JUIZ DE FORA - MG
Universidade Federal de Juiz de Fora
Nelson Vieira da Fonseca Faria
Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza
Disciplina
Tema
Ensino Fundamental Final
Artes
Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Médio
Artes
Arte Visual: Estruturas morfológicas
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Experimentar a proposta de aderir outros materiais em pinturas, exercitando o conceito de "apropriação".
Realizar um trabalho (ou vários) que utilizem elementos não-convencionais mesclados com a pintura.
Dar um enfoque cubista à realização do trabalho.
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Trabalhar o termo "apropriação" nas artes visuais. Ver aula no Portal do Professor - MEC. (em especial "A Apropriação nas Artes Visuais: base conceitual" de Andréa Senra Coutinho)
Saber que a arte moderna rompeu com os ideais acadêmicos e que a pintura foi tomando novos rumos, inclusive de se fazer experimentos com outros materiais que não somente as tintas tradicionais.
Saber sobre o movimento modernista do Cubismo.
Estratégias e recursos da aula
Iniciar a aula explicando que as colagens cubistas têm início no chamado "Cubismo Sintético" (por volta de 1911), em reação a excessiva fragmentação da pintura, onde toda a estrutura morfológica estava se desfazendo. Alguns artistas iniciam, então, um processo de introduzir letras, palavras, números, pedaços de madeira, palha, maços de cigarro, vidro, metal e até objetos inteiros, com intenções de explorar efeitos plásticos e expressivos, ampliando os efeitos e sensações visuais. Assim começa a surgir uma pintura mais matérica, mais incorpada, menos plana como as pinturas clássicas.
Mostre a obra de Pablo Picasso (abaixo) e pontue que o artista nessa pintura introduziu novos elementos além das tintas. O artista se apropriou de palha de uma antiga cadeira, a colou na superfície da tela, obtendo um resultado bastante interessante. Veja:
Pablo Picasso, "Natureza morta com cadeira de palha", 1912.
Proponha um passeio pela escola para que o grupo recolha durante a aula os elementos que mais lhe interessar. Não será difícil encontrar inúmeros papéis, palitos, pedrinhas, folhas orgânicas, pedaços de barbantes, entre outros no espaço escolar, que podem ser muito bem ser utilizados na atividade.
Com o material recolhido, retorne à sala. Num segundo momento, o grupo em posse do material necessário: 1. Suporte preferencialmente mais grosso como papelão ou madeira, 2. lápis ou carvão (para esboço), 3. tintas em cores variadas, 4. elementos "estranhos recolhidos" e 5. Cola, irá criar uma pintura em técnica mista utilizando o material encontrado.
Motive a criação a partir dos conceitos de fragmentação das formas cubistas, para que o trabalho não se torne mais um exercício de colagem tradicional. Pelo contrário, estimule a ousadia dos alunos e alunas. Explique que os cubistas não estavam preocupados com as aparências das coisas, e sim, em representar as coisas com outra aparência.
Ao término da proposta, deixar que o grupo apresente, aprecie e comente os efeitos conseguidos. Trabalhar a argumentação, a apreciação e o respeito ao comentar sobre o trabalho alheio, são estratégias educativas também relevantes ao ensino.
Pode ser muito interessante expor os trabalhos mesmo que seja em sala, ou quem sabe, em algum lugar pouco convencional. Caso as pinturas tenham muitos elementos da natureza, como folhas, galhos, pedras, pétalas, pode se pensar numa árvore como local para exposição dos trabalhos. Basta fixar uma pintura de costas para outra e ambas presas por um fio (ou barbante), amarradas em galhos, por exemplo. Faça propostas inusitados para a apresentação dos trabalhos de seus alunos e alunas. Ouça a opinião deles/as, poderão surgir idéias diferentes e muito interessantes. Assim como os cubistas trabalhavam em nome do "novo", aprimore com seu grupo a capacidade de inovação que todos/as podem ter.
Faça uma visitação coletiva, onde poderá recolher do grupo suas impressões relacionadas à confecção e à apresentação dos trabalhos. Em visitação, alunos e alunas acabam por ficar mais à vontade para dar sua própria opinião, pois se sentem fora do crivo do contexto da sala de aula. Fortalecer a opinião e a crítica é meta importante no ensino de arte hoje.
Os critérios de avaliação serão: comprometimento com a proposta, investimento na produção do trabalho prático e participação nas etapas de elaboração (desde a 1. apresentação do tema, 2. recolha dos materiais não-convencionais, 3. utilização otimizada dos materiais recolhidos, 4. solução criativa e 5. participação na montagem da exposição)