• Compreender as razões que motivaram a vinda de imigrantes italianos para o Brasil, entre os séculos XIX e XX.
• Apontar as principais expectativas dos imigrantes italianos em relação às terras brasileiras.
• Identificar as regiões de origem e as regiões de destino dos imigrantes italianos;
• Analisar as condições de vida e de trabalho dos imigrantes italianos no Brasil, no período analisado.

06 aulas de 50 minutos cada

O Império Brasileiro e a economia cafeeira.

Estratégias:

• Interpretação e debate de fontes escritas (poema, canção, textos diversos).
• Interpretação e debate de fontes imagéticas (quadrinhos, pintura, mapa).
• Reprodução, análise e debate de vídeo.
• Produção de esquemas.
• Organização e apresentação de seminário.

 

Recursos:

• Computador com internet.
• Fontes escritas, imagéticas e audiovisuais.
• Programa PowerPoint ou similar.

 

 

Módulo 1 - Introdução: expectativas dos imigrantes europeus em relação ao Brasil no século XIX

 

Atividade 1

 

Para introduzir a discussão do tema proposto no Módulo 1, o professor pode sugerir aos alunos a leitura e interpretação do poema "Sonho imigrante", de Fernando Brant e Milton Nascimento:

 

Sonho Imigrante A terra do sonho é distante e seu nome é Brasil plantarei a minha vida debaixo de céu anil. Minha Itália, Alemanha Minha Espanha, Portugal talvez nunca mais eu veja minha terra natal. Aqui sou povo sofrido lá eu serei fazendeiro terei gado, terei sol. O mar de lá é tão lindo natureza generosa que faz nascer sem espinho o milagre da rosa. O frio não é muito frio nem o calor é muito quente e falam que quem lá vive é maravilha de gente.

http://nemvem-quenaotem.blogspot.com/2009/03/sonho-imigrante.html

Acesso em: 14/06/2014

 

Questione os alunos:

 

a. De acordo com o poema de Fernando Brant e Milton Nascimento, quais eram as expectativas dos imigrantes europeus em relação ao Brasil? Como eles viam o nosso país?

 

b. O poema menciona como o imigrante europeu se sentia em relação à sua terra natal. Explique.

 

A partir dos questionamentos acima, os alunos observarão que, de maneira geral, o poema retrata a expectativa que imigrantes de diferentes regiões da Europa possuíam em relação ao Brasil, entre os séculos XIX e XX. Na sequência, proponha a eles a leitura da canção abaixo, a qual trata especificamente dos imigrantes italianos:

 

 

A canção Itália bella, mostrati gentile, provavelmente de 1899, foi extraída de uma coleção de canções de imigrantes e revela as razões que levavam o emigrado a abandonar seu país: Itália bela, mostre-se gentil e os filhos seus não a abandonarão, senão, vão todos para o Brasil, e não se lembrarão de retornar. Aqui mesmo ter-se-ia no que trabalhar Sem ser preciso para a América emigrar. O século presente já nos deixa, o mil novecentos se aproxima. A fome está estampada em nossa cara e para curá-la remédio não há. A todo momento se ouve dizer: eu vou lá, onde existe a colheita do café.   (In: MARTINS: Ana Luiza. Império do café: a grande lavoura no Brasil, 1850-1890. São Paulo: Atual, 1990. p. 71)

http://crv.educacao.mg.gov.br/SISTEMA_CRV/index.aspx?id_projeto=27&id_objeto=28555&tipo=ob

Acesso em: 14/06/2014

 

A interpretação da canção permitirá aos alunos o levantamento de alguns questionamentos que serão respondidos ao longo da aula, por exemplo:

 

• A quem os emigrantes italianos atribuem a vinda para o Brasil? Eles vêm por vontade espontânea? 
• Segundo a letra da canção, a emigração italiana teria como ser evitada? 
• Qual o significado dos versos: "A fome está estampada em nossa cara e para curá-la remédio não há"?
• A canção revela o destino dos emigrantes italianos no Brasil? Qual seria?

 

Em discussão coletiva, com a orientação do professor, os alunos farão o levantamento de questões que motivarão o aprofundamento do tema nos módulos seguintes. Entretanto, a partir da atividade, será possível aos alunos compreenderem que os italianos tinham a expectativa de fugir dos problemas vivenciados na Europa e conquistar uma vida melhor no Brasil. Caso essa possibilidade estivesse colocada a eles em sua terra natal, não partiriam.

 

Atividade 2

 

Prosseguindo a reflexão anterior, os alunos devem analisar os quadrinhos abaixo:

 

http://soprahistoriar.blogspot.com/2010/05/da-monarquia-para-republica.html

Acesso em: 14/06/2014

 

• Os quadrinhos, utilizando a sátira, tratam de uma interpretação sobre a visão e as expectativas que os imigrantes europeus possuíam em relação ao Brasil.

 

• Os alunos devem discutir as ideias centrais do recurso, analisando principalmente o quarto quadrinho, o qual descreve o Brasil como "a terra do tesouro, do trabalho, dos papagaios e tucanos e toda sorte de riquezas naturais que só do lado de baixo do Equador uma família da fria Europa poderia encontrar."

 

• Estimule os alunos a relacionarem o conteúdo dos quadrinhos aos textos poéticos trabalhados na Atividade 1: eles possuem ideias similares? Quais?

 

Após a análise dos quadrinhos, o professor poderá trabalhar com os alunos o conteúdo da Revista Trabalhadores Imigrantes, a qual trata da imigração de vários povos europeus para o Brasil, entre eles, os italianos. No excerto abaixo, os alunos poderão observar como a propaganda na Itália foi uma das armas utilizadas pelos agentes brasileiros para estimular a vinda de imigrantes italianos para o Brasil:

 

"Durante os últimos anos da década de 1880, agentes do Brasil pululavam em Veneza e outras partes do Vale do Pó estimulando “uma espécie de febre” que levaria inúmeros trabalhadores agrícolas a partirem para o Brasil, na “esperança de lá encontrarem a terra prometida” como escreveram os funcionários italianos em Treviso. Alguns desses candidatos à emigração até viajaram a pé, cruzando a maior parte do norte da Itália sob um rigoroso inverno, para tomar os navios que em Gênova prometiam passagens grátis para Santos." Fonte: Revista TRABALHADORES. Imigrantes. Campinas, Secretaria Municipal de Cultura, 1989, p. 5

 

Em discussão coletiva, levante os seguintes questionamentos:

 

a. De acordo com o texto do historiador Michael Hall, foi feita uma intensa propaganda em regiões da Itália, por agentes brasileiros, incentivando a imigração para o Brasil. Essa propaganda transformava o Brasil em uma espécie de "Terra Prometida". O que isso significa?

 

b. Leia: "(...) Alguns desses candidatos à emigração até viajaram a pé, cruzando a maior parte do norte da Itália sob um rigoroso inverno, para tomar os navios que em Gênova prometiam passagens grátis para Santos." Qual o interesse do governo da Itália em estimular a emigração? E o governo do Brasil, que interesse possuía?

 

Os questionamentos levantados no primeiro módulo serão retomados nos módulos seguintes, a partir do estudo de fontes que permitam o aprofundamento da discussão.

 

 

Módulo 2 - Razões da vinda de imigrantes italianos para o Brasil - séculos XIX e XX

 

 

Atividade 1

 

Para iniciar os estudos sobre as razões da vinda dos imigrantes italianos para o Brasil, o professor deverá estimular os alunos a reunirem fontes que tratem do assunto. No site do IBGE, por exemplo, os alunos encontrarão o texto intitulado "Razões da emigração italiana". Confira um excerto, abaixo:

 

Razões da Emigração Italiana

Antonio Rocco. Os Emigrantes. Óleo sobre tela. Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Os italianos, como todos os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e socioculturais. A emigração, que era muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeconômicas, além de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível, pois era comum que imigrantes enviassem economias para os parentes que haviam ficado. No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para a unificação do país, sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade de sobreviver quer nas pequenas propriedades que possuía ou onde simplesmente trabalhava,quer nas cidades, para onde se deslocava em busca de trabalho.   Nessas condições, portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, como era, também, uma solução de sobrevivência para as famílias. Assim, é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de italianos no período compreendido entre 1860 e 1920.

O texto completo está disponível em: http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/razoes-da-emigracao-italiana

Acesso em: 14/06/2014

 

 

Orientações para o trabalho com a imagem (pintura de Antônio Rocco):

 

a. Estimule os alunos a interpretarem a imagem, que é uma reprodução fotográfica, de Rômulo Fialdini, da pintura de Antônio Rocco. Eles devem descrever todos os detalhes observados: as personagens, vestimentas, objetos, expressões faciais/corporais etc.

 

b. Em seguida, levante questionamentos:

 

• As personagens representam emigrantes que saíram da Itália entre o final do século XIX e começo do século XX. Eles parecem felizes? O que as expressões e posturas indicam?
• As vestimentas e objetos que aparecem na imagem dão indícios acerca da origem social dos emigrantes representados?
• Qual a sua conclusão acerca da situação representada na pintura?

 

c. Os alunos poderão conferir uma interpretação da pintura em: http://www.mare.art.br/detalhe.asp?idobra=3412 (Acesso em: 14/06/2014). Ao final da leitura, eles poderão discutir se chegaram às mesmas conclusões ou se a fonte apresentou novas possibilidades de interpretação do recurso.

 

 

Orientações para o estudo do texto:

 

a. Os alunos devem fazer uma leitura individual e atenta do texto completo, acessando o link indicado.

 

b. Após a leitura, questione os alunos sobre o título do texto: Por que EMIGRAÇÃO e não IMIGRAÇÃO?

 

Ressalte para os alunos a distinção entre os dois conceitos. O texto fala em EMIGRAÇÃO porque trata da saída de italianos de sua terra natal. Portanto, do ponto de vista da Itália, eles são emigrantes. Do ponto de vista de quem está no Brasil, país onde os italianos entraram, eles são imigrantes.

 

c. O texto menciona a relação entre o processo de unificação da Itália e a emigração de italianos no século XIX, uma vez que a unificação foi um processo longo, o qual trouxe dificuldades de sobrevivência para a população, sobretudo para os trabalhadores rurais. Portanto, a emigração tornou-se uma questão de sobrevivência e busca de uma vida melhor para muitos italianos. Oriente os alunos a aprofundarem a questão, reunindo fontes relativas ao processo de Unificação da Itália, como, por exemplo:

 

A difícil trajetória da Unificação Italiana. Por Luiz Marques. http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_dificil_trajetoria_da_unificacao_italiana.html

Acesso em: 14/06/2014

 

Os alunos devem registrar no caderno as ideias centrais do processo e discuti-las com os colegas, apontando a relação do mesmo com a emigração italiana.

 

d. De acordo com o texto, motivos econômicos e socioculturais explicam a emigração de italianos nas últimas décadas do século XIX. Os alunos devem encontrar no texto, e em outras fontes consultadas, os argumentos que justificam a afirmativa e apontá-los por escrito.

 

Sugestão de fonte complementar:

 

A Imigração Italiana. http://www.educacional.com.br/reportagens/italia/default.asp.

Acesso em: 14/06/2014

 

As respostas construídas para a questão d devem ser socializadas entre os alunos.

 

 

Atividade 2

 

Aprofundando a discussão, proponha aos alunos o trabalho com o mapa que trata da emigração italiana no período entre 1870-1920:

 

http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/regioes-de-origem

Acesso em: 14/06/2014

 

Orientações para a atividade:

 

a. Os alunos devem observar atentamente o mapa para identificarem as regiões de procedência dos emigrantes que deixaram a Itália no período entre 1870-1920.

 

b. O professor deve levar para a sala de aula o mapa-múndi, para que os alunos possam situar/visualizar a Itália e suas regiões no continente europeu e este no mundo.

 

c. Em seguida, os alunos poderão conferir os dados da tabela que se encontra no mesmo link do mapa (http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/regioes-de-origem), intitulada “Emigração italiana para o Brasil, segundo as regiões de procedência - período 1876/1920”. A partir da análise atenta da tabela, eles poderão observar que, no total, 1.243.633 italianos deixaram diferentes regiões da Itália e vieram para o Brasil, no período analisado.

 

Atividade 3

 

O estudo do mapa da Atividade 2 possibilitará aos alunos o seguinte questionamento:

 

No Brasil, quais as regiões de destino dos italianos que saíram da Itália entre as últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX?

 

Ainda pesquisando no site do IBGE, os alunos encontrarão um texto que fala a respeito das principais regiões que receberam imigrantes italianos no Brasil. O título do texto é Regiões de destino. Confira, abaixo, um trecho do texto e o link para acesso ao mesmo:

 

O destino dos imigrantes no período da imigração subvencionada foram as fazendas de café de São Paulo e os núcleos de colonização, principalmente os oficiais, localizados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Afora desses dois objetivos, uma terceira parte de imigrantes localizou-se nas cidades, como o Rio de Janeiro e São Paulo, adensadas por indivíduos que abandonavam o campo, reemigravam de outros países ou mesmo burlavam a vigilância, não seguindo para o interior.  Fonte: IBGE. http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos/regioes-de-destino Acesso em: 14/06/2014

 

Após a leitura atenta do texto completo, peça aos alunos que identifiquem, em um mapa do Brasil, as principais regiões para onde vieram os italianos.

 

 

Módulo 3 - Condições de vida e de trabalho de imigrantes italianos no Brasil

 

Atividade 1

 

Proponha a leitura e interpretação do texto Trabalhadores Imigrantes no Brasil - Século XIX/XX. Confira, abaixo, um excerto:

 

(...) Durante a década de 1860 as fazendas de café foram abandonando o sistema de parceria e, na década de 1880, iniciou-se o sistema de imigração subvencionada ou subsidiada. Os fazendeiros paulistas organizaram, em 1886, a Sociedade Promotora de Imigração que, entre outras atividades, passou a administrar a Hospedaria dos Imigrantes, construída no mesmo ano em São Paulo, e que se tornaria um verdadeiro mercado de trabalho onde se firmavam contratos entre imigrantes e fazendeiros. Na imigração subvencionada, diferente do que ocorria no sistema de parceria, o governo brasileiro assumia a responsabilidade de arcar com as despesas de viagem dos trabalhadores imigrantes e de suas famílias e os fazendeiros arcavam com os gastos do colono durante o seu primeiro ano de vida no país. Além disso, os colonos receberiam um salário fixo anual e mais um salário de acordo com o volume da colheita, fixado por alqueire de café produzido. Entretanto, mesmo após a imigração subvencionada, as condições de moradia, saúde e educação dos trabalhadores imigrantes continuaram muito ruins e o sonho de ter acesso a terra concretizou-se para bem poucos. Muitos deles, após certo tempo trabalhando nas lavouras de café, tomavam o rumo das cidades a procura de trabalho nas fábricas ou em outras atividades urbanas. Em 1902, o governo da Itália proibiu a imigração subvencionada para o Brasil. (...)

http://gephiseseba.blogspot.com/2011/09/trabalhadores-imigrantes-no-brasil.html

Acesso em: 14/06/2014

 

 

Orientações para a atividade:

 

Para o estudo do texto, proponha aos alunos:

 

• Fazer uma leitura atenta do texto e, se necessário, o vocabulário das palavras desconhecidas.
• Apontar as razões pelas quais os trabalhadores nacionais livres não se interessaram, em sua maioria, pelo trabalho nas lavouras, no período estudado. 
• Explicar por que, para os proprietários brasileiros, o imigrante europeu era considerado o trabalhador ideal. 
• Explicar por que os trabalhadores imigrantes deixaram os seus países de origem e vieram trabalhar no Brasil e o que esperavam encontrar em nosso país. 
• Comentar o significado da lei de terras de 1850 para os trabalhadores nacionais e para os trabalhadores imigrantes. 
• Apontar as principais características de cada um dos sistemas de imigração: colonização, parceria e imigração subvencionada.

 

Atividade 2

 

O texto da Atividade 1 possibilitará aos alunos a compreensão acerca dos principais sistemas de imigração desenvolvidos no Brasil entre os séculos XIX e XX. No caso dos italianos, a maioria veio através do sistema de IMIGRAÇÃO SUBVENCIONADA.

 

Para receber os imigrantes que vieram pelo sistema de imigração subvencionada nas últimas décadas do século XIX, italianos em sua maioria, foi criada a Hospedaria do Imigrante. Para que os alunos possam compreender como se dava o processo de chegada dos imigrantes no Brasil, proponha a eles a leitura do texto abaixo:

 

"A Hospedaria dos Imigrantes foi construída justamente para receber os imigrantes que chegavam ao estado de São Paulo para trabalhar na lavoura ou nas indústrias paulistas. Foi inaugurada em 1885 no bairro do Brás com capacidade para acomodar 1.200 imigrantes. (...) Entre 1882 e 1978 passaram mais de 60 nacionalidades e etnias pela hospedaria, num total de 2,5 milhões de pessoas".

O texto completo está disponível em:  http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-2_hospedaria_imigrantes.asp

Acesso em: 14/06/2014

 

Após a leitura do texto, os alunos devem assistir ao vídeo sobre a Hospedaria do Imigrante:

 

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=te3gz8igtnY

Acesso em: 14/06/2014

 

Orientações para a atividade com texto e vídeo sobre a Hospedaria dos Imigrantes:

 

a. Oriente os alunos a elaborarem um esquema no caderno com as principais ideias apresentadas no texto e no vídeo, como, por exemplo:

 

1. Como os imigrantes chegavam à Hospedaria.
2. Principais levas de imigrantes que passaram pela Hospedaria.
3. Os serviços que os imigrantes recebiam no local.
4. Principais destinos dos imigrantes que passaram pela Hospedaria.
5. A atuação da Agência Oficial de Colonização e Trabalho.
6. O que as imagens do vídeo revelam.
7. O museu da Imigração: memória e identidade dos imigrantes que vieram para o Brasil.

 

Para a elaboração do esquema os alunos podem seguir as orientações contidas em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48914 (Acesso em: 14/06/2014).

 

b. Promova uma discussão coletiva acerca das ideias centrais dos dois recursos trabalhados.

 

 

Atividade 3

 

A proposta é que os alunos façam um seminário com a apresentação de textos que tratem das condições de vida e de trabalho dos imigrantes italianos no Brasil.

 

Seminário

 

Orientações para a realização do Seminário:

 

a. Divida os alunos em grupos e atribua a cada grupo a responsabilidade pelo estudo e apresentação, para a turma, de pelo menos um texto relativo ao tema em discussão.

 

b. Os textos devem ser entregues com antecedência para que os grupos tenham tempo de estudar o conteúdo e preparar a apresentação. Portanto, a divisão da turma em grupos, a definição do texto de cada grupo e as orientações para a apresentação devem preceder a execução da atividade proposta.

 

c. Nas orientações aos alunos, o professor deve destacar que as ideias centrais do texto devem ser discutidas e apresentadas pelo grupo. O grupo deve evidenciar a sua compreensão e posicionamento sobre o texto estudado.

 

d. Na preparação do Seminário, os alunos devem procurar solucionar possíveis dúvidas em relação ao conteúdo dos textos com o professor. 

 

e. Sugestão de textos para o Seminário e seus respectivos links:

 

Texto 1 A grande massa de italianos que se tornava colono ou empregado de uma fazenda de café trabalhava em condições muito duras, tendo pequenas oportunidades de acumular algum capital. Eram proporcionalmente poucos os que realizavam o sonho da compra de uma pequena propriedade e quando o faziam não se tratava de propriedades de grande valor. As famílias de imigrantes que chegavam nas fazendas de café se submetiam a um contrato de trabalho segundo o qual todos, inclusive mulheres e crianças, deviam trabalhar.  O texto completo está disponível em: Italianos. Fonte: IBGE. http://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/italianos

Texto 2 O trabalho nas fazendas não era fácil. A família imigrante era responsável por uma gleba do cafezal, que exigia, além da colheita, cinco ou seis limpezas anuais. Eles recebiam salários e faziam suas compras na venda do patrão, o que quase sempre gerava uma relação de dependência. Muitos, desencantados, retornavam para a Itália. Outros seguiam de fazenda em fazenda na esperança de melhor sorte, que alguns alcançavam comprando pequenas propriedades. Outros ainda, ex-operários e artesãos na Itália, se estabeleciam na cidade. Porém, perpetuando a mentalidade de donos de escravos, alguns patrões chamavam seus colonos de "escravos brancos". O texto completo está disponível em: O imigrante e o trabalho. http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/estudosbrasileiros/entredoismundos/entredoismundos3.htm

Texto 3  Em 1902, o governo italiano chegou a proibir, com o Decreto Prinetti, a imigração subsidiada. Um dos motivos para a proibição seriam as informações que o governo deste país recolhia acerca das condições de vida e o trabalho que aqui esperavam os seus conterrâneos. (...) As condições de vida em geral não eram satisfatórias: sem acesso à escola, à higiene, à boa alimentação e à vida em comunidade, era comum muitos observadores associarem estas péssimas realidades presenciadas nas mais diversas regiões do Oeste Paulista a um crescimento no número de imigrantes abatidos, doentes e alcoólatras. Era difícil esse grupo ascender socialmente, garantir que, em um futuro, poderia ter sua propriedade de terra e alcançar tudo aquilo que sonhava ter e encontrar na promessa de viver no Brasil. O texto completo está disponível em: A Imigração no Estado de São Paulo (1880/1920). http://www.arquivoestado.sp.gov.br/exposicao_imigracao/inicio_imigrantes.html

Texto 4 Os imigrantes que se tornaram operários das indústrias da cidade de São Paulo estabeleceram-se, no início do século XX, em loteamentos populares que se localizavam distantes do centro, em terrenos acidentados ou várzeas. Foi assim que nasceram os primeiros bairros operários, como Brás, Bexiga, Barra Funda, Belenzinho, Mooca, Lapa, Luz, Bom Retiro,Vila Mariana e Ipiranga. (...) Os moradores desses bairros não só viviam em casas de pau-a-pique, como também em cortiços, edifícios que abrigavam muitas famílias.(...) O texto completo está disponível em: Bairros Operários. http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-3_bairros_operarios.asp

Os links foram acessados em: 14/06/2014

 

 

A partir da leitura dos textos, os alunos deverão aprofundar, no seminário, questões como:

 

1. O sistema de imigração subvencionada resolveu os problemas criados no sistema de parceria?

 

2. Os imigrantes italianos conseguiram concretizar as expectativas que possuíam em relação ao Brasil? Os seus objetivos foram alcançados?

 

3. Quais eram as condições de trabalho, moradia, saúde e educação dos imigrantes italianos no Brasil?

 

4. Por que muitos imigrantes italianos dirigiram-se para as cidades? Quais condições de vida e de trabalho eles encontraram nos núcleos urbanos?

 

5. Quais as formas de luta e de resistência adotadas pelos imigrantes italianos em relação às condições de vida que encontraram no Brasil?

 

Atenção!

Acima foram indicados textos disponíveis na internet, entre vários outros que podem ser selecionados pelos grupos. Mas, evidentemente, os alunos também podem e devem consultar livros, revistas e enciclopédias que tratem do tema do Seminário para aprofundarem suas reflexões.

 

Apresentação do Seminário

 

a. Após o trabalho de leitura e interpretação das fontes, cada grupo deverá preparar a apresentação para o restante da turma. Para tanto, poderão utilizar o aplicativo para apresentação de slides correspondente ao sistema operacional do computador ao qual terão acesso.

 

b. Na organização da apresentação, o grupo poderá apresentar dados numéricos e/ou estatísticos, áudio, vídeos etc. As ideias centrais contidas nas fontes pesquisadas, bem como as conclusões do grupo, ficarão mais claras (e mais interessantes) para a turma se outros recursos, além da fala e do texto escrito, forem utilizados.

 

Professor, confira a aula "Exposição oral: seminário", publicada no Portal do Professor e disponível no link http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26538 (Acesso em: 14/06/2014). A aula poderá auxiliar nas orientações aos alunos sobre como preparar e apresentar um seminário.

Para alunos e professores:

 

1. “Braços para a lavoura”: a subvenção paulista para imigração (1886-1896).  Por Kátia Cristina Petri. http://www4.pucsp.br/revistacordis/downloads/numero3_4/revista_cordis_3_4_katia.pdf

 

2. Site do Museu da Imigração do Estado de São Paulo. http://museudaimigracao.org.br/

 

3. Site Imigrantes Italianos. http://www.imigrantesitalianos.com.br/

 

4. Revista TRABALHADORES. Imigrantes. Campinas, Secretaria Municipal de Cultura, 1989.

 

Links acessados em: 14/06/2014

O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo, como: interpretação e debate de fontes escritas, interpretação e debate de fontes imagéticas (quadrinhos, pintura, mapa), análise e debate de vídeo, produção de esquemas, organização e apresentação de seminário.