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Indígenas e franceses: o povo tupinambá é dado a conhecer ao mundo ocidental

 

08/07/2011

Autor y Coautor(es)
Augusto Carvalho Borges
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Camila Nunes Vieira Gonçalves; Lígia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Cultura
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio História Sujeito histórico
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Migrações, cultura e identidades
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Maiores detalhes sobre o tema "o indígena e a colonização";
  • a cultura, as práticas e, particularmente, as relações que os tupinambás travaram com os invasores franceses;
  • analisar criticamente o assunto abordado, a partir das perspectivas fornecidas pela aula.
Duração das atividades
Seis aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • O processo de colonização portuguesa no Brasil, suas motivações e consequências;
  • a imposição da fé cristã aos povos conquistados e o etnocentrismo;
  • a Reforma Protestante.
Estratégias e recursos da aula

Introdução

O professor deverá abordar as populações que aqui se encontravam à época da chegada dos portugueses e franceses. Apesar de dispersos pelo território, dizemos ser o conjunto tupi-guarani, dadas as semelhanças culturais e linguísticas, e os tapuias (palavra tupi), povos que não falavam o tupi. 

Em sua experiência no Brasil, os franceses estiveram entre os tupis, também conhecidos como tupinambás. Desta experiência, resultou um dos mais importantes relatos sobre os povos indígenas à época do descobrimento: o livro Viagem à terra do Brasil, do missionário calvinista Jean de Léry. O documento será trabalhado na sexta aula.

Com a finalidade de introduzir o tema das primeiras aulas, o professor deverá apontar o fato de que, mesmo após o período colonial (até o século XIX) e a despeito do exclusivo metropolitano português, há registros de incursões francesas no território brasileiro.

Desenvolvimento

Aula 1

Expondo as características do período Pré-Colonial, mas já após o descobrimento, o professor deverá destacar o fato de que, somente trinta anos após a chegada à América, os portugueses empreenderam um esforço sistemático de colonização, uma vez que a princípio não foram identificados bens materiais que pudessem ser comercializados em larga escala na Europa. Deverá apontar que, neste período, as bases portuguesas instaladas na costa brasileira eram importantes como uma “escala” na viagem de Portugal até a Índia, onde se encontravam seus interesses mercantis.

Em 1557, uma expedição francesa aportou nas terras conhecidas como Índia Ocidental. Instalaram-se na baía de Guanabara, no atual Estado do Rio de Janeiro. Esta expedição tinha caráter colonizador, a despeito do corso já praticado pelos franceses para burlar o exclusivismo português no escambo do pau-brasil.

O professor poderá ilustrar a exposição com o seguinte mapa: “Invasões francesas e holandesas”, disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/franca-holanda-brasil-colonia-invasoes-621818.shtml

Atividade

Nesta atividade, os alunos deverão compreender as circunstâncias em que se deram as empresas marítimas em direção à América: as portuguesas, que visavam à Índia, mas que acabaram por fixar entrepostos comerciais no Brasil, e as francesas, que contestavam os tratados fixados para a exploração de recursos da porção sul do continente, os quais privilegiavam a União Ibérica.

Os alunos deverão dividir-se em grupos. Cada grupo deverá pesquisar um aspecto relacionado abaixo.

GRUPO 1: “Bula Inter Coetera e Tratado de Tordesilhas”

(site http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/bula-inter-coetera-tratado-tordesilhas.htm).

GRUPO 2: “Tratado de Tordesilhas”

(site http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tratado-de-tordesilhas/tratado-de-tordesilhas-1.php).

GRUPO 3: “As consequências do Tratado de Tordesilhas”

(site http://www.gforum.tv/board/1277/228196/tratado-de-tordesilhas.html).

GRUPO 4: “Razões e motivações para a expansão marítima europeia”

(site http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=897).

Após a pesquisa, os alunos deverão avaliar os motivos pelos quais os europeus se lançaram em uma viagem pelo Atlântico. Deverão identificar as características de portugueses e franceses e tentar explicitar as razões que motivaram os franceses a promoverem incursões em território sul-americano. A análise deverá ser sintetizada em um pequeno texto, o qual será apresentado para a turma por um representante do grupo.

O registro da atividade poderá ser utilizado na segunda aula.

Aula 2

Os homens que embarcaram rumo ao desconhecido eram filhos da Reforma Protestante. Almejavam um lugar onde sua fé poderia ser praticada livremente sem que houvesse perseguições ou dificuldades na vida cotidiana. Os franceses que aqui vieram eram adeptos, principalmente, do Calvinismo. Vislumbravam uma terra que, convertendo-se futuramente em seu país, serviria de abrigo a todos os que quisessem viver sob a Palavra do Evangelho reformado. A esta terra dariam o nome de França Antártica.

Sabia-se, então, que, nesta parte da América chamada Brasil, a terra era fértil e bela; não havia invernos rigorosos e os rios eram abundantes. Nela se encontrava um povo que, perceberam, ignoravam a existência do Deus único cristão, entre outros fatores que tanto os diferenciavam dos colonos. Para os missionários calvinistas, era a possibilidade de alargar a fé cristã.

Para ilustrar a exposição acima, o professor poderá utilizar as imagens abaixo.

Mapa da França Antártica (Rio de Janeiro)

Mapa da França Antártica (Rio de Janeiro)

Fonte: https://lh4.googleusercontent.com/-Q2ZnAAyk0Ro/TY52nd0MBqI/AAAAAAAABwc/jkipLdV2450/s1600/041026p.jpg

Atividade

É comum ouvirmos as expressões “colônia de exploração” e “colônia de povoamento”.

Sobre as expressões supracitadas, ver:

http://exploracaocolonial3000.blogspot.com/2007/08/colnias-de-explorao-e-colnias-de.html

Também é comum a associação feita entre o grau atual de desenvolvimento dos países colonizados, como os países da América Latina e da África, e o tipo de empreitada colonizadora empreendida nesses países.

Nesta atividade, os alunos deverão analisar o histórico das invasões francesas no Brasil, avaliando como se deu a tentativa de colonização (conteúdo auxiliar disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u49.jhtm).

A atividade poderá ser feita a partir da distinção dos itens abaixo e com o auxílio do registro da atividade proposta na primeira aula:

-Motivações (conteúdo auxiliar disponível em:  http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/invasoes-francesas-no-brasil/invasoes-francesas-1.php);

-Características das instalações francesas (conteúdo auxiliar disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/invasao-francesa.htm).

A partir da pesquisa sobre os itens acima, os alunos deverão dividir-se em grupos e, debatendo entre si, deverão responder à seguinte pergunta: “Se o Brasil fosse colonizado pela França, teríamos alcançado um elevado grau de desenvolvimento econômico, político, social e cultural?” (Conteúdo auxiliar disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/colonizacao-francesa.htm.)

Para responder à pergunta, os alunos poderão também pesquisar sobre os países que foram colonizados pela França (conteúdo auxiliar disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=602).

As respostas deverão ser socializadas em um seminário e comparadas com o registro da atividade proposta na primeira aula.

Aula 3

Quando chegaram à América, os europeus encontraram habitantes muito distintos dos que até então eram conhecidos pelo Velho Mundo: a Europa, a África e a Ásia.

Imagem ilustrativa:

Desembarque de Cabral em Porto Seguro

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_HwRFRHvFwVg/TLJUh2003gI/AAAAAAAAATA/GKeBcuROwlg/s1600/am.jpg

Ao chegarem ao Brasil, os franceses travaram contato com o povo tupinambá, também conhecido como tupi-guarani. Estas populações, localizadas ao longo da costa e na bacia dos rios Paraná e Paraguai, caracterizavam-se por uma homogeneidade no que diz respeito à cultura e à língua. Os tupis encontravam-se em maior número ao longo da faixa litorânea; os guaranis localizavam-se na bacia Paraná-Paraguai e no litoral do sul do atual Estado de São Paulo até o extremo sul do Brasil. Ao longo do território, as áreas de predominância tupi eram interrompidas por grupos linguísticos diferentes, como os dos aimorés, goitacazes e charruas.

O professor poderá ilustrar a exposição acima com o mapa da distribuição dos povos indígenas pela costa brasileira, disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Slide27.JPG

Atividade

Nesta atividade, os alunos traçarão o perfil dos índios tupinambás. A turma será dividida em grupos; cada grupo deverá pesquisar um aspecto sobre os hábitos de vida deste povo. Para esta aula, serão considerados aspectos como:

-Grupo 1: “Meios de subsistência: alimentação e tipos de habitação”

(link: http://www.suapesquisa.com/indios/);

-Grupo 2: “Organização da sociedade”

(link: http://entresseio.blogspot.com/2008/04/cinco-milhes-de-ndios-estavam-no-brasil.html);

-Grupo 3: “Divisão social do trabalho”

(link: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1787175-trabalho-na-sociedade-).

Após a pesquisa, os alunos deverão montar um mural que represente os aspectos materiais da vida dos tupinambás. O Mural deverá conter pequenos textos redigidos pelos grupos sobre cada um dos aspectos relacionados acima e imagens que possam ilustrá-los.

As ilustrações poderão ser pesquisadas em diretórios como:

-http://www.google.com/imghp?hl=en&tab=wi

-http://www.bing.com/?scope=images&FORM=Z9LH

Aula 4

Nesta aula serão abordados os aspectos culturais da sociedade tupinambá. Serão destacados dois aspectos: a guerra e o ritual antropofágico.

A guerra constituía um aspecto central na sociedade tupinambá. Exemplo disso é o fato de o status ser conquistado por aquele guerreiro que provasse seu valor na batalha ao capturar o maior número de inimigos que seriam devorados nos rituais antropofágicos. O inimigo, por sua vez, seria vingado por seus parentes e membros de sua aldeia que também capturariam seus algozes. Dessa forma, a guerra se reproduzia indefinidamente pela vingança entre os núcleos populacionais que praticavam a antropofagia ritual.

Atividade

Os alunos deverão organizar-se em dois grupos, um para cada aspecto cultural.

-Grupo 1: “A guerra”

(link: http://entresseio.blogspot.com/2008/04/cinco-milhes-de-ndios-estavam-no-brasil.html).

-Grupo 2: “O ritual antropofágico”

(link: http://geocities.ws/terrabrasileira/contatos/tamoio.html).

Assim como na atividade da aula anterior, os alunos deverão montar uma mural com pequenos textos e imagens (ver diretórios de pesquisa na terceira aula), mas desta vez sobre os aspectos culturais das sociedades tupinambás.

Ao final da atividade, os alunos deverão juntar os murais feitos na terceira e quarta aulas e escolher um único título para o mesmo.

Aula 5

As relações entre indígenas e europeus foram marcadas desde o primeiro contato pela grande diferença cultural que se revelou com a chegada à América. Com a descoberta e posterior exploração de bens que poderiam ser comercializados na Europa, tendo em vista grandes lucros, os europeus se valeram principalmente do domínio da indústria metalúrgica para eliminar os indígenas que oferecessem obstáculos aos seus interesses.

Com os viajantes, também chegavam doenças contra as quais os índios não possuíam resistência física. O aumento da exploração dos recursos fez com que os índios trabalhassem no corte do pau-brasil, por exemplo, a princípio por vontade própria para praticar o escambo, mas com o aumento da demanda, os conquistadores os forçaram a trabalhar por meio da violência.

Despojados de suas terras e de sua liberdade de ir e vir, os índios foram submetidos também a uma conquista espiritual. A Igreja viu nos povos recém-descobertos a possibilidade de arrebanhar mais almas para a fé cristã. Aqui, o professor deverá fazer uma distinção fundamental: no Brasil, o clero regular católico foi responsável pela conversão dos índios à fé cristã católica. Porém, os franceses que aqui chegaram, já em 1557, eram cristãos protestantes e também pretendiam converter os ameríndios à sua fé, baseada no Evangelho reformado.

Atividade

A cultura dos povos indígenas não só no Brasil, mas em todo o Continente Americano, causou grande impacto no homem europeu do século XVI. Ela foi identificada com a barbárie, no sentido de se aproximar das práticas utilizadas pelos já cristianizados “bárbaros” europeus.

Práticas como o ritual antropofágico ou a ausência de roupas (na perspectiva europeia) sinalizavam para os homens que se assustavam com os hábitos indígenas um menor grau de evolução cultural e material daqueles povos.

À época, os responsáveis pelo âmbito espiritual do homem ocidental eram os sacerdotes da Igreja. Estes tomaram para si a tarefa de cuidar dos “assuntos da alma” e justificaram a conquista dos povos indígenas como um ato de fraternidade cristã para com aqueles que ignoravam a “verdadeira fé”. Aqueles povos estariam livres da danação eterna desde que se convertessem e aceitassem a nova ordem de coisas. A fé cristã foi imposta pela força bruta e pela força das palavras.

Apesar desta tendência do pensamento europeu/cristão, houve personagens como o frei Bartolomeu de Las Casas que denunciou e combateu os crimes de violência física e cultural cometido pelos espanhóis contra os indígenas.

Nesta atividade os alunos deverão discutir em seminário duas visões dos conquistadores sobre os povos conquistados:

-O bom selvagem, o homem sem pecado original;

-O selvagem danado pelo pecado eterno.

Os alunos deverão caracterizar cada uma dessas duas visões a partir de dois autores, respectivamente:

-Claude d’Abeville (informações disponíveis em:

 http://en.wikipedia.org/wiki/Claude_d'Abbeville);

-Jean de Léry (dados disponíveis em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_de_L%C3%A9ry).

Os alunos deverão dividir-se em quatro grupos: dois grupos pesquisarão o primeiro autor e dois pesquisarão o segundo.

Em seguida, o professor deverá promover um seminário para que os alunos possam debater sobre estas duas perspectivas a partir da seguinte questão:  “Bem” e “Mal” são conceitos historicamente construídos?

Aula 6

O calvinista francês Jean de Léry esteve na expedição que fundou a França Antártica. Após ter convivido com os nativos tupinambás por quase um ano, retornou à França e, algum tempo depois, publicou seus relatos de viagem. (Conteúdo auxiliar disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_de_L%C3%A9ry.)

Compilados no livro Viagem à Terra do Brasil, os relatos descrevem detalhadamente a cultura tupinambá e constituem um importante documento histórico e etnográfico. À época em que fora escrito, o livro era muito popular entre os apreciadores de aventuras em terras exóticas. Hoje é, para nós, uma das mais importantes referências nos estudo dos povos indígenas. Nele também consta a história do fracasso da França Antártica.

Atividade

Nesta atividade, os alunos irão ler trechos do livro Viagem à Terra do Brasil. Em seguida, o professor organizará um debate sobre a questão proposta.

O professor, se possível, deverá projetar os excertos abaixo utilizando retroprojetor ou datashow.

Excerto 1:

"Embora acceita universalmente como axioma a sentença de Cicero, de que não ha povo tão bruto, barbaro ou selvagem que não tenha a idéa da existencia de Deus, quando considero os nossos tupinambás sinto-me embaraçado em lhe dar razão. Pois além de não revelarem conhecimento nenhum do verdadeiro Deus, não aodram nem confessam deuses falsos, celestiaes ou terrestres, como os pagãos antigos ou como os indios do Perú, adoradores do sol e da lua.

Nem teem nenhum ritual, nem sitio onde se reunam para qualquer serviço religioso, nem oram em particular. Ignorantes da creação do mundo, não distinguem os dias por denominações, nem os differenciam uns dos outros, nem contam semanas, mezes ou annos. Apenas calculam e assignalam o tempo pelas lunações.

Quanto á escripta, não só a desconhecem, como não possuem caracteres para designar coisa nenhuma".

LÉRY, Jean. Viagem à Terra do Brasil. Capítulo XVI, 1°, 2º e 3° parágrafos. Obra em domínio público. Texto digitado e editado em html, por almanaque PK. Disponível em: http://www.calendario.cnt.br/jeandelery/reference/library/1575212684/ch16/ch16.htm

Excerto 2:

"Resta-me agora tocar na questão da origem dos selvagens.

É certo que descendem de um dos tres filhos de Noé, mas decidir de qual delles, já com base nas Escripturas, já em doutores profanos, acho coisa difficil.

Moysés, fazendo menção dos filhos de Japhet, diz que as ilhas foram habitadas por elles; mas o hebreu falava das terras da Grecia, Gallia, Italia e outras regiões separadas da Judéa pelo mar e consideradas ilhas de Moysés; não ha, pois, base para que nellsas se comprehenda a America e adjacencias.

Dizer que procedem de Sem, pae da geração bemdicta dos judeus, depois tão corrompida que o Creador a regeitou, não creio que alguem o possa fazer. No que concerne á beatitude eterna, constituem os selvagens um povo maldicto e desamparado de Deus, não obstante suas imperfeitas noções da vida futura; e nem existe povo igual, com menos avidez pelos bens mundanos e mais isento de cuidados.

Parece-me, pois, que descende de Cham.

Diz a Escriptura que quando Josué penetrou na terra de Chanaan os habitantes da região se intimidaram e perderam o animo; pode, pois, ter acontecido que os avós dos nossos americanos sejam esses expulsos de Chanaan, os quaes, embarcados emnavios e entregues aos caprichos do mar, viessem ter á America.

O autor da Historia das Indias, varão de boa sciencia, opina que os do Perú procedem de Cham e trazem o estigma da maldição de Deus, idéa que eu já professava dezeseis annos antes de ter lido essa obra.

Tenho assim como resolvido que essa pobre gente vem da raça corrompida de Cham, sem concluir com os epicuristas que não existe Deus ou não lhe importa a elle os homens. Ao contrario, reconheço a differença que existe entre as creaturas illuminadas pelo Espirito Santo e as abandonadas á cegueira dos seus sentidos, pelo que confio muito mais na verdade de Deus".

LÉRY, Jean. Viagem à Terra do Brasil. Capítulo XVI, 8 últimos parágrafos. Obra em domínio público. Texto digitado e editado em html, por almanaque PK. Disponível em: http://www.calendario.cnt.br/jeandelery/reference/library/1575212684/ch16/ch16.htm

Após a leitura dos excertos, o professor irá propor à turma a seguinte questão:

O autor do livro é filho de seu tempo, bem como todos os escritores que deixaram registradas, através dos séculos, suas impressões sobre o mundo que conheceram. Visões limitadas sobre tais documentos reproduzem preconceitos e noções equivocadas que, fora de seu tempo, permanecem até nossos dias.

Partindo destas constatações, como poderíamos explicar a expressão: “Fazer um uso pobre de um documento”?

Conteúdo auxiliar disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/leitura-critica-fontes-historicas-526597.shtm

Recursos Complementares

 

-Cantos indígenas registrados por Jean de Léry, em Viagem à Terra do Brasil, disponíveis em:

http://www.jangadabrasil.com.br/realejo/categorias/indigenas.asp.

-Línguas tupis-guaranis, disponíveis em: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_tupis-guaranis.

Avaliação

A avaliação deverá ser feita à medida que as atividades forem executadas e concluídas. As atividades em grupo têm por finalidade promover o debate entre os alunos, considerando as diferentes interpretações sobre o conteúdo e as atividades propostas.

Os debates e seminários, por sua vez, servem ao propósito de socializar as diferentes opiniões e interpretações, enriquecendo o conhecimento da turma.

As atividades com imagens, como o Mural proposto na terceira e quarta aulas, visam a promover uma associação entre os temas trabalhados e as imagens, também disponíveis em livros e outros veículos didáticos, contribuindo para melhorar o aprendizado.

Por fim, a análise de documentos objetiva, além de estabelecer um contato direto entre o aluno e a fonte historiográfica, promover uma análise crítica do mesmo, respaldada nos conhecimentos do aluno sobre o assunto abordado nas aulas. 

Opinión de quien visitó

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Opiniones

  • rosangela oliveira, Universidade Unopar , Minas Gerais - dijo:
    carvalhorosangela40@gmail.com

    10/11/2011

    Cinco estrelas

    otimo, muito esclarecedora


  • maria, caridade , Bahia - dijo:
    maria_12@hotmail.com

    27/07/2011

    Cinco estrelas

    eu gostei muito, muito destinguida a escrição, adorei, parabéns ! ... Mas, apesar de não ter o que eu proucurava eu adorei, bem descevido ... etc...


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