17/08/2010
Claudia Helena Azevedo Alvarenga
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Música: Apreciação significativa em música: escuta, envolvimento e compreensão da linguagem musical |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Música: Expressão e comunicação em música: improvisação, composição e interpretação |
Educação Infantil | Movimento | Coordenação |
Educação Infantil | Movimento | Expressividade |
Ensino Fundamental Inicial | Educação Física | Atividades rítmicas e expressivas |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Música: Compreensão da música como produto cultural e histórico |
Vivenciar pulsação e ostinatos rítmicos
Desenvolver a percepção rítmica por meio de jogos com ênfase na imitação
Realizar as atividades propostas em aula
Associação do estímulo sonoro ao movimento corporal livre ou não.
Caro(a) professor (a), a coleção de aulas "Jogos musicais com percussão" tem o objetivo de apresentar diversas atividades voltadas para o desenvolvimento da percepção da pulsação e de ostinatos rítmicos, utilizando baquetas de madeira (ver imagem abaixo) como recurso sonoro. Tais atividades foram pensadas para alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, apresentando níveis de dificuldade compatíveis com a faixa etária. No entanto, tal direcionamento não impede que este planejamento seja adaptado para séries mais adiantadas. As atividades propostas também podem ser realizadas com clavas, caso seja mais acessível para a sua escola. Veja como confeccionar as clavas de madeira na aula abaixo:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=21543
http://www.jet.com.br/Design/guitarmusic/Produto/baquetamaster_med.jpg
Observação:
"Ostinato" - motivo ou frase musical que se repete insistentemente (veja mais em Recursos Complementares).
Organize os alunos em uma roda, sentados no chão. Cada aluno deverá ter em mãos duas baquetas de madeira. Escolha um aluno para ficar do lado de fora da sala de aula. Sua função será a de descobrir quem é o “maestro”. Entre os que estão na roda, escolha quem será o “maestro”, ou seja, aquele que comandará os sons/ritmos dos demais.
A brincadeira se inicia e o “maestro” começa a tocar suas baquetas, de forma discreta. Todos devem imitá-lo. Quem está do lado de fora da sala é convidado a entrar na roda, para tentar descobrir quem comanda as mudanças sonoras. Ele terá três chances para apontar o “maestro”. Caso não descubra, volta ao seu posto inicial e uma nova rodada se inicia, com a escolha de um novo “maestro”. Caso acerte o palpite, o “maestro” deverá se retirar da sala para exercer a função de “adivinhador”, e uma nova rodada se inicia.
Dicas
1) Faça um acompanhamento em algum instrumento harmônico (teclado, violão) para servir de base aos sons/ritmos propostos pelo “maestro”. Mude o caráter do trecho a ser executado a cada rodada.
2) Proponha variações para a brincadeira:
a) Após algumas rodadas, determine uma nova regra: dois maestros comandarão os demais. Você pode predeterminar os grupos que seguirão cada um dos maestros (ex.: as meninas seguem o “maestro” 1, e os meninos seguem o “maestro” 2) ou não, como também pode ou não avisar o “adivinhador” da existência da nova regra.
b) Como desafio, proponha a entrada do “intruso” na brincadeira. Ele deverá tocar aleatoriamente as duas baquetas com o objetivo de confundir o “adivinhador”. Você pode estabelecer regras para a participação do “intruso”, tais como: se os “maestros” tocarem ritmos mais regulares, o “intruso” deverá tocar ritmos mais irregulares; se “os maestros” (ou um dos “maestros”) tocarem de maneira mais forte, o “intruso” deverá tocar mais suavemente etc.
Organize os alunos em uma roda, sentados no chão. Inicialmente, proponha algumas rodadas da brincadeira “Telefone sem Fio”, da maneira como é realizada tradicionalmente: quem inicia a brincadeira escolhe uma palavra e fala para o colega que está ao seu lado, em sigilo, como se estivesse contando um segredo. Este, por sua vez, “passa” a informação ao colega do lado, e assim sucessivamente. O último a escutar a palavra deve entoá-la ao grupo. Nesse momento, todos querem saber se a palavra escolhida inicialmente sofreu ou não alguma deturpação.
Após algumas rodadas, apresente-os a mudança: em vez de palavras que serão entoadas, quem inicia a brincadeira deverá executar um ritmo com as baquetas, e esse ritmo deverá ser “passado” aos colegas até dar a volta completa na roda. Nesse caso, não há a necessidade de haver sigilo, pois o objetivo é a imitação daquilo que está sendo proposto por parte dos demais. Aquele que “passar a informação” de maneira errada, deverá sair da roda.
Organize a turma em dois grupos, que deverão ficar de frente um para o outro, sentados no chão. Você ficará entre os dois grupos com um instrumento de percussão. Sugerimos a utilização do “cajón" (veja em Recursos Complementares), pois há a distinção bem clara entre o som grave e o som agudo. Caso não seja possível, utilize um pandeiro ou qualquer outro instrumento que tenha os sons graves e agudos bem definidos.
Assim como as duas anteriores, esta é mais uma brincadeira de imitação rítmica. Você executa os ritmos e os grupos deverão imitá-lo, e a realização é simultânea. No entanto, cada grupo deverá tocar em um momento distinto: o grupo A, por exemplo, deverá tocar junto com o som agudo do seu instrumento de percussão, e o grupo B junto com o som grave do seu instrumento de percussão. Quem tocar no momento errado (ou deixar de tocar no momento certo), deverá abandonar o seu grupo e integrar o grupo oponente. Ganha o grupo que tiver mais participantes no final.
Inicialmente, proponha ritmos iguais aos dois grupos, por exemplo: se você tocar oito tempos/pulsações para o grupo A, toque também oito tempos para o grupo B, conferindo sensação de regularidade aos que estão ouvindo. Após algumas rodadas, é provável que ambos os grupos estejam tocando suas baquetas de maneira quase automática, pois já internalizaram a regularidade das células rítmicas executadas. Nesse momento, surpreenda-os com ritmos irregulares, mudanças bruscas de compasso, de andamento, de intensidade. Assim, os grupos terão sua atenção redobrada.
Dica
1) Após algumas rodadas, proponha uma nova regra para a brincadeira: “Todos tocam”. Os dois grupos deverão tocar suas baquetas ao mesmo tempo quando você executar um novo som, de preferência em outro instrumento de percussão que possua um timbre bem distinto – um agogô, por exemplo. Sugerimos também o uso de percussão corporal – palmas, por exemplo.
Recursos da aula
Sugerimos o uso de um instrumento harmônico (teclado, violão, cavaquinho, acordeon) e de instrumentos de percussão ("cajón", atabaque, pandeiro) para as atividades propostas.
Definição para "Ostinato" - Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ostinato
Música - Pedal e Ostinato, uma experiência de composição com alunos em sala de aula - aula 01:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=6382
Textos:
SOUZA, Fernanda de. O brinquedo popular e o ensino de música na escola. Revista da ABEM, Porto Alegre, V.19, p. 75-81, mar.2008.
http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista19/revista19_artigo8.pdf
“A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL”
http://www.revistacefac.com.br/revista82/artigo01.pdf
Jogo do Telefone sem fio
http://www.tudoalagoas.com.br/brincadeiras.htm
Definição e imagem do "cajón" - Wikipédia
O(a) professor(a) deverá observar:
1) Se os alunos foram capazes de imitar os ritmos propostos pelos colegas nas Atividades 1 e 2 e pelo(a) professor(a) na Atividade 3;
2) Se os alunos associaram o estímulo sonoro (som agudo/som grave) ao momento de execução na Atividade 3.
Sem estrelas 0 classificações
Denuncie opiniões ou materiais indevidos!