08/01/2015
Angela Cristina dos Santos, Antomar Araújo Ferreira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Matemática | Álgebra |
Ensino Fundamental Final | Matemática | Equações |
Esta aula busca desenvolver a competência da área 5 da Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias do ENEM, que é:
Mais especificamente, avaliar as habilidades:
São propostos, como objetivos para essa aula, que os alunos sejam capazes de:
Para fundamentar essa aula, sugerimos que o professor trabalhe previamente outras duas aulas que estão disponíveis no Portal do Professor:
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58259 (acesso 08 nov. 2014).
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58280 (acesso 08 nov. 2014).
Professor(a), ao observar as duas aulas sugeridas, é possível traçar um caminho pelo qual o(a) aluno(a) construirá generalizações a partir de expressões algébricas. Na parte 1, verifica-se a generalização da área e do perímetro do quadrado, bem como do perímetro de outros polígonos regulares. Na parte 2, além de lidar com figuras geométricas, surge a generalização de outras situações, tal como de sequências formadas a partir de um número qualquer. Essas duas aulas subsidiam o trabalho com fórmulas, pois, tais generalizações são de fato expressões que representam fórmulas para o cálculo da área, do perímetro e de outras situações.
Portanto, esta aula traz mais exemplos e aprofunda as discussões a respeito das fórmulas. Discutindo, inclusive, alguns aspectos das funções.
Professor(a), inicie a aula retomando o exemplo da expressão que generaliza o perímetro do quadrado.
Apresente então a expressão “fórmula”, ressaltando que essa é a fórmula para se calcular o perímetro de um quadrado. Lembre-os que, sendo decorrente das expressões algébricas, as fórmulas têm o caráter de generalizar e facilitar os cálculos.
Traga outra situação das aulas anteriores, por exemplo: A criação de uma representação algébrica para uma determinada sequência. Ressalte que naquela situação considera-se que foi construída uma fórmula, pois generalizou os resultados para qualquer número.
Após essas discussões iniciais, surge a oportunidade de apresentar uma nova fórmula. Escreva na lousa:
Questione se alguém conhece essa expressão. Caso exista alguém que a conheça continue lançando questionamentos sobre o que significa cada uma das letras. No entanto, se não houver ninguém que já tenha tido contato com a fórmula, afirme que, da maneira que está não há sentido, pois, não se sabe o que cada uma das letras representa.
A partir disso, complete a lousa com as informações:
Explique que essa é uma fórmula que contabiliza a quantidade máxima de batimentos cardíacos por minuto uma pessoa pode ter baseado na idade dessa pessoa.
COMENTÁRIO: Caso queira saber mais sobre essas e outras fórmulas a respeito de frequência cardíaca, bem como suas referências, acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAncia_card%C3%ADaca#cite_note-6 (acesso 15 nov. 2014).
Trabalhe com os(as) alunos(as) pelo menos dois exemplos utilizando a fórmula da freqüência cardíaca:
Quadro 1: Exemplos de cálculos da frequência cardíaca
Aluno(a) |
Professor(a) |
b = ? i = 12
b = 220 – i, logo, b = 220 – 12 = 208
Portanto, segundo a fórmula, a frequência cardíaca máxima que uma pessoa com 12 anos pode atingir é de 208 batimentos cardíacos por minuto. |
b = ? i = 30
b = 220 – i, logo, b = 220 – 30 = 190
Portanto, segundo a fórmula, a frequência cardíaca máxima que uma pessoa com 30 anos pode atingir é de 190 batimentos cardíacos por minuto. |
Fonte: Arquivo do autor
Durante a construção dos exemplos, não se esqueça de questionar:
Concluir com uma resposta para o problema é muito importante. Repare que nela se faz analogia à ideia de que a frequência cardíaca está em função da idade.
Enriqueça a discussão frisando que esses são dados reais, mas que, podem variar de pessoa para pessoa, pois, essa é uma fórmula construída com base na observação de pessoas e que há sempre exceções.
Aponte que a utilização da fórmula faz ainda mais sentido ao se observar que para a idade do(a) professor(a) a frequência cardíaca máxima é menor do que para o(a) aluno(a), pois, esse(a) é mais novo(a) e possui, de maneira geral, um coração mais resistente.
Com base nessa última informação, questione:
Resposta esperada: não, pois é uma criança muito nova e, certamente, não suportaria uma frequência cardíaca tão elevada.
Apesar das conclusões não terem caráter científico, pode-se utilizar a resposta para se lançar outra pergunta:
Resposta esperada: Mediante a discussão, “i” não pode assumir qualquer valor. Por exemplo, “i” não pode representar um número negativo, pois, não há idade negativa.
Professor(a), repare que, a partir de questionamentos simples como esses, o(a) estudante está analisando o domínio da função b(i).
Enfatize o fato de que, segundo a fórmula, a frequência cardíaca depende da idade da pessoa, ou seja, ao se variar a idade, se varia a quantidade de batimentos cardíacos por minuto. Se achar adequado, introduza a palavra “função”, afirmando que, como “b” depende de “i”, diz-se que “b” está em função de “i”. Acrescente também a ideia de “b” varia em função de “i”, portanto “i” é uma variável.
Por experiências vivenciadas durante a aplicação dessa aula, cremos ser importante trazer uma dúvida que surgiu, por parte dos(as) alunos(as) mais de uma vez. O questionamento foi:
Mesmo que não surja essa dúvida, lance a pergunta.
Para saná-la, sugere-se um segundo exemplo. Professor(a), diga aos estudantes que permaneçam com a pergunta em mente e solicite a atenção de todos. Crie um exemplo de posição em função do tempo. Para isso, esclareça que observem a posição que irá assumir a partir do tempo decorrido. Vá para próximo à parede e indique-a como ponto inicial, nesse caso, zero. Deixe a lousa preparada com o quadro 2.
Quadro 2: Posição em função do tempo
Posição (metros) |
Tempo (segundos) |
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Fonte: Arquivo do autor
Ao dizer que a posição inicial junto à parede é zero e que nela ainda não foi decorrido nenhum tempo, faça uma pausa e vá até a lousa, preenchendo a primeira linha com posição igual a zero e tempo igual a zero. Retorne à posição inicial e, narrando, simule um passo, de modo que esse passo deixe o corpo na posição de 1 metro (ressalte que é uma aproximação). Diga ainda que, pode-se supor que para aquele passo, foi gasto 1 segundo. Com essas novas informações, preencha a segunda linha do quadro. Faça isso quantas vezes achar necessário para que os(as) alunos(as) compreendam.
Quando perceber que todos(as) estão acompanhando o raciocínio, questione:
Resposta esperada: p = t
Pode ocorrer de não se obter respostas. Nesse caso, retorne ao quadro e construa a fórmula junto aos estudantes.
Lembre-os que a pergunta a respeito dos 220 ainda não foi respondida, mas que está prestes a ser.
Quando todos(as) tiverem compreendido a ideia que fundamenta a expressão “p = t”, pegue uma das mesas da sala e coloque junto à parede que é considerada como posição inicial. Construa outro quadro, semelhante ao do exemplo anterior e junte-se à mesa. Questione:
Resposta esperada:Para o tempo igual a zero a posição é 1.
Dessa forma, continue completando o quadro e, ao final solicite que elaborem uma nova fórmula para a posição. Caso seja necessário, intervenha e construa coletivamente, de modo que se tenha p = t + 1.
Nesse momento, faça a observação de que foi necessário acrescentar o número 1 na fórmula, devido ao obstáculo que impedia de iniciar o percurso na posição zero. Esse é um fator presenta na fórmula que expressa aquela determinada situação. Isso também ocorre com o 220. Como a fórmula que estima a frequência cardíaca máxima com base na idade é algo construído a partir da observação de diversas pessoas, o 220 aparece como um número necessário para atender àquela situação, tal como o 1 no caso da posição quando se tem uma mesa como obstáculo.
Apresente então a seguinte atividade:
Atividade: Atualmente, no mundo, são utilizadas três escalas para a temperatura. Sendo elas o “Celsius” (C), o “Fahrenheit” (F) e o “Kelvin” (K). Observe a imagem abaixo, bem como as fórmulas que nos ajudam a representar temperaturas em diferentes escalas.
Figura 1: Escalas de temperatura
Fonte: Disponível em http://blogdafisicafhm.zip.net/images/escalasterm.gif(acesso 7 nov. 2014)
Com base nessas informações, responda:
a) Quantos Kelvin equivalem a 100° C?
Resposta esperada:
Portanto, 100° C equivalem a 373 Kelvin.
b) Quantos graus Celsius equivalem a 212° F?
Resposta esperada:
Portanto, 212° F equivalem a 100° C.
c) Quantos Kelvin equivalem a -53 °C?
Resposta esperada:
Portanto, -53° C equivalem a 220 Kelvin.
d) Quantos graus Celsius equivalem a 122° F?
Resposta esperada:
Portanto, 122° F equivalem a 50° C.
Como atividades complementares, sugere-se:
Atividade: Observe as fórmulas abaixo e responda o que se pede.
Quadro 3: Atividade
A área de um círculo é obtida pela seguinte fórmula:
A = π.r2
A: área de círculo π: substitua por 3,14 r: raio do círculo
Considerando as informações acima, expresse os cálculos passo a passo e determine a área de um círculo de raio r = 10 cm.
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Ao contrário do que muitos pensam, o nosso peso não é aquele resultado em kg que obtemos ao subir em uma balança. A grandeza correta para designar a unidade de medida kg é a massa. No entanto, é possível calcular o nosso peso e sua unidade de medida é chamada de Newton, representada pela letra “N”. Observa abaixo a fórmula para o cálculo do peso:
P = m.g
P: peso m: massa do corpo g: aceleração da gravidade
Considerando as informações acima, expresse os cálculos passo a passo e determine peso de uma pessoa cuja massa corporal é de 80 kg. Para isso, considere g = 10.
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Fonte: Arquivo do autor
Espera-se que essa aula seja um instrumento para potencializar o estudo da álgebra atribuindo sentido ao conteúdo e possibilitando que o(a) aluno(a) perceba que há importância em vivenciá-lo na escola.
Disponível em: http://www.infoescola.com/fisica/conversao-de-escalas-termometricas/ (acesso 7 nov. 2014).
O processo de avaliação poderá ocorrer em todas as etapas, mediante a participação e o envolvimento dos alunos. Sugere-se ainda a avaliação individualizada com base nas atividades propostas ao final da aula.
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