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A favor ou contra: eis a questão

 

27/05/2013

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Confrontar opiniões e pontos de vista em diferentes textos.
  • Reconhecer opiniões diferentes sobre um mesmo tema.
  • Relacionar os assuntos comuns em diferentes textos.
  • Produzir um texto argumentativo.
Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Habilidades básicas de leitura e escrita.
  • Noções básicas sobre argumentação.
Estratégias e recursos da aula

 

·       Utilização de tablets, notes ou computadores do Laboratórios de Informática da escola.

·       Leitura de diferentes gêneros.

·       Exercícios individuais e em duplas. 

·       Utilização de vídeo da internet.

 

 

Módulo 1 – Motivação

 

Atividade 1

Para motivar os alunos a estudarem o tema, o professor deverá levá-los para o laboratório de Informática e solicitar que, frente a seus computadores,  acessem o site  http://jornalismob.com/2010/01/18/tratamentos-opostos-para-omesmo-tema/ para lerem o texto transcrito abaixo.

Tratamentos opostos para o mesmo tema

Publicado em 18 janeiro 2010 por Cris

Um exemplo de como um mesmo assunto pode ser abordado de formas completamente diferentes se deu essa semana, em textos sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e, em especial, sobre a postura do ministro da Defesa, Nelson Jobim. A  Zero Hora deste domingo, dia 17, e a Carta Capital dessa semana trataram do tema.

 

Embora o jornal gaúcho tenha enfocado mais o ministro Jobim e a Carta tenha aberto um pouco mais o tema, eles são passíveis de comparação porque a matéria da revista semanal é mais ampla e trata de Jobim durante boa parte de seu texto. Já nota-se, aí, a diferença de tratamento.

Zero Hora usou o PNDH como pretexto para fazer quase que um perfil do ministro. Ele é definitivamente o foco principal das atenções, mas sempre no mesmo tom: o jornal mostra como Jobim se destaca por ser uma liderança, ter voz ativa no governo, muito poder, coerência. Traz sua trajetória política para justificar suas posições e não questiona as atitudes de Nelson Jobim.

Duas páginas são dedicadas à reportagem, assinada por Carolina Bahia, Humberto Trezzi, Iara Lemos e Leandro Fontoura. A primeira e principal delas faz uma ligeira menção, já da metade para o fim do texto, ao fato de a postura do ministro não ser unanimidade, mas todas as fontes – todas! – são favoráveis a ele. São sete, algumas do governo, outras da oposição, mas todas falando dos benefícios que Jobim teria agregado ao Ministério da Defesa. A contestação vem na outra página, de forma mais discreta. Mesmo nela, ainda há espaço para uma entrevista com um militar que rejeita qualquer tipo de revisão da Lei da Anistia – e apoia Jobim.

 

Carta Capital, por sua vez, em texto de Gilberto Nascimento que ganha a capa da edição, não dá o foco central de seu texto a Jobim, mas à repercussão da polêmica do PNDH que tem relação direta com sua pasta, ou seja, a questão da criação de uma Comissão Nacional da Verdade, com o objetivo de investigar violações aos direitos humanos cometidos durante a ditadura militar. Aparentemente um detalhe, essa diferença no foco do texto é gigante. Demonstra a que aspectos da questão cada veículo confere mais importância.

A revista mostra como o tema efetivamente é polêmico, ressaltando que do lado que gerou a discórdia em relação aos termos usados no PNDH estão os militares. São eles que questionam a investigação pelos atos desumanos cometidos pelos seus. E são eles que Jobim representa, o texto deixa claro.

Zero Hora também enfatiza que Nelson Jobim está no governo para defender os interesses dos militares, mas mostra isso como algo claramente positivo. Carta Capital, por outro lado, questiona até que ponto essa defesa incondicional da corporação é correta para um ministro de Estado. Propositadamente civil, diga-se de passagem.

* Documento da Conferência Nacional de Cultura, a acontecer entre 11 e 14 de março, traz críticas ao monopólio dos meios de comunicação, corroborando o relatório final da Conferência Nacional de Comunicação, ocorrida em dezembro de 2009.

Texto disponível em:

http://jornalismob.com/2010/01/18/tratamentos-opostos-para-omesmo-tema/ Acesso em: 07/05/ 2013.

 

Atividade 2

É importante que o professor, de forma coletiva, munido de gizes coloridos, faça um quadro na lousa separando os comentários comuns, publicados pela Zero Hora e pela Carta capital. Para que o quadro fique completo, o docente deverá instigar os alunos a falarem. Assim, ele irá completando o quadro até que todas as opiniões comuns sejam transcritas ali.

Zero Hora

Carta capital

 

 

 

Atividade 3

Na sequência, o professor deverá “fechar” a atividade, falando sobre a importância de se confrontar opiniões sobre um mesmo assunto, para:

  • Conhecer opiniões diversas sobre um mesmo assunto, para que possamos optar por uma ou escolher a nossa opinião.
  • Reconhecer e identificar argumentos que ajudam na defesa do ponto de vista.

 

Módulo 2– Reconhecendo opiniões diferentes em um mesmo texto.

 

Atividade 1

 

O professor deverá levar os alunos para o Laboratório de Informática ou solicitar que cada um, em seus tablets ou notebooks, acessem o site transcrito abaixo do texto para fazerem a leitura.

jogos eletrônicos

                                             VOCÊ É A FAVOR DA PROIBIÇÃO DE JOGOS ELETRÔNICOS COM TEMAS VIOLENTOS?

SIM - Se queremos combater a violência, temos que lidar também com suas causas e uma delas pode ser esse tipo de jogo eletrônico. Por propiciar uma participação ativa do jogador na criação da violência, a influência que ele exerce sobre as pessoas é muito maior que a de filmes ou programas de televisão, por exemplo. Existem pessoas que são mais suscetíveis a essa influência. Aquelas com personalidade limítrofe ou compreensão limitada podem confundir jogo e realidade. Como crianças que assistem ao desenho do Homem-Aranha e depois agem como se realmente fossem o super-herói. Todos nós - mesmo os considerados normais - interiorizamos essa violência, ainda que de forma controlada. Mas em uma situação em que nosso controle é diluído, com o uso de álcool ou drogas, por exemplo, um comportamento agressivo pode aflorar. Uma sociedade tolerante à violência como a brasileira, em que há muita impunidade, é um complicador. Mesmo sem uso de drogas o jovem pode se tornar violento por acreditar que vá ficar impune. 

Içami Tiba, psiquiatra e educador 

NÃO - Sou contra, pois não acredito que esses jogos, por si mesmos, gerem violência. Quando o Counter-Strike foi lançado, em 2000, levantou-se essa mesma polêmica e, oito anos depois, não se percebeu aumento da agressividade associado ao jogo. A forma lúdica de lidar com a violência, brincadeiras que envolvem uma dicotomia entre bem e mal são anteriores à era eletrônica. Há muito tempo que as crianças brincam de polícia e ladrão e o fato de uma pessoa interpretar um bandido não quer dizer que ela seja má ou vá se tornar má. É verdade que o jogo eletrônico desperta uma série de sensações no usuário, pois os gráficos têm um realismo muito grande. É quase como vivenciar aquilo na vida real. A forma como a pessoa vai reagir a esse estímulo varia, mas o que percebemos é que, em geral, a utilização do jogo é muito mais catártica, ou seja, funciona como uma válvula de escape que permite vivenciar um conteúdo violento, num ambiente de simulação seguro. Acaba sendo algo saudável. Além disso, a proibição contribui para despertar a curiosidade e tornar o proibido ainda mais atrativo. 

Erick Itakura, núcleo de pesquisa da psicologia em informática da PUC-SP.

 

 

Texto disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ensine-turma-fazer-relacoes-textos-opinioes-diferentes-493835.shtml Acesso em: 07 maio 2013.

 

Atividade 2 Trabalhando em duplas

Antes de começar a atividade, o professor deverá explicar aos alunos que

"Argumentar é inerente ao ser humano, é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções para fundamentar determinado pensamento ou ideia. Mas como construir uma argumentação? Um texto argumentativo visa convencer, persuadir, levar o leitor a concordar com uma determinada linha de raciocínio. Assim, a escolha dos argumentos é fundamental para que se alcancem tais objetivos."

Texto disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=38507 Aula da professora Lazuíta Goretti de Oliveira. Acesso em 17/05/ 2013.

Depois de terminarem de ler o texto, o professor deverá solicitar aos estudantes que formem duplas, em frente ao mesmo computador, para identificarem os quatro argumentos que o autor do texto "SIM" empregou para justificar a concordância com a proibição. 

Depois de terminada a tarefa, o professor deverá convidar quatro duplas para apontarem para os colegas( um argumento por dupla), até que os quatro argumentos tenham sido identificados. 

São eles:



1) No caso dos jogos eletrônicos, o jogador tem uma participação mais ativa na construção da violência do que a que ocorre quando ele assiste à TV. 
2) Algumas pessoas são mais propensas a confundir jogo e realidade e podem se deixar influenciar pelo conteúdo violento do jogo. 
3) Mesmo que de forma controlada, as pessoas interiorizam a violência presente nos jogos eletrônicos e, em momentos em que o autocontrole está comprometido, um comportamento agressivo pode aflorar. 
4) A pessoa pode manifestar-se de forma violenta por julgar que ficará impune. 


 

Atividade 3 Resolvendo questões do ENEM

Na sequência, o docente deverá solicitar aos alunos que, em seus tablets ou nos computadores do Laboratório de Informática, acessem o site http://veja.abril.com.br/educacao/enem-resolvido/Q115.pdf Acesso em: 14/05/2013 - e resolvam a questão transcrita abaixo:

alunos fazendo prova

 

▼Questão 115

No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do direito, nem  pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A condição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente populacional.
 
 Fonte do fragmento de texto: Formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008.
 
Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir o exercício da cidadania, o autor
 
A) critica os processos de aquisição da leitura e da escrita.
B) fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil.
C) incentiva a participação efetiva na vida da comunidade.
D) faz uma avaliação crítica a respeito da condição cidadã do brasileiro.
E) define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil.
 
  • Professor, abaixo inserimos a resolução da questão para que você a corrija com os alunos, fazendo-os pensar na argumentação - aspecto tão importante para que compreendam o raciocínio do autor.
 
  • De acordo com o autor, leitura e escrita (ainda que viabilizem a participação social) são insuficientes para  garantir a condição cidadã. Faz-se necessária, para o exercício da cidadania, a ruptura com o ciclo de pobreza  que aflige grande parte da população brasileira. A análise global do fragmento de texto permite verificar uma avaliação  crítica sobre a condição cidadã no Brasil.

 

Portanto, a alternativa correta é a D.


 

Atividade 4 - Produzindo um texto

 

Essa atividade deve ser precedida de uma pesquisa na internet sobre o tema: 

"As redes sociais viciam?"

Vício no facebook

Imagem disponível em: http://tudibao.com.br/2011/09/por-que-as-redes-sociais-viciam.html Acesso em: 16/05/ 2013.

a) O professor deverá indicar links para que os alunos, no laboratório de Informática, pesquisem sobre o tema.

 

Sugestões:

 

1. Redes sociais viciam como outras drogas e álcool. Disponível em: http://www.correiodeitapetininga.com.br/portal/correio-de-itapetininga-redes-sociais-viciam-como-outras-drogas-e-alcool-20121130-34725 Acesso em 16 maio 2013.

2. Por que as redes sociais viciam? Disponível em: http://tudibao.com.br/2011/09/por-que-as-redes-sociais-viciam.html Acesso em: 16 maio 2013.

3. As redes sociais viciam mais que sexo e tabaco. Disponível em: http://www.arcodavelha.eu/insolito/redes-sociais-viciam-mais-que-sexo-e-tabaco/ Acesso em: 16 maio 2013.

4.  As redes sociais viciam mais que cigarro e álcool. Disponível em:  http://consumidormoderno.uol.com.br/consumidor-2-0/redes-sociais-viciam-mais-que-o-cigarro-e-o-alcool-conheca-os-sintomas Acesso em: 16 maio 2013.

e outros textos que o professor achar adequados.

 

b) Na  sequência, o professor deverá discutir com os alunos os argumentos que os textos da internet trazem sobre o assunto. 

c) Propor a seguinte questão para que escrevam um texto argumentativo.

 

  • Você é a favor ou contra a utilização das redes sociais? 

Logos

Imagem disponível em:  https://www.google.com.br/#hl=pt&sclient=psy-ab&q=logotipo+de+redes+sociais&oq=logotipo+de+redes+sociais&gs_l=serp.3..0i30.4126.10609.0.12411.25.21.0.4.4.1.314.5495.2-20j1.21.0...0.0...1c.1.12.psy-ab.J9bAtBlWC6E&pbx=1&bav=on.2,or.r_qf.&fp=98d974aa704f4b45&biw=1366&bih=659 Acesso em: 16 maio 2013.

 

Os alunos poderão utilizar argumentos encontrados nos textos da internet.

  • O professor deverá, depois de corrigidos os textos, divulgá-los, com a autorização dos alunos no blog da escola ou da turma. Se os alunos ainda não tiverem um blog, o professor deverá incentivá-los a criar um. Para tanto, deverá solicitar que acessem o site para terem acesso ao tutorial que ensina a fazer blogs.

 

 

Tutorial: Como criar um blog - passo a passo - YouTube

www.youtube.com/watch?v=ciZvHCEBJFE‎
24/02/2009 - Vídeo enviado por templatesgratis

Tutorial que lhe ensina passo a passo como criar seu blog - Baixe ótimos templates para o seu e ...

Disponível em: https://www.google.com.br/#sclient=psy-ab&q=tutorial+para+cria%C3%A7%C3%A3o+de+blogs+&oq=tutorial+para+cria%C3%A7%C3%A3o+de+blogs+&gs_l=hp.3..35i39j0i30.24026.24800.1.26209.4.4.0.0.0.2.204.777.0j3j1.4.0...0.0...1c.1.14.psy-ab.fftVpU-WNrE&pbx=1&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.46751780,d.dmQ&fp=ea7973deb9aa817f&biw=1366&bih=659 Acesso em: 17 maio 2013.

Recursos Complementares

Para enriquecer sua aula, o professor deve acessar:

 

 

www.youtube.com/watch?v=8j5PuZSrlAM
24/05/2010 - Vídeo enviado por magda19671
Uploaded on May 23, 2010. Você sabe argumentar? Quer conhecer um pouco sobre isso? Então ... disponível em:  http://www.youtube.com/watch?v=8j5PuZSrlAM Acesso em: 17 maio 2013.

Avaliação

O desempenho do aluno ao final dos módulos e durante as atividades propostas deverá ser verificado, por meio da observação de sua participação efetiva. O professor poderá também, por meio de uma conversa informal, ao final das atividades, tentar perceber quais conhecimentos os alunos puderam apreender das atividades propostas. A produção textual deverá ser corrigida e comentada individualmente com os estudantes, uma vez que a argumentação de cada um deve ser considerada pelo professor. 

Em relação à avaliação quantitativa, o professor deve valorizar a apresentação dos argumentos da atividade 2.

Poderá ter como critérios:

  • desinibição
  • postura
  • conteúdo.
Opinião de quem acessou

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