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Enriquecendo o vocabulário interdisciplinarmente

 

21/10/2013

Autor e Coautor(es)
WALLESKA BERNARDINO SILVA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: léxico e redes semânticas
Educação Escolar Indígena Línguas Análise linguística e sociolinguística
Ensino Médio Língua Portuguesa Recursos linguísticos em uso: fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar a atividade presente na seção "Enriqueça seu vocabulário", da Revista Seleções.
  • Criar atividade semelhante à atividade da seção "Enriqueça seu vocabulário", da "Revista Seleções", com base em textos de diversas disciplinas.
  • Apresentar maior conhecimento e maior nível de concentração nos termos de cada área do saber trabalhada.
     
Duração das atividades
200 minutos ou 4 aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Bom domínio do uso de dicionários.
Estratégias e recursos da aula

Estratégias e recursos:

  • computador com internet.

 

Aula 1

O objetivo da atividade é os alunos realizarem a atividade presente na seção "Enriqueça seu vocabulário", da Revista Seleções, e discutir suas impressões.

 

Os alunos, no laboratório de informática ou por meio de celulares, acessarão o endereço:

http://www.selecoes.com.br/enrique%C3%A7a_seu_vocabul%C3%A1rio_1477

Acesso em 18 out. 2013.

 

1

 

Nesse sítio, os discentes encontrarão uma seção da Revista Seleções - digital, "Enriqueça seu vocabulário". Nessa seção, os alunos deparar-se-ão com atividades de ampliação de vocabulário que têm como ponto de partida alguma temática ou contexto. No caso do endereço acima, a temática é "Psiquiatria"  e as palavras para ampliação do vocabulário dizem respeito a esse campo lexical.

A atividade requer do leitor a escolha de uma das três acepções sugeridas para dar sentido à palavra requisitada. Ao final, o leitor checa suas respostas e confere seu nível de conhecimento: bom, excelente ou excepcional.

Por exemplo:

3. bulimia - s.f.: A: vontade incontrolável de comer; B: sede constante; C: falta de controle do intestino.

 

Os alunos, após responderem individualmente a seção, compartilharão suas impressões acerca da atividade. Para tanto, serão indagados:

  • Gostaram da atividade? Por quê?
  • Acreditam que a atividade pode contribuir para a ampliação de seu vocabulário? Em que medida?
  • Qual critério utilizaram para a escolha das alternativas? Esse critério repetiu-se ao longo de todas as respostas?
  • Com base em que vocês hipotetizam que o autor da seção escolheu as palavras e as acepções?

Professor, a ideia é que os alunos percebam o quão a atividade pode ser enriquecedora para a ampliação de vocabulário. Além disso, é esperado que os alunos deduzam uma lógica para a escolha das palavras da seção. Isso ajudará na atividade seguinte.

 

Professor, para maior assimilação dessa seção, seguem mais alguns exemplos digitalizados e disponíveis em sítios abaixo:

 

3

Imagem retirada de Revista Seleção Reader's Digest (edição não informada).

 

http://www.selecoes.com.br/enrique%C3%A7a_seu_vocabul%C3%A1rio_1342 Acesso em 18 out. 2013.

http://www.selecoes.com.br/enrique%C3%A7a_seu_vocabul%C3%A1rio_824 Acesso em 18 out. 2013.

http://www.selecoes.com.br/enrique%C3%A7a_seu_vocabul%C3%A1rio Acesso em 18 out. 2013.

 

Atividade 2

O objetivo da atividade é os alunos serem capazes de criar atividade semelhante à atividade 1 da seção "Enriqueça seu vocabulário", "Revista Seleções", com base em textos de diversas disciplinas, o que lhes permitirá maior conhecimento e maior nível de concentração nos termos de cada área do saber trabalhada.

 

Com base na atividade 1, os alunos produzirão sua própria seção "Enriqueça o vocabulário". Eles serão organizados em duplas ou trios e terão como meta propor atividade semelhante à trabalhada anteriormente para que troquem-na entre si. Para isso, cada grupo de alunos terá que buscar um texto mais técnico de uma das disciplinas que estuda. As disciplinas serão sorteadas entre os grupos de alunos.

Professor, pode ser feito um bom trabalho interdisciplinar de modo a contemplar matérias e conteúdos que os alunos estão estudando no momento da aplicação da atividade. Isso os ajudará a um melhor desempenho nos estudos.

Após o sorteio da disciplina, os alunos procederão à escolha do texto ou ainda, caso o professor julgue pertinente, os textos poderão ser escolhidos previamente pelo professor de cada conteúdo. A ideia é os alunos trabalharem textos com mais vocábulos específicos da área de conhecimento para que o vocabulário de fato possa ser ampliado e o conteúdo melhor compreendido.

Por exemplo, caso os alunos estejam estudando genética, em Biologia, o texto poderá ser:

Genética

Desde os tempos mais remotos o homem tomou consciência da importância do macho e da fêmea na geração de seres da mesma espécie, e que características como altura, cor da pele etc. eram transmitidas dos pais para os descendentes. Assim, com certeza, uma cadela quando cruzar com um cão, irá originar um filhote com características de um cão e nunca de um gato. Mas por quê?

 

Mendel, o iniciador da genética

Gregor Mendel nasceu em 1822, em Heinzendorf, na Áustria. Era filho de pequenos fazendeiros e, apesar de bom aluno, teve de superar dificuldades financeiras para conseguir estudar. Em 1843, ingressou como noviço no mosteiro de agostiniano da cidade de Brünn, hoje Brno, na atual República Tcheca.

 

 

Após ter sido ordenado monge, em 1847, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou matemática e ciências por dois anos. Ele queria ser professor de ciências naturais, mas foi mal sucedido nos exames.

De volta a Brünn, onde passou o resto da vida. Mendel continuou interessado em ciências. Fez estudos meteorológicos, estudou a vida das abelhas e cultivou plantas, tendo produzido novas variedades de maças e peras. Entre 1856 e 1865, realizou uma série de experimentos com ervilhas, com o objetivo de entender como as características hereditárias eram transmitidas de pais para filhos.

Em 8 de março de 1865, Mendel apresentou um trabalho à Sociedade de História Natural de Brünn, no qual enunciava as suas leis de hereditariedade, deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado em 1866, com data de 1865, esse trabalho permaneu praticamente desconhecido do mundo científico até o início do século XX. Pelo que se sabe, poucos leram a publicação, e os que leram não conseguiram compreender sua enorme importância para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em 1900, por três pesquisadores que trabalhavam independentemente.

Mendel morreu em Brünn, em 1884. Os últimos anos de sua vida foram amargos e cheios de desapontamento. Os trabalhos administrativos do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à ciência, e o monge se sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua importante descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo considerado o “pai” da Genética. No mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem, e os jardins onde foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são conservados.

 

Os experimentos de Mendel

A escolha da planta

A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. Desde os tempos de Mendel existiam muitas variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação. Por exemplo, a variedade que flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia flores brancas; a que produzia sementes lisas poderia ser comparada cm a que produzia sementes rugosas, e assim por diante. Outra vantagem dessas plantas é que estame e pistilo, os componentes envolvidos na reprodução sexuada do vegetal, ficam encerrados no interior da mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a autopolinização e, por extensão, a autofecundação, formando descendentes com as mesmas características das plantas genitoras.

 

 

 

 

A partir da autopolinização, Mendel produziu e separou diversas linhagens puras de ervilhas para as características que ele pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de púrpura sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo ocorrendo com o cruzamento de plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta.

Os cruzamentos

 

Depois de obter linhagens puras, Mendel efetuou um cruzamento diferente. Cortou os estames de uma flor proveniente de semente verde e depois depositou, nos estigmas dessa flor, pólen de uma planta proveniente de semente amarela. Efetuou, então, artificialmente, uma polinização cruzada: pólen de uma planta que produzia apenas semente amarela foi depositado no estigma de outra planta que só produzia semente verde, ou seja, cruzou duas plantas puras entre si. Essas duas plantas foram consideradas como a geração parental (P), isto é, a dos genitores.

 

 

Após repetir o mesmo procedimento diversas vezes, Mendel verificou que todas as sementes originadas desses cruzamentos eram amarelas – a cor verde havia aparentemente “desaparecido” nos descendentes híbridos (resultantes do cruzamento das plantas), que Mendel chamou de F1 (primeira geração filial). Concluiu, então, que a cor amarela “dominava” a cor verde. Chamou o caráter cor amarela da semente de dominante e o verde de recessivo.

A seguir, Mendel fez germinar as sementes obtidas em F1 até surgirem as plantas e as flores. Deixou que se autofertilizassem e aí houve a surpresa: a cor verde das sementes reapareceu na F2 (segunda geração filial), só eu em proporção menor que as de cor amarela: surgiram 6.022 sementes amarelas para 2.001 verdes, o que conduzia a proporção 3:1. Concluiu que na verdade, a cor verde das sementes não havia “desaparecido” nas sementes da geração F1. O que ocorreu é que ela não tinha se manifestado, uma vez que, sendo uma caráter recessivo, era apenas “dominado” (nas palavras de Mendel) pela cor amarela. Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde.

 

Era necessário definir uma simbologia para representar esses fatores: escolheu a inicial do caráter recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo – para cor verse – e a letra V, maiúscula, o fator dominante – para cor amarela.

 

VV
vv
Vv
Semente amarela pura
Semente verde pura
Semente amarela híbrida

 

Persistia, porém, uma dúvida: Como explicar o desaparecimento da cor verde na geração F1 e o seu reaparecimento na geração F2?

A resposta surgiu a partir do conhecimento de que cada um dos fatores se separava durante a formação das células reprodutoras, os gametas. Dessa forma, podemos entender como o material hereditário passa de uma geração para a outra. Acompanhe nos esquemas abaixo os procedimentos adorados por Mendel com relação ao caráter cor da semente em ervilhas.

 

 

 

Resultado: em F2, para cada três sementes amarelas, Mendel obteve uma semente de cor verde. Repetindo o procedimento para outras seis características estudadas nas plantas de ervilha, sempre eram obtidos os mesmos resultados em F2, ou seja a proporção de três expressões dominantes para uma recessiva.

(...)

Texto disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel.php  Acesso em 18 out. 2013.

 

Os alunos selecionarão palavras específicas do texto escolhido (levantarão termos) por meio de um critério discutido anteriormente entre eles ou não (haja vista que após a seleção dos termos, os alunos podem chegar a um critério) e criarão três possíveis acepções para cada palavra selecionada, sendo apenas uma das acepções verdadeira.

Para ajudar os alunos na elaboração das acepções, o professor pedirá-lhes para consultarem dicionários, dentre eles: de elementos mórficos, etimológico e analógico, que os ajudará na eleição dos critérios. Fora isso, a discussão feita na atividade 1 dará base para a eleição de critérios.

2

 

6

 

  • Dicionário Etimológico, de Antônio Geraldo da Cunha

http://img.submarino.com.br/produtos/01/00/item/7265/3/7265325SZ.jpg

http://img.submarino.com.br/produtos/01/00/item/7265/3/7265325SZ.jpg Acesso em:18 out. 2013.

 

  • Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, de Francisco dos Santos Azevedo

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/comum/pop_capagg.asp?826/22124826 Acesso em:18 out.2013.

 

  • Dicionário de palavras interligadas, de Kurt Pessek

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=9&ved=0CGcQFjAI&url=http%3A%2F%2Fwww.thesaurus.com.br%2Fdownload.php%3FcodigoArquivo%3D371&ei=hnNhUrW8EebR4QT-s4CIBw&usg=AFQjCNHxjWJDtNBrzTAIrZSMbwdo0_gPFg&bvm=bv.54934254,d.bGE Acesso em:18 out. 2013.

 

13

 

  • Dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=5084152

Acesso em: 18 out. 2013.

Professor, durante a elaboração da atividade é importante circular entre os grupos para colaborar com os alunos e observar a pertinência dos critérios.

 

 

Atividade 3

O objetivo é consumar a atividade proposta para enriquecimento do vocabulário de maneira interdisciplinar.

 

  • Esse é também o momento de os alunos trocarem as atividades e responderem-nas.
Recursos Complementares

Para leitura do professor:

Processos de ampliação e renovação do vocabulário. Disponível em: http://acd.ufrj.br/~pead/tema10/processoampliacao.html Acesso em 18 out. 2013.

Atividades recreativas como suporte na ampliação de vocabulário e na aquisição de leitura para não-leitores. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14086   Acesso em 18 out. 2013.

A lexicologia e a teoria dos campos lexicais. http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/105.pdf Acesso em: 18 out. 2013.

O ensino do léxico e o problema da adequação vocabular. http://www.pgletras.uerj.br/matraga/matraga19/matraga19a03.pdf  Acesso em: 18 out. 2013.

Campo lexical e campo semântico. http://portugues-fcr.blogspot.com.br/2011/09/campo-lexical-e-campo-semantico.html  Acesso em: 18 out. 2013.

Aulas do Portal:

Dicionários online. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52189 Acesso em 18 out. 2013.

Ampliação de vocabulário: os sinônimos no criptograma. Disponível em: http://200.130.6.185/fichaTecnicaAula.html?aula=9921  Acesso em 18 out. 2013.

Ampliando vocabulário na escola: campos lexicais X campos semânticos. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52989   Acesso em 18 out. 2013.

Avaliação
  • Após a conclusão da atividade, os alunos deverão avaliá-la, objetivando discutir o quão foi significativa a proposta. Essa avaliação poderá ser feita oralmente ou ainda por meio de testes com palavras da própria atividade. Caso se opte por essa última forma de avaliação, é importante lembrar que ela só poderá acontecer alguns dias após a dinâmica, haja vista que o professor deverá elaborar pequenos testes, com no máximo cinco palavras, das atividades feitas pelos alunos.
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