Interagir com diferentes crianças e adultos;

Ampliar as possibilidades expressivas do próprio corpo;

Compreender os limites e possibilidades corporais;

Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento;

Valorizar as conquistas corporais;

Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação por meio da roda de conversas;

Familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros.

Esta aula é planejada para crianças de 2 anos e 6 meses a 4 anos. Os momentos sugeridos podem ser vivenciados com os mesmos grupos de crianças, contribuindo com o estreitamento dos vínculos, ou com diferentes grupos.

Para promover a interação entre diferentes grupos, é importante que os professores e demais profissionais se articulem no momento do planejamento, com o objetivo de pensar os tempos e espaços que propiciem o encontro entre diferentes sujeitos e, principalmente, que este encontro promova a troca de experiências entre as crianças. Desse modo, sugerimos que a interação dos grupos deva partir de uma aproximação que possibilite as crianças se conhecerem, descobrindo interesses em comum que permitam a criação de vínculos nas brincadeiras e atividades que ocorreram no decorrer das propostas interativas.

1º Momento: Aproximação dos grupos.

Materiais Necessários: 2 ou 3 tapetes e almofadas.

Neste primeiro momento, o professor convidará as crianças de seu grupo para fazer uma roda, auxiliando-as na organização dos lugares e, em seguida, iniciará a atividade perguntando se alguém tem alguma novidade para compartilhar com o grupo. Após as manifestações das crianças, o professor lhes falará sobre os demais grupos da escola, questionando-as se os conhecem ou não, como se conheceram, se já brincaram juntos. Depois de ouvi-las, o professor irá propor-lhes que convidem o grupo próximo para visitar a sala, no intuito de apresentar-lhes o seu espaço e de conhecer pessoas novas, possibilitando a formação de novos vínculos.

É importante questionar sobre como devem receber esse grupo, relembrando as experiências de casa, como quando as famílias recebem os visitantes, dedicando sua atenção, apresentando-lhes a casa e conversando, por um tempo, sobre determinados assuntos. Nesta perspectiva, pergunte ao grupo sobre o que podem mostrar de diferente às crianças visitantes e, principalmente, de como inclui-las nos momentos de brincadeira e de conversa.

Com a chegada do grupo visitante, os professores de ambas as turmas organizarão uma grande roda de apresentação, em que cada criança deverá falar o seu nome, a sua idade e do que gosta de brincar. Em seguida, as crianças do grupo apresentarão a sala para as crianças do grupo convidado, de forma que cada criança daquele grupo escolha previamente uma criança do segundo para apresentar os diferentes espaços e materiais da sala, para em seguida, terem a possibilidade de explorá-los e de organizar as brincadeiras livremente. Neste momento, os professores deverão estar atentos às muitas formas de relacionamento entre as crianças, mediando a aproximação daqueles que se mostrarem mais tímidos e refletindo junto com os mais comunicativos a inserção das crianças que não estão participando da brincadeira.

Com a despedida do grupo visitante, o professor irá avaliar com as crianças esses momentos, perguntando o que consideraram legal e o que precisa melhorar nesse processo de interação com outros grupos.

Arquivo institucional NDI/20123

Roda de história com os grupos reunidos.

Foto de: Rúbia Demétrio

2º Momento: Convite para uma história.

Materiais Necessários: Tapetes, almofadas e o livro.

Neste segundo momento, o professor irá propor que as crianças convidem o grupo visitante para ouvir a história Hora de Dormir, Carneirinhos Travessos! da autora, Alison Ritchie, que eles já conhecem. A ideia é que elas compartilhem a história com os novos colegas. Assim, com o auxílio das crianças, o professor organizará o espaço para acolher os dois grupos e convidará as crianças para irem à sala vizinha para realizar o convite.

Com a chegada da turma, os professores auxiliarão as crianças a se acomodarem de forma confortável e, em seguida, iniciará a contação da história. É necessário solicitar às crianças atenção a cada aventura vivida pelas ovelhas travessas e, com o término da história, questioná-las acerca do que ouviram. Depois que todas as crianças que se sentirem à vontade expressarem suas ideias sobre a história, o professor irá perguntar se alguém já viveu alguma aventura que deseja contar aos colegas. Contadas as histórias, o professor irá convidar as crianças para viverem uma aventura juntas, enfatizando que, para isso, será necessário ter coragem como as ovelhas da história!

Hora de dormir, Carneirinhos Travessos!

Autora: Alison Ritchie

Ilustradora: Cornelia Haas

http://prudenlivros.com.br/product_info.php?products_id=2517

Acesso em: 12/06/2013

Arquivo institucional NDI/2013

Roda de história com um grupo.

Foto de: Rúbia Demétrio

3º Momento: Estreitamento de vínculos.

Materiais Necessários: Não há materiais específicos para esse momento.

Dando seguimento a criação de vínculos entre grupos próximos, seja por idade ou por proximidade de espaço, sugerimos um passeio pelo entorno da escola, observando com as crianças os lugares em que podem brincar juntas e vivenciarem aventuras radicais! Esse passeio deve ser realizado com segurança, ou seja, com a quantidade de adultos adequada ao número de crianças dos grupos, bem como, o conhecimento prévio dos espaços que serão visitados pelas crianças. Todavia, é um momento de fruição em que os pequenos devem ter a possibilidade de conversar, observar as construções e a natureza do entorno.

Durante o passeio, os professores podem chamar a atenção das crianças para alguns elementos como rampas e ladeiras para escorregar, árvores em que podem subir etc., pensando de que forma os espaços podem possibilitar diferentes experiências.

Arquivo Institucional NDI/2013

Passeio pelo entorno da escola.

Foto de: Rúbia Demétrio

4º Momento: Aventuras no bosque.

Materiais Necessários: Cordas de diversos tamanhos, 5 metros de papelão.

Local: um espaço íngreme e árvores que suportem o peso das crianças.

Neste momento, o grupo irá se organizar para viver a aventura. O professor poderá relembrar a história contada dias atrás sobre algumas ovelhas que experimentaram diversas aventuras, para então lhes questionar sobre quais aventuras gostariam de experimentar e, em seguida, convidá-las para brincar no bosque, ou outro espaço próximo à escola que possua árvores e um terreno íngreme para fazer um escorregador com papelão para as crianças.

Caso exista árvores no espaço, o professor pode criar uma tirolesa ou um balanço com corda. Todavia, é necessário que os professores organizem o espaço com antecedência e segurança. Se possível, solicitem auxilio de um adulto que possua experiência em fazer nós.

Caso nas proximidades da escola não existir espaço semelhante, sugerimos que seja uma praça próxima. Contudo, a proposta idealiza o contato das crianças com a natureza.

Com a chegada ao espaço, os professores e demais profissionais irão realizar alguns combinados com as crianças para garantir a segurança de todos. E em seguida, organizar subgrupos para que todos tenham o direito de participar da proposta. É importante que os adultos desafiem as crianças a experimentarem esses movimentos, ensinando-as como brincar, sobre a importância de respeitar o momento do colega e principalmente ensinando-as como desafiar-se, respeitando os limites de seu corpo.

Percebendo a aproximação do término das brincadeiras, o professor irá propor um momento de relaxamento em que as crianças possam observar a natureza, deitar na grama e descansar para retornar a instituição.

Arquivo Institucional NDI /2013

Brincadeira de escorrega e tirolesa do bosque.

Foto de: Rúbia Vanessa

Vídeo sobre como fazer nós:

http://www.youtube.com/watch?v=yKFiZIOruQI 

Aula do portal com temática semelhante:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37893

Os professores devem observar como as crianças se manifestaram nos vários momentos propostos, percebendo como se envolveram nas situações e de que modo atribuíram sentido e significado ao que viveram junto aos seus pares. Devem observar, também, como as crianças interagiram com diferentes sujeitos, de que formar percebem os limites de seu corpo, como se comunicam entre si e com os adultos e como irão relacionar a história com a aventura vivenciada no bosque, percebendo quem apresentou medo ou receio diante das propostas, os professores terão a possibilidade de criar situações em que as crianças possam desenvolver outras habilidades motoras e sociais.

Revisão de ortografia e gramática: Lygia Schmitz