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O golpe de Luís Bonaparte: o fim da Segunda República Francesa

 

29/10/2013

Autor e Coautor(es)
Augusto Carvalho Borges
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Pauliane de Carvalho Braga; Lígia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Sujeito histórico
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Ensino Médio História Poder
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos poderão aprender o que foi o golpe de Luís Bonaparte, na França, suas motivações, ideais, agentes envolvidos e as conseqüências para o país.

Duração das atividades
Cinco aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O professor deverá trabalhar com os alunos os principais eventos da história política francesa no século XIX, como o movimento de restauração, que instaurou a monarquia dos Bourbon no poder; as barricadas de julho de 1830, quando o Luís Filipe de Órleans se tornou o rei da França, e a revolução de 1848.

Estratégias e recursos da aula

Introdução:

 

O ano de 1848 marcou o continente europeu com movimentos revolucionários, advindos em grande parte da consolidação do poder político da burguesia e do surgimento do proletariado industrial enquanto força política. Tendo Paris como centro irradiador, esses movimentos revolucionários rapidamente se propagaram pela Europa.

Esses dois novos setores políticos há muito se mostravam insatisfeitos com os rumos da política francesa. Trazendo novas idéias políticas, novos planos para a economia, e buscando estabelecer um lugar privilegiado neste cenário de poder, burguesia e proletariado agitavam Paris, sendo evento mais exemplar os banquetes. Grupos políticos de oposição ao governo do rei Luís Filipe, impedidos de realizar manifestações públicas decidiram pela realização de banquetes com o objetivo de discutir a grave crise econômica enfrentada pelo país, além de propostas de ação e meios de obter maior representatividade política.  No dia 22 de fevereiro de 1848, foi marcado um grande banquete, que contaria com a presença de representantes dos partidos de oposição advindos de toda a França; no entanto, o banquete foi proibido, o que desencadeou forte reação popular. Após três dias de luta, com centenas de ruas tomadas por barricadas, os revoltosos conseguiram a abdicação de Luís Filipe, dando lugar ao estabelecimento de um novo governo provisório, republicano.

O governo que a princípio tentou conciliar interesses tão distintos, logo se viu obrigado a afastar o agitado proletariado da vida política: as Jornadas de Junho foram o ponto final na participação popular na revolução. Mais tarde, a burguesia elegeria Luis Bonaparte como seu representante, sendo posteriormente traída por este, através da um golpe de estado proferido em 2 de dezembro de 1851. Luis Bonaparte queria ampliar seu poder e seu tempo de mandato; impossibilitado pelos meios legais, dissolve a Assembléia e dá um golpe, que teria duração de 18 anos.

 

Familia Imperial

A família imperial. Data: 1864.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:La_famille_imp%C3%A9riale_%28vers_1865%29.jpg

 

Luis Bonaparte

Luís Bonaparte. Data: 1855.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Franz_Xaver_Winterhalter_Napoleon_III.jpg

 

Karl Marx

O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Karl Marx. Data: 1852.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Marx_EighteenthBrumaire.JPG

 

 

 

Desenvolvimento

 

Primeira aula:

Neste primeiro momento, o professor deve contextualizar o tema a ser tratado. Em uma breve exposição de 15 minutos, o professor deve apresentar a situação política na França, e o cenário específico do golpe. É importante que se diga das condições econômicas e políticas do País, principalmente as disputas de poder do período.

Em um próximo momento, o professor deverá dividir a sala em dois grupos. Cada grupo receberá um texto que deverá ser lido silenciosamente pelos alunos, durante a primeira aula. (links acessados dia 10/09/2011).

 

Grupo 1: História e revolução: o dezoito de Brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx, e Napoleão, o Pequeno, de Victor Hugo: um contraponto. De Izabel Andrade Marson.

 

https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:zi2JXljfbqoJ:www.pucsp.br/projetohistoria/downloads/volume30/07-Artg-%28Izabel%2520Marson%29.pdf+&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESh0JmgUhsjyb49m21Nv00Fdmg3QpH89Wc4vuCXWzo4ysHvXmQFy1dk65gYnvexkXlU1G7KdVM9jmekKr_PXIsi66P0MVSKgqEBXHkuV_4ud_nHdJjz74O2NGkqYRiZYdpAH2Twa&sig=AHIEtbR8XQBR6VL9MRqXuMR9VhhLdSLyHA

 

Grupo 2: Necessidade e acaso: o golpe de Louis Bonaparte. De Julio Cesar Gonçalves da Silva.

 

https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:jezE7seDkz0J:www.ifch.unicamp.br/cemarx/coloquio/Docs/gt1/Mesa3/necessidade-e-acaso-o-golpe-de-luis-bonaparte.pdf+&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjl9LKbi5FE3QV2pjVhQr9nuHl6wtb3MDnoYswkoZ-5lLrTdMjiWoI43zRH81nzN9eRnulZxNjt-WNB-2IRMOfO77aRu-IVWvK5CsSRC6tuWKqyCc4wpzivM6Or1Q8QzMkBvgeB&sig=AHIEtbRWMRBxBcUEdltGCG3ejyFC9vswwA

 

 

Segunda aula:

 

Nesta aula, os alunos irão preparar a apresentação dos textos lidos, a ser realizada em um seminário na quarta aula. Esta apresentação pode ser feita através de recursos visuais (confecção de cartazes, onde podem ser apontados os trechos mais relevantes do texto, apresentação de filmes ou imagens existentes sobre o tema) e de áudio (apresentação de canções). Os alunos poderão utilizar o laboratório de informática para realizar essa pesquisa, que fará parte do processo de aprendizado empreendido nesta aula.

Para a apresentação, os alunos devem atentar para as seguintes questões: onde e quando ocorreu golpe de Luís Bonaparte? Qual o contexto social, político e econômico em que se desenrola o golpe? Quais as motivações para ele? Quais os agentes envolvidos nele? Estes agentes pertenciam a um mesmo estrato social? Qual papel cada grupo teve no desenrolar do golpe? O que pretendia Luís Bonaparte? Como foram os embates entre os golpistas e a oposição? Houve repressão à oposição? Quais foram as conseqüências do golpe?

 

Terceira aula:

 

Nesta aula, os alunos farão um seminário, onde irão discutir os textos lidos nas aulas anteriores. Cada grupo terá 20 minutos para apresentar e discutir seu texto com seus colegas de sala.

O professor deve fomentar e mediar a discussão a partir dessas questões e outras que surgirem durante o seminário.

 

Quarta aula:

A partir da discussão do seminário da quarta aula, os alunos deverão preparar um júri simulado. A sala deverá ser divida em dois grandes grupos, um representando o grupo golpista, e outro representando seus oponentes. Os alunos devem preparar uma argumentação que dê conta dos dois lados do embate político.

 

Quinta aula: conclusão:

Nesta última aula, os alunos deverão realizar o júri simulado, que deverá ser mediado pelo professor.  A dinâmica do júri deverá ser a seguinte:

 

1º momento: Cada grupo terá 5 minutos para apresentar sua motivação para a golpe/combate ao golpe;

2º momento: Cada grupo terá direito a realizar 3 perguntas (de 1 minuto) ao grupo oponente, que terá 5 minutos para responder cada uma das perguntas;

3º momento: Cada grupo poderá apresentar o depoimento de 4 personagens que os represente (cada personagem terá 3 minutos para exposição); o grupo oponente pode realizar 2 perguntas a cada personagem (1 minuto para a realização da pergunta, 3 minutos para respondê-la);

4º momento: cada grupo terá 5 minutos para argumentação final.

 

Após a apresentação do júri, o professor deverá apontar as principais argumentações do júri e as passagens que sintetizem as discussões sobre o golpe de Luís Bonaparte.

Recursos Complementares

O 18 de Brumário de Luís Bonaparte – Karl Marx

 

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/brumario.html

Avaliação

As avaliações deste ciclo de aulas consistem na participação e qualidade argumentativa dos alunos no seminário da quarta aula; a avaliação final será o júri simulado, a ser preparado na quinta aula e realizado na sexta, que deve ser avaliado pelo professor levando em consideração a organização de cada grupo, e capacidade e qualidade argumentativa dos alunos.

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