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Edição 6 - Planejamento Escolar
03/10/2008
 
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Aulas bem planejadas estimulam aprendizado

Autor: Arquivo da escola


Duas professoras do interior do país apostaram em inovações para mudar a rotina de suas escolas. Situadas em realidades diferentes, uma no Rio Grande do Sul (RS) e outra no Ceará (CE), elas buscaram meios alternativos para o planejamento de suas aulas. Os problemas vividos dentro e fora da escola serviram como ponto de partida para a adequação do ensino diário na assimilação de conceitos básicos sócio-culturais.

Em Nova Hamburgo, município de colonização alemã a 40 Km de Porto Alegre (RS), a professora Juceli Hack de Oliveira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Arnaldo Reinhardt, elaborou o projeto A Mãe África e Seus Filhos Brasileiros, a partir de uma criança negra que entrou na escola em que prevalecem crianças de cor branca. Ao detectar o preconceito, surgiu a idéia de introduzir outras culturas, principalmente as africanas, na rotina dos alunos. Uma das atividades adotadas foi o recebimento de visitas de pessoas ligadas à cultura da África, como professores de capoeira e missionários atuantes naquele continente.

O projeto teve duração de dez meses. A professora ia planejando as aulas de acordo com a avaliação semanal dos alunos e o retorno da família. “No início, os pais não concordavam e havia muitas reclamações. Hoje, eles têm menos preconceitos e conhecem mais sobre a cultura deles mesmos e dos outros países”, diz Juceli.

Segundo a professora, a escola também não foi muito receptiva no início e não ajudou no planejamento. Mas após os bons resultados obtidos com as crianças, a escola apoiou e começou a participar do planejamento e a investir no projeto, que deu a Juceli o prêmio Professores do Brasil, edição 2005. A premiação é uma iniciativa do MEC em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e fundações Bunge e Orsa.

Em Cágado, distrito rural de São Gonçalo do Amarante (CE), a cerca de 60 Km de Fortaleza, a professora da Escola de Ensino Fundamental João Pinto Magalhães, Francisca das Chagas Menezes Sousa, utilizou uma ferramenta diferente, a literatura de cordel. O projeto Cordel: rimas que encantam, deu à Francisca o Prêmio Victor Civita 2006, de Educadora do Ano.

Ao identificar problemas de escrita e leitura em seus alunos do 9º ano, a professora percebeu que utilizar cordéis seria uma forma diferente e mais atrativa de ensinar. Aos poucos os alunos foram pegando o gosto pela leitura dos livretos, com contos recheados de rimas. O distrito foi contribuindo para o planejamento do projeto e alimentando o acervo dos cordéis.

Segundo a professora, todo o planejamento é baseado nas necessidades dos alunos. “A maior dificuldade dos meus alunos era diferenciar a linguagem falada para a escrita. Com o cordel eles aprenderam a identificar cada uma”, destaca. Após estimular a leitura dos cordéis, a professora sentiu a necessidade de que os próprios estudantes construíssem os seus, escrevendo sobre o cotidiano, histórias de família ou qualquer outra história que conheciam.

Estimulante – De acordo com as duas professoras, é muito mais estimulante trabalhar com projetos inovadores. Planejar aulas tendo como meta um objetivo maior do que os rotineiros alimenta a vontade de ensinar e estimula o planejamento de novos projetos. Aulas bem planejadas levam ao engajamento da escola e da comunidade e fazem a diferença no aprendizado de qualquer estudante. (Assessoria de Comunicação da Seed/MEC)

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