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Edição 15 - Vídeos Escolares
06/03/2009
 
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Vídeos ajudam a refletir sobre passado

Autor: Arquivo pessoal


No município catarinense de Garuva, a 226 Km de Florianópolis, o professor de história, Gleison Vieira, produziu um curta-metragem com alunos do ensino médio da Escola de Educação Básica Carmem Seara Leite e resgatou parte da memória da região. Realizado em 2007, Três Punhados de Sonhos conta como Valentina de Araújo, em 1806, conseguiu a titulação das terras chamadas Barrancos, localizadas naquele município.

O curta-metragem, encenado pelos alunos, reproduz parte da história pesquisada por Gleison Vieira e que deu origem ao livro Porto Barrancos, Berço de Garuva. O roteiro e a direção são do próprio professor. Além de ser apresentado na própria escola e em outras instituições de ensino, Três Punhados de Sonhos participou da Mostra Catarinense de Vídeos – Catavídeo, em dezembro de 2007 e do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema 2008.

De acordo com o professor, o impacto da produção tanto para os alunos que participaram quanto para os que assistiram foi algo fantástico. “Essa realização provocou entusiasmo e alegria e despertou fascínio nos alunos. Ainda hoje o filme é lembrado e comentado pelos alunos”, afirma Gleison Vieira, que atualmente dedica parte de seu tempo livre para a conclusão de mestrado em educação e filosofia.

Em Recanto das Emas, cidade satélite do Distrito Federal (DF), a produção de cinco vídeos sobre a localidade foi uma das atividades realizadas pelos alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 111. Tudo começou com o projeto Repensando o Recanto, criado em 2006 pela professora de história Cristiane de Assis Portela, atual vice-diretora da instituição, juntamente com a professora de filosofia, Lea Sombra. Mais do que resgatar a história da cidade, as professoras queriam que os estudantes fizessem uma reflexão sobre o local onde moram, a 25 Km de Brasília, estigmatizado como violento, e pensassem no termo periferia como uma expressão política e não pejorativa.

O CEM fez parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília e obteve recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF) para a compra de câmeras fotográficas e filmadoras, além de dez bolsas de iniciação científica júnior. O projeto cresceu e, de interdisciplinar, transformou-se em transdisciplinar, mesclando trabalho em sala de aula e atividades de pesquisa de diferentes disciplinas. Em 2008, a escola promoveu uma oficina de produção audiovisual, que teve 50 participantes. E realizou uma seleção, entre os alunos, de cinco interessados em participar de um curso de produção audiovisual na Fundação Athos Bulcão. Um dos resultados imediatos foi a criação de uma produtora de vídeo unindo estudantes do Recanto das Emas e de São Sebastião, outra cidade satélite de Brasília.

“O comportamento dos alunos mudou. Eles estão mais questionadores e até montaram um grupo de estudos preparatórios para o vestibular”, conta Cristiane Portela. A professora, que faz doutorado em história na UnB, tem outros sonhos. Quer publicar um livro com os dados e informações levantados pelos alunos em pesquisas de campo sobre o Recanto das Emas e criar o Museu de História da cidade.

(Fátima Schenini)

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