Identificar contextos político-econômico-sociais que desencadeiam manifestações de insatisfação de pessoas no Brasil e em outros países, em diferentes momentos históricos.

Relacionar manifestações populares recentes no Brasil e no exterior aos conceitos de cidadania, democracia e participação popular.

Comparar semelhanças e particularidades que marcam algumas das manifestações populares, destacando o papel das tecnologias da informação nas atuais formas de mobilização.

Reconhecer e analisar de forma crítica, o papel das tecnologias da informação nas atuais formas de mobilização.

Manifestações e protestos: definição

Movimentos sociais: definição e histórico

Movimentos socioespaciais e movimentos socioterritoriais: definição

Aula sugerida para a 2ª ou 3ª série do ensino médio.

Atividade 1

A participação dos professores de História, Sociologia, Língua portuguesa e Filosofia será muito significativa para o enriquecimento desta aula.

Esta atividade objetiva sensibilizar e mobilizar os alunos para a temática a ser estudada. O professor deverá propor que acessem seus aparelhos de telefonia móvel para uma consulta rápida sobre as manifestações populares ocorridas em junho de 2013, em várias cidades brasileiras. Algumas sugestões de fontes de acesso são: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/130619_protestos_quarta.shtml e http://blogs.estadao.com.br/estadao-urgente/pais-tem-mais-um-dia-de-protestos-em-sp-atos-prejudicam-transito-na-avenida-paulista/.

Se não for possível o acesso à internet por meio de um dos aparelhos, o professor deverá imprimir algumas matérias e distribuí-las aos alunos ou distribuir jornais e revistas, em quantidade suficiente, a todos os alunos da sala. As fontes poderão ser variadas, uma vez que se pede o acesso a matérias jornalísticas. A leitura poderá ser feita em voz alta (se a notícia for única), intercalando os alunos leitores, de modo a estimular a participação de todos, ou por meio de um trabalho em grupo. 

Após as leituras, os alunos deverão responder as seguintes questões, cujas respostas serão anotadas no caderno:

Quadro 1:Questionamentos para sensibilização e mobilização da turma

A socialização dos resultados acontecerá por meio de diálogo, quando o professor deverá estimular a participação de todos.

Atividade 2

Por se tratar de um fenômeno em curso, é natural a dificuldade para compreensão dos múltiplos aspectos que o envolvem. A leitura e interpretação de artigos produzidos por especialistas na temática das manifestações e dos movimentos sociais contribuem para facilitar essa compreensão. Assim, esta aula tem como base a entrevista realizada com a professora e pesquisadora Maria da Glória Gohn, denominada “Após atos, governo não tem interlocutores”, disponível em  http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521933-apos-atos-governo-nao-tem-interlocutores.

Objetivando levar os alunos a compreender as colocações da pesquisadora, o professor deverá propor a interpretação do texto por meio da elaboração de um mapa conceitual. A definição e características dos mapas conceituais como recurso de aprendizagem podem ser acessadas em http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf

Quadro 2: Mapa conceitual criado por alunos, a partir da intepretação da entrevista com a professora Maria da Glória Gohn

Alunos: Jéter Laílton Ferreira Tovani e Matheus Henrique de Almeida – 2º ano do ensino médio   ETEC Prof. Eudécio Luiz Vicente, Adamantina/SP

O professor deverá propor a formação de grupos de quatro pessoas. Ele deverá entregar uma cópia impressa do texto base para cada grupo ou solicitar que acessem o link da entrevista no laboratório de informática. Cada grupo deverá elaborar um mapa conceitual.

Para facilitar a interpretação do texto e a elaboração dos mapas conceituais, o professor deverá entregar um roteiro aos alunos, como sugerido no quadro 2.

Quadro 2: Orientações para elaboração de um mapa conceitual    Gil, Izabel Castanha (Org.)

Os mapas deverão ser elaborados em Power point e apresentados à sala. À medida que cada grupo expõe o seu trabalho estarão, simultaneamente, expondo a interpretação do texto, onde se encontram interessantes explicações sobre as manifestações de junho de 2013, no Brasil.

Ao final das apresentações, o professor deverá fazer uma explanação geral, esclarecendo dúvidas sobre um fenômeno ainda em movimento. Nesse momento, ele poderá estabelecer relação entre os diversos temas propostos para as investigações, facilitando aos alunos a compreensão histórica das lutas pela cidadania. A participação dos professores de História e Sociologia dará valiosa contribuição a essa atividade.

Atividade 3

Esta atividade objetiva ampliar a compreensão dos alunos acerca do tema estudado, comparando as manifestações de junho de 2013, com outras manifestações citadas no texto, tanto no Brasil quanto no mundo. O professor deverá propor a formação de grupos e, por meio de sorteio, os temas propostos no quadro 3 serão distribuídos. Cada grupo desenvolverá um dos temas. Para essa atividade, o número de alunos por grupo será proporcional ao tanto de temas sugeridos.

Quadro 3: Manifestações sociais: temas para pesquisa em grupo  GIL, Izabel Castanha (Org.)

Atividade 4

Os alunos deverão socializar suas pesquisas por meio de vídeos elaborados com seus aparelhos de telefonia móvel. O professor deverá estimular a criatividade dos mesmos, orientando para que criem diferentes situações: vídeo aula, entrevista com professores de história, sociologia ou geografia, entrevista com pessoas que participaram de alguns dessas manifestações, linha do tempo ilustrada com imagens, talk show com a participação dos próprios membros do grupo representando especialistas, manifestantes, governantes e outros segmentos envolvidos, entre outras formas de socialização do conhecimento adquirido durante as investigações.

Cada vídeo deverá ter, no máximo, oito minutos de apresentação, sendo a capacidade de síntese um dos elementos priorizados na avaliação qualitativa do trabalho.

Com a contribuição dos colegas de história, sociologia e filosofia, poderão ser selecionados alguns vídeos para apresentações a outras turmas. Com apoio da coordenação pedagógica e da direção da escola, poderá ser criado um momento cultural para essa apresentação, criando um momento especial na escola. A escolha das turmas e da data do evento também será feita em parceria com os colegas.

Ao final da sessão de vídeos, poderá ser criado um momento para debates. Propõe-se a formação de uma mesa composta por alunos representantes dos diferentes temas. Esses alunos deverão ser indicados pelos pares e apoiados pelos professores, que complementarão algum questionamento feito pelos colegas participantes.

O encerramento da aula deverá ser feito com a produção textual dos alunos envolvidos. A redação deverá ser individual, sob o tema Manifestações e movimentos sociais ao longo do tempo: o que muda e o que permanece com a influência das tecnologias da informação. O professor de língua portuguesa poderá dar valiosa contribuição orientando os alunos na elaboração desta tarefa.

O texto com cerca de trinta linhas deverá ser redigido no estilo narrativo-dissertativo e servirá de indicador acerca da percepção e apreensão dos principais conceitos por parte dos alunos. A partir das leituras, o professor observará a necessidade de interferência ou esclarecimento sobre algum equívoco ou defasagem conceitual dos alunos escritores.

Movimentos socioterritoriais e movimentos socioespaciais: contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais: http://www2.fct.unesp.br/nera/revistas/06/Fernandes.pdf

Uso pedagógico do telefone móvel http://professordigital.wordpress.com/2010/01/13/uso-pedagogico-do-telefone-movel-celular/

Vídeos pedagógicos http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=387

O professor deverá estar atento à participação, interesse, cooperação, e pontualidade dos alunos. A produção textual, bem como o conteúdo e a forma apresentados no vídeo também servirão de elementos qualitativos a serem considerados na avaliação.