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Edição 124 - Xadrez na Escola
25/04/2016
 
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Exercer o magistério é a oportunidade de fazer a diferença, diz professor do DF

Foi como professor que me senti verdadeiramente útil, diz Zeitune

Foi como professor que me senti verdadeiramente útil, diz Zeitune

Autor:Fátima Schenini


Professor da rede pública do Distrito Federal, há 13 anos, Alexandre David Zeitune considera o magistério uma profissão difícil, pois exige empenho constante em formação, além de habilidades específicas, como empatia, domínio de metodologia e criatividade. Entretanto, ressalta, “ser professor é enorme oportunidade de fazer a diferença, alavancando nossa sociedade para melhores patamares na qualidade de vida”.

Com licenciatura em biologia e pós-graduação em gestão ambiental e resíduos, Zeitune começou a trabalhar como professor de biologia e ciências naturais no segmento da educação de jovens e adultos (EJA). Depois, passou a lecionar a turmas do ensino regular. “Como biólogo, trabalhei em diferentes órgãos públicos e empresas na iniciativa privada, mas foi como professor que me senti verdadeiramente útil, além de obter uma profunda realização profissional”, destaca.

Em atuação na sala de recursos de altas habilidades–superdotação (AH-SD) do Centro de Ensino Fundamental 8, de Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal, desde 2010, o professor revela que os alunos são extremamente exigentes e esperam total comprometimento. E destaca que esses estudantes são efetivamente comprometidos, têm alto grau de persistência, muita criatividade e inteligência acima da média. “A escola regular torna-se extremamente maçante e pouco desafiadora”, diz. “O grande desafio é reverter essa situação com propostas provocadoras e assuntos inovadores dentro da linha de interesse do aluno.”

Segundo Zeitune, esse desafio resulta em outro, maior ainda, ao docente: como permanecer constantemente atento a novas tendências? “Cursos de formação, participação em congressos nas áreas de tecnologia e altas habilidades são fundamentais e requerem bastante tempo e recursos”, salienta.

A sala de AH–SD do CEF 8 também atende estudantes de outras unidades públicas de Sobradinho e tem 30% das vagas destinadas a alunos de escolas da rede particular.

Olimpíada — Quando assumiu a sala, Zeitune encontrou alunos com interesse em eletrônica, programação e robótica. Resolveu então estudar esses temas e adquirir materiais para uso pelos estudantes em seus projetos. Em 2013, alguns deles apresentaram interesse em participar da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Foram inscritas duas equipes, que conseguiram alcançar o primeiro lugar no nível 1 e o quarto no nível 2, o que garantiu vaga na competição nacional. Nesta, foi obtida a sexta colocação.

“Em 2014, incentivados pelo resultado anterior, fizemos a inscrição de seis equipes”, diz o professor. “Ficamos no primeiro, terceiro, quarto e quinto lugares no nível 1 e no terceiro e oitavo no nível 2, garantindo duas vagas para o nacional.” Na OBR nacional, realizada em São Carlos (SP), os alunos do CEF 8 alcançaram o quarto e o sexto lugares.

Em 2015, Zeitune inscreveu dez equipes. “Nossos meninos e meninas conseguiram as medalhas de ouro, prata e bronze na regional do Distrito Federal e o orgulhoso tricampeonato.” Naquele mesmo ano, dois alunos participaram da Mostra Nacional de Robôs (MNR), paralela à OBR, com um projeto sobre o ensino de robótica na educação integral. “O projeto foi bastante elogiado, e os estudantes foram indicados para receber a bolsa de iniciação científica júnior do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] para alunos do ensino médio”, salientou.

Os estudantes pretendem ampliar o projeto de aulas de robótica para alunos da comunidade e incluir as aulas de programação de aplicativos para o sistema androide. “Isso vai garantir uma inclusão digital de ponta para a nossa comunidade escolar”, avalia Zeitune. De acordo com o professor, os alunos estão “bastante antenados” com as necessidades locais e alguns se mostram empenhados em elaborar projetos de combate à propagação dos mosquitos dos gêneros Aedes e Lutzomyia. “Pretendemos, também, buscar mais parcerias para que possamos ter recursos para a execução dos projetos.” (Fátima Schenini)

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