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Edição 108 - Prêmio Professores do Brasil-2014
15/12/2014
 
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Professoras paulistas ensinam a evitar desperdício

Uma exposição de trabalhos dos alunos assinalou o encerramento do projeto

Uma exposição de trabalhos dos alunos assinalou o encerramento do projeto

Autor: Arquivo pessoal


Projeto interdisciplinar relacionado a desperdício de água e de alimentos proporcionou a duas professoras de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, a inclusão entre os vencedores do 8º Prêmio Professores do Brasil. O projeto 2013 – Ano Internacional para a Cooperação pela Água: Consumismo = Desperdício; Por que Desperdiçar se Podemos Economizar?, desenvolvido por Rosângela Torres Giampietro e Maria Amélia Lucena em duas turmas de primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Anacleto Campanella, foi premiado na categoria Temas Específicos, subcategoria Alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O trabalho, desenvolvido ao longo de cinco meses, teve o objetivo de levar os estudantes a reconhecer a importância da preservação da água e de seus ciclos para o equilíbrio e o futuro da Terra. E também de fazê-los entender que a redução do desperdício de alimentos contribui com o meio ambiente. “Um estudo do Reino Unido mostra que o desperdício de comida implica no gasto de um volume de água duas vezes maior que o usado para o consumo das famílias”, explica Rosângela.

As duas professoras trabalharam com a ideia de redução no consumo de alimentos e de reaproveitamento integral de folhas, talos e cascas, que geralmente vão para o lixo. Juntas, elas construíram um minhocário para receber resíduos orgânicos. “As crianças passaram a recolher restos da merenda escolar para alimentar as minhocas e também diminuir a poluição do meio ambiente naquele período”, recorda Rosângela.

Nas aulas, as crianças aprenderam receitas de alimentos com cascas e folhas. Foram também orientadas sobre a conservação do meio ambiente e dos alimentos. “Todas as atividades estiveram direcionadas para a alfabetização”, diz Rosângela. Os alunos usaram os conhecimentos adquiridos na elaboração de um mural de curiosidades (Você sabia?) e de um caderno de receitas, apresentados em uma mostra cultural, no encerramento do projeto.

De acordo com a professora, o trabalho foi muito bem recebido pelos alunos. “Eles tornaram-se ‘detetives’ em casa, passaram a verificar o lixo diariamente e questionavam as mães, implacáveis: ‘Por que jogou o arroz fora?’, por que jogou aquela maçã no lixo?’”

Conscientização — Segundo Rosângela, as mães ficaram incomodadas, no início, mas depois entenderam e passaram a reduzir a quantidade de dejetos orgânicos. “Alguns alunos traziam os restos para jogar na composteira da escola”, revela. “O envolvimento foi total, de pais e alunos. E o mais importante foi notar a conscientização de todos, tanto nas avaliações escritas quanto nos relatos pessoais.”

Rosângela considera a premiação o reconhecimento de um árduo trabalho pessoal. Ela espera que sua iniciativa sirva de estímulo para que outros professores participem das próximas edições do prêmio. “Eles devem acreditar em seus projetos e em seu potencial.”

Com graduação em letras e em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia, Rosângela atua no magistério há quatro anos, sempre com turmas de alfabetização. “Alfabetizar é um trabalho de doação”, resume. “Amo o que eu faço.”

Para a professora, alfabetizar significa não só ensinar a ler e a escrever, mas oferecer liberdade. “O indivíduo que lê e escreve está conectado às pessoas e ao mundo”, diz. “É o que eu procuro ensinar aos meus pequenos, todos os dias.” (Fátima Schenini)

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