20/05/2014
Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: léxico e redes semânticas |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Relações sociopragmáticas e discursivas |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: processos de interlocução |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: modos de organização dos discursos |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/par%C3%A1frases/ Acesso em: 11 maio 2014.
Professor, apresente a seus alunos o slideshare sobre paráfrase, disponível em: http://pt.slideshare.net/daniegalvao/slides-parfrase Acesso em: 15 maio 2014.
Professor, organize em forma de slides as informações abaixo e apresente aos alunos.
Sugestões:
SLIDE 1
Uma paráfrase é uma reafirmação das ideias de um texto ou uma passagem usando outras palavras. |
SLIDE 2
Uma paráfrase tipicamente explica ou clarifica o texto que está sendo citado. Por exemplo:
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SLIDE 3
Quando acompanha a declaração original, uma paráfrase normalmente é introduzida com uma dicendi verbum - uma expressão declaratória para sinalizar a transição para a paráfrase. Por exemplo:
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SLIDE 4
A frase "escreva com suas próprias palavras" é frequentemente utilizado neste contexto para sugerir que o autor reescreva o texto em seu próprio estilo de escrita - como teria escrito se eles tivessem criado a ideia. |
Texto disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1frase aCESSO EM: 13 maio 2014.
Professor, tendo em vista que a paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto. Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da própria língua.
1. Utilizar a mesma ordem de ideias que aparece no texto original.
2. Não omitir nenhuma informação essencial.
3. Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.
4. Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.
ATIVIDADE 2
Texto 1
“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)
Disponível em: http://portuguesnaveia.blogspot.com.br/2008/04/parfrase.html Acesso em: 15 maio 2014.
Texto 2
Por Anna Letícia Diegues
Como aprendemos com os animais, não? Posso dizer que sempre aprendi muito. Um dos maiores aprendizados foi com um cachorro da raça Fox Paulistinha. Um cãozinho sapeca, levado da breca. Com ele descobri o quanto o ser humano é angustiado.
Tcholinho era fantástico. Namorador que só. Morava em uma casa e logo aprendeu a pular o muro alto para namorar as princesas da vizinhança. Todos no condomínio o conheciam. Era muito amado por alguns e nem tanto por outros. Era um tal de aparecer filhote de poodle com pedigree com focinho de Fox… Um espanto! Tcholinho: ‘O Cyrano do mundo canino’. O fato é que ele fazia sucesso.
Acontece que Tcholinho se encantou por uma Pastor Belga, mas esqueceu que ela vivia acompanhada. E num belo dia de cio ele invadiu a casa dos gigantes. Ela até gostou, mas o companheiro não! Foi uma briga feia e o Tcholinho se deu bem mal, quase partiu desta para uma melhor. Levou uma mordida na coxa que pegou a veia femural. A coisa foi tão grave que a patinha traseira teve que ser amputada. Ficou uns dias internado e…
Voltou a ativa. Quer saber se ele se abalou ou ficou triste, deprimido? Pois nem um pouco. Fazia xixi plantando bananeira e rapidamente se acostumou a nova condição e ao novo apelido nem tão romântico: Tripé. Em pouco tempo conseguiu pular o muro novamente e já estava aumentando a população canina do condomínio de novo. Nada disso abalou sua auto estima. Fiquei impressionada. Ele era um cachorro feliz, não ficou amargurando a perda da pata. Simplesmente se reajustou as novas condições. Uma lição e tanto!
De certa vez tocou a campanhia da casa. A dona do tcholinho abriu a porta e eis que diante dela estava uma moça muito bem vestida e maquiada, com uma poodle no colo. A surpresa: A poodle estava vestida de noiva. A moça começou a falar: “Pois é. Minha cadela era virgem, agora está grávida. Seu cachorro vive rondando lá em casa e outro dia o vi pulando o muro. Ele não dá para confundir, tenho certeza. Agora vai ter que casar”.
Apesar do espanto de todos da casa resolveram levar na brincadeira. Tcholinho ficou muito contente em ver sua noiva e todos passaram uma tarde muito agradável com o casamento improvisado. Quando a noiva foi embora o pensamento era um só: Tomara que não volte pedindo pensão.
Texto 3
Disponível em: http://curtacronicas.com/2014/05/01/sistemas/ Acesso em: 17 maio 2014.
Por Marco Antônio Rodrigues
“Amor e ódio”. Um grande filme. O mesmo que inspirou os parágrafos que seguem.
A história retrata Paris de 1942 que compactuou com o nazismo, exterminando mais de 20 mil judeus inocentes, entre estes, várias crianças.
Houve momentos em que capturei a autoinsatisfação de alguns soldados e oficiais no trato truculento que dispensavam aos inofensivos prisioneiros. Essa insatisfação se tornou mais expressiva na medida em que esses militares se deram conta de que estavam colaborando ativamente para o extermínio daquelas pessoas, pois as conduziam – sem conhecimento prévio – para câmaras de gases. Quando questionados por algum médico ou enfermeira – corajosos – que transitavam pelos campos de concentrações, respondiam com os semblantes abatidos: “Estou cumprindo ordens”. Realmente estavam e se não as executassem, provavelmente perderiam a vida.
Em algumas cenas o longa mostrava o comandante mor do nazismo desfrutando de momentos alegres e descontraídos, brindando com taças transparentes, sorvendo o melhor dos champanhes em suntuosas festas, cercado de parentes, amigos e muitas crianças, todos sempre sorridentes e super bem trajados.
As caraminholas começaram a se formar em minha mente. Imaginei que, assim como alguns de seus soldados e oficiais, Hitler também, em algum momento daquele período tempestuoso poderia ter sentido remorso pelas mortes, pelas angustias e aflições que impregnavam a atmosfera daquela região. A simples condição humana não deixava dúvidas de que – mesmo que brevemente – esse episódio possa ter realmente ocorrido.
Será mesmo que o sujeito que ocupava o topo, a parte mais elevada, mais pontiaguda da pirâmide nazista, poderia ter sido acometido por sentimentos de arrependimentos? Acho perfeitamente cabível e até muito provável! Quem de nós, quando em reflexões íntimas e meditativas não reavalia intenções, conceitos e ideologias? Entretanto, mesmo sendo a autoridade suprema do holocausto, mesmo que desejasse, não poderia deter a marcha dos acontecimentos.
Sempre que iniciamos algo, formações sutis, por vezes imperceptíveis também se desenvolvem paralelamente ao objetivo. São camadas sistêmicas que passam a envolver e exercer alguma forma de controle sobre nosso projeto, assim como um repolho que envolve com diversas camadas de folhas a semente que o originou, tornando-a somente mais uma peça – entre tantas outras – que compõem uma engrenagem.
Um projeto simples envolve sistemas básicos, mas os mais ambiciosos podem envolver uma gama enorme deles, que poderão atuar no campo físico, psicológico, burocrático, emocional, legislativo, mecânico, político…
Uma vez acionado o gatilho, o cursor fere a espoleta do cartucho onde o projétil está alojado. Este ato provoca uma explosão que gera gases, esses promovem a deflagração do projétil que, por estar subordinado às leis da física é impulsionado pela pressão que se originou dos gases e se desprende da capsula, percorre em alta rotatividade o interior do cano raiado e é expelido do cano com extraordinária velocidade em direção ao alvo.
Há um sistema semimecânico por detrás do acionamento do gatilho que impede o seu autor de evitar que o tiro seja disparado.
Depois de aceso o estopim da volúpia, os gametas se abraçam e formam o zigoto. Seus autores não possuem domínio sobre sua expansão, sobre seu desenvolvimento. Um complexo sistema biológico se encarregará de construir um bebê, cujo sexo, cor dos olhos, belezas ou deformidades também não estão submetidos aos desejos de seus idealizadores.
Toda semente plantada corre o risco de brotar e uma vez germinada, alguns sistemas se encarregaram de gerir o desenvolvimento daquela planta, daquele projeto, daquele empreendimento, daquela intenção, daquela obsessão, daquele plano, daquele…
José Carlos dos Reis Ensina, alcunhado como “Escadinha”, provavelmente desejou asfixiar o embrião da mais antiga facção criminosa do Brasil “Comando vermelho”, inicialmente batizado como “Falange vermelha”, mas mesmo que desejasse realizar esse aborto, não teria autonomia para isso, pois o processo já estava guarnecido por algum sistema. Fora somente o criador, o autor, o que enfiara com a ponta do dedo indicador a semente na terra fofa e fértil, tornando-se apenas responsável pelo plantio e por isso, obrigado a colher as urtigas da fama.
Poderíamos citar Bin Laden e muitos outros cânceres de nossa história, mas também podemos ilustrar esse exemplo com a figura doce de Jesus. Mesmo que sucumbisse em sua via-crúcis, mesmo que tivesse renegado tudo o que pregou, mesmo que resolvesse se autodeclarar charlatão não adiantaria, não evitaria o surgimento do cristianismo, pois tudo o que incutiu na mente dos seus seguidores: Seus exemplos, suas parábolas, seus milagres, sua cordura… Penetraram de tal forma na essência das pessoas que rapidamente se expandiu pelo país, reverberou pelo oriente e em seguida ecoou por todo planeta. Não seria qualquer ponto negativo que apagaria sua passagem positiva e edificante pelo orbe. Um poderoso sistema já havia se formado em torno da cultura, do legado, da sabedoria, dos ensinamentos que ele nos deixou.
É imperioso dispensarmos valiosa atenção sobre nossas criações mentais, pois nossos instintos, aliados ao nosso ego nos sugere constantemente o revide de uma ofensa, de uma agressão. Não raro ficamos dias arquitetando ardilosas vinganças.
O pensamento é a semente, esperando apenas ser inserida num solo proteico para aflorar e uma vez germinada, os sistemas assumem o controle. A partir daí só nos restará assumir os frutos de nossa lavoura. Que sejam açucarados!
Disponível em: http://curtacronicas.com/2014/05/01/sistemas/ Acesso em: 17 maio 2014.
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Para leitura do professor:
1. PARÓDIA E PARÁFRASE: EXEMPLO DE INTERTEXTUALIDADE. Disponível em: http://www.portugues.com.br/redacao/parodiaparafraseexemplosintertextualidade.html Acesso em: 15 maio 2014.
2. PARÁFRASE: CAMPO DE CRIAÇÃO E TRABALHO NOS TEXTOS DOS DETENTOS. Disponível em: http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/pfd_linguisticos/080.pdf Acesso em: 15 maio 2014.
3. UCA - PRODUZINDO PARÁFRASES. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36475 Acesso em: 17 maio 2014.
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