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Edição 49 - Teatro na Escola
11/01/2011
 
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Artes promovem valores éticos e solidários

Estudantes atuam em peça teatral

Estudantes atuam em peça teatral

Autor: Arquivo MEC


Incentivar as artes é uma das estratégias usadas pela direção do Colégio Estadual Professor Horácio Macedo, no Rio de Janeiro, para estimular a aprendizagem de jovens das comunidades carentes de Jacarezinho, Grande Rio, Rato Molhado e Mangaratiba. A diretora da escola, Julieta de Macedo Moreira, tem 25 anos de experiência como educadora na rede estadual e dez na iniciativa privada. Formada em administração de empresas, com licenciatura plena em administração, complementação pedagógica e pós-graduação em tecnologia educacional, ela foi capaz de perceber como seria importante estimular professores a intensificar o uso das artes em seus projetos de ensino. Ao identificar o baixo nível socioeconômico dos alunos identificou o desafio. “Procuramos desenvolver estratégias para que se efetivasse a aprendizagem, utilizando diversas ferramentas. O nosso projeto político-pedagógico tem, como eixo central, a cidadania, e a cada ano letivo, trabalhamos um sub-tema, desenvolvido sob o olhar de cada disciplina, destacando as atividades artísticas para o desenvolvimento dessas propostas”, esclarece.

Segundo Julieta, o estudante tem que gostar e sentir prazer em estar no colégio. “Por isso desenvolvemos atividades prazerosas, para que ele se sinta bem. Por meio da música, da dança, do esporte, das artes, temos avançado em nossas ações, explorando e refletindo sobre a realidade; articulando teoria e prática; levando-os à reflexão e posicionamentos críticos”, afirma.

A professora de língua portuguesa e literatura do ensino médio, Jorgeli Moraes Guimarães, é uma das educadoras da escola que utiliza o teatro para a aprendizagem. Jorgeli desenvolve o projeto Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e Literaturas Indígenas Brasileiras no Ensino Médio, que já cumpre a Lei Federal 11.645, estabelecida para aprofundar esses conteúdos. A professora conta que a aplicação e a avaliação são realizadas sob vários aspectos, incluindo leituras propostas, definidas no planejamento da disciplina. A partir daí, os alunos buscam a intertextualidade com outras obras de arte – teatro, poesia, prosa, pintura, escultura, música, dança, culinária, entre outros. Ela explica ainda que o texto sugerido é sempre de um autor do período literário em foco no bimestre. “Isso permite acrescentar e cobrar novos conhecimentos, e não apenas substituir os do programa por outros”. O projeto conta com o apoio do Centro de Estudos Afrobrasileiros, Africanos e Indígenas (Ceabai), fundado há dois anos na escola.

Um aspecto importante no projeto é a forma de avaliação. Conforme Jorgeli, cada etapa do trabalho do aluno recebe a seguinte pontuação: 5,0 (prova) + 3,0 (trabalho de pesquisa) + 2,0 (produção textual) = 10,0 (média). Ela conta que algum grupo sempre apresenta algo novo, incluindo algum dado pesquisado ainda não abordado no ensino médio. “Acrescento um bônus de 0,5 (meio ponto) à média e outros vão tentando seguir a mesma trilha. Um exemplo disso foi um grupo da turma de 2004, que incluiu em sua pesquisa a questão do homossexualismo sobre O Cortiço, de Aluísio de Azevedo”. E a professora comemora: “o crescimento individual é tão marcante que, jovens que chegam à escola mudos e quase "invisíveis", aos poucos vão saindo do casulo e se transformando em borboletas que buscam sempre mais informações e conhecimentos”.

Além do trabalho da professora Jorgeli Moraes, a diretora da escola chama atenção para o projeto do professor Esperidião Bahe. Desde a fundação do colégio, ele estimula a escrita de peças teatrais baseadas em grandes pensadores e filósofos. A direção da escola observa ainda que, por meio das atividades lúdicas cooperativas, os alunos desenvolvem responsabilidade nos compromissos, aprendem a dividir tarefas, exploram teorias e práticas. “As artes aumentam a autoestima, o autoconhecimento de suas limitações, as responsabilidades e valores dos nossos estudantes e colabora para que eles sejam bons cidadãos e futuros profissionais”, constata Julieta. (Assessoria de Imprensa Seed)

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