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Música – Jogos de Mãos: resgate, ampliação e composição – aula 10

 

03/05/2010

Autor e Coautor(es)
Kátia Regina Figueiredo Romão
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Débora Ferreira Santos Braga e Claudia Helena Azevedo Alvarenga

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação
Ensino Fundamental Inicial Artes Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Pluralidade e educação
Ensino Fundamental Inicial Artes Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Vivenciar a pulsação e a subdivisão rítmica em jogos musicais por meio do canto e do movimento corporal.

Resgatar e ampliar o repertório de jogos de mãos e brinquedos cantados.

Adequar gestos de mãos para brincadeiras tradicionais.

Aprender sobre o processo de transmissão dos jogos musicais.

Realizar o(s) jogo(s) proposto(s) em aula.

Duração das atividades
Uma aula de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O hábito do canto nas aulas de música;

Associação do estímulo sonoro ao movimento corporal livre ou não;

Gestual pertencente a jogos de mãos.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

Os jogos de mãos fazem parte do repertório de brincadeiras da infância comum a quase todos os países e culturas, apresentando características similares no que diz respeito a temas, personagens, finalizações, gestos e formas de transmissão. Violeta Hemsy de Gainza, educadora musical argentina, aponta sua importância para a formação da criança e para o desenvolvimento de habilidades motoras, linguísticas e mentais, além de favorecerem o lado social e afetivo da criança. Quanto ao processo de musicalização, constituem importante ferramenta para o desenvolvimento do senso rítmico e do pulso musical, ao possibilitar a incorporação de padrões musicais por meio do canto e do movimento, de forma natural.

Ver:

GAINZA, Violeta Hemsy. Juegos de Manos: 75 rimas y canciones tradicionales com manos y otros gestos. Buenos Aires: Guadalupe, 1996.

http://www.violetadegainza.com.ar/

Caro(a) professor(a), chegamos ao segundo momento da coleção de aulas “Jogos de Mãos” e partiremos para a adaptação de brincadeiras tradicionais, transformando-as em jogos de mãos. Para tal, é necessário que os alunos já estejam familiarizados com alguns jogos e gestuais diversos (ver da aula 1 à aula 5), pois assim terão repertório para sugestão.

Nessa aula, os alunos deverão adaptar a brincadeira de roda “Bambu Quiabu” para o gestual de mãos dos jogos “150” e “Adoleta”, divulgados nas aulas 1 e 2 desta coleção.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8929

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9578

 

Atividade 1

Faça uma rápida revisão da brincadeira “Bambu Quiabu”, da maneira como é praticada tradicionalmente. Apresentamos, a seguir, uma transcrição musical apresentada no livro "Música na escola: jogos e brincadeiras musicais - série didática", lançado pelo Conservatório e pela Prefeitura do Rio no ano de 2002.

“Bambu Quiabu”

Bambu Quiabu

Aroeira Mantegueira

Tirarás/Voltarás o (fulano)

Para ser bambu   

 

Ouça uma outra versão melódica da canção no link abaixo (clique na faixa BAMBU QUIABU):

http://www.submarino.com.br/produto/2/21347006/cd+flores+e+frutas?menuId=201894 

Como brincar?

Os alunos formam uma roda, em pé, sem dar as mãos. O canto se inicia e todos devem fazer um movimento pendular, para frente e para trás. Quando o nome de algum participante for citado, no momento da frase “Tirarás o (fulano)”, este deverá ajoelhar-se, continuando a fazer o movimento pendular. A brincadeira continua até todos se ajoelharem. A partir de então, a música se modifica – “Voltarás o (fulano)” - e todos os participantes vão sendo chamados, um a um, voltando à posição inicial.

Dicas

1) Varie o andamento e a tonalidade a cada rodada.

2) Nas primeiras execuções da brincadeira, você apontará os escolhidos a terem seus nomes proclamados pela turma no momento das frases “Tirarás o (fulano)” e “Voltarás o (fulano)”.

3) Selecione alguns alunos para marcar a pulsação em instrumentos de percussão como clavas, caxixis, pandeiros, cocos, pandeirolas ou tantans, enquanto a brincadeira acontece.

 

Atividade 2

Promova um rápido debate com os alunos sobre as diferentes versões que uma mesma brincadeira pode apresentar, por conta do processo de transmissão oral. Faça um rápido levantamento de brincadeiras que apresentam diferenças na forma de brincar, na própria letra ou na melodia das canções. Como exemplo, citamos “Corre Cotia” (as versões apresentam letras diferentes), “Adoleta” (além da mudança na letra, a brincadeira pode ser realizada em roda ou dupla), “Hoje é Domingo” (há versões com letras e títulos diferentes), entre outras.

Após esse momento inicial, proponha a adaptação da brincadeira “Bambu Quiabu” para o jogo de mãos “150”.

Como brincar?

Os alunos ficarão dispostos em duplas, um de frente para o outro. As duplas iniciam a música da brincadeira “Bambu Quiabu”, fazendo o movimento de mãos juntas e paralelas, para cima e para baixo, marcando a pulsação. Quando os alunos cantarem a palavra “tirarás”, quem estiver com as mãos por baixo não deve deixar o outro, que está com as mãos por cima, bater e encostar em suas mãos. Se um dos participantes da dupla conseguir bater nas mãos do adversário, o nome do “perdedor” será entoado (“Tirarás o ...”) e este sairá da dupla, entrando outro em seu lugar. Caso contrário, sairá o que não conseguir bater e seu nome será entoado.

Dica

1) Varie o andamento e a tonalidade a cada repetição da brincadeira. Lembre-se de escolher um tom que seja adequado à extensão das vozes infantis.   

 

Atividade 3

Sugira, agora, a adaptação da brincadeira “Bambu Quiabu” para o gestual de mãos do jogo “Adoleta”.   

Como brincar?

A turma ficará disposta em uma grande roda. Todos devem estender os braços para os lados, na altura da cintura, e encostar suas mãos nas mãos de quem está dos dois lados.  As mãos estão abertas, de modo que o dorso da mão direita de cada aluno fique apoiado em cima da palma da mão esquerda de quem está ao seu lado direito. Esta arrumação deve ser mantida por toda a roda, pois, assim que a música de “Bambu Quiabu” se inicia, desloca-se a mão direita de forma a bater com a palma na mão direita de quem está ao seu lado esquerdo, e assim por diante, numa espécie de reação em cadeia. As mãos batem umas nas outras de acordo com a pulsação da música. Quando todos cantarem a palavra “Tirarás”, o participante que irá receber o tapa deve tirar a sua mão. Se isso acontecer, quem não acertou o tapa tem o seu nome entoado e sai da roda; caso contrário, quem recebeu o tapa tem o seu nome proclamado pelos demais e sai da brincadeira. O jogo segue até a eliminação de todos da roda, estabelecendo um vencedor.

Dicas

1) Selecione alguns alunos para marcar a pulsação em instrumentos de percussão (clavas, agogôs, caxixis, pandeiros, cocos, pandeirolas ou tantans etc), durante a execução da música.

2) Varie o andamento e a tonalidade a cada rodada, podendo conjugar ou não as duas mudanças propostas.   

 

Observação:

Nos dois momentos de adaptação da brincadeira, optamos por utilizar apenas a parte da música que diz respeito à saída do participante da brincadeira (“Tirarás o fulano”), por condizer com o objetivo de eliminação dos jogos de mãos propostos. Você poderá desenvolver, junto à turma, um meio de utilizar a segunda parte da música, em que os alunos voltam à brincadeira.

 

Recursos da Aula

Sugerimos o uso de um instrumento harmônico para o momento de execução da música da brincadeira: piano, teclado, violão, cavaquinho ou acordeon. O professor poderá utilizar também instrumentos de percussão para as atividades propostas acima.

Recursos Complementares

Textos acadêmicos:

1) SOUZA, Fernanda de. O brinquedo popular e o ensino de música na escola. Revista da ABEM, Porto Alegre, V.19, p. 75-81, mar.2008.

http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista19/revista19_artigo8.pdf    

2)“A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL”

http://www.revistacefac.com.br/revista82/artigo01.pdf    

3)  SILVA, Gabriela Flor Visnadi e. Um estudo sobre brincadeiras cantadas da infância: jogos de mãos apresentados por crianças de Florianópolis. Trabalho de Conclusão de Curso. Florianópolis, Universidade do Estado de Santa Catarina, 2004.

Disponível em: http://pages.udesc.br/~c7apice/arquivos/download/TCC%20Gabriela%20Flor.pdf    

Texto sobre Brincadeira de Roda:

http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=299&textCode=7582&date=currentDate   

Imagem (foto) da brincadeira “Adoleta:

http://www.faberludens.com.br/pt-br/node/230 

Projeto Lenga La Lenga: jogos de mãos e copos

http://www.lengalalenga.com.br/    

Avaliação
O(a) professor(a) deverá observar se os alunos realizaram as três versões propostas para a brincadeira “Bambu Quiabu” e se cooperaram para um bom rendimento das atividades.
Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • Josias Batista Galacha, FUNCAB , Espírito Santo - disse:
    josias.galacha@hotmail.com

    23/10/2012

    Cinco estrelas

    Maravilha... O resgate desses valores históricos é fundamental para a construção da cidadania das nossas crianças. essas brincadeiras são ricas em símbolos pertinentes as nossas relações e nossa cultura, no sentido lato da palavra. Nossa história é a base da construção de nós mesmos, o futuro não terá sentido sem a valorização do passado. Portanto, educação é a busca da compreensão daquilo que somos na perspectiva que poderemos ser ainda melhores.


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