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Trava-língua: quem consegue?

 

19/10/2009

Autor e Coautor(es)
Daniela Braga de Paula
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Walleska Bernardino

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Escolar Indígena Línguas Desenvolvimento da linguagem oral
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: usos e formas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Conceituar trava-língua;
• conhecer vários exemplos de trava-línguas;
• exercitar a dicção e a desenvoltura ao ler e ao falar trava-línguas;
• criar uma competição de leitura de trava-línguas com regras próprias.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Estratégias e recursos da aula

• Recurso de vídeo para mostrar a oralização de trava-línguas;
• trava-línguas xerocopiados;
• prendas/prêmios para estimular a performance dos alunos.

Aula 1
Atividade 1

Para sensibilização inicial, o professor chegará em sala oralizando um trava-língua que poderá ser:

TEMPO
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

Em seguida, exibirá a imagem abaixo (seria interessante xeroca-la em tamanho grande) com o objetivo de incentivar o raciocínio do aluno no que diz respeito a relacionar a imagem ao trava-língua "TEMPO".

Disponível em:
http://studiofm.com.br/blogs/chadascinco/files/linguatr.jpg Acesso em 13/09/09

Então, o professor pedirá aos alunos que façam a associação entre o texto que oralizaram e a imagem. Para isso, informalmente, solicitará aos alunos que se sentem em círculo para conversarem sobre o trava-língua oralizado anteriormente e a imagem.
Sugestões de questões que poderão subsidiar a discussão.

Sobre o trava-língua oralizado:

1) Qual palavra mais se repete? E qual letra?
2) Por que isso acontece? A repetição facilita ou dificulta a fala?
3) E se substituíssemos a palavra tempo por outra palavra? O que ocorreria?
4) Se repetíssemos mais devagar, será que a dificuldade seria a mesma?

Sobre a imagem:

1) O que mais chama a atenção nessa imagem?
2) Por que o nó na língua? Isso nos leva a pensar em quê?
3) E os olhos arregalados, o que nos sugere?

Aula 2
Atividade 1

Feitas e respondidas as perguntas, o professor entregará aos alunos (em xerox) uma lista de trava-línguas. Por exemplo:
• Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.
 Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra.
 A aranha arranha a rã. A rã não arranha a aranha.
 Sobre aquela serra há uma arara loura. A arara loura falará? Fala, arara loura!
 A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso...
 Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.
 A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
 Comprei uma arara rara em Araraquara.
 Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.
 Pedro Pereira Pedrosa pediu passagem para Pirapora.
 Pode passar, porteiro, para pegar peixe piau.
 O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.
 Casa suja, chão sujo.
 Num ninho de mafagafos tem seis mafagafinhos. Quem os desmafagafizar bom desmafagafizador será.
 O bispo de Constantinopla é um bom desconstantinopolitanizador. Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.
 O peito do pé do Pedro é preto.
 Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato
 Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco, ornitologista é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.
 Toco preto, porco fresco, corpo crespo.
 O doce perguntou pro doce qual era o doce que era mais doce e o doce respondeu pro doce que o doce que era mais doce era o doce de batata-doce.
 Luzia lustrava o lustre listrado, o lustre listrado luzia.
 Um limão, mil limões, um milhão de limões.
 O rato roeu a roupa do Rei da Rússia que a Rainha, com raiva, resolveu remendar.
 Um prato de trigo para um tigre, dois pratos de trigo para dois tigres, três pratos de trigo para três tigres, etc.
 Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o pinto pia!

Os trava-línguas da lista acima podem ser encontrados nos sites:
http://www.qdivertido.com.br/verfolclore.php?codigo=22
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trava-l%C3%ADnguas


Atividade 2

Depois de os alunos brincarem/lerem os trava-línguas, o professor perguntará: “Por que o nome trava-línguas?”; “O que há de comum nestes trava-línguas?”.
Diante das respostas, o docente levará os alunos ao conhecimento do que seja um trava-línguas e escreverá no quadro o conceito elaborado com a ajuda dos discentes.
Sugestão de conceito: o trava-língua faz parte da literatura oral no Brasil e consiste em um jogo de palavras, no qual versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar ou formadas com o mesmo som, mas em ordens diferentes, são pronunciadas com rapidez. O objetivo do trava-línguas é propiciar diversão, além de desenvolver a oralidade.

Atividade 3

Para exemplificar a oralização dos trava-línguas, o professor exibirá um comercial publicitário da Olympikus que utilizou os trava-línguas para relacionar ao slogan da marca. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=sxaURatFpgI Acesso em 13/09/09.
Depois de assistido o vídeo, o professor perguntará:
1) Quantos trava-línguas foram oralizados?
2) Na sua opinião, qual o mais difícil? Por quê?
3) A partir do slogan “Com OLK, não tem erro”, explique a relação construída pelo anúncio entre a marca do tênis e os trava-línguas.

Atividade 4

Na sequência, o professor proporá uma competição de trava-línguas entre os estudantes, a partir dos exemplos dados na folha xerocopiada. As regras deverão ser elaboradas pelos próprios discentes, com a orientação do professor, assim como a escolha da comissão julgadora. Nesse ínterim, os alunos terão o tempo final da aula para organizarem a competição que deverá ocorrer na aula seguinte. Com isso, é interessante propor que treinem os trava-línguas em casa.

Aula 3
Atividade

Nessa aula será realizada a competição conforme decisão anterior.
Importante: o professor deverá estar atento a toda competição resolvendo problemas que, porventura, surgirão. Além disso, ficará mais prazerosa a disputa se houver “prendas”, “prêmios” ao competidor que melhor conseguir cumprir a oralização do trava-língua por ele selecionado. Esse prêmio pode ser uma caixa de bombons, por exemplo. O júri poderá ser composto por alunos e outros professores da escola.

Sugestão de leitura para o professor:

• HEYLEN, Jacqueline. Parlenda, riqueza folclórica; base para a educação e iniciação à música. 2ª ed. São Paulo, Editora HUCITEC, 1991.

Atividades complementares

• O professor poderá sugerir a outras séries a disputa. Daí, então, propor uma disputa entre turmas a partir dos vencedores de cada sala. Assim, o trava-línguas será disseminado por toda a escola e grande será a diversão.
• O professor poderá sugerir aos alunos que criem o CANTINHO DO TRAVA-LÍNGUAS. Cada sala ficará responsável por afixar pelo menos um trava-língua diferente semanalmente na lista já elaborada.

Avaliação

A avaliação consistirá na observação do empenho da turma para a realização da competição de trava-línguas. Os alunos serão avaliados tanto pela organização do evento (criação de regras, escolha da comissão julgadora) quanto pelo empenho na performance do trava-língua.
Importante: a correta oralização do trava-línguas não poderá culminar em nota, já que sabemos da dificuldade de dicção de alguns alunos. Portanto, a atividade consiste basicamente em estimular os participantes a desafiarem seus próprios limites no que tange à dicção e a conhecerem um pouco mais da literatura oral no Brasil.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 4 classificações

  • Cinco estrelas 3/4 - 75%
  • Quatro estrelas 0/4 - 0%
  • Três estrelas 1/4 - 25%
  • Duas estrelas 0/4 - 0%
  • Uma estrela 0/4 - 0%

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Opiniões

  • Gabriel Luiz Kramel, Escola Municipal João Canedo da Silva , Paraná - disse:
    gabriel_luiz95@hotmail.com

    08/03/2013

    Cinco estrelas

    Muito boa a matéria. Foi de suma importância. Obrigado.


  • Shirley Franco, SMED , Bahia - disse:
    shycafranco@hotmail.com

    02/08/2012

    Cinco estrelas

    Excelente a sugestão da sua aula. Parabéns! Só um acréscimo: a Atividade 1 da Aula 2 pode ser feita em forma de uma brincadeira (como a "Lá vai a bola"), substituindo a bola por uma caixa de sapatos com os trava-línguas escritos em filipetas. Fiz assim e deu super certo, além de bastante divertido também.


  • cala, Bélgica - disse:
    gaby_gabriella@hotmail.com

    21/04/2012

    Três estrelas

    Eu achei bom, só nao entendi a atividade 1 da aula 2 nao teve nada de bom


  • aparecida clemilda porto, ESEBA , Minas Gerais - disse:
    aparecidae@ufu.br

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Daniela, gostei muito de sua aula. É interessante para trabalhar com crianças que estão aprendendo a ler e desenvolvendo a oralidade. Parabéns!


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