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O exercício do flâneur e o desenho de memória.

 

16/09/2009

Autor e Coautor(es)
Marileusa de Oliveira Reducino
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
• Reconhecer elementos arquitetônicos que desenham e desenharam o espaço urbano da cidade em diferentes décadas;
• Compreender e exercitar a postura do Flâneur;
• Fotografar mentalmente a fachada de suas residências;
• Desenhar de memória fachadas observadas.

Duração das atividades
• Duas aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Apresentar aos alunos, por meio de slides ou PowerPoint, imagens do perímetro central da cidade onde moram, desde sua fundação até a atualidade, objetivando a percepção da remodelagem estético-urbana durante estes períodos.
• A apreciação destas imagens permitem ao observador, reconhecer os elementos arquitetônicos que constituíram esse espaço no transcurso do tempo;
Propor aos alunos, após a leitura e a apreciação das imagens, o exercício do flâneur - observação das diferentes edificações que desenham o percurso urbano em seus trajetos cotidianos e, nesta atitude, fotografaram mentalmente a fachada de suas residências, que, segundo o dicionário Aurélio (1995), são as faces de um edifício, geralmente a face da frente, cuja principal está voltada para a rua.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
• Apresentar slides em PowerPpoint, de fachadas residenciais, comerciais, hospitalares e outras, recuperando com os alunos sua compreensão sobre fachada. Para isto, o professor deve estabelecer um diálogo com os alunos, no intuito de entender como eles exercitaram, no decorrer da semana, o exercício de observação proposto na aula anteiror, ou seja, contar o que registrou sobre fachadas urbanas a partir dos seus caminhos rotineiros. O que perceberam de diferente ou de semelhante nas edificações que observaram? Que elementos estariam mais presentes? Que relação eles conseguem fazer do que observaram in loco, com as imagens apresentadas na aula anterior?
• Explorar com estes alunos a riqueza de detalhes fotografados por suas memórias, perguntando, o que eles consideram fachada; ressaltar que na contemporaneidade as casas residenciais, geralmente, não deixam suas fachadas à mostra, estando escondidas atrás de um muro de proteção; questionar sobre o porquê da altura dos muros, já que em décadas anteriores a elevação de muros apenas limitava o perímetro entre o passeio e as residências, deixando as fachadas visíveis aos transeuntes.
• Falar sobre o aumento da violência urbana presente no cotidiano das pessoas e fazer um paralelo entre, o modo de vida atual e o de décadas anteriores, justificando assim, as modificações arquitetônicas a partir das atitudes dos cidadãos.
• Reproduzir, através de desenhos de memória e técnicas diversificadas, as referências trazidas pelos alunos sobre as fachadas residenciais e o contexto das ruas onde estas se localizam.
• Entregar a cada aluno uma folha de papel Canson A4 e pedir para que ele reproduza de memória, a fachada de sua casa. Este desenho deverá ser feito com lápis HB ou nº 2, lembrando ao aluno a suavidade do traço sobre a sensibilidade do papel Canson.
• Aproveitar o exercício de reprodução gráfica para observar se o aluno compreendeu realmente o que é fachada, acompanhando o registro de seus traços iniciais, pois, geralmente, mesmo após explicar e discutir o que é fachada, o aluno a confunde com a face do muro de sua casa e inicia o desenho representando o muro.
• Retomar com o aluno as informações relatadas em sala e provocar sua compreensão, de maneira a capacitá-lo para que consiga concluir o desenho solicitado. Neste desenho o aluno deverá utilizar a régua para que tenha noção de algumas proporções e trabalhe com medidas.
• Falar sobre a diferença entre o desenho arquitetônico e o desenho de observação, da precisão dos traços e medidas do primeiro e da busca da proporção sem os intrumentos de medida no segundo;
• Acompanhar individualmente o desenho de cada aluno, sugerindo a melhor ocupação da folha.

Aula 2
• Dispor para esta aula os seguintes materiais: lápis de cor, caneta hidrocor preta, anilina de diferentes cores, pincéis nº 4 redondo, vasilhas para água, toalhas de papel ou um retalho pequeno para enxugar pincéis;
• Preparar as anilinas dissolvendo-as em água ou álcool e colocando-as em potinhos;
• Organizar a sala em grupos de no máximo seis alunos de modo que os materiais comuns possam ser socializados;
• Distribuir para cada grupo, as anilinas, anteriormente preparadas, as canetas hidrocor e os lápis de cor;
• Pedir para que os alunos iniciem o trabalho com o lápis de cor, escolhendo algumas partes do desenho, para esta técnica. Depois, com a anilina os alunos deverão pintar as partes não selecionadas, podendo, se quiserem, sobrepor a tinta sobre o lápis de cor, conseguindo, assim, outros efeitos, sem contudo, umedecer muito a folha para que esta não fique com excesso de água, ao terminar a pintura, sobrepor os traços do lápis HB com a caneta hidrocor.

• Segue exemplos abaixo:

desenho de memória

3

4

Desenhos de memória – fachadas residenciais
(técnica mista – lápis de cor, pintura com anilina e caneta hidrocor sobre canson A4) Trabalho de alunos do 4º Ano.

Fonte: Acervo particular.

Recursos Complementares

• Como algumas palavras, possivelmente estranhas aos alunos, serão trabalhadas no decorrer das aulas, segue abaixo um pequeno glossário:
• Anilina – Substância líquida, incolor ou ligeiramente escura, extraída da nitrobenzina. ( Disponível em: http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx. Acesso em 15 agos. 2009)
• Arquitetura/arquitetônico - [...] a arquitetura moderna não se exprime no monumento, no templo, no mausoléu; não aspira a dar forma sensível aos “eternos valores” nos quais se funda a sociedade dos homens, às “grandes idéias” que a dirigem. Ao contrário, seu domínio é o da vida de todo dia, dos atos através dos quais a cultura e a civilização se traduzem num modo de vida: a fábrica, o escritório, a casa, o teatro, a escola, e com esses todos os objetos que têm referência direta à prática da existência cotidiana. (ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e destino. São Paulo: Editora Ática, 2001, p.163)
• Arte figurativa – arte baseda na representação de figuras ou objetos reconhecíveis. (SÁNCHEZ, Isidro. Aquarela. Trad. Lizabeth Bansi. São Paulo: Moderna, 1997. Coleção Fazendo Arte, p. 193)
• Contemporâneo – que é do mesmo ou do nosso tempo. (BUENO, Francisco de Oliveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11. ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984, p. 293)
• Memória – faculdade de reter as idéias adquiridas anteriormente; lembrança; reminiscências; celebridades; monumento comemorativo; relação; apontamento para lembrança; memorial; vestígio; aquilo que serve de lembrança; nota diplomática; dissertação sobre assunto científico, literário ou artístico, destinada a ser apresentada ao governo, a uma corporação, a uma academia etc. (BUENO, Francisco de Oliveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11. ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984, p. 717)
• Papel – tecido de fibras vegetais usado para escrita, desenho e impressão. (CHILVERS, Ian. DICIONÁRIO Oxford de Arte. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 395)

Avaliação

• A avaliação em Arte é um processo contínuo, que não enfoca somente o produto final. Neste sentido, os trabalhos deverão ser discutidos durante sua elaboração, construção e conclusão, para que tanto, o aluno, quanto, professor compreendam o processo de criação, levando em conta a individualidade e a evolução de cada aluno. Portanto, a avaliação deverá ser qualitativa e não quantitativa.
• Os alunos deverão recolher, durante o processo de observação das estéticas arquitetônicas da cidade, as impressões que tiveram dos registros urbanos, o que poderá ser observado informalmente durante a elaboração dos trabalhos plásticos.
• Acompanhar o momento em que os alunos desenham de memória suas casas, com o intuito de avaliar se eles, realmente, compreenderam o que é, fachada, proporção e medidas.

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