19/06/2014
Elizabet Rezende de Faria; Leandro Rezende; Cristiane dos Guimarães Alvim Nunes
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Pluralidade Cultural | Pluralidade e direitos |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Respeito mútuo |
Ensino Fundamental Inicial | Ética | Solidariedade |
Ensino Fundamental Inicial | Pluralidade Cultural | Espaço e pluralidade |
Ensino Fundamental Inicial | Língua Portuguesa | Língua escrita: prática de leitura |
Ensino Fundamental Inicial | Saúde | Sensações |
Esta aula destina-se a alunos do quarto ano do ensino fundamental, devido aos recursos utilizados e habilidades envolvidas nas atividades.
Professor, esta aula pretende contemplar ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Tem a intenção de proporcionar ao aluno um encontro com a leitura e a escrita de forma lúdica, através de um assunto que faz parte do seu cotidiano.
1° momento: Para introduzir o tema acessibilidade, pergunte aos alunos:
Anote na lousa todas as respostas apresentadas pelos alunos e, em seguida, informe aos alunos que o Dicionário Michaelis define acessibilidade como:
1 Facilidade de acesso, de obtenção.
2 Facilidade no trato.
Fonte: MICHAELIS DICIONÁRIO DE PORTUGUÊS ONLINE. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=acessibilidade. Acesso em 03 de junho de 2014.
2° momento: Pergunte aos alunos se já ouviram falar em acessibilidade física ou espacial e solicite que utilizem seus notebooks do projeto Um computador por aluno, caso participem desse projeto, para pesquisarem o que é acessibilidade física ou espacial no Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41/docs/manual_escolas_-_deficientes.pdf.pdf. Acesso em 03 de junho de 2014.
Caso sua escola não participe do projeto, sugere-se a reprodução da introdução do manual, onde constam as informações sobre acessibilidade espacial.
Segundo Marta Dischinger et al, organizadora do Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41/docs/manual_escolas_-_deficientes.pdf.pdf, (acesso em 03 de junho de 2014), acessibilidade espacial é a possibilidade tanto de acessar a um lugar quanto de participar das atividades e fazer uso de seus equipamentos de maneira independente. A acessibilidade espacial contempla quatro componentes: orientação, comunicação, deslocamento e uso.
Este Manual está também disponível em: http://www.youblisher.com/p/347230-MANUAL-DE-ACESSIBILIDADE-ESPACIAL-PARA-ESCOLAS-O-direito-a-escola-acessivel/. Acesso em 03 de junho de 2014.
Figura 1- Imagem ilustrativa de pessoas com deficiência. Disponível em: http://www.informepolicial.com/adm2/noticias/arquivos/4dff1d0882cc047577f966545ce15e47.jpg. Acesso em 03 de junho de 2014.
3° momento: Pergunte aos alunos se foi possível compreender, a partir da leitura, o que é acessibilidade espacial e peça que listem palavras ou frases que esclareçam o termo. Anote as respostas dos alunos na lousa, e confronte com as informações corretas sobre o termo.
4° momento: Divida a turma em duplas. Faça cópias da história em quadrinhos da Turma da Mônica, cujo tema principal é a acessibilidade, e distribua para cada dupla fazer a leitura. Disponível em: http://criandoecopiandosempre.blogspot.com.br/2010/03/turma-da-monica-acessibilidade.html. Acesso em 05 de junho de 2014.
Figura 2- Imagem da capa da revista em quadrinhos da Turma da Mônica com o tema acessibilidade. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_fwAM2-Y_jQs/S5hLQNMmEEI/AAAAAAAARxA/AmqTtk7guL4/s1600/01.jpg. Acesso em 05 de junho de 2014.
5° momento: Para reforçar a compreensão dos alunos quanto à acessibilidade espacial (definida no 2° momento) através da história em quadrinhos da Turma da Mônica, pergunte aos alunos:
Desenhe um quadro na lousa para preencher conforme as respostas dos alunos, como se segue:
DIFICULDADES ENCONTRADAS PELO PERSONAGEM LUCA |
ALTERAÇÕES PARA ATENDER AS NECESSIDADES ESPECIAIS DE LUCA |
ESCADA NA ENTRADA DA ESCOLA PORTA DA SALA DE AULA ESTREITA ALTURA DO BEBEDOURO ALTURA DO BALCÃO DA CANTINA CORREDORES ESTREITOS ALTURA DO VISOR DA DIRETORIA |
CONSTRUÇÃO DE UMA RAMPA NA ENTRADA DA ESCOLA A HISTÓRIA NÃO MOSTROU |
OUTRAS ALTERAÇÕES PARA ATENDER OUTRAS NECESSIDADES ESPECIAIS |
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INSTALAÇÃO DE PISO TÁTIL EM FRENTE À ESCADA NA ENTRADA DA ESCOLA INSTALAÇÃO DE CORRIMÃO NOS CORREDORES |
Quadro elaborado pela autora com algumas respostas (sugestão).
6° momento: Distribua o jogo de palavras cruzadas sobre a história da Turma da Mônica e solicite que os alunos preencham individualmente. Proponha uma pequena disputa para ver quem preenche corretamente mais rápido.
Figura 3- Jogo de palavras cruzadas, elaborado pela autora, sobre a história da Turma da Mônica.
1° momento: Convide os alunos para assistirem aos dois vídeos onde no primeiro a repórter vive a experiência de ficar sem a visão, e no segundo o repórter vive a experiência de andar em uma cadeira de rodas. Orientar os alunos a se atentarem para a postura das pessoas no vídeo e observarem suas falas referentes à vivência. O objetivo de assistir a esses vídeos é sensibilizar os alunos para a vivência da inclusão.
Vídeo 01: Repórter vive experiência de ficar sem a visão em São Paulo (SP). [Reportagem da Rede Record, onde a repórter Heleine Heringer passou pela experiência de ficar sem enxergar. Um deficiente visual ajudou-a no processo. São Paulo/SP] Duração: 12min56seg. Disponível em: http://noticias.r7.com/videos/reporter-vive-experiencia-de-ficar-sem-a-visao-em-sao-paulo-sp-/idmedia/50b2f0e692bbbcfa5bbbf4b0.html. Acesso em 05 de junho de 2014.
Figura 4- Imagem obtida pela autora do vídeo Repórter vive experiência de ficar sem a visão em São Paulo (SP). Disponível em: http://noticias.r7.com/videos/reporter-vive-experiencia-de-ficar-sem-a-visao-em-sao-paulo-sp-/idmedia/50b2f0e692bbbcfa5bbbf4b0.html. Acesso em 05 de junho de 2014.
Vídeo 02: Cadeirante por um dia: quem topa? [Reportagem da TV O POVO, afiliada à TV Cultura, sobre acessibilidade urbana para cadeirantes. Fortaleza/CE. Matéria do repórter Fábio Monteiro.] Vídeo Youtube. Duração: 14min59seg. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=K1ATtuE6zQg. Acesso em 06 de junho de 2014.
Figura 5– Imagem obtida pela autora do vídeo Cadeirante por um dia: quem topa? Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=K1ATtuE6zQg. Acesso em 06 de junho de 2014.
2° momento: Para explorar os vídeos, pergunte aos alunos:
3° momento: Reproduza uma cópia do Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41/docs/manual_escolas_-_deficientes.pdf.pdf. (Acesso em 03 de junho de 2014) Divida a turma em grupos de quatro alunos e entregue a cada grupo em torno de dois ou três itens (cerda de seis páginas) do Manual, para que leiam e conversem a respeito. Sugere-se a seguinte divisão de itens:
Solicite que explorem os itens: observem as imagens, os problemas levantados, as soluções propostas. Solicite que cada grupo combine uma forma criativa de apresentar aos demais colegas do grupo as informações sobre os itens analisados.
Adequar o número de grupos conforme o número total de alunos na turma, assim como o número de alunos por grupo.
4° momento: Defina com os alunos alguns itens a serem observados para uma avaliação simplificada do espaço da escola na aula seguinte:
Professor, você poderá incluir alguns itens que julgar necessário, para uma avaliação simplificada do espaço escolar.
1° momento: Convide os alunos a experimentarem o que foi vivenciado pelos repórteres nos vídeos anteriormente assistidos. O objetivo dessa atividade é viabilizar que os alunos se coloquem no lugar do outro e possam refletir sobre as dificuldades, bem como demais sentimentos que porventura surjam no momento da vivência. Pode ser que tal atividade desperte angústia, impotência, medo, desconforto, dentre outros emoções. Aproveite a oportunidade para falar sobre isso com os alunos e leve-os a refletir sobre a importância de se discutir o tema inclusão na escola, bem como garantir espaços adequados e acessíveis que atendam a todos os alunos.
Professor, para esta atividade é importante que a escola disponibilize uma cadeira de rodas, uma bengala para cegos e vendas para os olhos.
2° momento: Solicite que a turma se divida em duplas para participarem do passeio como se fossem pessoas com deficiência, em duas categorias. Por exemplo:
Primeiro passeio: pessoa cadeirante
Segundo passeio: pessoa cega
É importante que seja visitado todo o espaço físico da escola, desde o portão de entrada, para que todos os alunos sintam as dificuldades de uma pessoa com deficiência física ou com mobilidade reduzida. Proponha o revezamento em duplas, até que todos passem pela experiência.
Solicite que todos os alunos façam o trajeto com bastante cuidado para evitar incidentes.
Os demais alunos deverão levar caderno e lápis para anotarem todas as dificuldades encontradas durante todo o percurso. Solicitem que fiquem atentos a qualquer barreira que possa surgir.
Explique aos alunos que, segundo o Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível!, barreiras são ações ou elementos que impedem, reduzem ou limitam as possibilidades dos indivíduos de realizar atividades. Podem ser atitudinais ou físico-espaciais.
Professor, para ampliar seus conhecimentos sobre barreiras físicas ou arquitetônicas, acesse:
DAMASO, Michelle Cristina de Mendonça Carvalho. As barreiras arquitetônicas como entraves na inclusão de alunos com deficiência física. Disponível em: http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/2181/1/2011_MichelleCristinadeMendoncaCarvalhoDamaso.pdf. Acesso em 05 de junho de 2014.
FURRER, Maria Alice. Tipos de barreiras. Disponível em: http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/tipos-de-barreiras/. Acesso em 05 de junho de 2014.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Conceito de acessibilidade. Disponível em: http://www.escoladegente.org.br/noticiaDestaque.php?id=459. Acesso em 05 de junho de 2014.
Solicite que durante o percurso sejam considerados os itens listados no 4° momento das AULAS 2 E 3. E caso percebam outra irregularidade que não esteja na lista, fazer também a anotação. Proponha que os alunos façam um registro fotográfico e/ou filmagem de todas as barreiras e dificuldades encontradas ao longo do percurso, para ilustrar a avaliação simplificada que os alunos farão após o passeio.
Abaixo, seguem algumas fotos de alunos que passaram pela experiência de utilizarem cadeiras de rodas e andarem com os olhos vendados:
Figura 6– Estudantes da SATC – Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina – conhecem dificuldades enfrentadas pelo cadeirante em experiência pelo projeto Ser. Disponível em: http://www.engeplus.com.br/cache/noticia/educacao/2014/na-pele-de-um-cadeirante/na-pele-de-um-cadeirante.jpg. Acesso em 03 de junho de 2014.
Figura 7- Estudantes da SATC – Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina – conhecem dificuldades enfrentadas pelo cadeirante em experiência pelo projeto Ser. Disponível em: http://www.engeplus.com.br/cache/noticia/educacao/2014/na-pele-de-um-cadeirante/na-pele-de-um-cadeirante-1010140.jpg. Acesso em 03 de junho de 2014.
Figura 8– Alunos do Colégio PIO XII em aula de conscientização. Vila Velha/ES. Disponível em: http://colegio.pioxii-es.com.br/wp-content/uploads/2013/05/IMG_6148.jpg. Acesso em 06 de junho de 2014.
Figura 9– Alunos do Colégio PIO XII em aula de conscientização. Vila Velha/ES. Disponível em: http://colegio.pioxii-es.com.br/wp-content/uploads/2013/05/IMG_6129.jpg. Acesso em 06 de junho de 2014.
2° momento: Solicite que cada grupo elabore um cartaz utilizando as anotações sobre as irregularidades encontradas durante o passeio pela escola e o registro fotográfico e/ou vídeo, propondo soluções para cada dificuldade, com base no Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Tome como exemplo, as apresentadas nas páginas 40 (problemas mais comuns) e 41 (propostas de soluções):
Figura 10- Imagem obtida pela autora da página 40 do Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41/docs/manual_escolas_-_deficientes.pdf.pdf. Acesso em 03 de junho de 2014.
Figura 11- Imagem obtida pela autora da página 41 do Manual de acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola acessível! Disponível em: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/41/docs/manual_escolas_-_deficientes.pdf.pdf. Acesso em 03 de junho de 2014.
Produção do cartaz, distribuir aos alunos: cartolinas, pincel atômico ou caneta hidrográfica, giz de cera, tinta guache, tesoura sem ponta, cola, revistas etc.
3° momento: Solicite que os alunos escrevam uma redação sobre o tema “Acessibilidade espacial nas escolas: um direito da criança!” Proponha uma exposição de todos os trabalhos para que todos os alunos da escola conheçam um pouco sobre o tema acessibilidade e o espaço onde estudam.
CAVALCANTE, Meire. Escola inclusiva. Disponível em: http://gestaoescolar.abril.com.br/espaco/seguranca-autonomia-429874.shtml. Acesso em 06 de junho de 2014.
COSTA, Alexandre. EMEF Senador Fláquer conscientiza sobre deficiências físicas. Disponível em: http://www.saocaetanodosul.sp.gov.br/interna.php?site=1&conteudo=130. Acesso em 06 de junho de 2014.
REZENDE, Leandro. A acessibilidade e deficiência: vivenciando essa realidade. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21829. Acesso em 06 de junho de 2014.
TEIXEIRA, Priscila Gervasio. Como orientar os alunos sobre a importância da acessibilidade nas escolas e em outros locais públicos? Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37834. Acesso em 06 de junho de 2014.
A avaliação deverá ser processual e contínua. Procure identificar no decorrer das aulas se os alunos conseguiram compreender o que é acessibilidade e identificar as barreiras que dificultam o acesso de pessoas portadoras de deficiência física e mobilidade reduzida a todos os lugares, em especial, a sua escola. Avalie a clareza em transmitir o tema discutido através da escrita. Procure identificar a participação individual e coletiva dos alunos, a desenvoltura no trabalho em grupo e o envolvimento com o assunto nas rodas de conversa realizadas nas atividades.
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