- Perceber o sentido tátil;

- Perceber sensações, limites e integridade do próprio corpo e do outro;

- Experenciar diferentes ritmos musicais, permitindo que o corpo crie diversas possibilidades de movimento;

- Possibilitar a interação entre as crianças.

Professor, essa proposta destina-se a crianças entre 3 a 5 anos da educação infantil e 6 a 9 anos dos anos iniciais do ensino fundamental.

Consideramos que as temáticas destacadas acima são conteúdos trabalhados também na educação infantil, cotidianamente.

Sugerimos que seja avaliado o número de crianças participantes e a qualidade das interações ocorridas.

Sugerimos ainda que essa aula seja proposta no início do período letivo, para haver uma aproximação entre as crianças.

A proposta pode ser interessante para aproximar as crianças que estão em período de adaptação na Instituição e ao grupo. É importante, portanto, que o professor perceba o grau de interatividade entre as crianças do seu grupo ao longo do período letivo.

Primeira Etapa: “Quem é este desafiante?”

Duração: Em torno de uma hora.

Material: Um DVD; um recurso audiovisual com reprodutor de mídia e com acesso à internet; adereços para configuração de um personagem (perucas, roupas, maquiagem etc.); música “Amigo”, de Milton Nascimento; um quadro negro ou papel pardo ou cartolina,  giz ou caneta tipo hidrocor, para fazer anotações; e máquina fotográfica.

Local: Na sala de aula.

Proposta: A atividade deverá ser registrada com fotos (os movimentos, os contatos, as expressões das crianças etc.). Ao final da atividade, estes registros serão organizados para serem reproduzidos para as crianças.

            O professor deverá organizar, previamente, uma visita surpresa de um “carteiro” para entregar uma encomenda às crianças. Dessa maneira, esse momento deverá ser planejado para que se possa instigar a imaginação das crianças, a partir de tons de suspense e mistério criados pelo professor.

            A pessoa que irá representar o personagem do carteiro deverá estar devidamente trajada como o funcionário postal no dia-a-dia do seu trabalho. A ideia consiste, pois, em proporcionar uma visita surpresa do “carteiro”, durante uma aula, por exemplo. Assim, enquanto o professor estiver desenvolvendo sua aula com o seu grupo de crianças, baterá à porta um carteiro, dizendo que ele foi a esta sala entregar uma encomenda. Em seguida, ele encena um comentário teatral, a respeito do remetente, mencionando que este apareceu de repente, entregou a encomenda e, simplesmente, desapareceu... O “carteiro” conduz sua história num tom misterioso, dando a entender que o remetente se trata de uma personalidade ou personagem admirado pelas crianças (o professor deve, portanto, investigar quais personagens tem chamado à atenção delas). Dessa maneira, o carteiro pode até mesmo dizer que se trata de um personagem de conto de fadas que está “rondando” aquele grupo de crianças, por esta época, e que ele gosta muito de desafiar as crianças. Dito isso, o “carteiro” se despedirá do grupo, deixará a encomenda e irá embora.

            O professor, então, por sua vez, abrirá o pacote com as crianças e encontrará um DVD (ou pendrive). Mantendo o tom de mistério, o professor usará um recurso audiovisual a fim de reproduzir a mídia que estava dentro do pacote. Este equipamento será utilizado pelo professor e pelo grupo até o final da atividade.

            O conteúdo do DVD poderá ser uma filmagem simples do remetente da encomenda (o personagem poderá ser alguém da instituição, caracterizado de forma semelhante àquele o qual as crianças têm admiração) e a cena produzida por ele poderá ser realizada em um local conhecido das crianças. Nesta conversa, o personagem dará a entender que, se as crianças conseguirem transpor os diferentes desafios, ao final, terão acesso a um segredo e a uma bela imagem de um dos maiores tesouros dos seres humanos. O professor deverá ficar atento a registrar todas as imagens, pois estas imagens serão o “tesouro” da brincadeira.

            O personagem poderá fazer uma fala, como o seguinte exemplo, de modo que desafie as crianças:

            - Eu desafio vocês (crianças) a encontrarem uma música chamada “Amigo”, do cantor Milton Nascimento. Vocês poderão encontrar essa música na internet, com a ajuda de seu professor...

            O professor deverá estimular as crianças a utilizarem a ferramenta da internet para realizar essa pesquisa e, junto com elas, conduzirá uma conversa sobre o poder destes tipos de tecnologias de informação e de comunicação que, quando bem utilizadas, podem auxiliar na ampliação do conhecimento e do saber.

            Disponibilizada a música, as crianças deverão ouvi-la, em silêncio, para, depois, sem a ajuda dos adultos, interpretar qual é a mensagem contida em sua letra. Ao final da música, portanto, o professor fará uma roda de conversa, a partir da qual todos terão a oportunidade de expressar sua opinião sobre sua interpretação da música. O professor deverá incentivar, pois, uma conversa com o grupo a respeito da importância do tema, o qual merece uma reflexão.

            Feito isso, o professor acessará novamente o arquivo com aquele mesmo personagem do início da atividade, em que ele se pronuncia a respeito da amizade e da importância desse sentimento para a humanidade e para o planeta.

            A partir disso, aproveitando-se do assunto, o personagem lançará o próximo desafio: “As crianças deverão dar as mãos e, sem soltá-las, deverão ir para outro lugar, dentro da Instituição, onde se desenrolará outra etapa do desafio.”.

Segunda Etapa:   “Vamos dançar Juntos!” 

Duração: Em torno de 30 minutos.

Material:     Aparelho de som; CD com  trechos de músicas previamente escolhidas; cadeiras ou  almofadas ou tapetes; recurso audiovisual com reprodutor de mídia e arquivo do personagem; e máquina fotográfica.  

Local:  De preferência, em um lugar amplo, onde se possa ouvir músicas num volume empolgante.   

Proposta:   O professor deverá preparar previamente o espaço e os materiais para esta atividade. O som deverá ser organizado com músicas animadas e dançantes, podendo (ou não) fazer parte do repertório de músicas escutadas pelas crianças. Porém, essa seleção deverá ser cuidadosa, para que as músicas escolhidas não tragam a reprodução de movimentos corporais e letras que não condizem com esta faixa de idade. Além disso, devem ser escolhidos trechos pequenos (em torno de 1 minuto), de diferentes estilos e ritmos musicais.

            Esta brincadeira consiste em disponibilizar um assento para cada criança, de forma que, ao tocar um som, as crianças dancem livremente e, quando a música parar, elas se dirijam até os assentos (cadeiras, almofadas ou tapetes) e se sentem. Tocando uma nova música, elas deverão se levantar e dançar o novo ritmo. A cada recomeço da música, os assentos serão retirados, um a um, ou dois a dois, dependendo do número de crianças participantes e da quantidade de músicas selecionadas, ficando combinado com elas que todas continuam na brincadeira até o final. Nesta brincadeira, somente os assentos serão excluídos e, dessa maneira, a cada parada da música, as crianças se aglutinam e dividem os assentos disponíveis. Ao final, restará somente um assento para todo o grupo sentar, se encostar, tocar, de modo que as crianças dividirão o mesmo assento. Confira em Recursos Complementares.

            Esta brincadeira é derivada da tradicional brincadeira da “Dança das cadeiras”, porém,  o que a difere é que, em vez da exclusão das crianças, estas são incentivadas a dividir os assentos restantes.

            Cumprida a Missão, o professor organizará o grupo, em uma nova roda, e reproduzirá o arquivo com o personagem que, desta vez, parabenizará o grupo pelas missões cumpridas até o momento, fazendo comentários a respeito do brincar junto, da importância das amizades na escola e dos preceitos de uma verdadeira amizade, que são a verdade, a parceria, o respeito.

Foto 1: dança das cadeiras

                                     Acervo- http://espacomultiplo.blogspot.com.br/2009/07/brincadeiras-para-fazer-com-as-maes.html

Acesso em: maio de 2012

Terceira Etapa:   "Vamos rolar em uma montanha?"

 Duração:   Em torno de 30 minutos.

Material:   Colchonetes; filmagem; vendas; e máquina fotográfica.

Local:    Deverá ser investigado um local, perto da Instituição, que tenha um declive.

Proposta: O professor organizará o grupo e reproduzirá o arquivo do personagem.

            Nesta missão, o professor sugerirá que as crianças se dirijam a um local, previamente organizado, com os colchonetes dispostos lado a lado, de forma que se possa formar um grande “tapetão retangular" bem macio! O tapetão deverá ser disposto no local de modo que uma das pontas fique na parte mais elevada do terreno e, a outra, na parte mais baixa. As crianças serão organizadas em uma roda e o professor demonstrará como fazer o primeiro movimento, que será deitar na extremidade mais elevada do tapetão e rolar até a extremidade mais baixa. Assim, cada uma, na sua vez, rolará no “tapetão”, de uma ponta a outra.

            Na sequência, o professor sugerirá que as crianças deitem e se abracem, rolando abraçadas até a outra extremidade do “tapetão”. Desta forma, o professor formará duplas até que todos possam ter interagido com todos do grupo.

Foto 2: crianças rolando no tapetão.

                                                     Acervo do NDI                                                                   

  Foto 3: crianças rolando 2 a 2 em um tapetão

Acervo NDI

Quarta Etapa: "Quem é este meu amigo?" 

Duração: Em torno de 30 minutos.

Material: Venda para cobrir os olhos; recurso audiovisual com reprodutor de mídia; e maquina fotográfica.

Local: Na sala de aula, de preferência.

Proposta: O professor conduzirá uma roda com as crianças e reproduzirá o arquivo com o personagem que anunciará o último desafio do grupo! Nesta última missão, as crianças utilizarão as sensibilidades corporais para identificar os amigos da sala. O professor organizará o grupo em uma roda, uma das crianças será vendada e convidada a sair da sala, acompanhada por um guia. Neste momento, o grupo elegerá uma das crianças para ser descoberta pelo amigo vendado. Feito isso, a criança vendada será convidada a retornar à sala, com o auxílio do guia, e deverá adivinhar quem é o seu amigo, através do tato, olfato, entre outros recursos próprios. O grupo deverá aguardar, em silêncio, até que o amigo seja descoberto pelo vendado. O professor, por sua vez, deverá proporcionar a todas as crianças a possibilidade de experenciar a atividade.

            Ao final, o  personagem dará os parabéns, fazendo comentários sobre todas as missões e reforçando que a amizade é muito importante em nossas vidas e que pequenas atitudes de cuidado e respeito com o outro são fundamentais para um bom relacionamento social. Assim, conhecer o amigo não significa conhecê-lo apenas fisicamente, mas reconhecer particularidades, coisas de que ele gosta e não gosta, dentre outras. Neste momento, ele se despedirá do grupo e informará que, em alguns dias, o grupo receberá notícias suas com o “grande segredo e o tesouro”.

            O professor deverá acessar todos os registros fotográficos e fazer uma edição ou organização para que as fotos feitas durante as atividades sejam expostas no dia final desta proposta às crianças.

            Preparado o material de exposição, em outro dia, em meio a uma aula, eis que o grupo será visitado novamente pelo carteiro e este trará uma nova encomenda. O carteiro comentará que o personagem (o mesmo de toda a atividade) pediu para que ele entregasse uma encomenda para o grupo. Ele poderá conversar um pouco sobre a sua profissão e de como ela é importante para a sociedade, e que todos os seus colegas de trabalho são responsáveis, desde a saída da carta do remetente até a chegada dela ao destinatário, dentre outras coisas. Ao final da conversa, ele se despedirá, dizendo que irá trabalhar.

            O professor, então, organizará as crianças de modo que elas possam ver a última encomenda enviada pelo personagem para grupo.

            Esta encomenda poderá estar embalada por vários pacotes, um sobreposto ao outro, para dar um tom de suspense e alegria. Ao final, as crianças encontrarão um DVD, cujo conteúdo será o registro fotográfico das atividades e uma bela carta do personagem, reforçando que um dos maiores tesouros do ser humano é a habilidade de se relacionar e ter verdadeiras amizades.  Pode ser estruturado um fundo musical agradável às crianças e pertinente ao momento.

            Para o fechamento da atividade, sugere-se que o professor faça uma última roda para conversar sobre este tema e o registro fotográfico e a mensagem do personagem. O professor poderá imprimir as fotos e fazer um registro escrito para ser expostos em lugar visível a todos da Instituição.

 Foto 4: criança reconhecendo o amigo com os olhos fechados.

Acervo NDI.

Sugestões de consulta de aulas do Portal do Professor:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19455

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15227

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15672

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37597

Música sugerida:

http://www.youtube.com/watch?v=ZRG9TaNDaRc

Sobre a dança das cadeiras:

http://espacomultiplo.blogspot.com.br/2009/07/brincadeiras-para-fazer-com-as-maes.html

Informações sobre o carteiro:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carteiro

Informações sobre o cantor da música sugerida:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Nascimento

Informações sobre as novas tecnologias: 

http://idgnow.uol.com.br/blog/plural/2010/06/07/por-que-o-uso-das-novas-tecnologias-avanca-tao-rapidamente-na-sociedade/

No final, o professor convidará as crianças para uma última roda e fará uma brincadeira de espreguiçar com as crianças. Ele poderá iniciar com algumas propostas de se esticar e depois ir pedindo para cada criança sugerir uma e todos imitarem.

 Em seguida, todos sentarão, ainda em roda, e o professor iniciará uma conversa sobre as experiências que tiveram, questionando como foi para cada um. O professor poderá sugerir que as crianças se expressem sobre as possibilidades de uma melhor relação entre as crianças deste grupo, da escola e para a nossa sociedade.

 O professor, em seus apontamentos, avalia como as crianças reagiram às propostas, corporalmente, e como foi a interação e a compreensão das crianças diante das diferentes etapas da proposta.