O projeto Minha Escola Sustentável garantiu à professora Shirlei dos Santos Catão, da Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia, em Boa Vista, Roraima, um lugar entre os vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil. O projeto foi premiado na categoria Temas Específicos, subcategoria Educação Integral e Integrada. O concurso é promovido pelo Ministério da Educação.
Desenvolvido no período de agosto a dezembro de 2012, o projeto foi criado para formar uma consciência crítica na comunidade escolar sobre problemas socioambientais a partir da busca por soluções concretas e coletivas. Estiveram envolvidos cerca de 600 alunos da escola, matriculados em turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. “Todos participaram do projeto, mas o enfoque maior foi dado aos alunos do primeiro ao terceiro ano”, destaca Shirlei.
A professora revela que o projeto surgiu a partir de uma situação-problema — quais as consequências da falta de preservação ambiental? Um igarapé poluído, o Pricumã, próximo à escola, contribuiu para a escolha do tema.
Segundo a diretora da instituição, Adaíze de Rosas de Souza, o projeto colaborou para a conscientização de toda a comunidade sobre a necessidade de proteger os recursos naturais. “Foi um trabalho constante”, enfatiza. Adaíze explica que o trabalho contou com a participação dos pais. Durante a Gincana do Meio Ambiente, por exemplo, a mãe de um aluno conseguiu arrecadar 10 mil latas de alumínio. “O dinheiro obtido com a venda do material arrecadado possibilitou a compra de artigos para o desenvolvimento do projeto”, salienta a diretora.
Na gincana, promovida de 6 a 10 de agosto, houve atividades como cultivo de árvores para a arborização da escola, elaboração e recitação de poemas relacionados ao meio ambiente, confecção de brinquedos a partir de material reaproveitado e criação de cartões-postais, com sugestões de economia de água e de energia.
“A natureza é perfeita. O homem só precisava preservá-la”, diz Shirlei. “A ausência de ações resolutivas pode deixar para as futuras gerações uma herança de incertezas, transformando qualquer bom lugar para se viver num verdadeiro pesadelo.”
A professora, que tem licenciatura em pedagogia e em química e mestrado em ciências da educação, enfatiza a necessidade de conscientizar e sensibilizar a população para o problema. “Talvez ainda haja tempo para recuperarmos o que foi destruído.” (Fátima Schenini)
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