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Edição 24 - Software Livre na Educação
10/08/2009
 
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Software livre colabora com inclusão digital de idosos

Alunos da Universidade Aberta da Terceira Idade participam de curso de inclusão digital.

Alunos da Universidade Aberta da Terceira Idade participam de curso de inclusão digital.

Autor: Arquivo pessoal


Às vésperas de completar 70 anos, Helena Cambeiro da Cunha, do Acre, diz que está muito feliz. Sua alegria é motivada por sua participação no Projeto de Inclusão Digital realizado pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Estadual Rio Branco, neste ano. “Agora descobri a pólvora. Quero fazer um novo curso e me aperfeiçoar ainda mais”, diz Helena.

Outra que está entusiasmada é Maria de Lourdes da Silva, de 63 anos. Ela conta que teve um aproveitamento extra no curso, pois já tinha conhecimentos básicos de informática. “A gente tem que botar a mente para funcionar. Tenho email, tenho orkut, participo de comunidades virtuais”, salienta. Maria Helena destaca que não vê as horas passarem quando senta no computador. “Às vezes até queima o arroz, mas é gostoso”, conta bem-humorada.

Além delas, outros 18 alunos da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), com idades entre 60 e 74 anos, participaram do projeto desenvolvido em parceria entre a Secretaria Estadual de Educação e a Universidade Federal do Acre. Além de promover a inclusão digital dos idosos, o projeto foi criado para oportunizar o contato com o mundo virtual e os diversos serviços oferecidos pela internet. Realizado no período de 11 maio a 13 de julho de 2009, o curso utilizou o Linux Educacional versão 2.0, programa em software livre desenvolvido pelo Ministério da Educação.

Segundo a coordenadora do NTE, Rosa Maria Silva Braga, o curso foi criado a partir de uma experiência vivida pela multiplicadora do NTE, Maria Naderge do Nascimento, ao realizar um saque no caixa eletrônico de um supermercado. “Quando concluiu, tinha uma fila de idosos pedindo sua ajuda para acessarem o terminal de auto-atendimento. A ajuda foi tanta que ela ficou mais do que o planejado no supermercado”, relata Rosa.

Ao sentir a necessidade dos idosos, Naderge sugeriu que o NTE fizesse um curso de inclusão digital para a terceira idade. O anseio era o mesmo da coordenadora da Unati, Chirley Terezinha Trelha. Então, juntas, as duas articularam o projeto que atendeu primeiramente os alunos da Unati, mas pretende ampliar seu atendimento. “Vamos buscar parcerias com outras instituições governais e não-governamentais que trabalhem com pessoas da terceira idade, para que essa experiência tão rica, seja revivida por várias vezes”, ressalta a coordenadora.

Para Rosa, a realização do projeto valeu a pena não somente pelo fato de os conhecimentos em informática serem hoje indispensáveis a todos os brasileiros, mas também por contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, buscando proporcionar mais autonomia, elevação da autoestima, da autoconfiança, ampliação da rede social e a integração com a família e com outros amigos. De acordo com ela, a entrega dos certificados foi um momento emocionante de celebração: “foi visível o contentamento de cada um, acompanhado do orgulho da família que veio participar do encerramento do curso”, finaliza.

(Fátima Schenini)

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