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Voto e cidadania na História do Brasil

 

20/10/2014

Autor e Coautor(es)
LEIDE DIVINA ALVARENGA TURINI
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Sociologia Movimentos sociais / direitos / cidadania
Ensino Médio História Tempo: transformações e mentalidades
Ensino Médio Sociologia Mudança e transformação social
Ensino Médio História Poder
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Ensino Médio História Sujeito histórico
Ensino Fundamental Final História Cidadania e cultura no mundo contemporâneo
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio Sociologia Poder, política e Estado Moderno
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cidadania e participação
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Analisar a trajetória do voto no Brasil, da colônia à República, e a sua importância no processo de luta pela cidadania.
  • Compreender os principais aspectos do processo de conquista do voto feminino na sociedade brasileira.
  • Refletir sobre as relações entre voto e clientelismo no Brasil, no passado e no presente.
Duração das atividades
05 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Aspectos centrais da História do Brasil Colônia, Império e República.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias:

  • Leitura e interpretação de fontes escritas.
  • Reprodução, análise e debate de vídeos.
  • Interpretação e debate de charges.
  • Leitura e interpretação de linha do tempo.
  • Reprodução e análise de áudio.
  • Elaboração de Fichamento, esquema e síntese de texto.
  • Debate.

 

Recursos:

  • Computador com acesso à internet.
  • Textos, vídeos, fotos, charges e áudio sobre a História do Voto no Brasil.
  • Linha do Tempo sobre o Voto feminino.
  • Programa Power Point ou similar.
  • Data Show.
  • TV/DVD

 

 

 

Módulo 1 -  Do voto censitário ao sufrágio universal

 

 

O nosso país está vivendo, neste ano de 2014, um episódio importante de sua história política: as eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Aproveite este momento para discutir com os alunos sobre a importância do voto na luta pela conquista da cidadania plena. Desta forma, proponha a eles um estudo sobre a trajetória do voto no Brasil.

 

Atividade 1

 

História do Voto no Brasil: da Colônia à República

A primeira legislação eleitoral produzida no Brasil é publicada em 1824 para eleger a Assembleia Geral Constituinte. O voto era censitário, isto é, relativo à condição econômica, podia ser feito por procuração, mas não existia título de eleitor. 

(...) O voto censitário foi abolido por Deodoro da Fonseca por meio do Decreto n° 6, de 19 de novembro de 1889, e o alistamento entregue ao Poder Judiciário em 1916, em respeito à Lei n° 3.139, de 2 de agosto de 1916. A proclamação da República, no entanto, não assegurou o voto de menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos, indígenas e integrantes do clero.

(...) A instituição do voto secreto nos pleitos federais verificou-se no Brasil pelo Código eleitoral de 1932, embora fosse reivindicação antiga e constasse da legislação de São Paulo e de Minas Gerais (1930), pouco antes da queda da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1891.

O texto completo, de Jorge Barcellos, está disponível em:

http://www.sul21.com.br/jornal/eleicoes-2014-historia-do-voto-no-brasil/

Acesso em 15/10/2014

 

 

Orientações para a atividade:

a. Utilizando computadores com internet, os alunos devem acessar o textos indicado. Oriente os alunos a fazerem uma leitura atenta do texto, anotando no caderno as ideias centrais e as dúvidas suscitadas pela leitura.

b. O texto está subdividido da seguinte maneira:

 

1. O tema do voto na historiografia brasileira

2. Origens do voto

3. Espécies de voto

4. O voto no Brasil

4.1.Os primórdios das eleições no Brasil (1532-1822)

4.2. As eleições durante o século XIX (1822-1889)

4.3. As eleições na República (1889-2014)

 

c. Os alunos devem fazer o fichamento do texto. Confira as orientações para o fichamento em material disponível no site do Portal do Professor, no link: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16230/index.html?sequence=10 (Acesso em: 15/10/2014).

d. Após a elaboração dos fichamentos, os alunos devem ser colocados em círculo para que façam a discussão do texto, a partir das suas anotações.

 

 

Atividade 2

 

Aprofundando as discussões iniciadas na atividade anterior, os alunos devem fazer um trabalho de análise e debate das questões centrais abordadas no recurso abaixo.

 

Vídeo: A História do Voto no Brasil

História do Voto

Reportagem: Aline Moraes
Produção: Aline Beckstein, Fernanda Balsalobre, Luana Ibelli, Michelle Godoy, Natália Keiko e Thaís Rosa
Apoio à produção: Carlos Molinari, Tiago Bittencourt
Imagens: Alexandre Nascimento, Édina Girardi,  Eduardo Viné, Milene Nunes, Sigmar Gonçalves
Auxiliares: Maurício Aurélio, Daniel Teixeira, Diego Silva
Sonoplastia: Priscila Resende
Edição de imagens: Caio Cardenuto, Carina Scarpa, Fábio Montes, Rodger Kenzo
Roteiro: Fernanda Balsalobre
Direção: Bianca Vasconcellos

 

http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/a-historia-do-voto-no-brasil#media-youtube-1

Acesso em 15/10/2014

 

Orientações:

 

a. No vídeo, o Programa "Caminhos da Reportagem" discute o tema da "História do Voto no Brasil". Confira as principais ideias abordadas:

 

Como o brasileiro vota desde a época em que o país era colônia de Portugal?

Até outro dia, o analfabeto, o preso e o índio não votavam. A mulher só chegou perto de uma urna em 1927, no Rio Grande do Norte, mas só cinco anos depois é que o voto feminino foi legitimado para todo o país.

No ritmo da história, a eleição brasileira conheceu as regras de imperadores,  republicanos, ditadores civis e militares. Caminhos da Reportagem mostra a evolução do voto desde as primeiras eleições populares em 1932, na cidade de São Vicente (SP), onde foi instalada a primeira câmara de  vereadores. O programa remonta aos tempos da colônia, dos conchaves, das fraudes, do coronelismo e do voto de cabresto.

E nos dias atuais, como o eleitor escolhe o candidato? Da cédula manual às urnas eletrônicas, uma pergunta divide opiniões de muitos especialistas: a urna eletrônica é confiável?

 

b. O professor  deverá fazer a reprodução do vídeos em local apropriado, para que todos os alunos juntos possam assisti-lo. Outra possibilidade é que os alunos acessem o vídeos por meio de computadores conectados à internet.

 

c. Caso assistam todos juntos, o professor poderá, a qualquer momento, pausar a reprodução e chamar a atenção dos alunos para as ideias centrais do vídeo, esclarecendo possíveis dúvidas.

 

d. Após a reprodução, promova um debate entre os alunos. O professor deve ser o coordenador do debate, levantando questões que devem ser priorizadas na discussão e anotando aquelas que devem ser retomadas para esclarecimentos ou aprofundamento ao final da dinâmica.

 

e. Ao final do debate, os alunos devem fazer uma síntese das ideias centrais dos vídeos, de acordo com as orientações contidas em:http://www.vestibular1.com.br/revisao/r296.htm. (Acesso em: 15/10/2014)

 

 

 

Módulo 2 - Coronelismo, Clientelismo e Voto na República Brasileira

 

 

Atividade 1

 

Os conceitos de coronelismo e clientelismo são fundamentais para a compreensão das práticas sociais e políticas da Primeira República e, portanto, para o exercício do voto no Brasil. Desta forma, os alunos devem fazer um estudo específico sobre os conceitos, a partir do vídeo abaixo:

 

O coronelismo e o mundo rural

Video cabresto

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-6QnSQlwpJg. Acesso em 15/10/2014

 

 

Orientações para a atividade:

 

a. De acordo com o vídeo, por que muitos fazendeiros, na Primeira República, eram chamados de coronéis?

b. Somente os fazendeiros eram chamados de coronéis? O que definia esta denominação?

c. Qual a relação estabelecida no vídeo entre o mandonismo do coronel, o voto de cabresto e o clientelismo?

d. Após o debate das questões propostas, peça aos alunos para anotarem as suas conclusões.

 

e. O vídeo é baseado no livro de Mário Palmério, intitulado "Vila dos Confins". Para um contato rápido com a obra, oriente os alunos a lerem a resenha elaborada por André Azevedo da Fonseca, a qual pode ser acessada no link do Jornal Revelação, em edição de 2004: http://www.revelacaoonline.uniube.br/2004/arquivo2004/303.html (Acesso em 15/10/2014). Clicar em: Resenha - "Para velhaco, velhaco e meio!". Confira um trecho da resenha:

 

Mas nem a ginga do rábula Pereirinha consegue driblar duas das mais clássicas trapaças da tradição eleitoral do interior. Uma delas é a compra de votos. Os cabos eleitorais cortavam cédulas em duas, distribuíam uma das metades e prometiam entregar a outra caso o candidato ganhasse. Depois era só emendar o dinheiro. A outra tramoia eram os chamados "fósforos". Tratava-se de cabos eleitorais treinados em passar por cinco, seis, até por mais eleitores diferentes. Um caso que se tornara clássico na região era o do Doquinha.

O tipo pintara e bordara. Votou, a primeira vez, barbudo, representando o velho Didico, morto havia mais de ano; fez a barba, deixando o bigode, e foi para outra seção votar em nome de um tal de Carmelita, sumido desde meses; tirou o bigode e, com a cara mais limpa e lavada desse mundo, preencheu a falta de outro eleitor; e dizem ainda que votou mais uma vez, de cabelo oxigenado e cortado à escovinha, substituindo um rapazinho alemoado que viera trabalhar, por uns tempos, na montagem da usina elétrica de Santa Rita.

http://www.revelacaoonline.uniube.br/2004/300/res.html

 

 

f. Faça a leitura do excerto com os alunos e questione: as práticas citadas, relacionadas ao voto, ainda perduram no Brasil atual? Estimule os alunos a manifestarem as suas opiniões sobre a questão.

 

g. Professor, avalie a possibilidade de um trabalho com a obra literária citada, de Mário Palmério.

 

 

Atividade 2

 

Aprofundando as questões acima, proponha aos alunos o trabalho com charges que tratam do voto de cabresto. Confira:

 

 

       Cabresto 2

Charge 1: http://bernardoschmidt.blogspot.com.br/2011/08/as-eleicoes-municipais-de-sao-paulo-em_01.html

Charge 2: http://2.bp.blogspot.com/_HK7tTmpGUos/SLhBBAcr1FI/AAAAAAAAB28/TUDWSZnmPx8/s1600/voto+de+cabresto.bmp

Acesso em 15/10/2014

 

 

Orientações:

 

a. Os alunos, divididos em duplas, devem observar atentamente  as charges e, em seguida, fazer a descrição, por escrito, de todos os elementos observados e recursos utilizados pelo autor: personagens, vestimentas, objetos, palavras, etc.

 

b. Proceder ao trabalho de interpretação da charge situando-a em seu contexto social e político. Levantar hipóteses acerca da ideia central da charge, tendo como referência os textos e vídeos trabalhados nas atividades anteriores:

  • Como o autor, utilizando o humor e a sátira,  aborda a questão do voto de cabresto na Primeira República? Quais elementos ele focaliza?

 

c. Após o trabalho de leitura e interpretação realizado pelas duplas, proponha a discussão coletiva das respostas.

 

d. Ao final, os alunos devem criar um título para cada charge e resumir a ideia central de cada uma.

 

 

 

Módulo 3 -  A conquista do voto feminino

 

Atividade 1

 

Apresente o seguinte questionamento aos alunos:

 

Quando aos mulheres conquistaram o direito ao voto no Brasil?

Quais os principais aspectos que marcaram o processo?

 

Para que os alunos possam refletir e discutir a respeito da questão, inicialmente, peça a eles que acessem a linha do tempo disponível no link indicado abaixo:

 

Linha tempo

Voto feminino completa 82 anos com pouco espaço para mulheres na política.

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/462496-VOTO-FEMININO-COMPLETA-82-ANOS-COM-POUCO-ESPACO-PARA-MULHERES-NA-POLITICA.html (Acesso em 15/10/2014)

 

Orientações:

 

a. Acessando o recurso, os alunos devem clicar na seta e acompanhar a linha do tempo da trajetória do voto feminino no Brasil.

b. Clicando em cada ano disponível na linha, os alunos terão um breve resumo de um fato relacionado à luta pelo voto feminino no Brasil. Confira o exemplo:

 

Linha do tempo 2

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/462496-VOTO-FEMININO-COMPLETA-82-ANOS-COM-POUCO-ESPACO-PARA-MULHERES-NA-POLITICA.html

Acesso em 15/10/2014

 

 

c. Após a leitura de cada ano indicado na linha do tempo, os alunos devem elaborar um texto no qual apresentem uma síntese com os principais acontecimentos que marcaram a trajetória do voto feminino no Brasil. Para a elaboração da síntese, os alunos podem seguir as orientações contidas em: http://www.vestibular1.com.br/revisao/r296.htm (Acesso em: 15/10/2014)

 

d. O professor deve promover uma discussão coletiva das ideias centrais organizadas nas sínteses produzidas pelos alunos, esclarecendo possíveis dúvidas.

 

Atividade 2

 

Proponha aos alunos a leitura de textos que abordem o processo de luta e conquista das mulheres pelo direito ao voto no Brasil.

 

Orientações para a atividade:

 

Divida os alunos da turma em dois grupos. Cada grupo deverá ficar responsável pela leitura e discussão das ideias centrais de um texto.

 

 

Texto 1 - A Conquista do Voto Feminino em 1932

 

O dia 24 de fevereiro foi um marco na história da mulher brasileira. No código eleitoral Provisório (Decreto 21076), de 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, o voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Fruto de uma longa luta, iniciada antes mesmo da Proclamação da República, foi ainda aprovado parcialmente por permitir somente às mulheres casadas, com autorização dos maridos, e às viúvas e solteiras que tivessem renda própria, o exercício de um direito básico para o pleno exercício da cidadania. Em 1934, as restrições ao voto feminino foram eliminadas do Código Eleitoral, embora a obrigatoriedade do voto fosse um dever masculino. Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres.

O texto completo está disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/a-conquista-do-voto-feminino-em-1932

Acesso em 15/10/2014

 

 

Texto 2 - A Conquista do Voto Feminino no Brasil

Voto feminino 80 anos

Desde que a professora Celina Guimarães Viana conseguiu seu registro para votar, há 86 anos, a participação feminina no processo eleitoral brasileiro se consolidou. Celina é apontada como sendo a primeira eleitora do Brasil. Nascida no Rio Grande do Norte, ela requereu sua inclusão no rol de eleitores do município de Mossoró-RN, onde nasceu e viveu, em novembro de 1927.

Foi naquele ano que o Rio Grande do Norte colocou em vigor lei eleitoral que determinava, em seu artigo 17, que no Estado poderiam “votar e ser votados, sem distinção de sexos”, todos os cidadãos que reunissem as condições exigidas pela lei. Com essa norma, mulheres das cidades de Natal, Mossoró, Açari e Apodi alistaram-se como eleitoras em 1928.

Assim, o Rio Grande do Norte ingressou na História do Brasil como o Estado pioneiro no reconhecimento do voto feminino. Também no Rio Grande do Norte foi eleita a primeira prefeita do Brasil. Em 1929, Alzira Soriano elegeu-se na cidade de Lages.

Somente em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, que pela primeira vez a mulher brasileira pôde votar e ser votada em âmbito nacional. Oitenta anos depois, elas passaram a ser maioria no universo de eleitores do país.

O texto completo está disponível em:

http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2013/Abril/serie-inclusao-a-conquista-do-voto-feminino-no-brasil

Acesso em 15/10/2014

 

Orientações para a atividade:

 

a. Acima foram indicados textos disponíveis na internet, entre vários outros que podem ser selecionados pelos grupos. Mas, evidentemente, os alunos também podem e devem consultar outras fontes que tratem do tema para o trabalho proposto nesta atividade.

b. Utilizando computadores com internet, os alunos devem acessar o texto no link indicado. Oriente-os a fazer uma primeira leitura  individual do texto pelo qual ficaram responsáveis.

c. Após a primeira leitura, os alunos devem fazer um esquema das ideias centrais do texto, seja utilizando setas, chaves, mapa conceitual ou outros formatos. Confira as orientações para a elaboração de um esquema na aula publicada em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48914 (Acesso em: 15/10/2014).

d. Após a elaboração dos esquemas, os alunos estarão preparados para apresentar as ideias principais dos textos, em discussão coletiva, coordenada pelo professor.

 

e. Para que os alunos aprofundem as suas reflexões, proponha a eles que, juntos, assistam ao vídeo abaixo, produzido quando se completaram 70 anos da conquista do voto feminino no Brasil.

 

Vídeo Voto

https://www.youtube.com/watch?v=pO_IMruV-hU

Acesso em 15/10/2014

 

O vídeo aborda questões similares às dos textos propostos, relacionadas à luta pelo voto feminino no Brasil. O documentário menciona a trajetória de mulheres pioneiras na luta pela igualdade de direitos no mercado de trabalho e na política, na sociedade brasileira.

 

f. Promova um debate entre os alunos para que possam socializar suas conclusões acerca das ideias centrais do vídeo.

 

 

 

Módulo 4 -  Os desafios do voto hoje

 

 

Atividade 1

 

Com o objetivo de estimular a reflexão sobre os desafios do voto e do processo eleitoral nos dias atuais, proponha aos alunos a audição do podcast abaixo:

 

Podcast

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/REPORTAGEM-ESPECIAL/473078-OS-DESAFIOS-PARA-TORNAR-O-PROCESSO-ELEITORAL-CADA-VEZ-MAIS-TRANSPARENTE-E-DEMOCRATICO-BLOCO-2.html

Acesso em 15/10/2014

 

Orientações para a atividade:

a. Utilizando computadores com acesso à internet, os alunos poderão ouvir o recurso indicado acima.

b. Após a audição, os alunos deverão sintetizar as principais ideias discutidas no recurso. Entre elas, destacam-se:

 

  • O atual processo eleitoral no Brasil, com cadastro nacional de eleitores e urnas eletrônicas, não está mais sob suspeita. Agora, o principal desafio é criar novo mecanismo do financiamento da política eleitoral e partidária.
  • O sistema de eleição para a Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, a chamada representação proporcional, tem muitos defeitos, gera muitos candidatos. Tende a favorecer indevidamente os partidos grandes.
  • A obrigatoriedade do voto: a abertura do processo eleitoral a todos os brasileiros maiores de 16 anos é, sem dúvida, uma conquista. Mas, hoje, muitos se questionam se esse direito deve também ser uma obrigação a partir dos 18 anos.
  • Voto facultativo, lista fechada e financiamento de campanha estão em discussão na Câmara dos Deputados há alguns anos. Mas, dada a multiplicidade de interesses e opiniões envolvidos, as diferentes propostas de reforma política e eleitoral ainda não conseguiram consenso.

 

c. Promova a discussão coletiva do recurso. Aproveite o debate para estimular os alunos a buscarem outras considerações a respeito das questões abordadas e a se posicionarem em relação a elas.

 

 

Atividade 2

 

Nos dias atuais ainda existem práticas que podemos chamar de clientelistas?

 

Para refletir sobre a questão proposta, inicialmente os alunos devem fazer uma leitura do texto de Paulo M. d’Avila Filho, o qual discute justamente esta questão de o clientelismo estar ou não associado ao passado e aos contextos de atraso e miséria, ou ao contrário, se ele é prática presente não apenas nos países ditos atrasados, mas também nas sociedades modernas, atuais.

 

 

O clientelismo e o exercício do poder no Brasil

(...) Longe de simplesmente suprimir relações de clientela, o aumento da competição política vem reduzindo a distância ou a desigualdade entre patronus e clientes, possibilitando novos formatos e maior espaço de negociação entre as partes, com incidência direta sobre as possibilidades do arranjo.

A recente transição para a democracia testemunhou o grande aumento das disputas inter e intrapartido pelos votos. Da mesma forma, o crescimento das organizações da sociedade civil vem configurando um cenário pluralista cada vez mais poliárquico, que incrementa a competição entre lideranças e associações de perfil popular.

Se esse diagnóstico é correto, permite-nos inferir que a democratização, o aumento da competição política, a modernização, a universalização do voto, o aumento da participação e a organização da sociedade civil não contraditam ou excluem formas de clientelismo político, mas criam novas possibilidades de arranjos clientelistas.

(...) O clientelismo se enraiza intrinsecamente na hierarquia inerente a toda organização. Não constitui, por isso só, um resíduo da sociedade tradicional, um corpo estranho na sociedade do capitalismo.

O clientelismo se manifesta em todos os modos de poder, concorrendo para sua conservação e distribuição nos espaços não regidos pela lei. Pode ser até mesmo, uma forma de costume. No passado, essencialmente, e em nossa época, o clientelismo aparece como fator endógeno às sociedades estruturadas. Não podem elas – organização e hierarquia – prescindir dele (...).

(...)  O clientelismo não pode mais ser descrito como fenômeno relacionado ao atraso ou à miséria. Ocorre nos chamados países avançados tanto como no terceiro mundo. É realizado por grandes empresas e conglomerados econômicos dispostos a auferir benefícios de regulação ou outros, e também por grupos mais ou menos organizados em comunidades de baixa renda. Não há nenhuma relação entre a prática do clientelismo e o grau de escolaridade.

O texto completo, de Paulo M. d’Avila Filho, está disponível no link

http://base.d-p-h.info/pt/fiches/dph/fiche-dph-8518.html (Acesso em 15/10/2014)

 

Orientações para a atividade:

 

a. Oriente os alunos a fazerem uma boa leitura do texto, organizando as ideias centrais em um fichamento. Para a elaboração do fichamento, os alunos podem consultar

b. Após o fichamento do texto, proponha uma discussão coletiva do mesmo. Para tanto, confira algumas questões que podem ser discutidas:

  • O que é clientelismo para o autor?
  • Na perspectiva colocada pelo autor, é possível associar o clientelismo aos contextos que se caracterizam pelo atraso e pela míseria, ou seja, com "formas tradicionais, pré-modernas de controle político que tenderiam a desaparecer com a modernização da sociedade”? Em outras palavras, é possível afirmar que, à medida em que a sociedade for se modernizando o clientelismo irá desaparecer? Como o autor discute esta questão?

c. Promova a discussão coletiva do texto pelos alunos.

d. Os alunos deverão reunir outras fontes que lhes permitam discutir e responder a questão proposta. Essas fontes podem ser encontradas em livros didáticos, livros paradidáticos, jornais, revistas, materiais publicados na internet etc.

 

Sugestão para consulta na internet (estimule os alunos a selecionarem outros textos):

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/021027_seriedb.shtml

http://www.wscom.com.br/blog/lucioflavio/post/post/Raizes+do+Clientelismo+no+Brasil-767

 

e. Dividir os alunos em grupos. Após o trabalho de leitura e interpretação das fontes selecionadas, cada grupo deverá apresentar para o restante da turma as suas conclusões. É preciso atentar para o fato de que as fontes consultadas e selecionadas, incluindo o texto "O clientelismo e o exercício do poder no Brasil" devem confirmar ou não a questão colocada para debate e contribuir para que o grupo defenda uma posição sobre a mesma.

f. Aproveite a apresentação para sugerir aos alunos que apresentem por meio de slides as suas conclusões também a respeito das questões abordadas na atividade 1.

g. A apresentação deverá ser organizada no aplicativo correspondente ao sistema operacional do computador a que os alunos terão acesso (programa Power Point ou similar).

Recursos Complementares

Para alunos e professores:

 

Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Por José Murilo de Carvalho. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52581997000200003

Eleições no Brasil: a História do Voto no Brasil. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/eleicoes-no-brasil-a-historia-do-voto-no-brasil.htm

O voto no Brasil. Os dez principais momentos da história da eleição no país. Por Antonio Neto. http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/voto-brasil-434883.shtml

82 anos da conquista do voto feminino no Brasil. http://www.tre-es.jus.br/noticias-tre-es/2014/Fevereiro/82-anos-da-conquista-do-voto-feminino-no-brasil

 

Os links foram acessados em 15/10/2014

Avaliação

O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo, como: leitura e interpretação de fontes escritas; reprodução, análise e debate de vídeos; interpretação e debate de charges; leitura e interpretação de linha do tempo; reprodução e análise de áudio; elaboração de fichamento; esquema e síntese de texto; debate.

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