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Edição 72 - Literatura de Cordel
25/05/2012
 
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Estudantes de cidade gaúcha conhecem e aprendem cordel


A literatura de cordel, mais frequentemente associada ao nordeste brasileiro, também faz sucesso no sul. Projeto desenvolvido na cidade turística de Gramado, na Serra Gaúcha, agradou aos estudantes do sétimo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima. A iniciativa, da professora Giovana Cristina Kuhn, foi desenvolvida nos dois primeiros trimestres de 2010.

Além de aprender a produzir textos de cordel, os alunos conheceram a história desse tipo de literatura, origem e principais características. “Os alunos amaram”, revela a professora, que está há seis anos no magistério. Graduada em letras — português e literatura —, ela tem mestrado em análise e métodos literários.

Para que os estudantes obtivessem um conhecimento mais profundo, Giovana abordou as semelhanças do cordel com outras formas métricas, como o repente — ou desafio — e o rap. Outro tema apresentado foi a xilogravura, a arte gravada na madeira, usada na ilustração do cordel. “Depois dessa etapa, aproveitamos cordéis de autores conhecidos, como Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva [1909-2002]), e fizemos a análise literária”, explica a professora. Por último, os alunos produziram os próprios cordéis, que foram divulgados no mural e publicados no blog da escola.

Giovana lamenta não ter havido grande interesse de outros professores pela interdisciplinaridade. “Seria muito válido se tivesse acontecido, e o projeto teria maior abrangência”, avalia. Ela diz que gostaria de ter produzido uma encenação, mas não houve tempo.

Interesse — Quanto à receptividade dos alunos, revela ter sido excelente. “Eles demonstraram bastante interesse, principalmente porque conseguiram notar um parentesco entre o cordel e o rap”, salienta. Entre os resultados positivos obtidos, ela destaca a melhora na escrita no momento da produção textual. “Os alunos perceberam que língua portuguesa também pode ser divertida, alegre e emocionante, como as estórias dos cordéis.”

Na visão da diretora da escola, Mônica Raquel Scariot, o grupo que participou do projeto mostrou-se motivado, participativo e muito empenhado em realizar as atividades. Segundo ela, as turmas foram criativas e apresentaram trabalhos de autoria própria durante o Momento Cultural, uma atividade da escola. “Hoje, nossos alunos conhecem e leem cordéis e têm curiosidade em buscar atividades desse tema para serem trabalhadas nos momentos de leitura”, destaca Mônica. Formada em educação física, com pós-graduação em gestão educacional e 16 anos de magistério, ela está há quatro anos na direção. (Fátima Schenini)

Confira o blog da escola Nossa Senhora de Fátima

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