O professor Alexandre de Oliveira Gangorra, de Recife, leciona geografia em duas escolas da rede privada de Pernambuco (PE): no Colégio Souza Leão, em Olinda, e no Colégio Salesiano, em Carpina. Formado em geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alexandre dá aulas desde 2002.

Em janeiro de 2008, ele criou um blog. Há músicas, jogos, vídeos, informações meteorológicas atualizadas, mapas ou imagens de satélite, além de dicas de sites interessantes para pesquisas e assuntos ligados às aulas. “O blog é divertido, cria um excelente canal de comunicação, estimula a reflexão e me possibilita, como professor, ser conhecido por meu trabalho.”

Sua intenção, ao criar o blog, era de que não fosse apenas um diário virtual, mas uma ferramenta de comunicação e educação. “Queria que meus alunos usassem a internet para aprender, pois muitos não sabem explorar o verdadeiro potencial da mesma como fonte de conhecimento, expressão e troca de idéias”, destaca.

Em sua opinião, o blog potencializou a produção do conhecimento na escola e em casa, diminuindo a ociosidade do aluno frente ao computador. “Por meio de um vínculo indireto, foi possível usar a internet como forma de estímulo à leitura e complemento pedagógico de assuntos trabalhados em sala”, diz Alexandre.

Segundo ele, as aulas, cada vez mais dinâmicas, incentivam a participação dos alunos e, essa participação, o deixa mais motivado. Recentemente, introduziu em seu blog o jornal Panorama Geográfico, a fim de divulgar matérias e curiosidades da área da geografia. Os próprios alunos ajudam a escolher e a produzir o conteúdo do jornal. Além da versão digital, disponível no blog, também há uma impressa, que é fixada no mural da escola.

O professor acredita que recursos como o You Tube e o Orkut podem ser usados de forma eficiente para orientar e divulgar trabalhos ou para discutir temas relevantes. Ele conta que os alunos se mostraram mais interessados ao perceberem, por exemplo, que o You Tube também serve para criar projetos e apresentações. “Eles perceberam que podiam aprender uns com os outros e, várias vezes, sem estarem ali por obrigação,” finaliza Alexandre.

(Fátima Schenini)