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CRIANÇAS, VAMOS ENFRENTAR NOSSOS MEDOS?

 

17/10/2013

Autor e Coautor(es)
Thaisa Neiverth
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FLORIANOPOLIS - SC Universidade Federal de Santa Catarina

Sônia Jordão e Giandréa Reuss Strenzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Movimento Expressividade
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Práticas de escrita
Educação Infantil Matemática Espaço e forma
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Expressar por meio de conversas seus sentimentos e ideias a respeito dos medos que têm;
Organizar seu pensamento, suas ideias ao expressar seus medos;
Reconhecer que todos têm medos e que eles podem ser fruto da imaginação;
Conhecer qual a ideia que tem de esculturas e o conceito de escultura;
Ter acesso a diferentes tipos de esculturas;
Criar por meio de expressão artística com argila, uma escultura que represente o medo;
Organizar uma exposição que envolverá os trabalhos das esculturas produzidas por eles.
Duração das atividades
Atividade 1 – conversa e desenho sobre o seu medo (30 minutos); atividade 2 – ouvir a histórias sobre os medos (30 minutos); atividade 3 – apresentação e conversa sobre os medos desenhados no outro dia (40 minutos); atividade 4 – conversa sobre o que é uma escultura e apresentação dos vários tipos de esculturas (45 minutos); atividade 5 – criação da escultura do medo; (40 minutos); atividade 6 – pintura da escultura do medo (30 minutos); atividade 7 – escrita do nome da sua escultura e organização da exposição (45 minutos). As proposições serão desenvovidas em dias alternados.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

A aula  é proposta para crianças de 5 anos.

O professor necessita conhecer sobre como as crianças lidam com seu imaginário nesta fase do desenvolvimento. A mediação do professor torna-se fundamental no sentido de auxiliá-las neste processo, conversando sobre suas produções e levando-as a perceberem o quanto já conseguem e o que precisariam estar acrescentando.

Martins (2007), destaca que por volta dos cinco anos as crianças começam a se preocupar em transpor sua representação mental para o plano concreto das imagens e realizações e, com isso, aumenta sua exigência em relação à execução de inúmeras tarefas. Diz ainda que as crianças de 5 anos, apresentam como atividade principal os jogos de papéis sociais. Contudo, agora este se apresenta de forma diferenciada ganhando mais características do real, ou seja, as crianças aperfeiçoam sua forma de representar o mundo adulto e passam a integrar mais detalhes para suas brincadeiras. Há também um destaque para atividades como desenho, escrita, modelagem e recorte, que estão em linhas acessórias de desenvolvimento, estas e a atividade principal nesta faixa etária estão mais próximas. 

Estratégias e recursos da aula
Material Utilizado
* Tapete para a roda de conversas;
* Imagens variadas de esculturas;
* Argila;
* Tinta guache de várias cores;
* Pincéis; 
* Papel branco ;
* Lápis de cor;
* Canetinhas;
* Livro: Quem tem medo de monstros...
 
Atividade 1 - Roda de conversas e desenho sobre seus medos (45 minutos)
 
Na roda de conversa o professor pode iniciar perguntando: Quem tem medo? Qual o medo que vocês têm? De onde vem o medo? Porque temos medos? Os pais de vocês têm medos? É importante que nessa conversa o professor, bem como o auxiliar de sala se incluam e falem dos seus medos, tanto os de quando eram pequenos, como os de hoje, agora que são adultos. Além disso, deve trazer para a conversa situações que levem as crianças a perceber que muitas vezes temos medos porque não conhecemos. Por exemplo, vamos brincar num parque ou bosque de dia e não temos medo, mas se vamos à noite e como não sabemos quem pode estar lá, temos medo. Após a conversa, pedir que sentem às mesas e entregar papéis, lápis de cor e canetinha para que cada um faça um desenho do seu maior medo. Durante a representação é importante o professor e a auxiliar também desenharem seu maior medo, bem como estar atento aos desenhos que as crianças vão fazendo e até ir conversando sobre eles individualmente.
 
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Roda de conversa
Fonte: Acervo NDI 2011.
Fotografia: Sônia Jordão
 
 
Atividade 2 – Apresentação e conversa sobre os desenhos dos medos (30 minutos).
 
Reunir o grupo de crianças, entregar os desenhos feitos no dia anterior e pedir que apresentem seu medo e fale sobre ele. Neste momento, o professor pode aproveitar para buscar uma relação entre o que é imaginário e o que é real, levando-os a perceber que muitas vezes temos medos porque não conhecemos. 
 
Atividade 3 – Contar a história: Quem tem medo de monstro? (30 minutos)
 
É importante que o professor crie um clima diferente do dia a dia para a contação de histórias. Ele pode levar as crianças para a biblioteca (caso tenha esse espaço na instituição) ou então, organizar a própria sala de maneira diferenciada, deixando-a com pouca luz e bem confortável pra ouvirem a história dentro de um clima de suspense e medo.
Após a história conversar sobre ela, destacando como o medo foi se modificado ao longo da mesma e questionando quem nela estava realmente com medo.  A história apresenta um menino com medo de monstro e que ao final o monstro é que está com medo do menino.
 
 
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Acesso em 17/10/13
 
 
Atividade 4 – Conversa sobre escultura: O que é uma escultura e como pode ser feita? Apresentação de várias formas de esculturas. (45 minutos)
 
Iniciar a conversa procurando sondar o que os alunos sabem sobre esculturas. Durante a conversa seria interessante que o professor ou o auxiliar fosse anotando as falas das crianças, para depois retomar ou reorganizar as próximas aulas. Na conversa perguntar: Quem já viu uma escultura? O que é uma escultura? Que tipos de esculturas existem? Apresentar durante a conversa imagens de tipos de esculturas feitas de: água, argila, metal, madeira, vidro, dominó, gelo, gente, etc.
Após a conversa, levá-los para um espaço onde se possa  projetar imagens ou trazer para roda imagens de vários tipos de esculturas.
      
Este site pode auxiliar a aumentar os conhecimentos do professor para sua conversa de roda com as crianças.
 
 
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Escultura com gelo

Fonte: http://cultura.culturamix.com/arte/esculturas-de-gelo

Acesso em: 17/10/13.

 

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Escultura com água
Acesso em: 17/10/13
 
 
5
 
Escultura em metal.
Acesso em 17/10/13.
 
 
6
 
Escultura em barro e acrílico
Acesso em 17/10/13.
 

Atividade 5 – Criação da escultura do medo (40 minutos)
 
O professor poderá levar as crianças para um espaço externo ou uma sala de artes, se a escola tiver, para realização desta atividade. Todas as crianças receberão um pedaço de argila que lhes possibilite a criação de uma escultura do medo. Pedir que imaginem algo que represente O MEDO. Neste momento, deixar claro que não precisa ser o seu medo, mas sim o medo de maneira geral. Depois de terminada as esculturas, colocá-las lado a lado e levar o grupo para apreciarem o que todos produziram.    
 
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Criação das esculturas
Fonte: Acervo NDI 2011.
Fotografia: Sônia Jordão
 
 
Atividade 6 – Pintura da escultura do medo (30 minutos)
 
Levá-los para pintar as esculturas no mesmo espaço onde foram feitas. Colocar a disposição sobre a mesa de trabalho, guache de várias cores e pincéis e deixar que escolham e pintem suas esculturas. Neste momento, é importante que o professor faça uma mediação quanto ao uso das tintas e os cuidados que devemos ter para não misturá-las se quisermos preservar as cores. Caso contrário, deixar que a criança experimente e veja o que acontece. 
 
 
Atividade 7 – Organização da exposição das esculturas (45 minutos)
 
Conversar com as crianças sobre uma exposição dizendo que servem para as pessoas conhecerem as obras de artes e as apreciarem. Questionar quem já foi a uma exposição? Caso alguém tenha ido, pedir que conte como era. Caso ninguém tenha ido, o professor deverá apresentar o que tem num exposição, falando que os trabalhos são apresentados com os nomes das obras de arte e com os nomes dos autores, destacando que as exposições geralmente também tem um nome. A partir desta conversa propor que cada um mostre sua escultura apresentando-a com seu nome. Depois de todas as apresentações, dar às crianças um pequeno pedaço de papel, pedir que do seu jeito escrevam o nome de sua escultura, depois se quiserem o professor pode escrever do jeito de gente grande. Conversar sobre o nome da exposição e na roda de conversa já escrever junto deles. Escolher com as crianças um local onde poderão expor os trabalhos. Seria interessante o professor já previamente ver um local, onde os trabalhos ficarão visíveis, mas também protegidos. Preparar este espaço com um pano ou papel de fundo e colocar as esculturas com seus nomes. Colar também o nome da exposição escrita na sala com o grupo e depois fazer um breve relato da criação deste trabalho para orientar os visitantes.
Recursos Complementares

Aula do Portal:

Os alunos e seus medos no contexto escolar. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27787

Site:

Escultura do Brasil.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_do_Brasil  

Literatura infantil:

ROCHA, Rute. Quem tem medo de monstros? Scipione: São Paulo, 2005.

Bibliografia referenciada:

MARTINS, L.M. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. In: ARCE, A.; MARTINS, L.M. (orgs.) Quem tem medo de ensinar na Educação Infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Editora Alínea, 2007. (pp.63-92).

Avaliação
A avaliação na Educação Infantil deve ser processual. O professor é o responsável por pensar nela de forma intencional, mas pode também encontrar algumas respostas nas reações das crianças. Durante o desenvolvimento das atividades propostas o professor poderá avaliar vários aspectos, dentre eles se as crianças desenvolveram a capacidade de imaginação durante o desenho e a roda de conversa, se conseguiram desmistificar inseguranças, se complexificaram a brincadeira de papel social, se ampliaram o repertório de brincadeiras, se confraternizaram com os colegas durante a brincadeira a fantasia. Sugere-se que o professor fotografe o processo a fim de registrar a atividade e o resultado. É importante destacar que a observação do processo decorrente das conversas do tema trabalhado, pode desencadear novas relações com este conteúdo que poderão ser fonte de avaliação do que entenderam ou de como compreenderam. 
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