20/06/2012
Eliana Dias
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Relações sociopragmáticas e discursivas |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
http://gartic.uol.com.br/imgs/mural/lu/lucasm/1232488613.png
Obs.: As atividades deste projeto podem ser adaptadas para os tablets.
Para início do trabalho, o professor exibirá em projeção aos alunos alguns vídeos para a partir deles introduzir o assunto da pesquisa de maneira a motivá-los. O professor pode também solicitar que cada aluno assista aos vídeos em seus UCAs e/ou tablets.
http://www.youtube.com/watch?v=8sxWujZY0-o
Depois de assistirem-na, o professor perguntará:
Para essa última pergunta, é esperado que o aluno diga que a lápide ou a inscrição nos túmulos com os nomes das empresas representam a morte delas caso não haja regularização de seu nome e registro - ideia vendida na propaganda.
http://www.youtube.com/watch?v=YteXSP7OjRc
O professor perguntará:
http://www.davi3d.com.br/lapide/video.html
Obs. Este vídeo é mais bem visualizado no navegador Internet Explorer.
O professor questionará:
A partir desse último questionamento, o professor problematizará:
A problematização anterior do professor permitirá aos alunos estabelecer o tipo de conhecimento que terão ao final da pesquisa. Assim, os alunos já são capazes de delimitar os objetivos do estudo, a saber:
Os alunos deverão propor hipóteses para suas perguntas de pesquisa que, por sua vez, os direcionarão ao cumprimento dos objetivos.
Para isso, o professor pedirá aos alunos que se organizem em pequenos grupos e estipulará um tempo de aproximadamente dez minutos para que as hipóteses sejam construídas por meio de seus laptops ou tablets. Cada grupo ficará incumbido de levantar hipóteses sobre uma das perguntas de pesquisa do trabalho, quais sejam:
Depois, deverá ocorrer a socialização das hipóteses por meio da projeção e discussão das redações. É interessante que o professor incentive os alunos a contribuir com a redação das hipóteses e sempre lembrá-los de que as hipóteses constituem o momento do levantamento de proposições antecipadas que visam explicar as perguntas propostas para o estudo.
Para a escrita da justificativa, os alunos terão de ser motivados a perceberem a necessidade e a importância de se pesquisar sobre lápides do ponto de vista da língua.
Assim, cabe ao professor esclarecer que a língua utilizada naquele lugar, naquele momento, reflete condições de produção que subjazem à ideologia da morte. Para reflexão da turma:
Depois de feitos os questionamentos, o professor projetará uma notícia televisionada que trata justamente de uma pesquisa feita a partir da análise de lápides. Todavia a pesquisa realizada tem como foco as mudanças ortográficas.
A partir desse vídeo, os alunos terão melhor condição de refletir sobre a necessidade de conhecer e entender a língua utilizada na lápide e estarão mais bem preparados para a escrita coletiva da justificativa que ocorrerá por meio de projeção.
http://www.youtube.com/watch?v=g-G0eLDQgR8
As lápides utilizadas poderão ser imagens colhidas da internet. Todavia, caso o professor queira trabalhar com arquivos pessoais dos alunos (imagens de lápides) bem como a partir de lápides do cemitério da cidade onde mora, é possível e mais interessante.
http://www.recantodasletras.com.br/image.php?userid=54937&imageid=547523.jpg&maxw=495&maxh=660
Para cumprir com os objetivos da pesquisa, seguem atividades.
Nessa atividade, os alunos descobrirão a origem do termo lápide.
Para isso, o professor projetará a figura de um lápis e questionará: "Qual a relação entre o lápis e a lápide?". Deverá deixar que os alunos levantem hipóteses sobre a pergunta. As hipóteses deverão ser digitadas pelo professor para, ao final da atividade, serem confirmadas ou não. Aqueles que tiverem suas hipóteses confirmadas, o professor poderá presenteá-los com um lindo lápis, por exemplo.
http://1.bp.blogspot.com/-AADZk6QRcfM/TVkB6kCzDgI/AAAAAAAABzE/820owe0k_qw/s400/l%25C3%25A1pis.png
Depois, das hipóteses levantadas, chegou o momento de confirmá-las ou não. Para tanto, o professor dividirá os alunos em pequenos grupos (com até 4 componentes) e solicitará que leiam as crônicas "Material de escrita" e "A mochila", disponíveis em: http://origemdapalavra.com.br/palavras/lapide/
Após leitura, sua tarefa será a de recontar a origem da palavra lápide por meio da produção de um vídeo. Esse vídeo pode basear-se inteiramente nas crônicas lidas ou pode ser totalmente inédito. O importante é estabelecer um critério para a produção dos vídeos. No caso, o critério pode ser a produção de uma narrativa para explicar a origem do termo lápide.
Após a produção do vídeo cujo tempo deva ser de, aproximadamente, três aulas, os alunos exibirão suas produções aos colegas da sala, seguida de uma discussão sobre o processo de criação, e a disponibilizarão no site da escola ou no blogue da turma.
Assim, após a conclusão dessa atividade, os alunos serão capazes de voltar às hipóteses que levantaram sobre a relação entre o lápis e a lápide para confirmá-las ou não.
Professor, para maiores informações sobre a produção de vídeos no Movie Maker, favor consultar Recursos Complementares.
Os alunos, sabendo da origem do termo lápide, deverão fazer um levantamento de lápides ou exemplos criados de lápides na internet. Os achados deverão ser salvos para esta atividade que requer a seleção de, pelo menos, 15 lápides. Preferencialmente, lápides diferentes para cada grupo de alunos.
Professor, estimule os alunos a buscarem por lápides cuja aparência denote imagem real. Peça aos alunos para evitar, na medida do possível, lápides forjadas. Caso prefira e tenha condições, organize um passeio ao cemitério da cidade a fim de os alunos fotografarem lápides que servirão, a posteriori, como corpus da pesquisa. Esse passeio possibilitará um estudo mais interessante e sem suscitar dúvidas em relação à existência ou não das lápides. Caso ainda seja possível, o professor pedirá aos alunos para fotografarem lápides de familiares e/ou amigos que servirão também como corpus para o estudo.
http://images03.olx.com/ui/1/82/75/7817775_2.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_PJGBEOg16ts/TMGNo-5W4iI/AAAAAAAAAAQ/KOmSKVQFct0/s1600/lapidesogra.jpg
Professor, para trabalhar o conceito de lápide forjada, tome por critério o que é culturalmente aceito ou não na comunidade em que vivem.
De posse de exemplos de lápides, os alunos, trabalhando em grupos de até 4 pessoas, deverão analisá-las para perceber suas regularidades. Os critérios para as análises deverão ser estabelecidos pelo professor em parceria com os alunos, com base no estudo do gênero, em perspectiva bakhtiniana. Deverá ser estipulado um tempo aproximado de duas a três horas/aula.
Em relação à estrutura composicional, os alunos deverão se atentar às perguntas:
Em relação ao aspecto temático, os alunos terão como base os questionamentos:
Em relação ao estilo, os alunos partirão das perguntas:
Professor, oriente os alunos a criarem uma tabela para a tabulação dos dados encontrados. Após a tabulação, eis o momento de analisar o que as ocorrências demonstraram. Para isso, os alunos produzirão um esboço de um relato de pesquisa, evidenciando não somente os dados encontrados por meio de gráficos e afins, como também emitindo sua opinião perante os resultados. Para maiores informações sobre a elaboração de relatos de pesquisa, consultar Recursos Complementares. Esse relato de pesquisa terá sua versão final, após conclusão do estudo.
Para esta atividade e as seguintes o tempo será de duas horas/aula e ela tem por objetivo levar os alunos a analisar ideológica e culturalmente lápides e gêneros que tratem do tema.
O professor pedirá aos alunos, que trabalharão em duplas, para acessarem o poema abaixo:
PARA MINHA LÁPIDEpoema de sérgio bitencourt ” O caso é que, http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2008/03/28/para-minha-lapide-poema-de-sergio-bitencourt/ |
Cada dupla terá de elaborar uma atividade de interpretação sobre o poema lido e preparar a recitação.
Professor, os alunos, ao prepararem uma atividade de interpretação, necessariamente, trabalharão a essência do poema que é "um defunto falando com a pessoa que for visitar sua lápide sobre a certeza que a aguarda: a morte". Além disso, terão de relacionar título do poema e a essência. Deverão chegar à conclusão de que o eu lírico escreve o que pretende que esteja em sua lápide. O poema faz sentido à medida que as pessoas, culturalmente, costumam visitar lápides de amigos e parentes.
Em relação à recitação, os alunos podem prepará-la, pensando em música de fundo, objetos cênicos, figurinos, dentre outros. A ideia é experimentar a angústia do eu lírico. A recitação deverá acontecer para os colegas da sala. Os colegas filmarão uns aos outros por meio de seus laptops e/ou tablets e disponibilizarão a recitação em vídeo no site da escola ou blogue da turma. No momento da disponibilização virtual, os alunos devem incitar seus visualizadores a deixarem comentários. Portanto, é preciso criar junto à postagem um texto bastante atrativo.
Os alunos deverão acessar dois textos e lê-los:
1 - Lápides e epígrafes
http://doministeriopublico.blogspot.com.br/2011/08/lapides-e-epigrafes.html
2 - Lápides famosas
http://www.istoe.com.br/reportagens/27971_LAPIDES+FAMOSAS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
Depois, deverão produzir comentários acerca dos textos lidos no blogue da sala ou para serem afixados no mural da escola.
Para a produção dos comentários, os alunos deverão pensar em:
Concluídos os relatos, estes deverão compor o blogue da sala ou o site da escola de modo a socializar a pesquisa empreendida.
Após relato escrito, os alunos deverão apresentar os achados da pesquisa por meio de uma comunicação oral à comunidade escolar. Essa comunicação pode acontecer via Rádio da Escola, ou, ainda, no momento do recreio, ou em programas de iniciação científica.
Pode-se ainda criar uma exposição interativa, por meio de lápides em dimensões reais - 3D - com a preferência de cada aluno em relação ao que querem da língua em sua própria lápide. Essa exposição chamará a atenção da comunidade escolar para um uso da língua pouco analisado: a língua nas lápides. Como fundo, os alunos podem utilizar seus vídeos com a recitação do poema ou criar novas poemas e novas recitações.
Para leitura do professor:
Tutorial avançado de Windows Movie Maker: http://www.tutomania.com.br/tutorial/tutorial-avancado-de-windows-movie-maker#conteudo Acesso em 23 de mai. de 2012.
Roteiro para elaboração do relatório de pesquisa: http://www.cca.ufscar.br/~vico/ROTEIRO.pdf Acesso em 23 de mai. de 2012.
Artigo: Relatório de pesquisa: o que é e como se faz. http://www.ronaldomartins.pro.br/materiais/didaticos/RelatoriodePesquisa.pdf Acesso em 23 de mai. de 2012.
Artigo: A tradição discursiva Epitáfio em lápides tumulares do século XIX. http://www.filologia.org.br/soletras/15/ano08_15.pdf#page=91 Acesso em 23 de mai. de 2012.
Artigo: Os sistemas semióticos na escrita dos Epitáfios: memória e identidade. http://www.dle.uem.br/jied/pdf/OS%20SISTEMAS%20SEMI%D3TICOS%20santana.pdf Acesso em 23 de mai. de 2012.
Para leitura do aluno:
Música: Epitáfio, dos Titãs. http://letras.terra.com.br/titas/48968/ Acesso em 23 de mai. de 2012.
Epitáfios: http://www.ultimamorada.com.br/upload/anexos/A4%20-%20Epit%C3%A1fios_0804.pdf Acesso em 23 de mai. de 2012.
Aulas do portal para consulta:
O "carpe diem" como tema de poemas e músicas. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23876 Acesso em 23 de mai. de 2012.
Nessa proposta de pesquisa, a avaliação deverá acontecer em processo, desde a motivação para o tema até a conclusão do relatório de pesquisa e a montagem da exposição interativa. A autonomia discente bem como seu compromisso com a proposta deverão ser considerados, haja vista tratar-se de uma pesquisa de iniciação científica sobre o gênero discursivo lápide.
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