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Período de Inserção: Para começar... Vamos brincar com massa, barro e goma colorida?

 

03/07/2012

Autor e Coautor(es)
Ligia Mara Santos
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FLORIANOPOLIS - SC NDI UFSC

Dalânea Cristina Flôr

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Infantil Arte Visual O fazer artístico
Educação Infantil Linguagem oral e escrita Falar e escutar
Educação Infantil Movimento Expressividade
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno poderá aprender a:

·      Conhecer e identificar cores;

·      Participar da elaboração da massa de modelar junto com os familiares e com as professoras;

·      Brincar com massinhas de diferentes cores;

·      Trabalhar com mistura de cores;

·      Brincar com massinha criando diferentes formas;

·       Modelar com barro;

·      Utilizar diferentes materiais para modelar e construir formas;

·      Brincar com goma colorida;

·      Experimentar momentos de expressão e descontração; e

·      Explorar as diferentes possibilidades dos materiais oferecidos.

Duração das atividades
A atividade contará com 03 momentos de aproximadamente 40 min cada um.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Por ser uma aula introdutória, não exige conhecimentos prévios.

Estratégias e recursos da aula

     Professor, esta aula tem como objetivo demonstrar possibilidades de planejamento para a inserção da criança pequena na escola (momento de acolhimento das crianças e famílias). Trata-se de dicas de como receber as crianças e seus familiares no início do ano e no decorrer dele, propondo momentos de interação entre a escola e as famílias.
    Esta aula poderá ser aplicada com crianças de diferentes idades, havendo apenas necessidade de adaptação do tempo de duração para cada grupo, respeitando as peculiaridades de cada faixa etária.Nossa experiência foi realizada com crianças de 02 a 03anos de idade.
    Sobre o momento de inserção, consulte, no portal, a aula: Período de Inserção: Para começar... Vamos inventar com água?


1º Momento: Brincando com massa de modelar!


Receita de massa de modelar caseira:
    Em uma bacia, coloque um copo (tipo americano) de farinha de trigo, meio copo de sal, uma colher de chá de cremor de tártaro (que é um conservante alimentício encontrado em casas de festas).      Misture tudo e reserve.
    Em uma panela, coloque um copo (tipo americano) de água, 10 (dez) gotas de corante comestível e uma colher de sopa de óleo e leve ao fogo para ferver. Jogue a água fervendo sobre a mistura da bacia, escaldando bem os ingredientes ali reservados. Misture tudo com uma colher e, em seguida, amasse igual a um pão.
    Para conservar a massa, guarde dentro de um saco plástico fechado, fora da geladeira.
    Sobre massinha de modelar, consulte a aula da Profª. Vânia Maria Broering, O que acontece quando misturamos as cores?. Indicação nos recursos complementares.

Preparando a massa:
    Professor, neste momento inicial, você poderá preparar a massa sozinho e, posteriormente, no momento da brincadeira, apresentá-la para as crianças e suas famílias; bem como, confeccioná-la em conjunto com as crianças; ou, ainda, disponibilizar a receita para os familiares, para que eles mesmos preparem a massa em suas casas com a participação das crianças. Cada família poderá elaborar uma cor diferente e, então, no conjunto, teremos várias cores.
Organização do espaço para brincadeira com as massinhas coloridas:
    Num primeiro momento, oferecemos apenas as massas de diferentes cores, organizadas sobre a superfície de uma mesa. As crianças poderão estar sentadas em volta da mesa, em cadeirinhas, ou de pé.
Material necessário:
• Massa de modelar colorida;
• Mesas adequadas à altura das crianças;
• Cadeirinhas.
Brincando com massinha junto com as famílias:
    Começamos a atividade explorando o material com as crianças e suas famílias. Inicialmente, preservamos as cores originais das massas, para que cada criança trabalhe com uma cor e depois elas troquem entre si.
    Na brincadeira, as crianças manuseiam e exploram as possibilidades do material; realizam movimentos de amassar, espremer, bater, puxar, rasgar e picar. Logo começam a surgir as primeiras formas e o interesse de nomear o que fazem: aparecem bichos, alimentos, carros, barcos e os mais variados objetos. Uma hora, o feito tem um nome e, logo em seguida, já é uma outra coisa. Tudo se transforma, a todo tempo.
    Depois de algum tempo de manuseio com o material, as crianças descobrem a possibilidade de produzir bolas e cobrinhas, invenção que causa muito sucesso entre os pequenos. Eles gostam de descobrir novas formas e também de requerer invenções por parte dos adultos, então são solicitadas as mais mirabolantes formas. Neste momento, os professores e familiares participam ativamente, atendendo aos mais inusitados pedidos. A brincadeira transforma-se numa tremenda fábrica de objetos feitos de massa colorida.
    As crianças nesta faixa etária demonstram interesse por construir e desmanchar, este movimento acontece incessantemente. O interesse das crianças reside no processo, neste jogo divertido da transformação, em que se constrói, para, logo em seguida, se desfazer. Modelar, para elas, significa mexer, misturar, modificar e brincar com as formas. As crianças ficam encantadas quando descobrem que, por meio de suas ações, transformam as coisas do mundo.
    Além disso, quando permitimos, as crianças adoram misturar as cores das massas e observar as diferentes nuanças de cor que vão surgindo num mesmo bloco de massa. Quando, depois de muita mistura, as massas vão adquirindo uma cor escura, com uma tonalidade um pouco amarronzada, o interesse por estes blocos diminui, mostrando que elas preferem as cores vivas.
Organização do espaço:
Num momento posterior, podemos oferecer, além das massas de diferentes cores, instrumentos para modelar. Palitos, espátulas para cortar, forminhas de diferentes tamanhos e outros materiais que auxiliem e incrementem o processo de modelagem. Então, outra vez, organizamos a proposta de atividade sobre a superfície de uma mesa.
Material necessário:
• Massa de modelar colorida;
• Diferentes instrumentos para modelagem;
• Mesas adequadas à altura das crianças;
• Cadeirinhas.
O processo da brincadeira se dará de forma parecida, porém, desta vez, será com o auxílio de instrumentos para o processo da modelagem.

Brincando com massinha de modelar!

Brincando com massinha de modelar!

Foto 1: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 

aula 14

Foto 2: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 

aula 14

Foto 3: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 


2º Momento: Explorando as possibilidades de brincadeira com o barro!


    Durante as atividades com barro, as famílias já não estavam mais acompanhando as crianças na instituição, porém foram atividades concernentes a este período inicial e o trabalho com barro foi bastante atrativo para as crianças. Assim, são atividades de envolvimento e expressão que significam a escola como um espaço atraente para as crianças, portanto indicadas para este momento inicial.
    O trabalho realizado com o barro está vinculado a um projeto de nossa escola, intitulado “Arte no Muro”. Para conhecer mais sobre a proposta, consulte o Blog do projeto nos recursos complementares.
    Experiência com blocos de barro amolecidos com muita água:
    Professor, este momento será planejado para o primeiro contato das crianças com o barro, considere a temperatura ambiente, pois a atividade deverá ser realizada em tempos de calor. As crianças se sujam bastante no contato do corpo com o material, o que exigirá um banho, no final do processo.
    Esta proposta inicial pretende ser um momento para explorar aspectos da sensorialidade infantil. Uma experiência afetiva com o material, o contato do corpo com essa substância espessa que adere ao corpo.
    Recuperamos, nesta proposta, um encontro com nossos ancestrais, considerando a história da cerâmica que acompanha os homens durante muitos séculos. Quando oferecemos argila para os pequenos, material nobre que conta nossa história, estamos proporcionando uma experiência carregada de simbolismos.

Organização do espaço:
Professor, prepare blocos de barro umedecidos com muita água e disponibilize o material em diversas bacias, organizando-as, por sua vez, sobre um pedaço grande de lona, no qual as crianças possam sentar-se comodamente para realização da atividade.
Ofereça mais de uma tonalidade de barro. Neste episódio, foram preparadas duas cores de argila, uma avermelhada e a outra em tom bege. Além das bacias maiores, disponibilize potinhos menores e vazios, um para cada criança. Durante a atividade, o barro poderá ser trabalhado dentro das bacias, nos potinhos menores e/ou sobre a lona, de acordo com a preferência de cada criança.
Busque um espaço na área externa da sala. Em nosso caso, estendemos a lona no gramado contíguo à sala, sob uma árvore que oferecia sombra e aconchego. Professor, considere também que, junto ao espaço escolhido, deverá ter uma torneira, tanque e/ou mangueira, para facilitar a higiene das crianças no final da experiência.

Material necessário:
• Barro umedecido com água (alguns dias antes da atividade, o barro deverá ser disposto em bacias e envolvido com muita água);
• Diferentes cores de argila;
• Diversas bacias contendo barro bem umedecido;
• Pequenos potes de plástico ou outro material;
• Um pedaço de lona plástica (o tamanho da lona deverá acomodar confortavelmente o número de crianças do grupo);
• Água limpa, para posterior higiene das crianças; e
• Uma toalha de banho para cada criança.

    Professor, as crianças deverão usar pouca roupa durante atividade para favorecer o contado do corpo com o barro. Poderão usar calcinhas e cuecas e/ou sungas e biquínis.

Desenvolvimento da atividade:
    Depois de organizados o espaço e os materiais, convide o grupo de crianças para sentar sobre a lona e brincar com o barro. O tempo de cada criança deverá ser respeitado, assim como, as diferentes formas de entrar em contato com o material. Professor, considere que observar também é uma maneira importante de participar, algumas crianças expressam, inicialmente (primeiras experiências), repulsa ao barro; outras, olham com desejo, porém não se permitem tocar; algumas tocam o material e logo querem lavar as mãos etc. Todas as expressões devem ser acolhidas para oportunizar experiências pontuais e singulares.

Algumas expressões vivenciadas por nosso grupo:
• Olhar para o material e não tocá-lo;
• Observar e acompanhar o movimento do grupo (outras crianças) na relação com o material;
• Tocar o barro com as pontinhas do dedo;
• Tocar o material, sair para lavar as mãos e retornar para tocar o barro mais uma vez;
• Mexer no barro, fazer furos com os dedos, pegar porções e esmagar. Bater e espremer o material entre os dedos;
• Deslizar as mãos sobre o barro;
• Fazer castelos e túneis;
• Passar o barro em outras partes do corpo;
• Mergulhar mãos e pés dentro das bacias com o barro;
• Passar o barro no corpo do professor e dos companheiros do grupo;
• Apertar o barro com as mãos, em movimentos circulares, sobre a lona;
• Arrancar com as mãos pedaços do bloco de argila;
• Furar com os dedos o bloco de argila e emitir sons com a boca acompanhando o harmonioso movimento das mãos.

Puro Barro!!!

imagem 4

Foto 4: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 

Vamos tocar no barro?

imagem 5

Foto 5: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 

foto 6

Foto 6: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC

Fotografia: Ligia Mara Santos

 

    Professor, é interessante observar o movimento de cada grupo na relação com o material. A consistência pegajosa do barro não permite a modelagem, o material, quando tocado, gruda no corpo aderindo-se como uma segunda pele. Primeiro, o corpo das crianças e, depois, argila sobre argila, formando uma grande massa. Camadas de barro, uma sobrepondo-se a outra, envolvendo mãos e pés que se agigantam. O barro cola ao corpo e não solta, algumas crianças ficam incomodadas com esta sensação, outras desfrutam da brincadeira.
    A atividade dura muito tempo para alguns e quase nada para outros; cada movimento deverá ser contemplado em suas especificidades.
    Ao final, o material poderá ser recolhido novamente nas bacias e reutilizado com outros grupos. Neste momento, não nos interessa resultados ou um produto final, o foco do trabalho será a experiência de sentir o barro com o corpo.


3º Momento: Explorando possibilidades de brincadeira com goma colorida!


Receita da goma caseira:
• 01 (um) litro de água fria;
• 06 (seis) ou 07 (sete) colheres de sopa de farinha de trigo;

    Leve ao fogo os ingredientes, mexendo sempre, para, depois de cozidos, acrescentar gotas de vinagre para maior durabilidade da goma. Ao final, separe a goma em diferentes potinhos e pingue algumas porções de corante, para colorir.
Organização do espaço:
    Professor, organize mesas e cadeiras adaptadas ao tamanho das crianças.
    Prepare a goma antes de começar a atividade. Disponibilize diversos potinhos de goma colorida e um pedaço de isopor para cada criança.
    À parte, deixe reservadas algumas folhas de papel A4. Construa um varal com barbante, para pendurar os trabalhos ao final da atividade.
Material necessário:
• Potinhos, contendo goma de diferentes cores;
• Um pedaço quadrado de plástico e/ou isopor, um para cada criança (poderá ser material de sucata, por exemplo, bandejas de isopor de frutas e legumes);
• Folhas de papel A4, uma para cada criança; e
• Um rolo de barbante, para confeccionar o varal.
Brincando com goma colorida:
    Muitas são as maneiras de se brincar com goma colorida. Em nossa experiência, as crianças pegavam certa quantidade de goma com as mãos e espalhavam sobre a bandeja de plástico. Os movimentos foram de experimentar o contato da goma nas mãos e misturar cores.
    Depois de espalhada a goma sobre o plástico, cada criança recebe uma folha branca para imprimir sua pintura na folha. Colocamos a folha sobre o plástico engomado e obtemos o carimbo da pintura da criança na folha. As crianças poderão realizar várias impressões de seu trabalho, cada uma ao seu tempo e à sua maneira.
    Finalizadas as impressões, penduramos as folhas no varal, para a realização do processo de secagem.
 

Brincando com goma colorida!

        7

Foto 7: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC         

Fotografia: Ligia mara Santos       

 

8

Foto 8: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC 

Fotografia: Ligia mara Santos                 

Processo de secagem.

 

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     Foto 9: Arquivo Institucional NDI-CED-UFSC  

Fotografia: Ligia Mara Santos                

Recursos Complementares

   Professor, para incrementar suas aulas, consulte:

Sugestões de links para professores:

   Professor para conhecer um pouco sobre nossa instituição acesse:

http://ndi.ufsc.br/

http://ndicotidiano.wordpress.com/   - acesso em 10/05/2012

Blog do Projeto “Arte no Muro”

http://artenomurondi.blogspot.com.br/ - acesso em 10/05/2012

Links do Portal que podem ser consultados pelo professor no planejamento de sua aula:

Aula da Profª. Vânia Maria Broering, “Vamos fazer tinta de terra”?

Acesso em 17/05/2012

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37203

   Sobre massinha de modelar consulte a aula da Profª. Vânia Maria Broering, “O que acontece quando misturamos as cores”?

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37246

Avaliação

            A avaliação deve ser considerada como um processo de reflexão do professor, pois é uma ação que envolve todo trabalho pedagógico do cotidiano escolar. É a avaliação que vai subsidiar nossas futuras ações, ela será a base para pensar as próximas intervenções com as crianças.

            Inicialmente devemos analisar se os objetivos propostos foram alcançados. Por meio de uma observação cuidadosa e registros fotográficos e escritos, vamos acompanhando o grupo e identificando suas capacidades para:

·    Reconhecer e nomear algumas cores;

·    Inventar e criar com a massa de modelar;

·    Manusear o material oferecido, seja ele massa de modelar, argila e/ou goma colorida;

·    Trabalhar com a mistura de cores dos diferentes materiais;

·    Brincar com massinha criando diferentes formas;

·    Tocar e brincar com o barro;

·    Utilizar diferentes materiais para modelar e construir formas;

·    Brincar com goma colorida;

·    Experimentar momentos de expressão e descontração; e

·    Explorar as diferentes possibilidades dos materiais oferecidos.

         Neste momento de inserção das crianças e famílias cada manifestação dos familiares e das crianças deverá ser acompanhada cuidadosamente. Medos, inseguranças e dúvidas devem ser acolhidos no sentido de estabelecer um clima de confiança e bem estar entre escola e família.

         A avaliação deverá ser realizada pautada na observação e registro do desenvolvimento das crianças. Deverão ser considerados os movimentos individuais das crianças e do grupo, bem como, a relação entre elas e delas com as professoras.

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