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O engenho no Brasil colonial e o cotidiano dos trabalhadores escravos

 

21/06/2013

Autor e Coautor(es)
LEIDE DIVINA ALVARENGA TURINI
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UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Eliana Dias e Lazuita Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Sociologia Estrutura e estratificação social: a questão das desigualdades sociais
Ensino Médio História Trabalho
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Memória
Ensino Médio História Sujeito histórico
Ensino Médio História Tempo: transformações e mentalidades
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Atividades produtivas e as relações sociais
Ensino Fundamental Final História Relações de trabalho
Ensino Médio História Poder
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Ensino Médio Sociologia Estudo das sociedades humanas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Caracterizar os diferentes ambientes e instalações que compunham o engenho no Brasil colonial.
  • Identificar os tipos de trabalhadores escravos existentes no engenho e suas diferentes ocupações.
  • Compreender aspectos do cotidiano vivenciado pelos trabalhadores escravos nos engenhos.
  • Produzir maquetes relacionadas a temáticas históricas.
Duração das atividades
06 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • A chegada dos portugueses ao Brasil e a ocupação do território a partir de 1530.
  • A escravização de indígenas no contexto do sistema colonial português adotado no Brasil.
  • As bases da colonização portuguesa no Brasil: latifúndio, monocultura e trabalho escravo.
Estratégias e recursos da aula

 

 Estratégias:

  1. Leitura, interpretação e debate de textos e imagens.
  2. Projeção, interpretação e debate de vídeos.
  3. Utilização do raciocínio histórico na execução de jogo educativo.
  4. Produção e exposição de maquete.

Recursos:

  1. Computador com acesso à internet.
  2. Vídeo.
  3. Materiais diversos para a produção de maquete (conferir no módulo 3).

 

Módulo 1 -  Os diferentes ambientes e instalações do engenho colonial no Brasil

 

Atividade 1

Retomando: Aspectos centrais da colonização portuguesa no Brasil: latifúndio, monocultura e trabalho escravo

 

Inicie as atividades da proposta retomando com os alunos os aspectos gerais da colonização portuguesa no Brasil a partir da leitura, interpretação e debate do texto abaixo indicado:

Economia colonial: cana e trabalho escravo sustentaram o Brasil Colônia

(...) O pacto colonial pode ser entendido como uma relação de dependência econômica que beneficiava as metrópoles. Ao participarem do comércio como fornecedoras de produtos primários (baratos) e consumidoras dos produtos manufaturados (caros), as colônias dinamizavam as economias das metrópoles propiciando-lhes acúmulo de riquezas.

Portugal procurou criar as condições para o Brasil se enquadrar no pacto colonial. Os portugueses concentraram seus esforços para a colônia se transformar num grande produtor de açúcar de modo a abastecer a demanda do mercado internacional e beneficiar-se dos lucros de sua comercialização.

(...) Para o processo de produção e comercialização do açúcar ser lucrativo ao empreendimento colonial, os engenhos introduziram a forma mais aviltante de exploração do trabalho humano: a escravidão. A introdução do trabalho escravo nas grandes lavouras baixava os custos da produção.

(...) Os engenhos eram as unidades básicas de produção das riquezas da colônia. Mais do qualquer outro local, o engenho caracterizava a sociedade escravista do Brasil colonial. No engenho, havia a senzala, que era a construção rústica destinada ao abrigo dos escravos; e havia a casa grande, a construção luxuosa na qual habitavam o senhor, que era o proprietário do engenho e dos escravos; juntamente com seus familiares e parentes. Consta que por volta de 1560, o Brasil já possuía cerca de 60 engenhos que estavam em pleno funcionamento, produzindo o açúcar que abastecia o mercado mundial.

Confira o texto completo em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/economia-colonial-cana-e-trabalho-escravo-sustentaram-o-brasil-colonia.htm

Acesso em 15/06/2013

Orientações para estudo e discussão do texto 

 

1. Os alunos devem ler o texto completo no link indicado acima e responder as questões propostas.

2. Oriente os alunos a fazerem um esquema das ideias centrais do texto.

 13 Dica 300x280 Como cancelar a promoção Tim Infinity Web ModemConfira as orientações de como fazer um esquema das ideias centrais de um texto no link:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48914

Acesso em 20 jun 2013.

 3. Após a elaboração do esquema, os alunos estarão preparados para discutir as ideias centrais do texto. Para isto, sugerimos:

a. O professor deve solicitar a um aluno que leia a primeira ideia/palavra-chave que tenha colocado no esquema do texto e que fale sobre ela. Em seguida, deve perguntar a um segundo aluno se aquela mesma ideia também foi destacada por ele e por quê.

b. A dinâmica continua até que todas as ideias centrais do texto sejam mencionadas. Caso os alunos não mencionem em seus esquemas ideias consideradas centrais pelo professor, este deve apresentá-las, discutindo-as.

 

 

 Atividade 2

Ambientes e instalações do engenho colonial: descrição e interpretação de imagens

 

Orientações para a atividade:

a. Utilizando computadores com internet, os alunos devem acessar o link http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensengenhos.html. No link eles encontrarão imagens relativas aos engenhos coloniais, suas instalações, objetos de trabalho, trabalhadores escravos em seus ofícios, dentre outros. Confira duas delas:

Paisagem com plantação (O Engenho), por Frans Post (1668).

Nesta imagem da segunda metade do século XVII, observa-se o tripé constituído por engenho, casa grande e capela. Ao fundo, veem-se casas dispersas na paisagem, moradias de escravos e de lavradores de cana radicados próximos aos engenhos. Nota-se também detalhes da vida de um engenho real, isto é, movido por roda d'água: casa de moenda, casa de purgar e batimento dos pães de açúcar ao ar livre.

Confira as observações acima e a imagem ampliada no link http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensengenhos.html

Acesso em 15/06/2013

Processo do açúcar. Simon de Vries. (…)Utrecht, 1682.

Nesta gravura publicada na segunda metade do século XVII, observa-se o conjunto das atividades do mundo do açúcar - desde o plantio até a purga - bem como diferentes tipos de engenho - o movido a bois e a água. 

Confira as observações acima e a imagem ampliada no link http://people.ufpr.br/~lgeraldo/imagensengenhos.htm/

Acesso em 15/06/2013

b. Individualmente, os alunos devem observar atentamente cada detalhe das imagens (todas as que se encontram no link e que dizem respeito ao tema da aula), registrando-as por escrito. Ao final desta atividade, eles terão no caderno um conjunto de informações acerca das instalações e funcionamento de um engenho no Brasil colonial.

c. Oriente os alunos a observarem também as diferentes etapas da produção do açucar:

 

Imagem 1

Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/eng_colonial.html

 Acesso em 15/06/2013 

 

d. Os alunos podem encontrar o texto referente às etapas de produção do açúcar no link acima e fazer uma leitura atenta do mesmo. Em seguida, proponha uma discussão sobre o tema e esclareça as possíveis dúvidas dos alunos.

Proponha aos alunos que façam uma pesquisa sobre as etapas de produção do açúcar na atualidade, para que possam descobrir se ainda existem processos artesanais semelhantes aos existentes no Brasil colonial e também para saberem sobre quais as etapas de produção do açúcar industrializado.

 

 Atividade 3

Ainda com o objetivo de caracterizar os diferentes ambientes e instalações que compunham o engenho no Brasil colonial, proponha aos alunos uma atividade lúdica:

JOGO: ENGENHO DE AÇÚCAR

 

a. Os alunos devem acessar o link http://patolagames.com.br/engenho/

No site eles encontrarão todas as orientações para fazer o download gratuito do jogo. Veja o que os autores dizem a respeito do mesmo:


A utilização de Engenho de Açúcar em sala de aula traz várias vantagens para o ensino de História:

 Permite uma aprendizagem não linear do passado, pois é o aluno quem escolhe o que conhecer e quando conhecer;
 O aluno toma decisões a partir do que passa a aprender sobre o engenho de açúcar; 
 O aluno deve conhecer os detalhes do funcionamento do engenho, para que suas decisões permitam o bom funcionamento do engenho;
 
 A própria curiosidade move as indagações dos alunos, à medida em que conhecem os detalhes do Engenho de Açúcar.

 O professor conta com um Manual, com sugestões de atividades, formas de utilização do jogo em sala de aula e sugestões de avaliação .

O manual do professor com sugestões que podem ser aplicadas após o jogo se encontra no link: http://www.patolagames.com.br/engenho/images/manual_profe.pdf

Acesso em: 20 jun 2013.

 

Módulo 2 - Aspectos do cotidiano vivenciado pelos trabalhadores escravos nos engenhos

Atividade 1

Grupos de leitura

Os alunos devem formar grupos de leitura onde possam socializar conclusões sobre o tema do módulo 2. Sugerimos grupos formados por 4 alunos. 

Leituras indicadas:

Casa grande. http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=831&Itemid=182

Trabalho escravo africano nos engenhos coloniais. http://www.alunosonline.com.br/historia-do-brasil/trabalho-escravo-africano-nos-engenhos-coloniais.html

Trabalhadores assalariados nos engenhos coloniais. http://www.brasilescola.com/historiab/trabalhadores-assalariados-nos-engenhos-coloniais.htm

Amor em cativeiro. http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/amor-em-cativeiro

Pesquise sobre o tema na Biblioteca Nacional Digital. http://bndigital.bn.br/projetos.htm

Sites acessados em 20 jun 2013.

 

Orientações:

a. Os grupos devem selecionar as fontes que deverão ser lidas e interpretadas por todos os seus membros.

b. Procurar termos, expressões, palavras desconhecidas e organizar um vocabulário para cada fonte trabalhada.

c. Os alunos devem fazer anotações das ideias centrais das fontes trabalhadas no caderno.

d. Os alunos devem discutir no grupo suas dúvidas e conclusões sobre as fontes analisadas e solicitar ao professor esclarecimentos acerca das possíveis dúvidas suscitadas durante as leituras.

 

Atividade 2

DEBATE

 

Promova um debate entre os alunos para que possam socializar as reflexões e discutir possíveis dúvidas que não foram esclarecidas.

a. O professor deve ser o coordenador do debate, colocando as regras para a dinâmica, fazendo a inscrição dos alunos que desejam falar, controlando o tempo das falas, levantando questões que devem ser priorizadas na discussão, intervindo se houver eventuais problemas e anotando questões que devem ser retomadas para esclarecimentos ao final da dinâmica, entre outros.

b. No decorrer do debate, a participação é livre e todos os alunos podem pedir a palavra sempre que julgarem necessário. Cabe ao coordenador (professor) administrar as falas para que todos que solicitarem um tempo sejam contemplados e possam expor as suas considerações.

c. Ao final do debate, o coordenador deve estipular um tempo mínimo (por exemplo, 1 minuto) para que cada um dos membros participantes do debate possam expor as suas últimas considerações sobre o tema. Portanto, aqueles que falaram menos ou não falaram durante o debate também terão a oportunidade de colocar as suas conclusões.

d. Para fechar a dinâmica, o professor/coordenador apresentará as questões que anotou durante o debate, as quais ainda necessitam de esclarecimentos, colocando as suas próprias considerações sobre o tema.

 

 

Módulo 3 - Produção e exposição de maquete pelos alunos

Atividade 1

Produção da maquete

Roteiro para a atividade:

a. Divida os alunos em grupos de 4.

b. Inicialmente, o professor poderá motivar os alunos para a atividade a partir da projeção do vídeo “Maquetes que Ensinam a História”, no qual são exibidas maquetes produzidas por bolsistas do NEP (Núcleo de Estudos do Patrimônio e Memória) da UFSM. O vídeo está disponível no link http://www.youtube.com/watch?v=uP16xPt7v-E.

 

Acesso em 15/06/2013.

: 

c. Ainda utilizando computadores com acesso à internet, retomando as atividades desenvolvidas anteriormente, os alunos devem acessar o link abaixo para conferirem a representação de um engenho e seus diferentes ambientes e instalações:

1- casa-grande
2- capela
3- senzala
4- roda d'água
5- moenda
6- fornalha
7- cozimento do caldo
8- casa de purgar
9- roça
10- moradia trabalhadores livres
11- canavial
12- roça dos escravos
13- transporte de cana
14- transporte de lenha para a fornalha

Disponível em: http://professor-rogerio.blogspot.com.br/2012/05/blog-post.html

Acesso em 15/06/2013

 

d. Em seguida, utilizando computadores com acesso à internet, os alunos devem buscar exemplos de maquetes de engenho colonial no Google Imagens. Para tanto, devem digitar "maquete de engenho colonial" na barra de busca, no link  http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-PT.

Acesso em 20 jun 2013.

O objetivo é que os alunos observem os materiais utilizados na produção para que, posteriormente, possam tomar decisões a respeito da maquete do seu grupo. Confira dois exemplos:

 

 



Veja outros exemplos no link http://www.singularsaobernardo.com.br/portal/ef1/album/2011/maquete_4ano/index.htm

Acesso em 15/06/2013

 

1.Casa Grande. 2. Engenho de Açúcar (onde se localiza a casa de purgar e a moenda; ao lado do engenho tem um escravo com uma mesa cheia de pães de açúcar). 3. Capela. 4. Senzala. 5. Plantação de Cana.

http://professor-rogerio.blogspot.com.br/2011/08/atencao-meus-alunos-da-5-serie-maquete.html. Acesso em 15/06/2013

 

d. A etapa anterior é importante para que os alunos façam anotações e vão planejando como farão a maquete. As imagens e vídeo (jogo) trabalhados nas atividades anteriores também são referências fundamentais para o trabalho a ser realizado.

e. Os alunos devem definir o tipo de material que será utilizado para fazer cada ambiente/instalação do engenho colonial, além das representações humanas. Confira algumas dicas nos links indicados abaixo:

 

Dicas de como fazer maquetes. http://cadernodecienciasebiologia.blogspot.com.br/2012/12/dicas-de-como-fazer-maquetes.html

 Acesso em 20 jun 2013.

Maquete passo a passo.http://desenhandonomanteiga.blogspot.com.br/2008/10/maquete-passo-passo.html

Acesso em 20 jun 2013.

f. Tomadas as decisões acerca dos materiais e da função de cada aluno no grupo, é hora de colocar a "mão na massa" e iniciar o processo de produção das maquetes.

 

Atividade 2 

Exposição da maquete

 

 

a. Ao final do trabalho, em sala de aula, cada grupo deve apresentar para os colegas a sua maquete, comentando sobre cada ambiente, instalação, grupo social representado.

b. Na apresentação dos grupos é importante também comentar sobre o processo de produção das maquetes, os materiais escolhidos, as razões das escolhas, as dificuldades enfrentadas no trabalho etc.

c. Estimule cada grupo a levantar os pontos positivos da atividade, o que aprenderam com ela, o que mais gostaram de fazer, entre outras questões.

d. Organize um espaço na escola para que os alunos possam socializar os trabalhos com toda a comunidade escolar. 

Recursos Complementares

Para alunos e professores:

Escravidão. http://bndigital.bn.br/projetos/redememoria/escravidao.html

Projeto Tráfico de Escravos. http://bndigital.bn.br/projetos/escravos/galerias.html

A importância dos jogos educativos. http://jogos-educativos.info/mos/view/A_import%C3%A2ncia_dos_jogos_educativos/

Links acessados em 15/06/2013

Avaliação

Tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados na proposta, o professor poderá avaliar os alunos nas atividades de leitura, interpretação e debate das diferentes fontes trabalhadas em cada módulo, particularmente na atividade de produção, apresentação e exposição de maquetes.

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