinquedos como: carrinho, boneca, lego, ursinho de pelúcia, entre outros. Permita que eles fotografem os abjetos de vários ângulos. Instrua-os a olharem e colocarem a câmera fotográfica posicionada de cima, de lado e de frente.
Fonte: Imagem da própria autora – Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFU- Eseba, fotografando objetos com a máquina posicionada em visão frontal, vertical e oblíqua. 2013. Professora Vaneide.
Projete as fotos tiradas pela turma e analise com os alunos, os ângulos dos objetos.
Explique aos alunos que um objeto pode ser visto de vários pontos diferentes. E a visão de lado do objeto é diferente da visão de frente ou de cima, e que existem várias formas de representar esse objeto, a partir do ponto que estiver sendo visto. Fale para eles que é possível desenhar a visão de diferentes pontos. Para exemplificar isso, faça um desenho com duas crianças, na frente dos outros colegas:
Veja os exemplos a seguir:
Fonte: SIMIELE, Maria Helena. Primeiros Mapas. São Paulo: Anglo, 2011. PNLD/MEC, 2013, 2014, 2015. (Obras Complementares.).
Mostre a eles uma visão do alto, de cima para baixo, dessa situação.
Fonte: SIMIELE, Maria Helena. Primeiros Mapas. São Paulo: Anglo, 2011. PNLD/MEC, 2013, 2014, 2015. (Obras Complementares.).
E depois, mostre apenas o desenho do contorno, sem as crianças.
Fonte: SIMIELE, Maria Helena. Primeiros Mapas. São Paulo: Anglo, 2011. PNLD/MEC, 2013, 2014, 2015. (Obras Complementares.).
2ª Atividade - Aproximadamente 60 minutos.
Professor, antes de iniciar essa aula você deverá colocar as carteiras na disposição que você deseja realizar a maquete da sala de aula. Inicie a atividade em roda de conversa estabelecendo um diálogo a respeito dos objetos e dos móveis da sala de aula: disposição das mesas, localização: da porta, da lousa, das janelas e dos armários. Pergunte a eles se é possível descrever a sala vista de cima para baixo.
Trabalhe com os alunos as noções de referência espacial: lateralidade: perto/longe, junto/separado, frente/atrás, dentro/fora, antes/depois, esquerda/direita, entre outras.
Faça um momento de escrita, pedindo a eles que escrevam sobre “como é a sua sala de aula”, contando sobre todos os objetos e móveis que estão nela e onde eles ficam. Instrua-os a escreverem sobre todos os detalhes: se é espaçosa; como é: a iluminação, as paredes, a lousa; onde ficam as portas e as janelas; se há: ventiladores, relógio na parede, prateleiras, estantes, armários, equipamentos eletrônicos, murais; como é o posicionamento das carteiras e da mesa do professor; onde fica a lixeira, entre outros. Essa atividade tem objetivo de preparação para as atividades de desenho e posteriormente a sistematização da representação da sala de aula por meio da construção da maquete, além de promover a escrita significativa para a criança.
Proponha a eles que façam o desenho da sala de aula, como se tivesse sido fotografada de cima. Explique-lhes que deverão desenhar o espaço da sala de aula e todos os objetos que estão dentro dela, no lugar em que se encontram.
Peça que observem tudo que está dentro da sala, o tamanho dos móveis, a forma, o lugar que ocupam no espaço, a sua localização, o que está perto e o que está longe de cada coisa. Instrua-os a perceberem a distância dos objetos em relação às paredes, à porta, às janelas, à lousa. Mostre exemplos de desenhos e mapas de uma sala de aula. Veja a seguir:
Fonte: SIMIELE, Maria Helena. Primeiros Mapas. São Paulo: Anglo, 2011. PNLD/MEC, 2013, 2014, 2015. (Obras Complementares.).
Fonte imagem: Disponível em: <http://lucelebolzan.pbworks.com/w/page/19447296/Minha%20sala%20de%20aula>. Acesso em: 05 de jul. 2013.
Diga a eles que esse desenho é a representação da sala de aula em um tamanho reduzido.
Peça que escrevam o nome dos alunos que estão nas carteiras desenhadas, e individualmente, circulem a carteira em que cada um estiver sentado.
Fonte: Imagem da própria autora. Trabalho realizado pelos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFU - Eseba. 2013. Professora Vaneide.
3ª Atividade - Aproximadamente 60 minutos.
A proposta dessa aula é a construção de uma maquete com o objetivo de representar a sala de aula.
Antes de começar a montagem da maquete, explique novamente que os alunos irão representar o espaço da sala de aula e todos os objetos que estão dentro dela. Diga que a maquete da sala de aula é a sua representação em tamanho reduzido e explique sobre a proporcionalidade, ou seja, a escala cartográfica. A escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões do objeto no real e as do desenho que o representa em um plano ou um mapa. Constitui-se em um dos elementos essenciais de um mapa, juntamente com a legenda, a orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a fonte. Fonte: Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_cartogr%C3%A1fica>. Acesso em: 15 de jul. 2013. Não é necessário explicar sobre a escala cartográfica, mas é importante que você saiba. Apenas, explique que é como na fotografia em que os elementos do real são representados em tamanhos bem menores. E que usarão o mapa da sala feito na atividade anterior como referência.
Você pode solicitar aos alunos que tragam de suas casas caixas vazias de diferentes tamanhos e formatos.
É necessário organizar todos os materiais coletados, antes de começar o trabalho.
Você vai precisar de:
Você pode propor a montagem de apenas uma maquete ou você pode dividir a sala em grupos para montagem de várias maquetes. Fica a seu critério, de acordo com as necessidades e especificidades de sua turma.
Peça aos alunos que identifiquem as carteiras, escrevendo os nomes dos alunos nas caixinhas que representarão as carteiras.
Explique que a caixa representa a sala de aula e que cada caixinha de fósforo, representa uma carteira. Peça a cada criança que cole a sua caixinha no lugar correspondente ao espaço real que ocupa. Se os alunos sentam agrupados, devem reproduzir essa realidade. A maquete deve ser fiel ao espaço real representado. Peça que consultem o desenho do mapa da sala de aula construído por eles na atividade anterior.
Fonte: Imagem da própria autora. Maquete da sala de aula construída por alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFU- Eseba. 2013.
Depois que a maquete estiver concluída, é a hora de explorar as relações topológicas elementares (À esquerda de quem? À direita de quem? Próximo de quem ou do quê? Longe de quem ou do quê? Ao lado, em frente, atrás, em cima, embaixo.). Faça perguntas para que os estudantes respondam oralmente.
Fonte: Imagem da própria autora. Alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica da UFU- Eseba, analisando as perguntas sobre direção e distância. 2013.
Outro conceito que pode ser trabalhado é o de “limite” as paredes estabelecerem os limites da sala de aula e o que está fora dela, como: o corredor, as escadas, os banheiros, os bebedouros, entre outros espaços.
Você pode também explorar os símbolos que representam, na realidade, outros objetos, como, por exemplo: as carteiras que foram representadas por caixas de fósforos; ou a lixeira, por uma tampinha de creme dental, e assim por diante.
Aproveite a oportunidade para mostrar como objetos da própria sala de aula são vistos nas visões frontal, oblíqua (apresentam profundidade) e vertical. Peça aos alunos para desenharem alguns objetos nessas visões. Questione: Como ficaria a lixeira se representada na visão vertical? Seria apenas um círculo? E uma borracha, um lápis, um caderno ou um apontador, como ficariam?
Para finalizar essa atividade, peça aos alunos que façam um relatório e escrevam o passo a passo de como construíram a maquete.
Para Informar:
O Livro de Maria Helena Simielli intitulado “Primeiros Mapas” é uma obra que faz parte do acervo distribuído às escolas públicas pelo Ministério da Educação no Programa Nacional do Livro Didático – PNLD – Obras Complementares, 2013/2014/2015. A autora apresenta uma proposta de alfabetização cartográfica em situações e imagens do cotidiano da criança que pode ajudar o professor a trabalhar com representações com o aluno.
Fonte: SIMIELLI, Maria Helena. Primeiros Mapas. São Paulo: Anglo, 2011.
No sítio: “Adaptar e Incluir – comunicação para a liberdade” há uma página com instruções para a construção de uma maquete da sala de aula passo a passo, que você pode acessar. Disponível em: <http://adaptareincluir.blogs.sapo.pt/15425.html>. Acesso em: 01 de jul. 2013.
A avaliação acontece de forma contínua e processual. Ela começa quando o professor faz o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos indagando sobre os vários ângulos que se pode olhar um objeto. É um procedimento investigativo do trabalho pedagógico, portanto, a todo o momento você precisa analisar o que o aluno já sabe e o que ainda precisa aprender sobre a questão trabalhada.
Ao ser ministrado esse conteúdo você deve estar preparado para intervir e mediar as atividades e conduzir os alunos a avanços na sua aprendizagem. É imprescindível fazer observações e anotações pessoais para sistematizar os dados e informações e recolher elementos importantes sobre como os alunos estão compreendendo e construindo os conceitos e relacionando as informações novas com seus conhecimentos anteriores.
Durante o processo todos os avanços devem ser considerados. Observe se eles: formulam hipóteses sobre o tema: conseguem perceber a diferença entre visão frontal, vertical e oblíqua e sistematizar a noção espacial, percebendo a proporção, distância e direção dos objetos e móveis da sala de aula. Isso pode ser verificado na elaboração do desenho ou mapa da sala de aula, proposto na aula. Você pode observar isso, principalmente no momento da construção e montagem da maquete. Você deve estar sempre alerta para perceber se os alunos conseguem estabelecer relação entre o espaço real e sua representação por meio de maquete e se foram desenvolvidas as noções de lateralidade: perto/longe, junto/separado, frente/atrás, dentro/fora, antes/depois, esquerda/direita, entre outras. Outra questão importante a ser observada é se o aluno conseguiu interagir e cooperar com seus colegas na construção da maquete. Se você perceber que a colaboração entre os colegas não esteja acontecendo, você deve intervir, pois as atitudes de interação são imprescindíveis nesse processo de construção coletiva.
Cinco estrelas 1 calificaciones
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19/10/2014
Cinco estrelasMaravilhosa essa situação didática Obrigada professora por compartilhar essa sequencia.