01/12/2011
Giandréa Reuss Strenzel
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação Infantil | Linguagem oral e escrita | Falar e escutar |
Educação Infantil | Movimento | Coordenação |
Educação Infantil | Arte Visual | O fazer artístico |
- Experimentar a sensibilidade periférica do corpo;
- Construir, em parceria com os colegas, um objeto para brincar;
- Familiarizar-se com objetos e texturas do cotidiano.
Considera-se importante que o professor propicie a discussão do tema em conversas com as crianças, antes de aplicar a aula. Faixa etária das crianças para esta aula: entre 03 (três) e 05 (cinco) anos.
A proposta de aula está dividida em três etapas:
A primeira etapa envolve a confecção de uma caixa “mágica”, com o auxílio do professor.
A segunda e a terceira etapas são de experimentação corporal e discussão sobre o vivenciado.
A caixa “mágica” deve permanecer na Instituição, como acervo para brincadeiras com outros grupos de crianças, de faixa etária aproximada.
Etapa 1:
“Vamos fazer uma caixa “mágica” para brincar?”
Duração: em torno de 30 minutos
Material: caixa de sapato de papelão, pedaços de papel colorido, cola branca, pedaço de EVA (Etil Vinil Acetato) colorido, tesoura, estilete.
Proposta: Na roda com as crianças, o professor propõe a confecção de uma caixa mágica. Para isso, o professor inicia a conversa, com um tom de voz que crie um suspense, com a intenção de convidá-las a “mergulhar” na proposta, contando que, nesta caixa, as crianças conseguirão adivinhar os objetos sem vê-los, apenas com o toque.
Na sequência, o professor distribui pedaços de papel colorido para as crianças colarem na caixa, utilizando a cola branca. A forma de colagem é aleatória: são oferecidas várias cores numa bandeja, para que as crianças colem à vontade, como numa composição de um mosaico.
Antes da colagem com as crianças, sugere-se que o professor faça um orifício no centro da caixa de papelão de, mais ou menos, 10 centímetros de diâmetro. Neste orifício, deve-se colar o EVA e cortá-lo com estilete, para dar um tom de “cortina”, com o intuito de as crianças não conseguirem ver o que tem dentro da caixa, conforme exemplificado na foto 01 .
O tempo de secagem dependerá das condições climáticas, mas 06 horas deverá atender às expectativas.
Foto 01: caixa e sugestão de objetos do cotidiano das crianças.
2º etapa:
“Vamos descobrir o encanto desta caixa mágica com o tato de nossas mãos?”
Duração: em torno de 30 minutos
Local: Na sala ou pátio
Material: A caixa “mágica” confeccionada anteriormente, objetos utilizados no dia-a-dia com as crianças (a quantidade deve ser suficiente para que todas as crianças do grupo possam experenciar a proposta, podendo ser: canudo plástico, tesoura infantil, tubo de cola pequeno, garfo, pedra, colher, tampa de garrafa pet, escova de dente, lápis, entre outros) e uma venda para cobrir os olhos.
Proposta: Na roda, o professor inicia uma conversa sobre o corpo humano e suas sensibilidades, falando sobre coisas e lugares quentes e frios e, em seguida, pede para as crianças colocarem a mão embaixo das próprias axilas por um tempo e, depois, em um lugar frio, por exemplo, o chão. A seguir, o professor avalia com elas onde é mais frio e onde é mais quente, e comenta sobre a sensibilidade do nosso corpo ao toque e às temperaturas, podendo conduzir a conversa se embasando no sitesugerido no espaço destinado aos Recursos Complementares. O professor pode ainda se valer da utilização de uma lente de aumento ou uma lupa, a partir da qual as crianças poderão observar a pele e a mão, em uma proporção ampliada. Ao final, convida-as para experimentar a caixa mágica.
Antes de iniciar a rodada de experiência com a “caixa mágica”, o professor combina com as crianças uma regra que será fundamental para a continuidade desta brincadeira: é necessário o silêncio das crianças no momento da experiência individual com o tato.
A brincadeira consiste no seguinte:
-Os objetos devem ser colocados anteriormente dentro da caixa, sem que as crianças os vejam;
-As crianças serão convidadas individualmente a colocar a venda nos olhos, inserir a mão dentro da caixa e retirar um dos objetos;
-O professor deve explorar este momento, perguntando se o objeto é duro, mole, áspero, liso, enfim, instigando as crianças a explorarem pelo tato o objeto. Se o professor perceber que a criança está tendo dificuldades em sua exploração, ele pode facilitar o processo com perguntas, como, por exemplo, para que serve o objeto, em que momento ele é utilizado etc. As outras crianças podem participar na formulação destas perguntas de ajuda;
-Uma vez que uma criança consegue adivinhar, outra será convidada a participar e, assim, sucessivamente, até que todos os presentes participem, inclusive os professores.
Ao final da atividade, o professor faz perguntas às crianças relacionadas à experiência, convidando-as para a próxima brincadeira.
3º etapa:
“Vamos brincar de cabra cega e descobrir quem é o nosso amigo com o tato?”
Duração: em torno de 30 minutos
Material: Uma venda para sobrepor aos olhos. Corda de, mais ou menos, 30 metros de comprimento.
Local: De preferência, em um lugar amplo, como um parque, pátio ou um bosque, desde que seja plano e seguro para a corrida. Se não for possível um lugar ao ar livre, a brincadeira poderá ser adaptada, para que não haja tanta movimentação das crianças neste espaço mais restrito.
Proposta: No local escolhido, o professor organiza o grupo em uma grande roda, com a corda estendida no solo, em forma de um círculo. As crianças são convidadas a ocupar a parte interna do círculo e uma delas deverá ocupar o centro da roda. A criança do centro da roda deverá ser vendada, se tornando a “A Cabra-Cega”. Combina-se que, uma vez a cabra-cega solta, as crianças podem correr, somente dentro do espaço delimitado pela corda, e a cabra-cega tentará pegar uma delas. Quando a criança, no personagem de cabra-cega, conseguir pegar outra criança, ela deverá, por meio da exploração tátil, descobrir quem é o colega pego. Se descobrir, a criança que foi pega assume o papel de cabra-cega e a brincadeira continua da mesma forma.
Foto 2- Crianças brincando de cabra-cega e tentando identificar colega. Fonte: http://fotolog.terra.com.br/educmov
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/tato/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabra-cega
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15227
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20892
No final, o professor convida as crianças para uma última roda e faz um espreguiçar com as crianças deitadas no solo, dentro do espaço da corda. Em seguida, instiga uma conversa sobre as experiências que tiveram, com a lupa, com o tato e com a construção da caixa; questiona como foi construir um brinquedo de material reciclado e a importância de aproveitamento destes materiais para a preservação da natureza; e, por fim, indaga-lhes como foi a experiência em reconhecer os objetos pelas mãos, sem utilizar-se da visão.
Cinco estrelas 1 classificações
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10/05/2013
Cinco estrelasGostei muito da aula. Acrescento que o professor pode delimitar o espaço para a 3ª etapa sem o uso da corda, combinando previamente com as crianças por onde podem correr.