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UMA CAIXA SURPRESA: VAMOS NOS CONHECER CANTANDO?

 

25/07/2012

Autor y Coautor(es)
Thaisa Neiverth
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FLORIANOPOLIS - SC Universidade Federal de Santa Catarina

Dalânea Cristina Flôr

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Conhecer as preferências musicais das crianças;
• Estabelecer vínculos afetivos com as crianças;
• Estreitar relações com as famílias;
• Construir uma caixa de músicas com as crianças e com as famílias para as crianças;
• Trabalhar elementos do conhecimento historicamente produzido por intermédio das letras das músicas;
• Auxiliar a criança a compreender a ação dos objetos tendo a linguagem oral como campo mediador;
• Desenvolver a curiosidade e capacidade de expressão;
• Proporcionar a ampliação de vivências por meio da diversificação dos espaços e da oferta de diferentes materiais;
• Ampliar o repertório de brincadeira das crianças.

Primeiras considerações:

A fim de compreender como se dá o aprendizado do aluno dessa faixa etária, foi necessária uma incursão na contribuição de Leontiev e Elkonin sobre os estágios de desenvolvimento pelos quais estão passando as crianças. Vale destacar que os estágios não têm uma relação estanque com a faixa etária em si, mas com o repertório de experiências que as crianças já vivenciaram. No entanto, existem regularidades no desenvolvimento dos bebês, as quais são frutos das relações que esses mantêm com outras pessoas, com os elementos culturais, e também advindos de sua condição biológica. Por exemplo, o nascimento dos dentes provoca uma mudança qualitativa no desenvolvimento da alimentação e da linguagem.

Os principais estágios de desenvolvimento são: comunicação emocional do bebê; atividade objetal manipulatória; jogo de papéis; atividade de estudo; comunicação íntima pessoal; e atividade profissional/estudo.
As crianças do grupo em questão transitam entre as duas primeiras fases: a comunicação emocional e a atividade objetal manipulatória. A primeira atividade terá início já nas primeiras semanas de vida e seguirá por todo o primeiro ano e tem como base as ações sensório-motoras de manipulação. Destacam-se no desenvolvimento social dos bebês algumas estratégias de comunicação com os adultos, visto que os bebês aprendem a se comunicar com os adultos mesmo sem as palavras. Exemplos concretos dessa comunicação podem ser: o choro (que, no geral, indica alguma sensação) e o riso (como expressão de uma tentativa de comunicação social).

No segundo estágio do desenvolvimento intitulado atividade objetal manipulatória, que se inicia por volta do primeiro ano, é marcado pela necessidade que a criança apresenta de compreender a função social dos objetos culturais que a cercam, por intermédio da relação linguagem mediada por sujeitos mais experientes (crianças e adultos).

Nessa perspectiva, a atividade com a caixa de música criará condições para o desenvolvimento da linguagem, assim como ampliará o repertório de experiências das crianças. Além disso, o contato com as músicas do folclore popular e de compositores da atualidade são direitos das crianças desde a mais tenra idade.

Duração das atividades
As atividades deverão ser desenvolvidas em 04 dias consecutivos, em diferentes momentos, com duração aproximada de meia hora.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Rodas de músicas; e
• Técnica da “papietagem” de objetos;
 

Estratégias e recursos da aula

PRIMEIRO DIA:
Roda de Música


 No primeiro dia, propor-se-á uma roda de música com os instrumentos disponíveis na unidade de Educação Infantil. Entre eles, os mais recomendados são os chocalhos; tambores; pau de chuva e pandeiros. Os professores deverão mostrar aos alunos como manipular os instrumentos (contemplando a atividade objetal-manipulatória, em que os pequenos estão inseridos), e ainda, trabalhar noções de ritmos. Se na instituição não tiver instrumentos, o professor poderá bater palmas, explorar objetos da sala, como mesas (para percussão). E, por fim, se tiver, na região, algum instrumento típico, deverá também ser utilizado na aula.
 O professor deverá organizar um tapete para que a roda seja acolhedora. O repertório de canções precisará também estar previamente organizado. Como sugestão, as canções presentes no CD “A arca de Noé”, de 1980; “Pato”; “Foca”; “Casa”; “Pulga”. Poder-se-á também, além de cantar as canções previamente organizadas, perguntar para as crianças quais as músicas de que elas mais gostam.
Obs.: Nesse mesmo dia, o professor deverá fazer uma enquete com as famílias sobre a canção preferida de cada criança. Isso poderá ser feito pessoalmente ou também pela agenda ou caderninho de recados. Os objetivos nessa etapa da aula precisarão ser explicitados aos pais.

roda de música

Acervo institucional NDI-CED-UFSC/2012.

Fotografia: Thaisa Neiverth

 

SEGUNDO DIA:
Explorando o “grude”


 A fim de aproximar as crianças do material que será usado na confecção da caixa de músicas, o professor deverá experimentar o “grude” (cola feita com farinha e água) com as crianças livremente.
 Sugere-se que o material seja preparado e disponibilizado em uma mesa, em pequenas porções, para cada criança. Elas deverão, mediadas pelo professor, manipular a cola, passar a cola em papéis, sobre a superfície lisa da mesa e/ou em caixinhas de isopor (aquelas que servem como base para produtos alimentícios como carnes, frutas etc.).
 As crianças nessa faixa etária aprendem a conhecer o mundo por meio de seus sentidos e experiências acumuladas, e ambos vão sendo significados pelos adultos. Assim, essa atividade de manipulação vai dando condições para que o desenvolvimento dos pequenos aconteça. Além disso, essa atividade servirá ainda como um primeiro contato com a cola, que será utilizada na construção da caixa (mas, aí, de maneira intencional).


Receita de grude:
• Para cada 01 (uma) colher (de sopa) de farinha de trigo, usa-se 01 (uma) xícara de água.

OBS: O grude pode ficar colorido caso o professor queira. Como? Colocando algumas gotas de anilina comestível.

Dissolver a farinha de trigo na água e levar ao fogo, mexendo para não embolar.
Fonte: http://www.sonholilas.com.br/2008/01/05/papietagem/

 Papietagem

Acervo institucional. NDI-CED-UFSC/2012.

Fotografia: Thaisa Neiverth

 

TERCEIRO DIA

Confeccionando a caixa de músicas:


 O professor deverá propor uma atividade sensorial e artística ao mesmo tempo: a papietagem da caixa de músicas com o grude (cola feita de farinha e água).
 “A Papietagem é uma antiga técnica de confecção de máscaras para o teatro. Com o passar do tempo, essa técnica se aperfeiçoou e hoje serve não apenas para a confecção de máscaras, mas para o feitio de qualquer objeto, desde formas simples de uma só face como a papietagem de pratos até formas mais complexas que devem ser “papietadas” dos dois lados e depois unidas, como esculturas.”.


Como fazer?


Primeiro, o professor escolherá uma caixa de papelão de tamanho adequado à atividade (poderá ser uma caixa de sapatos). Depois, ele deverá colar a tampa da caixa com fita adesiva, fazendo um buraco em cima (como se fosse uma urna), a partir do qual a mão das crianças deverá ter livre passagem.
Depois disso, o professor fará com as crianças a primeira etapa da papietagem com o grude e papel pardo ou jornal. Os papéis embebidos de grude deverão preencher toda a estrutura da caixa. Com isso finalizado deixe a caixa secar. (Na atividade em questão a primeira camada de grude foi feita com papel pardo)

Quando a caixa estiver seca, a fim de deixar o material mais resistente, o professor deverá repetir com as crianças a operação de colar papéis com o grude e deixar secar. (Na confecção da caixa de músicas  a segunda etapa da papietagem foi feita com papéis coloridos).


Depois de pronta a atividade com a caixa, o professor finalizará a produção, colocando cartões (feitos de papelão, desenhados ou impressos) com figuras que remetam à canção preferida de seus alunos, sugeridas pelas famílias. Por exemplo: uma lagartixa, um pintinho etc.


QUARTO DIA

Brincando com a caixa de músicas

Para utilizar intencionalmente o brinquedo construído, o professor proporá uma atividade no tapete da sala, ou em algum outro espaço acolhedor da creche, como pátio, parque etc. Quando todos estiverem sentados no tapete, em volta da caixa, em tom de suspense, o professor começará a tirar os cartões e a cantar as músicas à medida que as imagens aparecem. As crianças podem participar tirando também os cartões e inventando outros jogos a partir do brinquedo por e com eles criado!

caixa de música 2

Acervo institucional. NDI-CED-UFSC/2012.

Fotografia: Thaisa Neiverth

caixa de música

Acervo institucional. NDI-CED-UFSC/2012.

Fotografia: Thaisa Neiverth

Recursos Complementares
Avaliação

Com intuito de avaliar as crianças, o professor deverá registrar se as famílias colaboraram com a proposta e observar se as crianças participaram da construção da caixa e das atividades propostas; se interagiram umas com as outras, com o professor e com o material; e se os recursos utilizados possibilitaram a ampliação do repertório musical e experimental.


 

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