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O texto jornalístico na sala de aula

 

23/11/2009

Autor e Coautor(es)
Joseli Rezende Thomaz
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Tavela Weitzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Esta atividade tem como objetivo possibilitar a leitura e interpretação do gênero reportagem. Compreender a função dos recursos adjacentes ao texto na complementação da informação e no reforço ao conteúdo argumentativo da matéria.
Duração das atividades
3horas/ aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
As aulas poderão ser desenvolvidas com os alunos de 7º e 8° anos do Ensino Fundamental que possuam certa habilidade na leitura de implícito e que tenham autonomia para escrever textos. É importante que primeiramente o aluno tenha participado da aula: Introdução ao Gênero reportagem
Estratégias e recursos da aula

Primeira etapa:

Professor: primeiramente entregue o texto abaixo aos alunos e pergunte-lhes qual é o nome da seção que aparece antes do título da reportagem. Então, faça com que eles infiram que diante da denominação “Pesquisa” , provavelmente, eles encontrarão na reportagem dados de uma pesquisa realizada.

Solicite a leitura silenciosa da reportagem retirada do Jornal Tribuna de Minas em 10/10/2008. Em seguida, selecione alguns alunos para fazerem a leitura em voz alta.

Texto I

PESQUISA

Maioria das crianças e jovens já acessou sites impróprios

A principal razão para o acesso de conteúdos impróprios pelas crianças e jovens, segundo estudo da ONG SaferNet, é o fato de os pais não colocarem limites sobre o uso da web pelos filhos - 63% dos adultos admitiram não impor nenhum controle sobre o uso que os filhos fazem da rede.

 

            Dados de uma pesquisa inédita sobre segurança na Internet most ram que 53% das cri anças e dos jovens tiveram contat o com conteúdos agressivos e considerados impróprios para sua idade na Internet. O estudo foi realizado pela ONG SaferNet e teve a participação de 1.326 internautas de todo o País, entre julho e setembro deste ano.

            Entre crianças e jovens, 87% afirmaram que não possuem restrições quanto ao uso da Internet. Os sites de relacionamento são os mais acessados por esse público, com 80% da preferência. Contrariando orientações de especialistas, a pesquisa revelou ainda que 64% dos jovens usam a web no próprio quarto. "A criança se arrisca menos quando o computador é utilizado em área comum da casa", afirma Rodrigo Nejm, diretor de prevenção e atendimento da SaferNet e psicólogo responsável pela pesquisa.

            A principal razão para o acesso de conteúdos impróprios pelas crianças e jovens, diz a ONG, é o fato de os pais não colocarem limites sobre o uso da web por parte dos filhos - 63% dos adultos ouvidos admitiram não impor nenhum controle sobre o uso que os filhos fazem da rede.

            Já entre os pais ouvidos pela pesquisa, 84% disseram temer que os filhos sejam vítimas de adultos mal intencionados, enquanto 74% têm medo de que eles tenham contato com conteúdos impróprios. Ainda, 40% dos pais informaram que os filhos já explicitaram incômodo ou constrangimento em relação ao que vivenciaram pela Internet.

            Apesar dos índices, a ONG condena o uso de softwares que restringem o uso da rede mundial de computadores pelas crianças. "Os programas de controle de acesso fragilizam a relação de confiança entre pais e filhos e não educam de maneira nenhuma", afirma Nejm. Uma solução melhor, segundo o psicólogo, é o "estabelecimento de um diálogo constante, com acompanhamento da navegação, sempre que possível."

            A SaferNet não fez uma classificação própria sobre o tipo de conteúdo "impróprio", deixando o parâmetro para os próprios entrevistados. A pesquisa foi feita pela Internet, durante 72 dias, entre 21 de julho e 30 de setembro deste ano. (das agências de notícias)

HÁBITOS DE NAVEGAÇÃO

Encontra-se com amigos virtuais?

Mulheres
23% Sim, já me encontrei
23% Aceitaria com autorização
54% Não, acho muito perigoso

Homens
30% Sim, já me encontrei
28% Aceitaria com autorização
42% Não, acho muito perigoso

A pesquisa foi online e esteve no ar por 72 dias (de 21/7/08 a 30/9/08)
451 pais responderam a 37 questões
875 jovens responderam a 38 questões
1.326 foi o total de participantes

Fonte: SaferNet Brasil

http://www.opovo.com.br/opovo/brasil/825852.html

Após a leitura da reportagem converse com os alunos sobre o assunto tratado, chamando a atenção para os perigos contidos principalmente em certos sites de relacionamento. Destaque a informação de que a internet é um espaço coletivo, por isso é necessário muito cuidado com imagens e informações que serão veiculadas neste ambiente.

Professor: mostre aos alunos que nessa reportagem, além do título principal, há um título auxiliar. Então, proponha o preenchimento coletivo do quadro abaixo com as características e funções de cada um.

Título principal

Título auxiliar

Características

É mais curto e está grafado em letras maiores

É mais longo e tem menos destaque visual

Funções

Chamar a atenção do leitor,

Apresentar o tema.

Especificar melhor o tema que será tratado.

Professor: Explique aos alunos que normalmente as reportagens apresentam tabelas, gráficos, mapas e outros recursos visuais que ajudam a entender as informações. Então, solicite a observação da tabela apresentada na reportagem sobre os hábitos de navegação. Em seguida, pergunte aos alunos quem é mais cauteloso com os relacionamentos virtuais, homens ou mulheres?

Proponha que os alunos respondam por escrito às questões a seguir:

1)      Qual é o principal fato abordado na reportagem lida?

2)      Além dos dados estatísticos, a reportagem apresenta a opinião de um especialista sobre os programas que controlam o uso da internet. Quem foi o especialista escolhido? Qual a sua opinião?

3)      De acordo com o texto, qual é o principal razão para o acesso a conteúdos impróprios por crianças e jovens?

4)      No último parágrafo do texto o psicólogo apresenta uma solução para o problema. Qual é essa solução?

5)      Quem são os responsáveis pela pesquisa?

Segunda etapa:

Professor: proponha a leitura em voz alta de parte da entrevista concedida pela psicóloga Maluh Duprat.

Texto II

 

 “Adultos são enganados pela Internet, por que as crianças sairiam ilesas?”

A psicóloga Maluh Duprat avisa: “No Orkut muita gente deixa informações muito pessoais, é muito fácil para um possível malfeitor descobrir as preferências da criança, onde ela mora, onde ela estuda, e se aproximar dela.” Ela faz parte do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Critica os pais que expõem demais os filhos na Internet e nota a falta de fiscalização no Orkut. Confira a entrevista dada a respeito da série “Orkut sem Lei”:

< p>Repórter Social – Centenas de milhares de crianças e adolescentes estão no Orkut. Como você analisa isso?

Maluh Duprat -Eu acho que o Orkut tomou uma proporção que nem o criador dele pensava que ia ter. A partir disso, mudanças estão sendo feitas, mas tem muita coisa que eu acho que não foi prevista. A adesão de tanta gente, por exemplo. Não dá, por enquanto, para controlar as coisas que têm lá dentro. E não acho que esse controle foi pensado, porque essa não era a intenção do site. A partir disso, fica muito fácil achar coisas que são contra a lei lá dentro, porque não tem fiscalização. Por isso, talvez, só maiores de 18 anos possam entrar, mas não há fiscalização nenhuma. Aliás, acho que metade das pessoas que estão lá são adolescentes, porque é uma linguagem com a qual eles se identificam.

Repórter Social – O caminho é proibir?

Maluh - Não sei se adianta muito os pais proibirem o acesso, até porque não tem como saber o que os adolescentes fazem na Internet, ou no Orkut, o tempo todo. Ainda mais na adolescência, quando parece que tudo que é proibido é melhor... A única solução é o diálogo com os filhos, fazer com que eles entendam que algumas coisas são prejudiciais. As orientações para Internet e Orkut são as mesmas que podem ser aplicadas na rua: não fale com estranhos, porque nem sempre eles têm boas intenções, não aceite coisas de desconhecidos... A mesma coisa pode ser aplicada no Orkut: não adicione estranhos, não entre em comunidades suspeitas... a regra é a mesma.

Fonte: http://www.safernet.org.br/site/noticias/s%C3%A9rie-reportagens-especiais-orkut-sem-lei

Professor: a partir da leitura do fragmento da entrevista, converse com os alunos sobre as principais diferenças entre o texto I e o texto II. Mostre aos alunos que embora o assunto dos textos seja convergente, o texto I é predominantemente expositivo e tem como principal objetivo apresentar dados de uma pesquisa, enquanto o texto II é argumentativo, ou seja, tem o objetivo de apresentar a opinião de uma especialista no assunto.

Professor: a partir das discussões realizadas, solicite que os alunos respondam por escrito às questões propostas:

1) Observe o título da entrevista.Com que intenção o entrevistador deu esse título ao texto?

Professor: explique aos alunos que o título entre aspas provavelmente trata-se de uma frase de impacto do entrevistado e tem a intenção de atrair a atenção do leitor.

2) A entrevista apresenta uma introdução constituída de um pequeno texto. Qual é o conteúdo da introdução?

3) A partir da 1° pergunta feita pelo entrevistador, o que se pode concluir  sobre a opinião da psicóloga a respeito do grande acesso de crianças e adolescentes  ao Orkut?

4) Segundo o entrevistado, que postura os pais devem adotar quanto ao uso de computador pelos filhos?


Avaliação

Como podemos perceber, a relação entre o adolescente e a internet é hoje um tema bastante polêmico em nossa sociedade. Com base nos textos lidos e em sua experiência com a internet, escreva um texto no qual você se posicione a favor ou contra a proibição do acesso à internet e principalmente a determinados sites de relacionamento. Para tanto, apresente justificativas para defender o seu ponto de vista. Seria bom utilizar os dados estatísticos e os argumentos de autoridades dos textos lidos.

Lembre-se de dar um título ao seu texto.

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 2 classificações

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Opiniões

  • camila, EE Verva , São Paulo - disse:
    milatoloni@uninove.edu.br

    14/03/2011

    Cinco estrelas

    ótimo.


  • Valéria Reis, Colégio Auxiliadora , Pernambuco - disse:
    reisliza@hotmail.com

    24/05/2010

    Cinco estrelas

    Estou trabalhando com os alunos dos 8º anos o gênero reportagem. Adorei a aula sugerida e vou utilizá-la em breve.


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