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Edição 50 - O Coordenador Pedagógico na Escola
01/02/2011
 
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Coordenadora quer fazer a diferença na vida dos alunos

Participar da vida das crianças, fazendo a diferença, é uma das maiores satisfações de Rosângela Martins, de Porto Alegre (RS).

Participar da vida das crianças, fazendo a diferença, é uma das maiores satisfações de Rosângela Martins, de Porto Alegre (RS).

Autor: Arquivo pessoal


Apaixonada por seu trabalho, a pedagoga Rosângela Maria Borges Martins, 36 anos de magistério, já deu aulas nos anos iniciais do ensino fundamental, em cursos de formação de professores (o antigo Curso Normal), em cursos de graduação e pós-graduação em pedagogia, e também em cursos de qualificação pedagógica para professores de cursos técnicos e tecnológicos. Além disso, trabalhou como orientadora educacional; supervisora e coordenadora pedagógica em escolas públicas e privadas.

Atualmente, ela atua em duas escolas de Porto Alegre (RS): na Escola Estadual São Francisco de Assis trabalha como orientadora educacional e no Colégio Metodista Americano, como coordenadora pedagógica. Formada em pedagogia com especialização em orientação educacional e mestrado em educação, uma de suas maiores satisfações é participar da vida das crianças, fazendo a diferença. Além disso, sonha poder implementar um projeto pedagógico para a formação de professores especializados na área de pedagogia social, preparando-os para trabalharem com crianças em situação de risco e vulnerabilidade social. Sua idéia é propor e coordenar um curso superior de capacitação, formação continuada e desenvolvimento profissional dos cuidadores diretos das crianças nessa situação: educadores, monitores, mães ou pais sociais.

De acordo com Rosângela, apesar de estar ocorrendo um aumento no número de organizações não governamentais (ONGs) e de espaços educativos não formais por todo o país, a capacitação ou formação inicial para as pessoas que atuam diretamente com crianças e adolescentes não tem sido um pré-requisito considerado. Ela acredita que, embora existam pessoas bem intencionadas, que querem contribuir para melhorar a vida daqueles que foram privados do convívio familiar, existem outras despreparadas, que cumprem suas funções sem considerar a história, os medos, as expectativas, e as necessidades desses garotos.

Desafio - Segundo a pedagoga, seu maior desafio profissional foi o atendimento de 50 crianças da periferia do município de Rio Grande (RS), que não possuíam as condições mínimas necessárias à aprendizagem formal. Eram crianças filhas de pescadores que moravam em casebres sem luz e sem água encanada. Após a aplicação do “teste ABC”, usado na época para determinar pré-requisitos para o ingresso na educação básica, foi diagnosticado que nenhum deles estava apto para o primeiro ano e que alguns deveriam ser encaminhados a escolas especiais. “Trabalhar com essas crianças foi, sem dúvida, meu primeiro desafio. O maior e melhor de todos considerando a vida de cada um, suas possibilidades e dificuldades. Cresci como pessoa, como professora, como cidadã que acredita e “briga” para que todos tenham oportunidades.”

Idealista, Rosângela diz que não adianta dizer que a educação é importante, mas é preciso fazer com que ela seja o que realmente importa: “valorizando professores, implementando políticas públicas de modernização das escolas de formação e qualificação de professores, de fiscalização e controle das verbas destinadas a educação, de seriedade com concursos públicos, de remuneração dos profissionais da educação”, enumera.

(Fátima Schenini)

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