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Edição 102 - Dificuldades de Aprendizagem
11/07/2014
 
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Incentivo a avanços contribui para melhor desempenho dos alunos

Visitas à Feira do Livro também contribuem para estimular a leitura

Visitas à Feira do Livro também contribuem para estimular a leitura

Autor: Blogue da escola


“Não há fórmula mágica para fazer o aluno aprender mais rapidamente; cada aluno ou turma tem a própria trajetória. Ou seja, seu próprio tempo.” A opinião é da professora Andrea Job de Souza, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Guilherme Hildebrand, no município gaúcho de Santa Cruz do Sul. Para ela, que está no magistério há sete anos, a maior dificuldade de aprendizagem apresentada pelos estudantes está na apropriação da escrita e da leitura.

“Em 2014, as principais dificuldades também têm recaído na aquisição de uma leitura fluente e na escrita correta das palavras”, diz Andrea. Segundo ela, o primeiro passo é estimular a capacidade de aprender de cada um, além de valorizar e incentivar cada avanço dos alunos.

À frente de uma turma de terceiro ano e de outra de reforço escolar, Andrea ressalta que o desenvolvimento de projetos que envolvem o hábito da leitura em sala de aula tem trazido avanços satisfatórios à prática pedagógica. “Diariamente, proporciono um espaço para que isso aconteça de maneira prazerosa e se desenvolva o gosto pela leitura”, destaca a professora, que tem formação em pedagogia e pós-graduação em educação infantil. Seu esforço é para que os estudantes percebam que cada letra e cada sílaba representam um som e que cada palavra faz parte de um contexto e pode contar uma história.

O planejamento deste ano inclui trabalhar passo a passo, a partir do que ela conhece dos alunos, para ampliar os conhecimentos e flexionar atividades e conteúdos de acordo com as dificuldades por eles apresentadas.

Andrea teve um aluno diagnosticado com dislexia, em 2013. Então, durante todo o ano, ela trabalhou com o som que cada letra e cada sílaba faziam quando se juntavam, associando sempre som e imagem. “A maior barreira superada por aquele aluno tinha relação com a autoconfiança em sua capacidade de ler”, analisa. Assim, à medida que adquiria mais confiança em si mesmo e na professora, o estudante controlava o nervosismo e a ansiedade que demonstrava inicialmente.

A partir dos bons resultados obtidos com esse aluno, a professora resolveu dar ênfase, com a turma deste ano, à realização de trabalhos diferentes e ao atendimento diário, na mesa de cada estudante, a fim de acompanhar o processo de desenvolvimento das atividades.

Avaliação — Supervisora escolar na mesma instituição de ensino, Mara Núbia Sandim revela que os principais problemas de aprendizagem detectados entre os alunos, embora haja alguns casos de dislexia, são o déficit de atenção e a hiperatividade. De acordo com Mara, os professores são orientados a planejar atividades diferentes e a realizar avaliação flexível, com exercícios variados, testes escritos e orais e trabalhos específicos para cada problema de aprendizagem. “A escola procura sempre atender o aluno em suas necessidades de aprendizagem e, quando há professores com carga horária disponível, é organizado reforço pedagógico no turno contrário ao das aulas”, salienta.

Caso detecte algum problema de aprendizagem, o professor é orientado a encaminhá-lo à supervisão pedagógica, que o analisa com a área de orientação educacional. Os aspectos nos quais o aluno apresenta dificuldades são discutidos para a elaboração de estratégias de atendimento, com a realização de atividades diversificadas em sala de aula. “A família é chamada, pois muitas vezes desconhece o problema”, diz Mara.

Quando se percebe que o estudante precisa de atendimento especializado, o caso é encaminhado à Secretaria de Educação e Cultura do município para que seja programado atendimento com equipe multiprofissional, composta por psicólogo, psicopedagogo e educador especial. “Em alguns casos, a família é orientada a encaminhar o estudante ao neuropediatra.”

Mara ressalta, entretanto, que em muitos casos esses profissionais não mantêm contato com a escola. Portanto, a instituição fica sem diagnóstico ou retorno da avaliação. Dessa forma, sem tomar conhecimento do problema, o professor acaba impossibilitado de planejar uma intervenção pedagógica adequada a cada caso. Há 25 anos no magistério e há oito na função de supervisora escolar na rede municipal de ensino, Mara tem pós- graduação em supervisão escolar e psicopedagogia. (Fátima Schenini)

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