Músico e professor, Marcelo Eterno Alves lançou uma coletânea com sete livros
Autor:Comunicação Social do IFG-Câmpus Goiânia
Tocar Junto é o título da coletânea de livros sobre método de ensino coletivo de banda marcial lançado pelo músico e professor Marcelo Eterno Alves. O método foi adotado pela Secretaria de Educação (Seduc) de Goiás como apoio didático ao ensino da música na rede estadual de ensino.
A obra, lançada em novembro de 2014, conta com sete volumes. Um deles, destinado ao professor. Os demais, aos instrumentos que formam uma banda marcial — trompete, trompa, eufônio, trombone, tuba e percussão. As professoras Luz Marina de Alcântara, da Seduc, e Flávia Cruvinel, da Universidade Federal de Goiás (UFG), colaboraram na organização do material.
Músico das orquestras Filarmônica de Goiás e Sinfônica de Goiânia, instrutor de bandas em Goiânia e Anápolis, músico bombeiro militar, de grupos populares e de câmera, Marcelo atua no magistério há 25 anos, 18 dos quais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Especialista em música brasileira, com mestrado em performance musical, ele leciona no curso técnico em instrumento musical e no curso de licenciatura em música do IFG.
Segundo Marcelo, dois fatores foram preponderantes para a criação da obra Tocar Junto. Inicialmente, durante sua trajetória musical, enquanto professor de banda, músico de orquestras e professor no IFG, o estudo de forma coletiva sempre foi pautado em suas atividades. “Com a criação da licenciatura e do curso técnico em música no IFG, a utilização e a sistematização do ensino coletivo vieram, de forma solidificada, a constar de minhas atividades regulares do ensino e pesquisa em música”, ressalta.
Em 2010, ele apresentou projeto de pesquisa contemplado com bolsa de estudos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Programa Institucional de Apoio à Produtividade em Pesquisa do IFG (ProAPP). A pesquisa Aplicabilidade do Ensino Coletivo Dentro do Curso Técnico de Instrumento Musical do IFG (Alves, 2011), analisou o uso do ensino coletivo de instrumentos musicais no curso de música da instituição. “Foi possível então constatar, por meio de levantamentos bibliográficos, a falta de propostas metodológicas brasileiras capazes de facilitar o aprendizado de música em agrupamentos escolares que lançam mão do ensino musical coletivo”, destaca.
O segundo fator que colaborou para a criação do método foi o resultado de trabalho realizado por um grupo de educadores musicais que atuam na área de Ensino Coletivo de Instrumento Musical (Ecim), composto por professores de instituições como IFG, UFG e Seduc. De acordo com Marcelo, a ideia de lançar a obra surgiu nas reuniões do grupo de pesquisa Educação Musical e Transformação Social, a partir das discussões sobre a necessidade urgente de sistematização de metodologias de Ecim, com o objetivo de socializar as práticas pedagógicas a partir dos estudos técnico-musicais, repertório e arranjos próprios.
“Esses dois fatores deram então motivação para eu propor, com base na minha experiência docente, um método que atendesse as especificidades e uma idiomática voltada para a linguagem dos instrumentos de metais e percussão, características encontradas em uma banda marcial”, revela. “Assim, foi possível, a partir de modelos já estabelecidos, criar um método que tenha como objetivo ser uma ferramenta didático-musical capaz de contribuir com todos que se dedicam ao ensino da música por meio da banda”, ressalta Marcelo. Essa obra é a primeira de cunho didático-musical por ele elaborada. As publicações anteriores eram artigos e relatos de experiências de ensino coletivo.
O professor finaliza, no momento, um DVD didático, que será incluído na coleção Tocar Junto. O DVD foi gravado com a participação dos alunos do Grupo de Metais do IFG. “Nesse trabalho, eu apresento as formas e metodologias das quais faço sugestões de aplicabilidade e uso do método”, diz. (Fátima Schenini)
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