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Edição 30 - Acessibilidade e Inclusão
26/11/2009
 
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Professor cria ferramentas para portadores de necessidades especiais


Com apenas um clique, crianças com paralisia cerebral conseguem se comunicar com computadores, graças a pequenos acionadores montados pelo professor Paulo de Aquino, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Os dispositivos foram desenvolvidos a pedido de professoras da Oficina Vivencial de Ajudas Técnicas para a Ação Educativa, que integra o Centro de Referência em Educação Especial do Instituto Helena Antipoff (IHA), no Rio de Janeiro (RJ).

Engenheiro elétrico, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica, o professor Aquino leciona para alunos do ensino superior do Instituto Federal (antigo Cefet/RJ), desde 1984. Sua parceria com o IHA começou há cerca de quatro anos, com a montagem dos pequenos acionadores, mas não parou por aí. Ele já elaborou diversos produtos, como brinquedos, acionadores diversos, comunicadores, mouses e teclados, para serem disponibilizados aos portadores de paralisia cerebral (PC's) atendidos pelo IHA.

Uma de suas preocupações é desenvolver produtos semelhantes aos que existem no exterior, mas com preços menores. “Trabalho constantemente junto ao IHA, quase sempre atendendo às suas solicitações. Temos feito pesquisas juntos, buscando personalizar cada instrumento, visto às distintas capacidades de cada usuário PC. A ideia central é sempre fazê-los a baixo custo”, salienta o professor.

Ele conta que tem recebido pedidos de outras cidades e estados, para que desenvolva ferramentas. “Gostaria de atender a muitas pessoas, mas minhas disponibilidades de tempo e laboratório são muito restritas”, explica. Para que possa oferecer um atendimento mais sistemático às solicitações recebidas, Aquino pretende montar um Laboratório de Tecnologia Assistiva onde possa trabalhar com uma equipe de alunos estagiários.

De acordo com o professor, o atendimento das necessidade dos portadores de paralisia cerebral acaba beneficiando outros portadores de necessidades especiais (PNE). Ele já fez adaptações para pessoas portadoras de baixa visão e tetraplegia. Atualmente, desenvolve um acionador por pequenos movimentos faciais: olhos, testas e sobrancelhas. “Para mim, cada projeto é mais um desafio tecnológico”, destaca Aquino, que não cobra pelos equipamentos que desenvolve, em “hipótese alguma”.

Ele ensina a seus alunos da disciplina Introdução à Engenharia Elétrica, no Instituto Federal, como elaborar um acionador. Os melhores projetos são encaminhados ao IHA. “Com isso, tento introduzir os jovens, recém ingressos no ensino superior, no contexto social em que vivemos. O resultado tem sido excepcional”, avalia.

(Fátima Schenini)

Acesse aqui o site do Professor Aquino.

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